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Em Itaflo algo chamou atenção nessa eleição. O número de eleitores aumentou, mas a quantidade de votos dos vereadores mais votados foi artificialemente aumentada.
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Na eleição passada a pessoa mais votada pouco ultrapassou os 1.000 votos. Mas nesta última o negócio foi demais. A barreira dos 1.300 votos foi rompida. O que levou ao aumento disparado de eleitores num só vereador?
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A Justiça Eleitoral assim como as leis vigentes no país dizem que comprar votos e proibido e que quem for flagrado em tal prática será detido e terá instaurado um inquérito para posterior averiguação. Todo mundo sabe que negociar votos é coisa de candidaro bandido, pilantra, picareta. Tudo bem. Mas como em Itaflo se faz para mascarar essa prática e dá-lhe uma imagem de legalidade?
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Essa prática não é nova, mas existe para que a compra de votos seja legalizada na cara dura. O juiz eleitoral é a pessoa, junto com outras autoridades, responsável pela preservação do processo dentro da legalidade. Mas o candidato consegue com eufemismos disfarçar a pilantragem.
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Em Itaflo os candidatos dizem em alto e bom som que na última semana da campanha eleitoral irão contrar 1.500, 2.000 pessoas para trabalharem de "fiscal" e para fazerem "boca de urna". Teve candidato em Itaflo que pagou R$ 60,00 para cada pessoa contratada. Outros foram mais sensíveis e paragaram R$ 80,00. Outros mais modestos ficaram entre R$ 30,00 e R$ 50,00.
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Pela disponibilidade desses números dá para inferir quem teve mais chace de ser eleito: aquele que trabalhou socialmente durante quatro anos em sua comunidade se preparando para que fosse reconhecido e outros que nunca fizeram nada por ninguém, chegaram nos últimos dias e "contrataram" os ajudantes.
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Teve gente que entrou em igrejas e fechou as portas pedindo aos comparsas que direcionassem os votos para a sua candidatura. Não há diferença, houve coação do mesmo jeito que aqueles que foram contratados. Coagidos para votar em quem não vale o que o gato enterra. Em Itaflo há muito disso.
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As pessoas contratadas são reunidas separadas ou todas juntas mesmo e são alertadas que em seu "cadastro" há o número da seção e que se tantos votos não resultarem na urna não haverá pagamento. É coação.
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Os candidatos de Itaflo não "contrataram" 1.500, 2000 pessoas para "trabalharem" no dia da eleição. Eles compraram 1.500, 2000 votos na maior cara dura. Mas não houve nenhum candidato com 1.500 votos. O negócio é que há sempre uma "quebra". Tem contratado que não se intimida e vota em quem quer, mesmo correndo o risco de não receber o dinheiro.
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Desse jeito em Itaflo não existe DEMOCRACIA, mas sim uma PLUTOCRACIA. Ou seja, não adianta as pessoas que não têm dinheiro participar do processo eleitoral. Em Itaflo pobre ou pessoas que não querem gastar dinheiro comprando votos não têm nenhuma chance de ser eleito. É uma vergonha descaradamente sabida e reconheicda por todos. Todos sabem que isso acontece em Itaflo. Não existe nenhum hipócrita que tenha a coragem de dizer que não sabia de nada disso.
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Pobre, em Itaflo, não tem como ser eleito vereador, só algumas raríssimas exceções puderam romper esse cordão que marca o domínio do poder legislativo de Itaflo. Pobre só se for ajudado por alguém disposto a pagar para elegê-lo vereador.
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Itaflo é maior cidade produtara de laranja do Brasil. Os laranjas nesse caso são os eleitores que entram na dança da canalhice e se deixam embriagar pela falta de caráter desses candidatos. Infelizmente os moradores de Itaflo ainda terão de conviver com gente desse tipo e ainda ter que chamá-lo, em solenidades, de Vossa Excelência. É de lascar.
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"Quem compra voto é pilantra" é o verso que permeia todo o poeminha que fiz em postagem anterior e que cai muito bem a esses canalhas de Itaflo que compram votos para se elegerem.
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DEMOCRACIA, originalmente, seria "governo do (pelo) povo". A democracia nasceu direta na Grécia Antiga, depois se tornou representativa. É por isso que os cidadãos de Itaflo, como de todo o Brasil, têm que votar em candidatos a vereador, seus representantes no legislativo.
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PLUTOCRACIA seria o governo dos ricos, ou daqueles que têm muito dinheiro. Seria esse portanto o modelo político de Itaflo. Quem manda é quem tem dinheiro e acabou a conversa.
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E será que vale a pena gastar tanto dinheiro para ser eleito. Se o morador de Itaflo desejar saber é só se dirigir a qualquer um da lista de eleitos.
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