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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CONTINUAM OS ROUBOS.

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Li no portal Notícias de Floriano a seguinte manchete: "Comerciantes de FLO perderam esperança na polícia". Comerciantes que foram roubados várias vezes estão incrédulos em relação ao trabalho policial para solucionar este tipo de crime na cidade. Há pouco tempo uma decisão judicial tentou resolver esta situação determinando que indivíduos fossem proibidos de lavar carros na região do cais. Por algum tempo houve sucesso e os roubos não mais foram registrados.
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Mas eis que o crimes de arrombamento de veículos voltaram a ocorrer por lá. Recentemente dois carros da CHESF, em dias diferentes, tiveram pertences da empresa e de funcionários roubados enquanto os mesmos estavam almoçando no restaurante Flutuante. Pessoas que vieram de Recife e de outros lugares levam uma imagem muito negativa. "Parece cidade sem lei", será difícil que alguns deles digam isso? Antes de responder releia a manchete do portal N. F. que inicia esta postagem.
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É lamentável para a cidade que, aos poucos, vai-se formando no imaginário das pessoas não apenas uma imagem de cidade pacata, festeira, agradável, mas de insegura também. Está na hora de alguma autoridade chamar para si a responsabilidade de diminuir ao máximo este e mais outros tipo de crimes. Ou, senão, a coisa vai ficar insustentável. Não apenas do ponto de vista da quantidade de crimes praticados, mas da imagem daqueles que têm a responsabilidade de evitar que isso ocorra.
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Para registro, a minha casa foi arrombada em janeiro e até hoje não recebi nenhuma informação sobre o resultado das investigações. Dá para pensar diferente do que as pessoas citadas na reportagem do portal?
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PESAR.

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Faleceu hoje por volta de 02h:30min. em Brasília, aos 91 anos de idade, o ex-governador e deputado federal ALBERTO SILVA. O Piauí está de luto porque perde um grande homem e um político de visão ampla. É lamentável a sua morte.
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sábado, 26 de setembro de 2009

A VIRTÙ DE JOREL - II.

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Agora vamos à hipótese proposta no início. JOREL tem demonstrado que encara a prática política a partir de mudanças de fases. De cara com determinados problemas a interpretação e explicação dos fatos fazem seus neurônios se esganiçarem revelando uma angústia por conta da maneira completamente equivocada, fantasmagórica de explicar os fatos.
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No período do inverno a nossa cidade fica cheia de mato, lixo, buracos. JOREL disse recentemente que não pode fazer nada porque a causa do seu descaso administrativo não é dele, mas de Deus porque faz chover e daí decorrem os problemas. Ele disse isso na TV. Esta é a fase que chamarei de ELEMENTAR (tosca, rude), porque intelectualmente primitiva.
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Outra fase é a DIFUSA. Confrontado com problemas resultantes de sua falta de competência e descaso ele procura justificar difusamente com explicações que se resumem numa só. Assim ocorreu quando perguntado sobre o motivo do abandono de várias obras iniciadas no ano passado durante o período eleitoral e até hoje inacabadas. Ele respondeu que a culpa é da crise financeira. Há coisa mais abstrata?
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Ontem ele mostrou que seu repertório de erros interpretativos vai além do estritamente primitivo. No programa do SILAS FREIRE (citado nas postagens “
VAI FALAR O QUÊ? – I e II”) ele disse que a culpa do lixo, do mato, dos buracos, das obras abandonadas, da falta de asfalto era responsabilidade do Deputado Estadual VALÉRIO CARVALHO. Sim, “porque ele não lutou para resolver esses assuntos”. Esta é a fase ANTROPOFÁGICA. Ele está consumindo seus aliados políticos para atingir seus objetivos pessoais.
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VALÉRIO CARVALHO deseja ser candidato a Deputado Estadual, Mas JOREL quer impor o seu faz-tudo como candidato. O seu candidato a Deputado Estadual deve ser seu irmão (aquele acusado na TV local de “roubar” o boneco de protesto Jorel Buracão). Então, qualquer um dos aliados que atravessar o seu caminho rumo às suas realizações particulares será devorado politicamente.
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Há milênios que se diz que o exercício do poder deveria ser reservado àqueles cidadãos éticos e preparados intelectualmente. Mas a história insiste em demonstrar que outros tantos milênios ainda virão para que os eleitores entendam que votar é uma responsabilidade que deve ser encarada com seriedade e propósitos honestos e éticos.
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Enquanto isso encontrei uma foto de JOREL fazendo campanha na cidade de Arraial ao lado de um aluno de todas essas práticas descritas aqui numa aula de campo. E o discípulo sorrir. Então essa prática política já tem herdeiros, pelo menos para as próximas campanhas. Pobre Floriano.
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P.S.: o mesmo medíocre que anda espetando meu Blogue com gracinhas. Estou pesquisando umas coisinhas e encontrei a foto no Portal de Arraial. Mas deixa quieto.
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A VIRTÙ DE JOREL – I.

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JOREL faz questão de mostrar que a sua administração é simbolizada pela cor laranja. Isso diz muito sobre as práticas denunciadas ao Ministério Público pela vereadora ANA CLEIDE.
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Tenho uma hipótese explicativa do modus operandi na política do prefeito de Floriano, JOREL.
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Qualquer pessoa minimamente escolarizada e bem intencionada sabe que JOREL entrou na política para resolver as suas necessidades de subsistência. Ele não é e nunca foi um POLÍTICO no significado original e ético do termo. O exercício do poder foi o meio que ele encontrou para satisfazer as suas necessidades estritamente particulares.
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Na sociedade liberal os cidadãos são educados para desenvolver as suas habilidades e capacidades e transforma-las, através de uma profissão, no meio de garantia de subsistência e sobrevivência. Mas JOREL nunca se interessou em seguir esse caminho. Ele nunca quis atribuir valor a essa ação cidadã. Então, ele buscou um meio mais fácil de conseguir aquilo que precisa e deseja, que não através do trabalho especializado, mas através da posse do poder. Utilizou suas habilidades e capacidades para caminhar pelos desvios da moral do trabalho e chegar aonde sempre quis pela facilidade que se tornou (para chegar aos objetivos) o exercício do poder por grande parte das pessoas que o exercem.
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Minha hipótese parte dessa análise e vai em busca de evidências para ser comprovada até chegar ao modo como ela se objetiva, se torna clara. Podemos testa-la demonstrando algumas das práticas políticas condenáveis que ele executa: NEPOTISMO, PATRIMONIALISMO, PERSONALISMO, AUTORITARISMO.
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Quase todos os membros de sua família vivem às expensas da prefeitura (quer dizer, nossas). Quase todos os membros deram um salto patrimonial estupendo nesses últimos cinco anos. O que para os trabalhadores normais seria quase impossível de conseguir, mesmo com a alegativa dos auto-salários da prefeitura.
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Ele pintou a cidade toda de laranja, a cor que simboliza as práticas políticas de JOREL no exercício do poder. Personalizou o poder com a sua marca indelével. Como quem diz: “quem manda nessa birosca sou eu”.
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E no campo do autoritarismo ele é insuperável. Detesta ser contrariado. Detesta opinião diversa. Detesta lhe dá com os contrários. Ele já demonstrou isso diversas vezes e de diversas maneiras, mas a última relatada na postagem “
VAI FALAR O QUÊ? – II”, é surpreendente.
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VAI FALAR O QUÊ? - II.

