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terça-feira, 14 de outubro de 2008

TEORIA DA NÃO-DENÚNCIA - II.

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Desse modo foi-se o tempo em que "políticos" corruptos agiam de forma truculenta, violenta para impor as suas pretensões. Esses "políticos" estão saindo de cena abrindo espaço para os "novos políticos" corruptos. Porque dotados de novas ferramentas. As ferramentas das idéias. E nessa seara os truculentos não habitam. São duas coisas completamente antípodas.
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Estamos assistindo a uma propagação contínua e gradual da idéia equivocada, descolada da original que prega a necessidade da elevação do nível dos embates políticos que é a ideía que, além de xingamentos, palavrões, calúnias, ameaças, cartas anônimas, dossiês falsos... deve-se acrescentar outra por conta do equívoco do senso comum, (é a idéia que combato nesta postagem): críticas, denúncias comprovadas, desmentidos irrefutáveis, documentos comprometedores devem ficar também fora dos embates políticos.
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Lembram dos debates desta última eleição? Não foram permitidos aos participantes, por regras impostas, principalmente pelas emissoras, a utilização desses recursos. Atendendo a quais interesses? A mando de quem?
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É esse o equívoco que denuncio. Porque criticar é, também, analisar uma questão sob todos os aspectos possíveis que possam explicá-la e não apenas sob um aspecto, aquele que interessa apenas a um dos interlocutores do debate político. Criticar é revelar as verdades escondidas, camufladas, parciais.
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Se mostrar em debates, ou em outros embates políticos, os erros e atos corruptos de adversários fica proibido, então os corruptos estarão blindados contra o desvelamento de tais erros e atos corruptos (superfaturamento de preços em obras e compras, notas fiscais frias, desvios de recursos...) E tudo isso interessa a quem? Aos cidadãos críticos e honestos que desejam uma administração pública voltada para as necessidades da sociedade?
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Interessa a quem que os eleitores fiquem alienados dessas questões - os corruptos.
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