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quarta-feira, 10 de junho de 2009

VENDE-SE SEXO! É MENTIRA - I.

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Ilustração da erotização de produtos. A conotação sexual desperta nas pessoas o desejo de ter o produto.
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A nossa sociedade de um modo geral é maquiavélica no sentido que ficou suspeitamente consagrado os ensinamentos políticos de MAQUIAVEL. Para muitos este pensador italiano teria ensinado que “os fins justificam os meios”.
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A sociedade neoliberal vive de vender. Para isso é necessário que as pessoas comprem, comprem, comprem. O lucro é o valor que ocupa o topo da escala hierárquica dessa sociedade. Mas nem sempre as pessoas estão (ou são) motivadas a comprar. Seja porque não necessitam, ou não querem, ou, no momento, não podem.
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Mas no estágio de comportamento consumista acima a sociedade neoliberal (ou sociedade consumista) não funciona, de acordo com a expectativa do valor primacial, o lucro. Na perspectiva de lucrar incessantemente há que existir um comportamento consumista também incessante. Mas como provocar nas pessoas o desejo de consumir além daquilo que necessitam, querem ou podem?
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Essa sociedade criou a propaganda. Uma grande idéia que deu um imenso impulso no comportamento consumista das pessoas. Mas a propaganda cheia de pudor no começo deixou, aos poucos, de entusiasmar o quanto se esperava. Então resolveram incrementar a propaganda com algo mais. Descobriram que poderiam atingir seus fins (o lucro) “erotizando” os objetos, os produtos.
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Todos os humanos possuem uma energia latente que necessita ser plenificada por seu meio natural. Essa energia é o desejo sexual e o meio natural de sua plenificação é a relação sexual, ou simplesmente o sexo.
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Mas nem todos conseguem conviver razoavelmente com o latejar contínuo dessa energia, dessa força dentro de cada um. Uns tentam negá-la, outros punem-se por senti-la, outros se satisfazem plenamente, outros tiram proveito pessoal dela, outros se perdem ao lidar com ela, outros a desviam da realização natural e a canalizam para outras atividades.
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O Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR. disse que “Fica fácil para pessoas como nós, que vivemos após Freud, entender que impulsos de ordem erótica são transformados (sublimados, não é?) de modo a abrandarem sua conotação sexual e se voltarem para objetos, situações e elementos da cultura.” (veja o texto na postagem anterior).
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A gtande idéia da sociedade consumista foi erotizar os produtos. Encheram as propagandas com pessoas em situação de apelo sexual para canalizar para os produtos um pouco, ou toda a energia sexual que as pessoas não plenificaram pela relação sexual.
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Ao visualizar um produto com apelo sexual, erotizado, as pessoas sentem-se atraídas pela conotação sexual, aí, como não podem ter para si aquele(a) que está exposto(a) ao lado do produto elas (pessoas consumidoras, público alvo) se contentam com o produto. Isto tudo é comprovado cientificamente, caso contrário ninguém investiria milhões em propagandas erotizadas se as pessoas não se comportassem desse modo.
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Encontraram um meio de ir além do incentivo comportado ao consumo. Além da propaganda comum criaram a propaganda sexualizada. Esse incentivo é uma manipulação do desejo sexual. As pessoas sabem que desejam e esse desejo é desviado para o consumo.
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Então, quase todas as propagandas têm apelo sexual ou siatuações que insinuam sexualidade.
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