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Ex-Secretário e Deputado Estadual VALÉRIO CARVALHO: o novo alvo de JOREL.
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Como disse ontem na postagem anterior JOREL foi ao programa do SILAS FREIRE, TV Meio Norte, em Teresina com a desculpa de se defender de alegações feitas por VALÉRIO CARVALHO em relação a sua saída da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico.
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JOREL detonou o ex-secretário. Começou afirmando que ele não era um grande empresário à época de sua candidatura como vice-prefeito ao lado dele, JOREL. E que sua candidatura não foi uma escolha de última hora. Desejo fazer uma ressalva porque o que disse reflete apenas uma parte da verdade. Faltava meia hora para encerrar o prazo de inscrição das candidaturas e JOREL não tinha um vice, em 2004. Tanto é verdade que um aliado do prefeito disse que se VALÉRIO não pudesse ser candidato ele tinha sido colocado em stand by para tal propósito. E depois saíram dizendo que JOREL elegeria até um poste como seu vice. Por sugestão, segundo o aliado, dele mesmo JOREL.
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JOREL também disse ontem no programa que VALÉRIO não trabalhou por Floriano. Que passou esses três anos lá fazendo não sei o quê. Que a culpa da rodoviária não ter sido concluída foi dele, VALÉRIO, que não se esforçou para conseguir isso.
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Que VALÉRIO traiu o PTB, ELMANO FÉRRER e JÕAO VICENTE CLAUDINO (JVC), quando saiu do partido e não levou em consideração tudo o que fizeram pelo deputado. Disse também que as inúmeras obras abandonadas em Floriano pelo prefeito é culpa sua também que não conseguiu verbas para terminá-las.
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Que não trouxe o asfalto, que não trouxe água, que não trouxe iluminação e nem muito menos equipamento para fazer um poço de água funcionar. Então, pelo que vimos ontem JOREL já encontrou a desculpa ou justificativa para o seu descaso administrativo durante a campanha do próximo ano, vai colocar na conta de VALÉRIO CARVALHO.
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Enquanto o apresentador dizia para as pessoas ligarem para fazer perguntas, estranhamente o telefone nunca dava sinal de desocupado, mas ele, apresentador, estava com as mãos cheias de papéis com perguntas antes mesmo de começar a entrevista. Agora pergunto: como aquelas perguntas chegaram às mãos dele? Não sei, pois durante toda a entrevista fiquei ligando para perguntar sobre a denúncia feita ao Ministério Público pela vereadora ANA CLEIDE da laranjaria na prefeitura, e nada.
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O mais interessante era que as perguntas todas se iniciavam ressaltando o excelente trabalho que o prefeito tem feito na cidade. Todas com esse mesmo enunciado. Foi estranho, muito estranho. Além do mais o prefeito está querendo empurrar o nome do seu irmão pau-pra-toda-obra goela abaixo do povo florianense e região fazendo a política fois gras. Prova disso é que ele mandou as pessoas dizerem nas perguntas que não desejam que ele saia da prefeitura. Deixando a vaga de candidato para o irmão. Só um louco e ele, JOREL, não desejam isso (que ele saia da prefeitura).
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No meu entendimento foram falsas perguntas, pois todas diziam que ele é um ótimo prefeito. São falsas porque recentemente os florianenses o elegeram o 4º pior prefeito do Piauí (segundo o Instituto Data AZ). Então, como é que pode isso? Tá pensando que engana a todos, JOREL? Vá com calma, essa imagem não vai ser restaurada com esse tipo de jogada, não. Só com trabalho. E se você não trabalhou nesses últimos cinco anos não será em poucos meses que irá desfazer a imagem de incompetente que o povo lhe colou.
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

VAI FALAR O QUÊ? - I.

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Ontem no programa do SILAS FREIRE na TV Meio Norte o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do estado do Piauí, VALÉRIO CARVALHO, disse os motivos que o teriam feito sair da Secretaria e, concomitante, do seu partido PTB. Argumentou que JOREL, até então seu aliado político, havia rompido com ele porque pretende lançar seu irmão (aquele acusado do "roubo" do boneco Jorel Buracão) a candidato a deputado, ou ele mesmo, JOREL. VALÉRIO disse que ficou sem espaço e sem apoio e por isso resolveu tomar outro rumo na sua carreira política.
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Como tem até o dia 02 de outubro para desfiliar-se do seu atual e filiar-se em outro partido ele já iniciou o processo. Por conta disso a cúpula do PTB pediu a sua cabeça e com isso ele volta para a Assembleia Legislativa. Só que o PTB, diga-se JVC, não está satisfeito. A pedido de JOREL o PTB vai entrar na justiça para que VALÉRIO perca também o cargo de deputado. Esse JOREL é mesmo vingativo. Seus aliados estão dizendo que ele matou politicamente mais um. Vamos ver.
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JOREL já teria viajado a Teresina para responder no mesmo programa (hoje) as afirmações de VALÉRIO sobre a conduta dele, JOREL, nesse processo. Vai ganhar umas diariazinhas, hotel cinco estrelas, jantar... às nossas custas que ele não é besta. Vou aproveitar para fazer algumas perguntinhas pelo telefone. Você também pode perguntar sobre as denúncias da vereadora ANA CLEIDE ao Ministério Público, sobre os laranjas, sobre as obras inacabadas, sobre a sujeira na cidade, sobre o lixão... Enfim, assunto é o que não falta.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FÉRIAS EM COLINAS - MA.

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Minha prima REGINA e eu tomando banho no rio Itapecuru. Nesta idade eu viajava a Colinas (MA) em todas as minhas férias. Bons tempos de corpo sarado (tá vendo aí?). Clique nas fotos para apreciar melhor.
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Olha eu aí tirando uma de artista. Fala a verdade: eu era bonito demais, né?
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Eu e meu primo MURILO. Eu sempre tive preferência por fotos P&B, e não era apenas para ser diferente, mas porque as fotos ficavam mais completas, vivas, carregadas de emoção. Era o que eu pensava.
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VEJA E SERRA, TUDO A VER.

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ROBERTO CIVITA (dono da Veja) e SERRA.
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No centro da foto: FHC e ROBERTO CIVITA.

Essa aliança com propósitos espúrios pode levar os brasileiros pobres à miséria no estágio do governo do PSDB, se o eleitor ficar quieto. Leia essa entrevista e saiba coisas que Veja não publica nem a pau. Mas deveria se fosse uma revista honesta e imparcial.

