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terça-feira, 21 de outubro de 2008

LANÇAMENTO DE LIVRO - II.

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Olha pessoal, vou transcrever alguns versos e trechos do livro "O poeta e o silêncio" de JOSÉ OSÓRIO FILHO. O que se segue é produção intelectual dele. Não discutimos nossas visões de mundo, mas essa ressalva é para que vejam que sou uma doçura, um docinho. Vejam a dureza como ele expressa as suas visões sobre a realidade em suas dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais e religiosas.
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Em "A crise cultural e moral do povo brasileiro" ele diz assim: "Vivemos em um país em que o poder está nas mãos dos homens de mau caráter e personalidade duvidosas, que vivem embebidos em um mar de corrupção; e por essas razões, de tanto ver triunfar as falcatruas e as injustiças, uma pequena parcela pensante da população há tempo não acredita na virtude dos homens e tampouco nos poderes constituídos. Resta infelizmente, aos alienados sociais, sonhar com melhores dias, haja vista que a maioria da sociedade brasileira ainda é dominada pelo sentimentalismo."
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Em "Essa gente" ele vê a postura política e moral de nossa gente assim: "Aqui eles crescem, elegem seus escravizadores, morrem depois dos trinta, por falta de conhecimento, analfabetismo, poder e depressão social, desemprego e uma vida ignorada, de um animal irracional."
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Nesses versos do poema "A inspiração" ele mostra que sabe ser lírico quando a temática demanda lirismo: "...é o poeta/ que espelha a voz/ ante a multidão, não/ quer paixão nem guarida/ só quer o silêncio, a/ caneta e papel/ para rabiscar a vida."
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Ele volta ao desapontamento com as posturas do povo em "Solitário": "A dor maior que existe em mim é conviver com um povo subdesenvolvido, um povo faminto e burguês, uma sociedade que desconhece o mínimo de educação que qualquer pessoa deve ter com relação ao próximo... por isso meu semelhante é a solidão, a única voz do silêncio que predomina sobre meu coração."
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O reflexo da falta de elementos materiais necessários a subsistência do poeta é retratado em "Passado". Queria eu ter despertado tão cedo em mim essa responsabilidade em busca de garantir os elementos fundamentais para preparar a vida para esse mundo, mas OSÓRIO diz muito bem de sua experiência: "A responsabilidade foi o cerne no meu modo de pensar, assumi a postura de adulto e fui trabalhar, não tive infância e nem tempo para brincar, passei frio e fome, e cheguei a delirar, sonhando com meu próprio sacrifício sem poder reclamar".
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Todas as manifestações poéticas são ao mesmo tempo políticas, sociais e econômicas porque essas dimensões se interpenetram pelo caráter público e gregário. Ninguém pode viver o aspecto político isoladamente, pois política requer a convivência com o outro para atingir seus objetivos. Assim também com a dimensão social e econômica. O que se faz na prática política diz respeito a todos nós, sim. O que se segue parace que foi escrito para aquele nosso colega, mas não foi. Se bem que poderia ter sido. Então vamos ler um trecho de "O poder dos eleitores": "Um humilde pervertido escala seu reinado entre corrupção e o escândalo; o povo, se possível, o reelege com o mesmo entusiasmo; com o poder em mãos, ele é contra os governados, e, ao mesmo tempo, os eleitores dão confiança e cobertura para esses alvissareiros, que governam um monte de aluados."
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Ele as vezes é mais duro que tudo isso, mas você deve procurá-lo pelo e-mail's para comprar o livro e conhecê-lo melhor: osorio-filho@bol.com.br ou osoriofilhomendes@yahoo.com.br
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Um comentário:

Anônimo disse...

www.claudiohumberto.com.br