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quinta-feira, 21 de maio de 2009

A ELITE ADJETIVADA.

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Simbologia para aqueles que pensam que o poder é uma coisa natural e que dele podem se apossar eternamente.
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Há uma pergunta pertinente a ser feita sobre a equipe administrativa do prefeito JOEL: por que a elite tradicional de nossa cidade, ou mesmo dois ou três filhotes dela, foi alijada dessa equipe?
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Se o leitor que não sabe como se deu o entendimento para a escolha do candidato a vice na primeira campanha do prefeito JOEL, deve observar que ele não tinha quase nenhuma alternativa além da escolha final.
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Faltavam minutos para o encerramento do prazo legal de registro das candidaturas e as conversas que levariam ao entendimento final empacavam na indecisão da família do vice em concordar com a empreitada e alguns aspectos que deveriam fazer parte do acordo.
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JOEL mandou o professor MIGUEL VIEIRA, vereador reeleito, ficar de prontidão caso o desfecho das conversações não fosse o esperado. JOEL precisava de um membro da elite tradicional na campanha com ele. Sem esse membro, penetrar nas hostes da elite seria impossível. E aos 45 minutos do segundo tempo eis que acertaram a composição da chapa que concorreu à eleição de 2004, JOEL e VALÉRIO CARVALHO.
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Desconhecido na seara política VALÉRIO começou a perceber que JOEL não é muito afeito a cumprir a palavra empenhada logo cedo, na definição dos nomes e cargos da equipe de governo. Faltou-lhe espaço, pois o guloso JOEL tratou logo de empregar desavergonhadamente a quilométrica fila dos pobres parentes sequiosos de salários e poder.
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Em seguida vieram os amigos mais íntimos, depois os que se empenharam demasiadamente na campanha. Não sobrou quase nada a ser disponibilizado para o cumprimento do acordo com o vice e outros poucos filhotes da elite tradicional.
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O vice tratou de se afastar aos poucos da equipe quando percebeu que JOEL não cumpriria o acordo como tinha sido definido anteriormente. A coisa toda começou a desandar quando os irmãos e amigos mais próximos do prefeito começaram a explicar a restrição de espaço aos filhotes da elite (sem citar o sorriso que caracteriza o comportamento do prefeito nesses momentos): “Se JOEL tivesse escolhido um poste para vice mesmo assim ele teria sido eleito. Assim não teria ninguém reclamando cargos, só lâmpadas”. Seguem-se gargalhadas humilhantes da trupe.
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A indignação assolou as relações. JOEL viu junto ao governador um jeito de aplacar os descontentamentos do vice e o lançou a candidato a deputado estadual. Mas antes que o vice se interessasse pelo projeto o prefeito já tinha conversado com o governador. Foi aí que começou a aventar a possibilidade casando-a com a aceitação do vice. Hoje ele é secretário de governo do estado e suplente de deputado.
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Mas alguns membros da elite remanesceram em dois ou três cargos de destaque na equipe até à campanha seguinte, 2008, e agora não resta mais nenhum.
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Por quê? Faniquito? A elite se afastou ou foi afastada? As práticas são por demais comprometedoras a todos que da equipe participam? Os objetivos reais no exercício do poder são incongruentes? O pacto inicial de poder foi desfeito? Foi a implementação do grande projeto político da família do prefeito chamado “A República dos Coronéis”? Os fundamentos políticos se mostram distintos? Os meios são antagônicos? Os objetivos são contrários? O “novo” a ser construído não foi digerido pela elite tradicional?
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Continuaremos amanhã, pois tentarei responder a essas perguntas e mais uma: não há mais membros da elite tradicional na equipe de jeito nenhum? E por que o adjetivo “tradicional”?
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