EM DEBATE: O DIABO FAZ BOAS AÇÕES?
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Dados do Portal da Transparência mostram que o Ministério da Educação (MEC) repassou para o grupo Abril (Veja) mais de R$ 719 milhões nos últimos cinco anos. O dinheiro foi repassado por meio de compras de livros didáticos. Apesar da falta de tradição no ramo, o grupo conseguiu garantir para si, desde 2004, aproximadamente 22%, ou seja, mais de um quinto dos recursos do MEC destinados para a compra desse tipo de material.
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O controle editorial e ideológico do conteúdo desses livros e o uso do dinheiro público como patrocinador desse projeto foram discutidos pelo diretor de redação do jornal Hora do Povo, Carlos Lopes. Em entrevista à Radioagência NP, Lopes diz que desconfia das boas intenções do grupo no novo ramo editorial.
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Radioagência NP (RNP)– Carlos, o que significa o grupo Abril ficar com um quinto do orçamento de livros didáticos do Ministério da Educação?
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Carlos Lopes (CL) – Nós estamos em uma situação em que praticamente duas empresas controlam as vendas para o MEC. Uma é o grupo Abril, e [outra] é o grupo espanhol Santillana (dono das editoras Moderna e Objetiva). Isso só serve para fortalecer os setores mais reacionários. Na medida em que o grupo Abril monopoliza [as vendas] e o grupo Santilhana também, as outras editoras nacionais ficam impedidas de crescer, porque, afinal de contas, o mercado – e o mercado principal é o MEC – fica ocupado por esses monopolistas.
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RNP – Por que o grupo Abril resolveu investir nos últimos anos no ramo de livros didáticos?
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CL – Em 2004, o grupo compra duas editoras: a Ática e a Scipione, que eram editoras tradicionais dos livros didáticos. Essas editoras do ponto de vista das compras do MEC, não estavam em boa situação. E de repente, depois do grupo Abril adquirir a Scipioni e a Ática, começou um progressivo aumento da concentração das compras do MEC nessas editoras. Eu acho que os principais motivos para o grupo Abril investir nos livros do didático são dois. O primeiro: dinheiro. A segunda é a seguinte: no momento atual, as revistas do grupo Abril têm como principal renda, além da publicidade, as vendas ao Estado.
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RNP – Você poderia explicar melhor isso?
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CL – Em São Paulo , o governador [José] Serra (PSDB) – que é aliado do grupo Abril – fez uma série de compras de revistas do grupo. Consultando o Diário Oficial do dia 23 de outubro de 2007, o estado de São Paulo fez uma assinatura da revista Nova Escola, com o prazo de 300 dias, de mais de 18 mil revistas Nova Escola, da editora Abril, preço superior a R$ 408 mil. No dia 29 de março de 2008, tem outra compra do estado [de São Paulo], desta vez da revista Recreio, um valor superior a R$ 2 milhões. No Diário oficial do dia 23 de abril de 2008, existe outra compra que ultrapassou R$ 2 milhões basicamente da revista Guia do Estudante. Para não me alongar, citei alguns exemplos. A mesma coisa eles fazem com o governo federal. Eles sabiam que esse é um mercado importante.
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RNP – A revista Veja fez uma matéria alegando que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recebeu R$ 43 milhões do governo federal. Não é contraditório fazer uma matéria nesse sentido, sem levar em conta que o grupo do qual ela faz parte, recebeu R$ 719 do MEC?
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CL – Convênio com o governo federal é parceria com o governo federal, não é dinheiro para a entidade, mas dinheiro para ser aplicado em um determinado projeto. Não é dinheiro para o MST, é dinheiro para o MST trabalhar. Então, R$ 43 milhões é uma quantia ridícula para uma entidade do porte do MST. Agora, no mesmo período de cinco anos, o grupo Abril recebeu do governo federal R$ mais de 719 milhões [na venda de] livros didáticos. Isso quer dizer 17 vezes mais do que o MST.
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RNP – A atuação no ramo de venda de livros didáticos para o governo federal tem a ver com o projeto político do grupo Abril para o Brasil?
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CL – Eu acho que sim. Qual o projeto do grupo Abril para o governo? Na Veja está absolutamente escancarado: eles consideram que o Brasil deve ser uma economia dependente da norte-americana. Passar esse conteúdo ideológico para os livros não é muito difícil [de ser feito]. Achar que esse projeto é o mais adequado para o país é achar que o diabo faz boas ações.
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RNP – Para finalizar, em um artigo de sua autoria, você indaga ‘por que os inimigos do povo deveriam receber o dinheiro do povo’. Nesse caso, o inimigo a que você refere é o grupo Abril. Há alguma resposta para essa indagação?
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CL – Olha, realmente não. Sinceramente, a revista Veja não passa de uma revista partidária, não passa de um panfleto. Nós podemos até escolher se é um panfleto do PSDB ou do Partido Republicano dos Estados Unidos, mas, sem dúvida nenhuma, é um panfleto político. Eu não consigo entender porque tanto dinheiro para um grupo que só faz, no fundamental, propagar um golpe de Estado no Brasil.
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De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso.

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ISTO VOCÊ NÃO VAI LER NA VEJA.

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Se ele faz isso com as crianças de São Paulo, estado em que ele nasceu e governa(?), imagina do que será capaz de fazer com as do Nordeste. Leia a seguir matéria reproduzida do jornal O Estado de São Paulo.
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SOBE DE 29 MIL PARA 51 MIL O NÚMERO DE CRIANÇAS ANALFABETAS EM SP.
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Dado da Pnad se refere à amostra na faixa etária dos 10 aos 14 anos; secretaria estadual contesta o aumento.
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Simone Iwasso e Alexandre Gonçalves escrevem para "O Estado de SP":
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O Estado de São Paulo registrou um aumento no número de crianças e adolescentes analfabetos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgada pelo IBGE na semana passada.
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O levantamento aponta que subiu de cerca de 56 mil, em 2007, para aproximadamente 79 mil, em 2008, o total de crianças entre 8 e 9 anos que não sabem ler nem escrever. Na faixa etária dos 10 aos 14 anos, esse número saltou de cerca de 29 mil para 51 mil. Estão incluídos nos dados tanto crianças matriculadas nas redes de ensino como as que estão fora da escola.
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Em relação ao total da população nessa faixa etária, 5,9% das crianças de 8 e 9 anos moradoras do estado não estavam alfabetizadas em 2008 - o porcentual em 2007 estava em 4%. Na faixa etária seguinte, entre 10 e 14 anos, quando elas deveriam estar cursando a segunda etapa do ensino fundamental, há um crescimento de 0,8% para 1,5%. O índice do Estado puxou uma pequena alta no Sudeste. No país, o dado ficou estável.
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Na avaliação da Secretaria de Estado da Educação, essa diferença pode ser explicada por um erro na amostra do IBGE. Após avaliar os indicadores, o secretário Paulo Renato Souza afirmou que nenhuma outra variável poderia ser responsável pelo crescimento, já que não houve pico migratório nem aumento de matrículas nesta intensidade. Além disso, a avaliação dos estudantes aplicada pela rede não aponta para essa direção. O secretário questiona as margens de erro da Pnad.
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Ana Lúcia Sabóia, uma das responsáveis pelos indicadores de educação da Pnad, explica que os dados realmente têm uma margem de erro, pois são baseados em amostragem. Mas a diferença no número de crianças analfabetas entre um ano e outro no Estado de São Paulo, segundo ela, não poderia ser explicada pela margem de erro, menor do que a variação observada. Ou seja, para o IBGE, houve crescimento real no período.
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Para quem convive diariamente com crianças e adolescentes carentes, os números fazem sentido. Na organização não-governamental Casa do Zezinho, cerca de 40% das crianças atendidas entre 10 e 14 anos chegam ao local analfabetas. O alto índice de jovens nessa condição fez com que a ONG criasse um projeto próprio de alfabetização.
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"Criamos o projeto porque observamos, há um tempo, a grande quantidade de crianças, especialmente nesta faixa etária, que precisava superar a barreira do analfabetismo", explica Ana Beatriz Nogueira, de 33 anos, mediadora pedagógica da organização. "São crianças e adolescentes que estão saindo do ensino fundamental e não sabem escrever o próprio nome", explica ela. "A maioria delas é "copista", só sabe copiar o que vê na lousa." Das 1.200 crianças atendidas, cerca de 540 estão entre 10 e 14 anos.
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Na avaliação da educadora Vera Masagão, coordenadora de programas da organização não-governamental Ação Educativa, outro fator que pode colaborar para o aumento nos números de analfabetismo é a maior conscientização das famílias.
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"São os pais ou responsáveis que dão a informação sobre os filhos para os pesquisadores do IBGE. Eles podem estar mais atentos, entendendo que estar na escola não significa estar aprendendo." Para Vera, por esse ponto de vista, o índice pode ser positivo. "Pode ser um número que estava mascarado na rede, pela falta de informação e de dados mais confiáveis."
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Ednéia Gonçalves, diretora técnica da organização Alfabetização Solidária, que trabalha com formação de professores da educação básica, os dados merecem um estudo mais aprofundado, justamente pela preocupação que eles despertam. "Talvez as políticas novas aplicadas pela secretaria nos dois últimos anos ainda não tenham dado resultado, estão num processo de implementação, e essas crianças são justamente as que estão na fase de transição."
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Seja como for, o importante neste momento, segundo Cisele Ortiz, coordenadora da instituição Avisa Lá, especializada em alfabetização e formação de professores, é buscar formas de reverter o processo, ajudando os alunos que não estão alfabetizados. "Independentemente dos motivos, é um indicador que nos alerta para o fato de que alguma coisa está errada e de que há um número de jovens que não sabem ler nem escrever." (Colaborou Mariana Mandelli).
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(O Estado de SP, 23/9)
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A ESPOSA TRAÍDA E O MARIDO COM AS CALÇAS NAS MÃOS.

