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Foto ilustrativa de PROTÁGORAS, o principal Sofista grego.
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Por volta do século V a.C. na Grécia surgiram alguns pensadores que são considerados os ‘parteiros’ de uma “nova perspectiva de cultura, não mais centrada nas antigas tradições, mas na criatividade do ser humano”, como nos diz TIAGO ADÃO LARA.
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Com isso ele quer dizer que os gregos viviam uma época que ficou conhecida por “Tragédia Grega”. E este é exatamente o momento de crise entre o mundo mágico, “o universo dos deuses”, “um tempo divino, onipotente, que abrange a cada instante a totalidade dos acontecimentos...” “O tempo dos deuses” e o mundo do Logos, da razão, das determinações e ações humanas. É, como conclui VERNANT, o “tempo do homem”.
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Quem fez essa mediação (a passagem de um tempo a outro) foi esse grupo de pensadores que ficou conhecido como Sofistas. A origem etimológica dessa palavra encontra nos termos sophós e sophía o significado de sábio. Então, os sofistas, originariamente, eram os sábios.
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Foram eles os primeiros a colocar o homem como centro da reflexão filosófica na Antiguidade - antes a Filosofia havia surgido tendo como tema central a physis, a busca pelo elemento material que teria dado origem a tudo o que existe – e a trazer para a terra a discussão sobre as causas das coisas que acontecem e comandam o mundo cultural. O fundamento divino da realidade cultural começou a ser negado e a razão toma o lugar passando a explicar a realidade.
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O mais famoso desses sábios foi PROTÁGORAS DE ABDERA (481-411 a.C.) disse que o “homem é a medida de todas as coisas”. Esta frase “traduz o significado de um projeto cultural, que inova e, inovando, sacudia a consciência grega, obrigando-a a perguntar-se pelos fundamentos das suas instituições e da sua própria vida. O homem medida de tudo significava que não eram os deuses que davam, agora, as cartas; que as instituições não eram eternas; que as leis não continham sanções divinas; que os céus estavam vazios; e que ao homem cabia pensar e determinar os moldes da própria convivência” (LARA: 1992, p.85).
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O que acontece na realidade é resultado de nossas decisões e ações. Os valores não são divinos, eternos e nem universais. Outro sofista, CRÍTIAS (um dos trinta tiranos), dizia que as leis existem porque os que exercem o poder as fizeram atendendo aos seus objetivos e interesses. A cidade é governada de uma maneira tal porque o governante assim decidiu. Fomos nós, seres humanos, que criamos o mundo cultural.
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Com isso ele quer dizer que os gregos viviam uma época que ficou conhecida por “Tragédia Grega”. E este é exatamente o momento de crise entre o mundo mágico, “o universo dos deuses”, “um tempo divino, onipotente, que abrange a cada instante a totalidade dos acontecimentos...” “O tempo dos deuses” e o mundo do Logos, da razão, das determinações e ações humanas. É, como conclui VERNANT, o “tempo do homem”.
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Quem fez essa mediação (a passagem de um tempo a outro) foi esse grupo de pensadores que ficou conhecido como Sofistas. A origem etimológica dessa palavra encontra nos termos sophós e sophía o significado de sábio. Então, os sofistas, originariamente, eram os sábios.
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Foram eles os primeiros a colocar o homem como centro da reflexão filosófica na Antiguidade - antes a Filosofia havia surgido tendo como tema central a physis, a busca pelo elemento material que teria dado origem a tudo o que existe – e a trazer para a terra a discussão sobre as causas das coisas que acontecem e comandam o mundo cultural. O fundamento divino da realidade cultural começou a ser negado e a razão toma o lugar passando a explicar a realidade.
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O mais famoso desses sábios foi PROTÁGORAS DE ABDERA (481-411 a.C.) disse que o “homem é a medida de todas as coisas”. Esta frase “traduz o significado de um projeto cultural, que inova e, inovando, sacudia a consciência grega, obrigando-a a perguntar-se pelos fundamentos das suas instituições e da sua própria vida. O homem medida de tudo significava que não eram os deuses que davam, agora, as cartas; que as instituições não eram eternas; que as leis não continham sanções divinas; que os céus estavam vazios; e que ao homem cabia pensar e determinar os moldes da própria convivência” (LARA: 1992, p.85).
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O que acontece na realidade é resultado de nossas decisões e ações. Os valores não são divinos, eternos e nem universais. Outro sofista, CRÍTIAS (um dos trinta tiranos), dizia que as leis existem porque os que exercem o poder as fizeram atendendo aos seus objetivos e interesses. A cidade é governada de uma maneira tal porque o governante assim decidiu. Fomos nós, seres humanos, que criamos o mundo cultural.
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