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E continua a exposição das questões da enquete. A sexta questão foi: "Você acha que o florianense dá sempre 'um jeito' de se livrar de punições?". É incontestável a sensação de que isso é mesmo verdade, pelo menos em relação a alguns indivíduos. Mas vamos aos números colhidos e que devem representar ao menos o pensamento daqueles que foram consultados.
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"Analfabeto": 70% disse que SIM. "Ensino Fundamental": 69% disse que SIM. "Ensino Médio": 70% disse que SIM. "Ensino Superior": 72% disse que SIM.
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Quando terminar de mostrar todas as questões darei os números correspondentes à totalidade dos entrevistados. O que podemos inferir a partir do que se respondeu é que existe de forma marcante, na concepção de muitos, o desejo do florianense sempre fugir de suas responsabilidades decorrentes de seus atos.
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Todo ato praticado pode ser avaliado. Se o indivíduo é livre e consciente, então deve ser responsabilizado pelos seus atos. Dizendo de outro modo, se uma pessoa não foi obrigada a cometer um determinado ato e se ela tem consciência clara do que fez, então a consequência positiva ou negativa de seu ato é sua responsabilidade.
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Se alguém não teve a liberdade de escolher agir de uma forma qualquer, moralmente não pode ser responsabilizado. Porque não pôde optar. Não tinha alternativa. E agora outra situação: se um indivíduo não tem consciência psicológica (aquela que nos situa no ambiente em que estamos localizados, inseridos, que nos faz perceber tudo que nos rodeia) do ato que praticou (cleptomaníaco, psicopata) também não pode haver uma responsabilização moral pelos seus atos. Ele não pôde determinar conscientemente agir de tal ou qual forma.
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Mas a maioria de nós não pode ser enquadrado nessas duas exceções. A maioria de nós tem a liberdade de agir dessa ou daquela forma e temos consciência exata do que estamos fazendo e por isso devemos ser punidos (se a ação ferir o código de conduta, a moral social) pela sociedade e suas instituições.
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Tentar encontrar meios de se livrar de punições é uma forma de fugir às responsabilidades. É como se o sujeito estivesse dizendo: "Cometi um erro, sei disso, tive a opção de não errar, mas não quero ser punido por isso (na maioria das vezes o argumento mais requisitado é dizer que 'todo mundo faz' incluindo todas pessoas no mesmo saco da imoralidade). São os ditos "espertos".
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Na verdade são sacripantas que não tem uma moralidade firme. São possuidores daquilo que em Floriano ficou conhecido como "Moral Gelatinosa" (Um determinado candidato a prefeito em eleição passada há muito se referia a um dos atuais candidatos a prefeito como sendo definido por possuir esse comportamento moral - tente imaginar o que pode significar levando em consideração que gelatina é uma "pasta" que se amolda a qualquer tipo de forma).
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Continuo com a minha postura otimista, o resultado de algumas questões pode representar apenas a percepção que se tem do comportamento das pessoas na sociedade, e não o que elas são, ou agem, de maneira efetiva. Lembrar também que grande parte das pessoas quando generalizam elas querem resguarda, justificar, na verdade, a sua prática imoral.
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