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A esposa acorda de madrugada e não encontra o marido no seu lado da cama. Aproveita e vai até a cozinha e o vê saindo do quarto da empregada com as calças nas mãos. A mulher completamente indignada diz: “Muito bonito, não é seu safado”. O marido numa situação indefensável apela: “Tomara que Deus te cegue, sua megera”.
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Recebi esta piada por emeio e curiosamente ela retrata sem retoques a situação que ficaram alguns eleitores do prefeito JOREL diante da denúncia feita pela vereadora ANA CLEIDE ao Ministério Público dando conta das marmeladas nas licitações com transportes públicos contratados pela Prefeitura de Floriano.
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A denúncia foi publicada pelo portal Notícias de Floriano – um dos únicos a publicar o fato. Os outros meios de comunicação se calaram vergonhosamente. Alguns cinicamente criticaram com aparente veemência o fato em off, mas alegam compromissos com a prefeitura para não denunciar. Ou seja, estão em dia com a verba publicitária que recebem da prefeitura. Mas se atrasar... É vergonhoso, repito, pois estão compactuando com o crime denunciado pela vereadora ao omitir o fato do público.
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Eu já disse aqui várias vezes que JOREL está blindado. Nada vai acontecer. Não haverá desdobramentos. Vai ficar por isso mesmo. Afinal, a cidade toda sabe que JOREL pegou um ex-motorista dele e o transformou no laranja dos transportes que prestam serviços à prefeitura. E ele, laranja, como um bom empreendedor já alargou os campos de “investimentos” para além dos planos originais. É ele também quem vence todas as licitações para contratação de bandas e derivados para os eventos da Prefeitura. Agora, o malandro está atacando até de vaquejada. É mole? Ta nadando de costas.
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Esse “pé-rapado” não tinha nada, hoje é referenciado como “grande empresário”. Mas as autoridades pagas para fiscalizar a coisa pública não veem tudo isso. Quem sabe Deus atendeu ao pedido do “pé-rapado” e os cegou.
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Alguns eleitores de JOREL não podendo explicar a laranjaria que é esta administração estão atacando covardemente a vereadora que foi eleita exatamente para isso: fiscalizar as contas públicas. Não tendo como defender o indefensável estão atacando a denunciante e protegendo (blindando) o denunciado. Estão clamando a Deus que cegue a vereadora. Estão invertendo a realidade, querem confundir a todos. Estão agindo como o marido da piada.
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O que vale é a versão dos fatos e não os fatos. O argumento utilizado por eles é conhecido como “falácia contra o homem”. Procura-se atacar “diretamente a pessoa, ou uma circunstância especial em que ela se encontra, com a finalidade de rebater sua posição ou afirmação” (A. R. dos SANTOS, 2008).
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O sujeito praticou um roubo e um mendigo assistiu (sem ser percebido) a tudo deitado no seu canto escuro. Perguntado pelo delegado se sabia quem teria cometido o crime, o mendigo apontou o suspeito com segurança. O ladrão diz ao delegado que ele não pode acreditar na testemunha, pois ele é um mendigo. Ora bolas, o fato de alguém ser mendigo não quer dizer que ele não pode dizer a verdade.
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No caso da vereadora ANA CLEIDE estão querendo invalidar a sua denúncia dizendo que ela é da oposição e que fez parte do grupo político que exerceu o poder antes de JOREL. Ora bolas, não é pelo fato de ser de oposição que as denúncias não devem ser investigadas pela justiça (acredito que deveria ser o Ministério Público Federal já que há verbas federais envolvidas nas denúncias). Por que o grupo do prefeito não comprova na justiça que ela está errada? Ela está fazendo a função dela. É papel de quem exerce o poder público se explicar quando solicitado para tal. Quem não deseja isso que vá cuidar dos seus laranjais no âmbito privado.
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Tomara que Deus não tenha atendido ao desejo dos laranjas e não tenha cegado a todos os responsáveis pela fiscalização do patrimônio público que, segundo a denúncia, está sendo espoliado.
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A notícias já correu mundo, está no portal http://www.tvcanal13.com.br/
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

CENTENÁRIO DO IFPI - TERESINA.

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INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ COMEMORA CEM ANOS
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Em 1909 surgiu no Piauí a primeira escola federal de ensino profissional do Estado: a Escola de Aprendizes Artífices do Piauí, hoje, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí. Ao longo desses cem anos, a Instituição conquistou respeito e credibilidade pela sua atuação na educação do Estado.
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No inicio a escola oferecia apenas cursos profissionalizantes nas áreas de mecânica, marcenaria, sapataria e fundição, entretanto com o passar do tempo houve um grande esforço para a ampliação e modernização dos recursos materiais didáticos e humanos, com vistas a corresponder às aspirações de crescimento exigidas pela evolução tecnológica e pelas novas exigências do mundo pós-moderno.
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Pensando nisso, hoje o Instituto Federal do Piauí oferece uma gama de cursos de formação profissional, que vai desde o ensino médio até a educação superior, além dos diversos campi no interior do Estado.
Para celebrar essas conquistas, o IFPI programou uma série de atividades festivas para a semana do seu aniversário. Alunos, servidores, eméritos, autoridades e comunidade em geral participarão das comemorações.
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Amanhã, dia 23 de setembro, data oficial da fundação da Instituição, as festividades serão iniciadas com uma missa que acontecerá no Campus Teresina Central às oito horas da manhã seguida de um café da manhã e a partilha de um bolo de 10 metros. O dia terá continuidade com a entrega de medalhas do mérito centenário, lançamento do selo centenário e atrações culturais.
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Ainda dentro das atividades alusivas ao centenário acontecerá no dia 25 de setembro a ultima fase do festival de musica, que irá premiar a melhor composição musical criada por alunos da Instituição. Nos dias 30 de setembro e 02 de outubro acontecerão shows musicais a partir das 19 horas, na quadra do Campus Teresina Central.
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Nacionalmente, o Instituto Federal do Piauí juntamente com toda Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, será homenageado amanhã pelo Senado Federal, em sessão solene a partir das 10 horas da manhã.
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Para o reitor do IFPI, Francisco das Chagas Santana os cem anos da Instituição é um momento para se festejar a evolução do Instituto, mas também é o momento para se pensar nas possibilidades de crescimento, uma vez que o Instituto Federal do Piauí busca constantemente uma educação por excelência.
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PROGRAMAÇÃO DO CENTENÁRIO
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Dias 11, 18 e 25 de setembro
Festival de Música
Local: Quadra Aberta do Prédio A
Horário: 18hs
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Dia 21 de setembro
Hasteamento da Bandeira
Local: Entrada Principal do Prédio A
Horário: 7hs
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Dia 23 de setembro
Aniversário do Instituto Federal do Piauí
Missa
Local: Ginásio Poliesportivo
Horário: 8hs
Café da Manhã
Local: Refeitório
Horário: 10hs
Entrega de Medalhas
Local: Auditório Maestrina Clóris Oliveira
Horário: 11hs
Lançamento do Selo Centenário
Local: Bloco ‘A’
Horário: 18h
Show Musical – Lázaro do Piauí e Vagner Ribeiro
Local: Quadra Aberta do Prédio A
Horário: 19hs
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Dia 30 de setembro
Show com João Cláudio Moreno
Local: Quadra Aberta do Prédio A
Horário: 19hs
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Dia 02 de outubro
Show Musical
Local: Quadra Aberta do Prédio A
Horário: 19hs
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JÁ ESTAMOS LÁ

