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Quando escreveu "O Príncipe" (1513) e o "Discurso sobre a primeira década de Tito-Livio" MAQUIAVEL (1469-1527) estabeleceu o marco inicial do pensamento moderno. O início do renascimento plantou as sementes que deram frutos à nossa maneira de compreender os fatos à luz da razão.
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As obras de MAQUIAVEL são consideradas como marco inicial pela utilização dos fatos históricos numa narrativa em que se demonstra claramente que na política, assim como concomitante foi demonstrado em outras áreas do conhecimento (COPÉRNICO, GALILEU, KEPLER, VESÁLIO, TARTAGLIA), as circunstâncias são resultantes das ações e decisões dos homens.
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Rompendo epistemologicamente com a antiga ordem estabelecida pelo poder e pela força da Igreja onde as circunstâncias derivavam da competência divina e as decisões revelavam a vontade de Deus e não dos interesses dos que lutavam pelo poder. MAQUIAVEL, escreve didaticamente e de forma irônica dedica "O Príncipe" a LOURENÇO II (1492-1519).
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O livro, para alguns iniciantes parece enfadonho em seus primeiros capítulos, é cheio de exemplos e ações de governantes para justificar uma ou outra maneira de um príncipe governar. É um manual de instruções aos novos príncipes com métodos descritos em detalhes e os meios que devem ser utilizados porque mais adequados aos governantes.
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ROUSSEAU (1712-1778) disse que a ironia reside no fato de o livro ser dedicado aos poderosos como lições, mas que na verdade servia ao povo para mostrar-lhe como ocorrem as decisões e ações políticas. Tanto que depois o livro entra para o Index. O poder se conquista e se exerce não por decisão divina (como quis fazer crer o prefeito JOEL quando organizou um arrastão até a igreja da Guia logo depois do resultado da eleição para, segundo ele, agradecer a Deus), mas pelo resultado das relações e decisões políticas dos homens envolvidos no processo.
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