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domingo, 25 de janeiro de 2009

"NOIADOS"? - II.

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Floriano é uma cidade cheia de surpresas. Retornando ao arrombamento e furto de minha residência fiquei sabendo, pelos comentários em torno do fato, que existem pessoas que trabalham com compra e venda de ouro sem o menor cuidado com a origem desse metal.
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É mais ou menos assim: o sujeito chega nesses locais com uma ou mais peças de ouro (prata também) e oferece ao comerciante. Ele olha para a cara do sujeito e percebe que o mesmo não tem como ter adquirido legalmente o metal e oferece um quarto do valor. O sujeito que está ali para fazer negócio de qualquer jeito, pois tem que voltar com o dinheiro, aceita.
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Existem aqueles que fazem só este tipo de trabalho. A sua função é repassar objetos furtados. No meu caso alguns cordões de ouro, pulseiras e aneis que minha sogra havia doado à minha esposa. Coisas que ela nunca havia usado. Apenas guardava como relíquia. Me pediram para levar a um desses comerciantes uma peça de um par de brinco que ficou jogada no chão para ver se aparecia algum semelhante para identificação do sujeito que, por ventura, vá lá vender o produto do furto de minha residência.
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Não existe coisa mais absurda. Quase todo mundo sabe desse tipo de comércio. Quase todo mundo sabe que este tipo de comércio alimenta a prática de roubos e furtos. Quase todo mundo sabe que é daí que surge a movimentação criminosa de dinheiro envolvendo inclusive drogas e outras "coisitas" mais. Quase todo mundo finge que não vê e não sabe.
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Eu, agora, sei. Muitos que já foram roubados, ou furtados, sabem. Será que quem de direito existe para coibir esse tipo de prática também sabe? Se sabe, por que essas coisas continuam acontecendo? Se não sabem, por que aqueles que mais informados deveriam ser não têm conhecimento disso? Será que este tipo de comércio é legal?
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São coisas estranhas que muita gente faz vista grossa porque interessa a muita gente não ser notada naquilo que gera as suas riquezas estranhas.
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