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Estamos na segunda divisão. Muitos torcedores do Fluminense não se conformam com o fato inevitável do rebaixamento. Outros ainda creditam que dá para não cair. Outros tantos já estão conformados. E outros como eu, que não somos desesperados torcedores, mas que temos consciência do momento extremamente infeliz porque passa o time - suponho ser proposital por parte de alguns jogadores, pois não se admite que um time com a história do tricolor contrate tantos "pernas-de-pau" para um só elenco -, aceito que já estamos na segundona.
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Suponho que o desempenho do time está sendo tão pífio porque algum ponto da relação trabalhista não deve estar sendo cumprido de acordo com o contrato (salário). Não pode um time jogar tão desmotivado, tão sem criatividade, com tantas jogadas sem sentido, com tantos passes errados, com tantos jogadores medíocres. Não é possível.
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Por outro lado fico sorrindo do desespero de torcedores de outros times que se esgoelam porque os times não estão conseguindo ficar em primeiro lugar na tabela de classificação para ganhar o título de campeão. Que tolice. Lutar para ganhar qualquer um pode fazer isso, não há nenhum mérito. Quero ver é fazer como o fluzão que assumiu a última colocação e não é ameaçado por ninguém. Estamos em último lugar com folga. Vamos descer em primeiro lugar. Esse título ninguém nos toma mais.
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Então, quero vê quem desce assim. E tem mais, vamos jogar com times grandes como o Vasco da Gama (que não vai subir, vai ficar conosco) e quem sabe também o Botafogo.
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Estou feliz porque deixei de sonhar com algo que não podemos conseguir (permanecer na primeira divisão). Estive numa loja de material esportivo em Teresina e vi uma blusa do meu time, fui dá uma olhada no preço, R$ 159,00. Vou esperar ele descer para vê se o preço também desce. Não sou tolo, não.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

FRASE.

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"A maioria não tem apreço pelo que entende, e o que não compreende, venera". BALTASAR GRACIÁN Y MORALES (1601-1658), Filósofo e Escritor espanhol.
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domingo, 20 de setembro de 2009

VISITA.

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Semana passada estive em Teresina. Aproveitei e fui visitar meu irmão, AIRTON FEITOSA. Quando a gente sai do elevador já está na ante-sala do apartamento novo dele, porque é único do andar. Pense. Ganhei um livro, "O Futuro da Religião. Solidariedade, Ironia, Caridade - RICHARD RORTY e GIANNI VATTIMO - e ainda fui convidado a almoçar o meu prato preferido: filé grelhado de peixe ao molho de camarão. Quando nós erámos adolescentes ele insistia diariamente para que eu estudasse. E eu dizia: que nada, meu irmão, deixa eu curtir a minha vida. E aí botava, de novo, o headphone e voltava a ouvir músicas. São as nossas prioridades resultando no futuro. Na foto ele e minha segunda filha, SOFIA.
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PSDB.

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Só para refrescar a memória, para ninguém esquecer o que o PSDB representou e representa para a política do Brasil. As vezes podemos esquecer algumas coisas e passar a compor uma imagem que não corresponde à realidade. Recebi por emeio.
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Governo Fernando Henrique (1995- 2003)
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Escândalo do Sivam
Escândalo da Pasta Rosa
Escândalo da CONAN
Escândalo do BNDES (verbas para socorrerem ex-estatais privatizadas)
Escândalo da Telebrás
Escândalo da Compra de Votos Para Emenda da Reeleição
Escândalo da Venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)
Escândalo da Previdência
Escândalo dos Precatórios
Escândalo do Banestado
Escândalo da Encol
Escândalo da Mesbla
Escândalo do Banespa
Escândalo da Desvalorização do Real
Escândalo dos Fiscais de São Paulo (ou Máfia dos Fiscais)
Escândalo do Mappin
Escândalo do Judiciário
Escândalo dos Bancos
CPI do Narcotráfico
CPI do Crime Organizado
Escândalo de Corrupção dos Ministros no Governo FHC
Escândalo da Banda Podre
Escândalo dos Medicamentos
Quebra do Monopólio do Petróleo (criação DA ANP)
Escândalo da Transbrasil
Escândalo da Pane DDD do Sistema Telefônico Privatizado (o 'Caladão')
Escândalo dos Desvios de Verbas do TRT-SP (Caso Nicolau dos Santos Neto , o 'Lalau')
Escândalo da Sudam
Escândalo da Sudene
Escândalo da Quebra do Sigilo do Painel do Senado
Escândalos no Senado em 2001
Caso Lunus (ou Caso Roseana Sarney )
Acidentes Ambientais da Petrobrás
Abuso de Medidas Provisórias (5.491)
Escândalo do Abafamento das CPIs no Governo do FHC
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Ufa...
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O VERDADEIRO NILSON FEITOSA.

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Li esta reportagem no portal Notícias de Floriano sobre o meu primo e comunicador NILSON FEITOSA. Tem um portal daqui que faz questão de ajudar a confundir ainda mais as coisas criando manchetes declaradamente propositadas. Mas esse cara tem um caráter revelador de um homem público exemplar. E isto não é dito só por mim, quem o conhece no exercício de sua profissão e no âmbito pessoal sabe disso. É, NILSON, vamos ter que conviver com esse tipo de coisa até que o bandido não seja mais notícia, e que os maldosos não tenham mais motivios para tal. Segue a reportagem que me permito, pela relevância que dei a ela, copiá-la do portal:
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"O locutor florianense Nilson Feitosa está se sentindo constrangido por causa das manchetes de portais e outros meios de comunicação ligando o seu nome a um crime ocorrido em Teresina, cujo autor tem o mesmo nome.
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Trata-se do chamado "Caso Taline" em que uma estudante de medicina da capital foi sequestrada, estuprada e morta, fato ocorrido no primeiro semestre deste ano. O assassino e estuprador, Nilson Feitosa, foi julgado nesta semana e foi condenado a 29 anos de prisão.
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Como é muito conhecido em Floriano, já tendo inclusive exercido o cargo de vereador, Nilson Feitosa, comunicador da Rádio Difusora, disse que tem recebido ligações telefônicas e indagações de vários amigos estranhando as manchetes. "Muita gente me conhece também como Nilsinho, e quando essas noticias saem em portais e jornais que circulam em Floriano, as pessoas estranham porque sabem do meu comportamento" disse ele.
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Nilson Feitosa, o locutor florianense, disse mais que logo tenta esclarecer aos amigos, mas isso não deixa de constranger um pouco. Ele lamenta o homônimo ligado a um crime tão cruel."
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1979.

