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terça-feira, 16 de setembro de 2008

"TODOS NOS POSTOS DE SAÚDE" - II.

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Entendo que a educação é uma atividade que necessita abranger a todos. A educação se constitui como uma necessidade porque defendemos que todos tenham educação. Vai-se à escola para aprender. E em nossa sociedade isso se revela como uma necessidade prioritária, pois vivemos um momento histórico que coloca o conhecimento racionalmente organizado como a base das atividades produtivas. Então, quem não adquiriu conhecimentos filosóficos e científicos (que buscamos na escola) estará excluído do processo produtivo.
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A escola é a instituição que a sociedade criou para transmitir a cultura às novas gerações e onde se deve ensinar os fundamentos para a ação qualificada. Ao passo que no campo da saúde se dá o inverso do fundamento do raciocínio. Mesmo a contragosto do energúmeno que deseja desqualifícá-lo.
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No caso da educação queremos todos na escola, foi a política instituída pelo governo FHC (com a licença da palavra). No entanto, só um político esquizofrênico por propagandear lorotas desarrumadas em seus fundamentos pode pensar assim. Só ele pode desejar que todos irão ao P. S.
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A política de saúde no Brasil inspirada em parâmetros de países desenvolvidos estabelece a proporção médico / habitante para medir os gastos com a saúde da população. Mas nesse governo o que interessa é implementar uma política de construir P. S. em cada esquina da cidade porque são obras que podem ser vistas, inauguradas com grande estardalhaço, foguetes, carreatas, propaganda nos meios de comunicação... E isso se sobrepõe às necessidades e os critérios de objetividade. Se o Governo Federal não colocar um freio (porque é ele quem banca toda essa gabolice do candidato) na sanha construtora do atual prefeito nós iremos ser os campeões nacionais de P. S. e sofrer as consequências morais dessa atitude extemporânea.
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P. S. sempre hão de existir na medida certa, e é salutar que existam. Mas o discurso demagógico não deve medir o desenvolvimento pelo número de P. S. como subversão do progresso humano. Esse mesmo raciocínio foi utilizado pelo prefeito logo que assumiu a prefeitura. Naquela época estava em evidência a expansão do Bolsa Família. O prefeito veio a público dizer que se orgulhava de ser uma das cidades que mais cadastraram pessoas para esse programa do Governo Federal.
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Pobre prefeito, defendeu aquilo que nega toda a sua propaganda eleitoral de geração de emprego e renda. A cidade que mais cadastra gente para o Bolsa Família é a cidade com menos empregados, menos desenvolvida, mais necessitada de esmola federal. É assim, na verdade, que pensa o prefeito. Ele deseja que sejamos todos cadastrados no programa do Governo Federal, tanto do Bolsa Família como da construção em cada esquina de P. S.
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Progresso e desenvolvimento são medidos por esses parâmetros, pelo prefeito. Coitado de nós.
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