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quarta-feira, 10 de junho de 2009

VENDE-SE SEXO! É MENTIRA - II.

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Outra ilustração de duas mercadorias visando o lucro.
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Quando saia hoje do IFPIU, 12h:20min., um amigo e colega de profissão me chamou a atenção para os outdoors que estão colocados no conhecido balão rodoviário do “Trevo”. Lá, como se sabe, é um ponto de convergência do itinerário de milhares de pessoas que vêm e vão de casa para o trabalho todos os dias. Essas pessoas (como eu) inevitavelmente se defrontam com esses outdoors. Não tem jeito.
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Esse amigo está indignado com as propagandas expostas ali. Ele é pai de duas crianças e como sempre tem que passar por lá com elas as expõe sem querer às propagandas. Ele me disse que está redigindo um documento para ir à promotoria da criança e do adolescente reclamar do extremo despudor das propagandas.
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Como a sociedade neoliberal busca o lucro acima de qualquer coisa tem que existir uma força regulatória, porque senão a “máxima” de MAQUIAVEL vai se impor descontroladamente. Aquele que vender mais expondo maior grau de erotismo vai impelir o concorrente a dobrar a dose, e aí...
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No balão rodoviário há 8 outdoors com propagandas que já estão além da mera erotização dos produtos. No total existe lá uma apelação sexual beirando a esculhambação. Homens e mulheres semi-nus em situações pornográficas mesmo. Pura apelação. A questão vai muito além da estética. É uma questão moral.
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Ressalto aqui a atitude desse meu amigo pela coragem de dizer que é contra a apelação sexual nas propagandas que não podem ser evitadas e que deseja educar suas filhas com valores e conceito estético dignos. Ressalto a atitude pela coragem porque a maioria se esconde e se torna conivente com a desmedida do vale tudo das propagandas.
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Eu e ele não estamos pregando o moralismo, ou dizendo que somos puritanos, ou santos. Estamos dizendo que não queremos que nossas crianças tenham a sua sexualidade despertada antes de estarem biológica e psiquicamente preparadas para vivenciá-la. Não é moralismo, é sensatez.
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Indo um pouco mais além, estou dizendo que os fins não justificam os meios. Que todo mundo tem o direito de propagandear seus produtos, mas isso não significa que pode tudo. Se puder fazer propaganda erótico-pornográfica qualquer dia desses vamos passar por lá e nossas filhos e filhas serão obrigados a ver genitálias desnudas. Falta pouco. Veja os outdoors.
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A minha energia sexual eu a plenifico pela via da natureza, mas com erotismo psíquico. Não sou um frustrado que tem que olhar mulher nua nas propagandas de rua para possuir o que necessito, ou o que me trará algum conforto e prazer. Também não sou um tarado consumista que precisa ser erotizado para consumir.
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Essas duas últimas alternativas é que podem justificar alguém ser contra a atitude do meu amigo. Esta sim é uma atitude estúpida (a condenação ao que estamos defendendo aqui), pois pessoas estúpidas ensinam as suas crianças a “dança da boquinha da garrafa” e depois se chocam ao saber que sua filha de dez anos já está transando: “Oh, meu Deus. O que foi que fiz?”. Foi estúpido.
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As propagandas dizem que vendem produtos. As pessoas pensam que compram sexo. Tudo mentira. Na verdade estão manipulando e degradando a sexualidade dessas pessoas. Como já foi dito que a sexualidade faz parte das pessoas e as pessoas são formadas por duas dimensões – a biológica, meramente sexual; e a psíquica, o erotismo saudável, a moral aí incluída, então estão pervertendo também a moral das pessoas. Será que para lucrar vale tudo?
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Vou perguntar ao amigo, aqui referido, se posso divulgar seu nome.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Degusto seu vômito verbal diante de um povo sem fome de verbo e ação! Assine por mim , Marlon de Vasconcellos