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Já faz tempo, maio de 1979, - eu, sem camisa e em pé (aos dezesseis anos), ao lado, FRANCISCO DONATO (famoso CHICO FILHO), sentados GRIGÓRIO TRAJANO (Leite Bom Lugar), de camisa, e JOAILTON CUNHA (MANO, sócio do Colégio Dinâmico) sem camisa, - que nossos cabelos já não são os mesmos. Ainda bem. E não era só por causa do vento, não, que era forte no alto do prédio em que morávamos, Treme-Treme, em Fortaleza. Bons tempos. Só para lembrar.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

REVIVENDO O ESPELHO DE OUTRORA.

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1987. Um cara bonito igual a este eu nunca vi. Até porque "narciso acha feio o que não é espelho". Alguns me dizem que isto é síndrome de Peter Pan, digo que é apenas revisita a um tempo em que o espelho me agradava muito.
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1984. Foto para carteira do Sindicato dos Bancários do Ceará, quando comecei a trabalhar com carteira assinada. Trabalhar mesmo já o fazia desde criança. Meu pai foi implacável conosco, neste aspecto. Ainda bem.
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SE SAIR O BICHO PEGA.

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A democracia joelista só é válida se as pessoas que se submeterem ao seu jogo democrático – com a sua linguagem própria – aceitarem que o diálogo deve se realizar a partir das ideias propostas por ele, JOREL. Para que exista democracia – democracia joelista – os pressupostos já estão dados, estabelecidos. A liberdade neste tipo de democracia encontra com seus limites na concordância ou discordância daquilo que ele revela como seus desejos, e não como desejo dos participantes do jogo.
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Pois vejamos: JOREL disse recentemente que quem se opõe a ele estará morto politicamente. Para fazer parte de sua democracia não se pode ir além dos seus limites, de suas determinações. Os que fazem parte de seu jogo político não têm direito a sonhar seus próprios sonhos, ou além daquilo que ele autorizar.
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Por que é assim? Porque ele é dogmático, ele é absolutista. Quem pensa assim não abre mão de impor os seus valores dogmáticos como meio de continuar sendo necessário, imprescindível ao grupo. Desse modo ele pensa que fugirá do destino que assombra os seus antecessores que já estão encostados nas estantes da história política de Floriano – para o bem ou para o mal.
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Quando impõe seus valores dogmáticos, ele se afirma como poder e como necessário. Ele sabe que se não tiver o poder nas mãos para se fazer necessário (porque tem aquela caneta) não conseguirá se sustentar nem muito menos impor seus valores dogmáticos àqueles que fazem parte do seu jogo democrático.
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Como o povo de Floriano o classificou recentemente como o 4º pior prefeito do Piauí (Instituto Data AZ), então para continuar necessário ele já cogita aumentar o seu poder manipulando o jogo democrático de sua sucessão. Muito provavelmente ele não será candidato a deputado estadual. Se ele sair nessa empreitada arriscada pode ser que vá se encostar nas estantes da história muito mais cedo do que o previsto.
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Ficando, conduzirá o jogo sucessório com seus valores dogmáticos e sua linguagem garantido-se necessário através do próximo prefeito. Que características deve ter seu escolhido para concorrer a este cargo? Se houver dois pretendentes com boas chances de vencer tanto uma campanha para deputado estadual e também para prefeito, e se um deles falar mais adequadamente a linguagem do jogo democrático do prefeito é claro que o escolhido será o que tiver tais características. O outro será candidato a deputado estadual. Porque é menos manipulável.
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Nas duas hipóteses JOREL continuará comandando o jogo. Se for candidato a deputado estadual perderá, inevitavelmente, a influência sobre o processo sucessório. JOREL sabe que faz parte do jogo político ter aliados para poder vencer os embates eleitorais e quem exerce o poder pode fazê-lo seguindo a sua própria linguagem. Aliás, como ele fez com seus pais ideológicos que estão encostados nas estantes da história, e para onde ele irá em breve também.
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Já conheço a intenção dos discursos de JOREL quando ele diz que falou a verdade. Como alguns não veem essa sua verdade ele cria situações constrangedoras para ressaltar a sua verdade. Como no caso da foto dele lá nas obras do aeroporto fazendo-se passar por autor da obra. É como quem diz: “Vocês estão cegos? Está aqui a verdade”.
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Ele é o dono do discurso da verdade. Ele é absolutista, é dogmático. E enquanto não crermos na sua verdade ele vai nos massacrar com propagandas desse tipo. Principalmente agora que voltou às pazes com alguns setores da imprensa.
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Ah, JOREL, como é triste “sobreviver à própria utilidade” e ficar vagando por aí como um fantasma assustando, desmerecendo e subestimando quem é ético na vida e na política. Vá se encostar logo nas estantes, JOREL, vá.
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MAIS UM BLOG.

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Mais um blog de florianense. Esse é do meu amigo MARCELLO BRANDÃO DO PIAUÍ. Para acessá-lo é só digitar: www.marcello1brandao.blogspot.com e curta momentos de descontração e informações sobre como ele pensa. É bom que apareçam vários blogs sobre Floriano para que cada um dê a sua contribuição para a formação da identidade de nossa cidade. Um único ponto de vista não é suficiente para se ter uma visão completa sobre a nossa cidade, seus cidadãos e as coisas que acontecem aqui. Sucesso, companheiro.
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PIADA.

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Essa é boa.
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Acordei com uma baita ressaca e do lado da cama tinha um copo d'água e duas aspirinas. Olhei em volta e vi minha roupa passada e pendurada.
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O quarto estava em perfeita ordem. Havia um bilhete de minha mulher: Querido, deixei seu café pronto na cozinha. Fui ao supermercado. Beijos.
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Desci e encontrei uma mesa cheia, café esperando por mim.
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Perguntei à minha filha:
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- O que aconteceu ontem?
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- Bem, pai, você chegou às 3 da madrugada, completamente bêbado, vomitou no tapete da sala, quebrou móveis, urinou na cristaleira antes de chegar no quarto.
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- E por que está tudo arrumado, café preparado, roupa passada, aspirinas para a ressaca e um bilhete amoroso da sua mãe?
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- Bem, é que mamãe o arrastou até a cama e, quando ela estava tirando a sua calça, você gritou:
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- NÃO FAÇA ISSO MOÇA, EU SOU CASADO!
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* Ressaca: 70 reais.
* Móveis destruídos: 1.200 reais.
* Café da manhã: 20 reais.
* Dizer a frase certa no momento certo: Não tem preço!
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

SENADOR DE VERDADE???

