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A terceira questão proposta foi: "Você acha que quem exerce cargo público deve beneficiar parentes e amigos?".
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"Analfabetos": 80% disse SIM. "Ensino Fundamental": 55% disse SIM. "Ensino Médio": 32% disse SIM. "Ensino Superior": 22% disse SIM.
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É brincadeira o que aconteceu nessa questão. Num primeiro momento as pessoas são contra alguém que se utiliza de cargos públicos para benefício pessoal (deixa eu ser claro: as pessoas são contra aqueles que investidos de funções públicas roubem para si). Mas, ao mesmo tempo, são a favor que amigos e familiares sejam beneficiados.
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Ou seja, o fundamento dessa resposta parece ser: "não pode roubar só para si, mas pode roubar se eu estiver me beneficiando também".
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Uma coisa absolutamente sem lógica, mesma a mais lamentável lógica. Isso na verdade demonstra um alto grau de "heterogeneidade" moral (JEAN PIAGET). Quando é observador e fiscal dos fatos todos tendem a condenar os descumprimentos às normas morais. Mas quando não tem ninguém observando pensam que não faz o menor sentido seguir normas morais. Se o roubo for institucionalizado não faz sentido falar em roubo. Se todos roubarem não faz sentido falar em condenação.
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Parece uma generalização sem propósito. Mas se analisarmos a totalidade veremos que mesmo entre aqueles mais instruídos 22% aprovam o nepotismo, por exemplo. Esse percentual é bastante revelador de um comportamento moral que ao final proporei como uma possível forma de interpretação.
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A seguir falarei de NEPOTISMO. Amanhã falarei sobre a quarta questão: " Você acha necessário que para exercer algum cargo público o pretendente deve antes adquirir conhecimentos necessários?".
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Vamos aguardar as respostas. Você vai se surpreender.
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