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sábado, 18 de outubro de 2008

AMOR ERÓTICO - III.

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De certo modo o niilismo apontado por NIETZSCHE resulta do assassinato de Deus "por todos nós". Uma cultura construída na crença de um Deus criador da base moral e condicionante do agir humano está levando a todos rumo ao "nada". O "nada" seria a situação de desespero em que nos encontramos por termos matado Deus.
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Como estrutura moral e condicionamento do agir a sua morte deixa a todos perdidos sem saber que rumo seguir e desacreditando de tudo.
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No meu simplório modo de pensar o homem seria muito pequeno se se entregasse ao niilismo pelo confronto revelador que expõe a podridão de algumas normas condicionantes do seu agir e isso o levasse à "nadificação" de sua cultura, de sua vida.
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Somos maiores. Diante de tal confronto temos que criar novas condições e novos valores e seguir rumo à dignidade. Valores laicos e a certeza que o confronto com a realidade, no caminho da dignificação, é doloroso, tem sofrimento.
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O que não posso é aceitar a vitória da decadente postura dos corruptos e trilhar o caminho da sobrevivência compactuando, aceitando o seu modo de ser.
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Um exemplo disso foi que um elemento disse certa vez que não daria para viver num mundo como penso que deva ser. E aqui respondo alegoricamente: um sujeito que se interna porque se reconheceu viciado em sexo. Foi a uma clínica de recuperação e não tinha como suprir as suas necessidades. Então, fez um buraco na parece. Assim deve se imaginar o elemento vivendo num mundo onde se condena a corrupção na administração pública.
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Não sou, nunca fui, nem desejo ser santo. Aliás, detesto esse esteriótipo religioso porque não ceio que exista um ser superior ao meu próprio ser. Sou um humano com defeitos, limites, valores divergentes. Não sou melhor, sou diferente. Niilista, nunca. Acredito que os humanos podem reconstruir-se sempre.
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Quem está certo: aquele que condena ou quem compactua? Se nós não soubermos responder com convicção, então está na hora de cometermos mais um "assassinato". O "assassinato" do deus condicionante desse agir político instituído, do deus criador desses antivalores que é o esteriótipo do "político esperto", ou viveremos num auto-engano consciente. Mas nunca niilismo.
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No lugar em que todos roubam, não tem sentido falar em roubo. No lugar em que todos amam livremente (como na letra da música), não tem sentido falar em infidelidade. No lugar em que todos respeitam o direito de todos serem como são, não tem sentido ser homofóbico.
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O que resto é com você.
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