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Senador TED KENNEDY, tem lá seus méritos, mas não eram tantos assim ao ponto de ser chamado de senador de verdade.
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Vejam se este senhor possui as características ideais para ser senador de algum país. Relatarei algumas delas e depois farei um comentário sobre o que a originou.
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Foi um derrotado pela bebida e escapou da irrelevância. Vivia bêbado como um irlandês, e tal como os irmãos, com moral sexual de imperador romano (ou seja, um viciado incorrigível em sexo – de qualquer jeito em qualquer lugar, inclusive foi pego fazendo sexo num restaurante). Frequentador de “festinhas”, numa delas saiu bêbado com uma secretária loira e causou um acidente que resultou na morte dela, afogada. O que ele fez após o acidente? Chamou primeiro os advogados e a polícia somente nove horas depois. Certa vez estava numa boate com um sobrinho, saíram de lá com uma moça que depois acusou seu sobrinho de estupro. A primeira mulher era alcoólatra. Chega.
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Tudo isto você pode ler de forma mais detalhada numa reportagem (O homem que salvou a si mesmo) da revista Veja de 02/09/2009. No final a autora, VILMA GRYZINSKI, faz um elogio a tudo isto aí e diz que esse, sim, era um senador de verdade. A reportagem trata da morte do senador americano TED KENNEDY. Basta ser americano e liberal para todos os erros serem desculpados vergonhosamente por esta publicação enfadonha semanal do colorário neo-liberal.
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Não estou entrando no mérito da atuação como senador, mas fazendo um destaque para o que a revista ver como características ideais de um senador. Se os daqui pouco se salvam, os de lá são elogiados.
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O QUE VOCÊ PENSA SOBRE ISSO?

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Olha a foto dela (ops, dele) aí.
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ELITE TÃO PURA QUE CHEGA A SER NETA DE HITLER
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Uma das coisas mais interessantes a respeito da “biologia de discriminação” é que ela é cega. Quando era mera ideologia, vinda da Alemanha nazista e sem qualquer êxito científico verdadeiro, os estudos desejosos de determinar as origens e as propriedades dos humanos, atribuindo-as a cargas genéticas, foram rechaçados por todos os democratas do mundo.
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Todavia, agora, esses estudos ganharam outro rumo. Não se trata de mera ideologia. A engenharia genética avançou mesmo. Os testes de DNA – para citar apenas um exemplo – ajudam não só no campo das ciências naturais, no tratamento de doenças e na prevenção, mas também no campo da história, da filosofia e das ciências humanas em geral, detectando origens de grupos sociais e determinando quem é quem quanto ao que se descobre em sítios arqueológicos. A cada dia que passa, os democratas do mundo todo começam a perceber que a biologia, apesar de ter sido usada por Hitler para mentir, quando diz algo útil, mostra que não é fruto do demônio.
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Todavia, como o destino sempre é irônico, agora esses exames de DNA estão servindo para caçar – no bom sentido – parentes de Hitler ainda vivos. Já foram descobertos mais de 40 vivos (
artigo). Trata-se, é claro, apenas de curiosidade e, é claro, de tentativas de escritores de encontrar algum parente de Hitler que conte alguma coisa que ainda não foi contada sobre uma das biografias que mais fascina os leitores, a de Hitler. Mesmo que não consiga conversar com nenhum desses parentes (a maioria são sofridos fugitivos do nazismo ou herdeiros destes), quem tiver o mapa da família de Hitler nas mãos terá algo para colocar no mercado editorial – algo lucrativo.
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Até aí, para além da curiosidade sobre Hitler que, é certo, nunca cessa, nada há de interessante. Mas, a idéia que salta dessa caça aos familiares de Hitler é simples e óbvia, mas que, até agora, não havia sido estampada de modo tão nítido. Talvez seja isso que esteja preocupando tanto os que estão com medo de que o Brasil possa ser mapeado não só por classes sociais, mas também por grupos étnicos. Até então, os homens da elite que se dizem brancos, nunca se importaram com tal mapeamento que, agora, dizem se importar. Em nossas carteiras de identidade há o registro da cor, e isso sempre foi assim. Mas agora, a direita política começou uma gritaria, denunciando algo que não consigo enxergar, que seria uma divisão do país a partir de critérios raciais. Ora, será que essa direita está com medo de que, num futuro próximo, um ditador populista a coloque para fazer exames e mais exames de DNA, mostrando que ela é, em sua maioria, bastarda? Estão com medo de descobrir que o sangue azul que imaginam ter é bem vermelhinho e, também, cheio de restos de sífilis dos bandidos e prostitutas, todos os degradados de Portugal que, enfim, deram a base genética dos “paulistas de quatrocentos anos” e de outras elites regionais em nosso país.
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Cada pessoa que, hoje, grita contra cotas raciais e tenta não entender que se trata de uma política não para ampliar educação, mas para fazer todo mundo poder andar em todos os lugares, de um modo a quebrar não-familiaridades de modo mais rápido, parece que, no fundo, está com medo da biologia discriminatória. Pois agora, essa biologia pode servir não para ampliar preconceitos, mas para quebrá-los. Podemos descobrir não que há filhos de Hitler entre nós, mas algo completamente saudável – filhos de pessoas que não possuem carga genética de ladrões só quando tal carga vem do índio e do negro. Pois o índio e o negro não eram ladrões. Já o branco português, em boa parte, não veio para cá por livre e espontânea vontade não. Durante muito tempo Portugal se livrou de seus criminosos com o “caminho das Índias” que, enfim, dava nas costas do Brasil.
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Ora, é claro que esse tipo de análise, para filósofos como eu, democratas, pouco importa. Carga genética é alguma coisa que vale a pena considerar, mas não para determinações desse tipo – isso é inútil. Mas, sabendo que alguns que se acham azuis mais claros que todos os azuis, no íntimo, se importam sim com o sangue, seria hilariante vê-los apavorados diante do DNA. Seria interessante vê-los descobrir que apesar de não serem filhos dos pais que pensam ser, são sim netos dos avós que não gostariam de mostrar. Se descobrirem isso, acho que vão parar de escrever contra cotas, fingindo estarem defendendo a igualdade – será? Será que tomarão juízo?
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© PAULO GHIRALDELLI JR.
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São Paulo, 14 Setembro de 2009
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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O TÍTONO DE JOREL.

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Ilustração do mito de AURORA e TÍTONO.
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- AURORA (ÉOS) apaixonara-se por um lindo rapaz que se chamava TÍTONO. Raptara-o para viverem juntos, e, com a desculpa de que não podia ficar longe do rapaz, pedira a ZEUS a imortalidade (dele, pois ela era uma deusa) para nunca mais se separar dele. ZEUS, com um sorrisinho irônico, lhe dissera: “Aceito conceder a imortalidade”. Assim sendo, no palácio do Olimpo onde AURORA morava, TÍTONO chegara como um jovem, com o privilégio de nunca ter de morrer, mas ao fim de certo tempo ficou pior do que um velho, pois aos cento e cinquenta ou duzentos anos tornou-se igual a um inseto encarquilhado, que não podia mais falar nem se mexer, alimentando-se de nada. Um fantasma vivo.
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Isto é um relato mítico do livro “O universo, os deuses, os homens” de JEAN-PIERRE VERNANT, p.122.
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O prefeito JOREL agiu como ZEUS no caso de um apaninguado que pertence a um partido político que, coligado, o levou a reeleição. Esse militante político não consultou o seu partido para pedir um carguinho a JOREL. Juntou-se a outro de sua igualha e se arriscaram. No seu partido isto é discutido em assembleia e decidido em conjunto, sempre foi assim. Mas ele, sedento por assumir logo uma boquinha, pois sem ela não poderia executar os seus planos pessoais, não deu a menor bola para o partido e os outros companheiros.
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Mas JOREL atendeu aos apelos com um sorrisinho irônico no canto da boca (que eu sei). Reservou-lhe um cargo inferior e sem muita importância. O mesmo tem se rebolado para aparecer na mídia e tentar se mostrar útil e merecedor da boquinha.
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O prefeito sabe que ele vai terminar sendo isolado por aqueles que contam dentro do partido e vai terminar como um fantasma. Mas JOREL fez o que prometeu. Se o bajulador vai terminar como um inseto encarquilhado, aí é outra história.
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Dele direi mais coisas depois, e quem ele é. Para mim este sujeito sempre esteve na esteira da irrelevância, da insignificância. Nunca tratei dele aqui simplesmente porque nunca soube de nada que merecesse ser comentado. Mas ele anda me espetando junto à sua praga, e sem razão, apenas para impressionar e justificar o seu salariozinho. Mas de agora em diante ele vai ter muitas razões. Pode preparar o espeto, seu medíocre.
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PIADA.

