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JOEL, pense bem: Você pode fazer o que você quiser, pensar o que bem entender, disse o ATEU.
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- Mas espera aí e a igreja, e a sociedade, e a minha alma, como poderei conviver com os outros, ir à Igreja, e o pior, quando eu morrer e minha alma for para o “ou topos”, como vai ser se eu me comportar assim? Perguntou o apressado JOEL.
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- Calma, JOEL. Vou lhe dar um conselho. Seja egoísta (mais ainda) e entre para a política. Você vai resolver todas as suas dúvidas existenciais e necessidades materiais.
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- Mas como? A política não é uma atividade que se deve praticar visando ao bem comum e não o aspecto particular? Explica melhor o que você disse.
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- JOEL, você vai fazer política atendendo às necessidades da sociedade, mas não porque você deva satisfazer a sociedade. Ela não é o seu propósito. Mas porque será assim, fazendo política partidária, é que você vai conseguir o que quer. Desse modo você vai matar dois coelhos com uma só cajadada.
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- Não existe Deus, alma, bem social e a igreja é apenas uma instituição que tem a função de manter a organização social com suas verdades, seus valores e suas pregações que dizem como as pessoas devem se comportar para manter a sociedade coesa, harmoniosa, ou seja, para que ela continue a ser sempre do jeito que ela é. A igreja é o “capitão–do–mato” da sociedade. Continuou o ATEU.
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- Meu Deus, por que ainda converso com esse homem? Perguntou–se JOEL mais chocado ainda do que na primeira vez.
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Ele resolveu mudar de assunto e perguntou quem era mesmo aquele homem que havia morrido e estava sendo velado na sala e qual a causa da morte.
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O ATEU disse–lhe que era um homem muito rico e havia morrido de derrame e que ele se chamava PAULO. Havia morado, junto com seus familiares ali presentes, numa época anterior próximo à casa de JOEL.
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- Eu já sei quem é, exclamou JOEL. Bem que notei que aquelas pessoas não eram completamente desconhecidas. Mas como elas não eram muito simpáticas com a vizinhança poucas vezes foram vistas na rua. Viviam enclausuradas dentro de casa.
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Algum tempo depois JOEL reconheceu alguma plausibilidade em algumas idéias do ATEU e deu um novo rumo à sua vida. Entrou para a política e fez aquilo que o ATEU lhe falou.
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Hoje, JOEL não pensa mais em almas. Resolveu ficar com as respostas do “capitão–do–mato” sobre as questões que tantas dúvidas lhe causaram e busca resolver suas necessidades materiais através de um cargo público.
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- As nossas almas são entes cujo significado cada um pode lhes atribuir como bem entender, cada um age como acha que deve agir em relação a elas, mas sem esquecer as consequências dos atos que poderão surgir. Depois, por via das dúvidas, ter que haver com Deus. Ele criou a matéria, mas quis participar dessa criação de forma indireta, aí criou as almas para nos conduzir, como criaturas, ao encontro do Criador. Tá bom, esse negócio de alma é muito complicado. Assim concluiu JOEL a cerca das almas.
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- É melhor ir ver se os homens que estão trabalhando numa reforma lá em casa já terminaram com o serviço. Falou, despedindo-se, JOEL.
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A casa a que JOEL se refere aqui é a casa que algum tempo depois comprara dos familiares de PAULO.
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- Vai, vai com eles, vai JOEL. Almas não existem. Vai cuidar da tua vida. Para que ficar parado, fazendo nada, pensando em almas*? Se Deus existisse nós não seríamos motivo para despertar preocupação n’Ele, não. Teria coisa mais importante para fazer. Diria o ATEU, com certeza, se estive perto de JOEL.
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Quando chegou à nova casa JOEL ficou encantado com o trabalho que os homens fizeram. A pintura estava perfeita. Principalmente a do quarto dele que foi pintado com uma cor especial: amarelo–laranja. Desse modo JOEL poderá todo dia de manhã observar aquela cor encantadora e lembrar do seu passado entre sorrisos amarelos inspirados na cor alaranjada dos raios de sol que hoje o faz lembrar, saudoso, de sua adolescência. Mas uma lembrança dos bons momentos, nada de miséria, só das inquietações metafísicas que terminaram o levando ao “materialismo”. JOEL driblou o medo, as almas e a vida.
