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Em postagem anterior falei do livro do OSÓRIO (está no convite com Z). Como disse, fui ao lançamento lá no Maria Bonita no sábado passado. Estava lotado. Tinha gente em pé. Pena que as pessoas que "tomam de conta" do teatro não tenham tido, até agora, a responsabilidade de instalar aparelhos capazes de refrigerar o ar de maneira adequada. Todo mundo se abanando, terrível.
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Mas o que interessa agora é falar da festa proporcionada pelo lançamento do livro. Estavam presentes algumas pessoas interessantes: Prof. DJALMA NUNES FILHO, Prof. FREITAS, Prof. OSCAR PROCÓPIO ( o futuro - daqui a dois anos - prefeito), Prof. MIGUEL VIEIRA, Prof. ODIMÓGENES. Além de inúmeros outros profissionais de várias áreas diferentes.
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A apresentação dos poemas por atores num cenário ideal para leitura de poesias (sem muita coisa para desviar a atenção) fez as pessoas aplaudirem os poemas e a interpretação dos mesmos. Quando a apresentação foi iniciada vimos num telão um breve histórico da vida do autor. Do nascimento até o momento onde exerce as suas atividades profissionais e criativas, fez-se um intinerário que saiu de uma localidade do interior de Amarante (local onde ele nasceu), passando por São Paulo até chegar a Floriano.
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Li todos os poemas e prosas. O relato do autor sobre a vida e as pessoas nas suas relações sociais, políticas, econômicas e culturais revelam um graus de pessimismo característico das pessoas que desenvolveram a capacidade de análise crítica da realidade. Isso é bom ou é ruim? Isso é ótimo, pois aquele que consegue ver as coisas além do que elas parecem ser é capaz de indicar aos demais os erros e acertos. O que é e o que deve ser. E isso OSÓRIO faz muito bem. É certo que por vezes de maneira dura, inescapável.
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Entendo que as vezes somos levados ao desencanto com a esperança de educar para a cidadania, mas temos que ter esperança sempre, senão desistiremos desse processo. OSÓRIO não desiste, apenas mostra-se caiado de um certo grau de ceticismo. E quem não o possui diante de uma realidade que de quando em vez demonstra-se incorrigível (veja resultado de nossa última eleição).
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Sua veia literária demonstra uma certa desconfiança, em relação aos humanos, decorrente das condições materiais descritas em poemas no início de sua vida. A morte do pai, as dificuldades de manutenção de sua vida, a busca por educação, por trabalho... Isso tudo num ambiente de determinação e compromisso com a vida e sua profissionalização.
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Na próxima postagem falarei de alguns poemas e suas temáticas. Foi uma noite de festa. Tudo bem organizado. Só não esperei pelo autógrafo porque tinha que ir a um aniversário. Mas na hora que nos encontrarmos de novo terá ele que assinar o meu (dele) livro.
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