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Piada repassada por MARCELO BRANDÃO.
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DOIDO É DOIDO.
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Um louco cai na piscina e começa a se afogar. Um outro interno se atira e o salva da morte.
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No dia seguinte, o diretor vai ao quarto do louco salva-vidas e diz:
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- Parabéns! Vim pessoalmente para lhe dar duas notícias: a primeira é ótima: você está de alta! Depois de seu gesto heróico de salvar um interno, nossa equipe concluiu que você está curado e provou isso ao ter essa atitude digna de um verdadeiro herói.
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A segunda notícia não é boa: aquele interno que você salvou ontem, acho que queria se suicidar mesmo. Morreu hoje se enforcando num cinto.
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O doido responde:
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- Não, senhor diretor, ele não se enforcou. Fui eu que o pendurei para secar.
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COTAS???!!!

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UMA GOTA DE SANGUE AZUL
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A direita brasileira não quer que exista aquilo que sempre existiu, ou seja, uma carteira de identidade na qual se registra a cor do indivíduo. Não quer isso porque tal carteira, agora, com a política de cotas para o ensino superior, supostamente daria o direito de negros ricos entrarem na universidade com menos nota do que um branco pobre ou rico.
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A esquerda brasileira é a favor da política de cotas raciais nas universidades. Faz a defesa de tal política dizendo que é um elemento de “justiça histórica”, pelo fato dos negros terem sido escravizados e, depois, favelizados e discriminados pelo preconceito. Além disso, acredita que tal política alavancaria a educação dos negros de modo mais rápido.
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As posições contra as cotas estão sintetizadas no que o professor Demétrio Magnoli advoga no seu livro Uma gota de sangue (Editora Contexto, 2009). As posições da esquerda podem ser vistas no discurso oficial governamental e, enfim, nos de vários intelectuais lulistas. Os argumentos dos dois lados não me convenceram.
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O argumento dos que estão contra a política de cotas, quando quer se passar por liberal, é o da injustiça. Negros ricos dariam saltos sobre brancos pobres. Todavia, esse argumento esbarra nos dados da realidade: diferente dos Estados Unidos da época dos movimentos pelos Direitos Civis, nosso país, formado por maioria não-branca, ainda não tem uma classe média negra. No Brasil, os negros são pobres. Se um negro rico entrar em uma universidade por conta da política de cotas, com nota menor que um branco, isso será a exceção, não a regra. Algo completamente corrigível. Basta que se faça a ampliação das vagas universitárias, o que não é difícil de ocorrer em um país como o nosso, que tem recursos para aplicar na educação.
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É claro que os que estão contra as cotas podem também argumentar que tal política quebra a ordem jurídica liberal – a isonomia perante a lei – e, quando fazemos isso, é necessário saber muito bem o que se coloca no lugar. Pois, em geral, quando substituímos a ordem liberal por outra, o que vem é bem pior do que ela. Todavia, isso também é corrigível. A política de cotas pode ser uma política com data marcada para acabar.
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Se os que não querem as cotas podem vir a argumentar que essa política divide a nação em “brancos” e “negros”, e que isso pode gerar conflitos que antes não existiam, temos razões para pensar que tal afirmação é ideológica, errada, pois os conflitos sempre existiram. Não houve no Brasil racismo, mas preconceito sempre existiu. Não vamos criar racismo de reação dos brancos por causa das cotas raciais. Seria necessário algo muito mais ofensivo, bem mais marcante para que uma coisa assim viesse a ocorrer. Para fazer florescer o racismo seria necessário algo capaz de mobilizar ressentimentos avassaladores. Teríamos de ter uma política que alijasse de uma vez os brancos de concursos públicos e coisas assim. Eu mesmo cheguei a pensar que poderia, sim, existir uma reação branca à política de cotas. Mas ela não veio. A população brasileira entendeu bem a situação e tem sido amável a respeito das cotas. Eu estava errado.
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Sou favorável à política de cotas como ela vem se desenvolvendo. Todavia, não participo do mesmo discurso da esquerda. Pois o problema da política de cotas não é sua institucionalização, e sim as intenções proferidas pela esquerda. Estas sim, quando postas na mesa, criam reações. Aliás, se o discurso da esquerda fosse outro, menos fora de órbita, talvez não houvesse espaço para um livro como o de Demétrio Magnoli.
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A política de cotas não tem eficácia nenhuma do ponto de vista educacional. Ela não serve para melhorar a educação dos negros. Só a escola pública gratuita e de boa qualidade associada a uma boa política de redistribuição de renda é que pode resolver isso. A política de cotas é quantitativa e qualitativa, inócua como política educacional. Também ela é um barco furado quanto à “justiça histórica”. Esse tipo fomento à culpa social apenas gera ressentimentos. Não gera ressentimentos na população brasileira, que já não é mais branca, mas cria oportunidades de surgimento de propaganda conservadora por parte de pequenos grupos, alguns dos compradores do livro de Magnoli.
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Bom, se assim é, qual é o objetivo real da política de cotas que a torna algo eficaz? Eficaz em que sentido? Uma coisa só: colocar os corpos dos negros em lugares que possam ser vistos tanto quanto os corpos dos brancos já eram ali visíveis. Assim, criando a visibilidade mútua, ampliam-se as chances do respeito e da diminuição do preconceito. Na prática, a política de cotas é como a política de co-educação dos sexos, que também foi difícil de ser aceita pelas elites, no início do século XX.
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Parece pouco, mas não é. O preconceito é parente da inveja, uma doença dos olhos. “A grama do vizinho é mais verde”, eis aí a regra de manifestação da inveja. “O negro não existe aqui, neste terreno, eis a prova de que ele é inferior”, eis aí o motor do preconceito. As cotas fazem os brancos conviverem com os negros em um espaço que, até então, não recebia negros. É uma forma de acelerar a diminuição do preconceito do branco para com o negro e de ampliar o respeito do negro consigo mesmo. Não há como esperar o surgimento de uma classe média negra que, então, viria a ocupar a universidade. Isso seria uma má política para um país que oficialmente já não é mais branco. Houve o cruzamento entre o branco e o negro, e assim mesmo, em vários lugares do país, o corpo do negro não é visível. Um empurrão, com a política de cotas, e eis que iremos superar isso. Em pouco tempo teremos um país mais suave e, então, poderemos falar de democracia racial verdadeiramente.
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Caso a esquerda pare de advogar a política de cotas com um discurso errado, talvez possamos despertar menos o ódio conservador que, enfim, não emerge da população em geral, como eu, erradamente, pensei que poderia vir. Com o argumento correto, fica mais fácil não provocar a ira daqueles leitores do professor Demétrio Magnoli ganhos pela sua causa. Ou, no mínimo, evitaremos ter de agüentar mais um livro conservador na praça – um livro tão ideológico quanto a ideologia que diz ter mapeado.
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Por: PAULO GHIRALDELLI JR.
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São Paulo, 9 de setembro de 2009
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