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- Mas espera aí e a igreja, e a sociedade, e a minha alma, como poderei conviver com os outros, ir à Igreja, e o pior, quando eu morrer e minha alma for para o “ou topos”, como vai ser se eu me comportar assim? Perguntou o apressado JOEL.
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- Calma, JOEL. Vou lhe dar um conselho. Seja egoísta (mais ainda) e entre para a política. Você vai resolver todas as suas dúvidas existenciais e necessidades materiais.
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- Mas como? A política não é uma atividade que se deve praticar visando ao bem comum e não o aspecto particular? Explica melhor o que você disse.
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- JOEL, você vai fazer política atendendo às necessidades da sociedade, mas não porque você deva satisfazer a sociedade. Ela não é o seu propósito. Mas porque será assim, fazendo política partidária, é que você vai conseguir o que quer. Desse modo você vai matar dois coelhos com uma só cajadada.
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- Não existe Deus, alma, bem social e a igreja é apenas uma instituição que tem a função de manter a organização social com suas verdades, seus valores e suas pregações que dizem como as pessoas devem se comportar para manter a sociedade coesa, harmoniosa, ou seja, para que ela continue a ser sempre do jeito que ela é. A igreja é o “capitão–do–mato” da sociedade. Continuou o ATEU.
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- Meu Deus, por que ainda converso com esse homem? Perguntou–se JOEL mais chocado ainda do que na primeira vez.
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Ele resolveu mudar de assunto e perguntou quem era mesmo aquele homem que havia morrido e estava sendo velado na sala e qual a causa da morte.
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O ATEU disse–lhe que era um homem muito rico e havia morrido de derrame e que ele se chamava PAULO. Havia morado, junto com seus familiares ali presentes, numa época anterior próximo à casa de JOEL.
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- Eu já sei quem é, exclamou JOEL. Bem que notei que aquelas pessoas não eram completamente desconhecidas. Mas como elas não eram muito simpáticas com a vizinhança poucas vezes foram vistas na rua. Viviam enclausuradas dentro de casa.
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Algum tempo depois JOEL reconheceu alguma plausibilidade em algumas idéias do ATEU e deu um novo rumo à sua vida. Entrou para a política e fez aquilo que o ATEU lhe falou.
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Hoje, JOEL não pensa mais em almas. Resolveu ficar com as respostas do “capitão–do–mato” sobre as questões que tantas dúvidas lhe causaram e busca resolver suas necessidades materiais através de um cargo público.
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- As nossas almas são entes cujo significado cada um pode lhes atribuir como bem entender, cada um age como acha que deve agir em relação a elas, mas sem esquecer as consequências dos atos que poderão surgir. Depois, por via das dúvidas, ter que haver com Deus. Ele criou a matéria, mas quis participar dessa criação de forma indireta, aí criou as almas para nos conduzir, como criaturas, ao encontro do Criador. Tá bom, esse negócio de alma é muito complicado. Assim concluiu JOEL a cerca das almas.
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- É melhor ir ver se os homens que estão trabalhando numa reforma lá em casa já terminaram com o serviço. Falou, despedindo-se, JOEL.
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A casa a que JOEL se refere aqui é a casa que algum tempo depois comprara dos familiares de PAULO.
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- Vai, vai com eles, vai JOEL. Almas não existem. Vai cuidar da tua vida. Para que ficar parado, fazendo nada, pensando em almas*? Se Deus existisse nós não seríamos motivo para despertar preocupação n’Ele, não. Teria coisa mais importante para fazer. Diria o ATEU, com certeza, se estive perto de JOEL.
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Quando chegou à nova casa JOEL ficou encantado com o trabalho que os homens fizeram. A pintura estava perfeita. Principalmente a do quarto dele que foi pintado com uma cor especial: amarelo–laranja. Desse modo JOEL poderá todo dia de manhã observar aquela cor encantadora e lembrar do seu passado entre sorrisos amarelos inspirados na cor alaranjada dos raios de sol que hoje o faz lembrar, saudoso, de sua adolescência. Mas uma lembrança dos bons momentos, nada de miséria, só das inquietações metafísicas que terminaram o levando ao “materialismo”. JOEL driblou o medo, as almas e a vida.
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* O ATEU assistiu ao filme “Vida Maria”.
* O ATEU assistiu ao filme “Vida Maria”.
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FIM. (espero).
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