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Encontrei esta foto para ilustrar o texto abaixo do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR. É muito elucidativo sobre a questão tão discutida sobre o ato de educar. Dá para aprender alguma coisa com ele.
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EU AMO O PROFESSOR, E AGORA?
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“Ah, estou apaixonada por Montaigne”. Podemos ouvir uma frase assim de uma estudante de filosofia, não é verdade? “Ah, o professor de literatura é maravilhoso, sou apaixonada por suas aulas”. Também esta expressão não é algo possível, comum? “Amo demais a geometria, ela é linda e me fascina” – outro enunciado já escutado, não? Frases como essas fazem nossa linguagem revelar um segredo de Polichinelo. Não escondemos nosso afeto, em um sentido especial, também quando estamos envolvidos com objetos e tarefas intelectuais. Nossa vida intelectual é atravessada por filamentos incandescentes da flecha do cupido ou, de modo mais apropriado, pelos desígnios de eros.
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Fica fácil para pessoas como nós, que vivemos após Freud, entender que impulsos de ordem erótica são transformados (sublimados, não é?) de modo a abrandarem sua conotação sexual e se voltarem para objetos, situações e elementos da cultura. Alguns se apaixonam pela revolução e outros pela poesia. Alguns se apaixonam por um livro ou por seu autor. Há os que se apaixonam por uma ciência ou pelo país. E também vemos os que se confundem entre a paixão pelo professor e a paixão pelo assunto que ele desenvolve. Entre estes últimos, alguns sabem que isso pode não ser confusão, mas o que os envolve para valer.
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O filósofo estadunidense Richard Rorty retoma esse tema para lembrar o que há de nuclear na atividade pedagógica.
Rorty diz que a atividade pedagógica é a de “cortejamento” entre professor e aluno. Há uma atividade erótica entre alunos e autores mortos ou vivos, como ele nota bem.[1] Esse segredo da boa atividade pedagógica, o que leva ao êxito da relação entre professor e aluno e ao sucesso de cada um dos envolvidos na relação, individualmente, nada é para Rorty senão o erotismo no qual Sócrates pautou sua atividade e sua vida. No entanto, na avaliação de Rorty, o erro foi Platão ter teorizado essa erotização em função de uma compreensão da alma, o que resultou na formulação de uma teoria da natureza humana.[2] Mas isso é por conta de Rorty, avesso a “sobrefilosoficações”.
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Sócrates, por sua vez, não deve ter imaginado que sua atividade erótica seria elemento para a criação de uma teoria da natureza humana ou coisa do tipo. Seria difícil dizer o quanto ele censuraria Platão por seu discípulo ter feito o que fez. Mas, em seu próprio tempo, ele insistiu em falar do que via como sendo uma interpretação errada do que ele fazia. Ele buscou mostrar que o que ele fazia não era educação. Não era, uma vez entendida em seu sentido comum, enquanto uma atividade profissional, esta forma que guarda semelhança com o que também fazemos hoje, em geral, de modo burocratizado em escolas.
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Na sua defesa, como ela aparece no texto de Platão, Sócrates diz que a acusação de que ele corrompe a juventude não é uma acusação sustentável, ela é falsa, pois ele jamais havia sido um educador dos jovens. Afirmando não ter tido alunos, alerta para o fato de jamais cobrar para fazer o que fazia. Os que o ouviam e o seguiam – ele diz – assim agiam de modo espontâneo. Aliás, ele não diz que mesmo estes aprendiam. Ele afirma que eles tentavam imitá-lo.[3]
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Sócrates tinha claro para si mesmo que sua atividade de diálogo era seu modo de filosofar, e que isso não era a atividade educacional dos considerados educadores no mundo grego antigo, os sofistas. Quando lemos Platão, vemos que Sócrates assenta sua educação filosófica no amor[4] (eros, e não philia ou ágape), e os sofistas, no dinheiro.
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Sabemos que Sócrates levou a sério o “conhece-te a ti mesmo” inscrito no Templo de Apolo. Também sabemos que ele foi o responsável pela frase “uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”. Ora, não podemos então deixar de notar que sua atividade foi, sim, pedagógica. Mas, tratava-se de uma pedagogia inerente ao seu filosofar. Foi uma espécie de pedagogia filosófica. Ela visava o autoconhecimento. Mas estava longe de incentivar qualquer auto-exame introspectivo, do tipo que os modernos instituíram a partir de Santo Agostinho e, depois, de Descartes. Sua atividade para o autoconhecimento foi o diálogo público, a aplicação na conversação do método da refutação, o elenkhós. Essa espécie de jogo que, em Platão, tomou o nome de dialética, foi considerado por Nietzsche, claramente, como uma atividade que proporcionava a fascinação dos jovens por Sócrates. Por isso Sócrates foi chamado por Nietzsche de “o grande erótico”.[5]
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Aliás, é Nietzsche quem alerta para o fato de que Platão percebeu e confessou que sem o erotismo que havia nas relações entre homens e jovens na Grécia, não teria havido filosofia[6] – ao menos não como ele e Sócrates, de certo modo, a viram se fazer. O helenista Gregory Vlastos lembra bem que Platão foi o primeiro não freudiano que viu o quanto era eros o responsável pelo impulso capaz de nos fazer se interessar de modo maníaco – louco – por objetos, situações e elementos intelectuais.[7] Nietzsche entendeu bem que aí estava o cerne da atividade de Sócrates – isto era a filosofia da Mosca de Atenas, sua pedagogia e, enfim, sua maneira de sedução.
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Vários entre nós sabem bem como isso funciona. E alguns entre nós sabe como esse serpentear de eros ocorre na relação intelectual a dois. O próprio Nietzsche quis ter Lou Salomé como mulher e, fundamentalmente, como discípula e herdeira intelectual. Ora, é assim que a radicalização da atividade erótica que está no interior da atividade pedagógica, como ela é vista por Rorty, se manifesta. Olhando a situação mais radical, podemos avaliar a “normal”. A autêntica atividade pedagógica, de modo radical, ocorre quando do cortejamento entre o filósofo e seu discípulo, como o que foi idealizado e esperado por Nietzsche. Era o que ele queria que ocorresse entre ele e Lou Salomé. Talvez algo desse tipo tenha ocorrido na vida de Platão, entre ele e Díon.[8] Em graus diversos e, com ou sem o compromisso marital ou mesmo de namoro explícito, é assim que a boa atividade pedagógica ocorre. Sabemos disso, pois quando não ocorre algo parecido, desconfiamos que a relação não se efetiva enquanto relação pedagógica.
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Sabemos que a boa relação pedagógica não é a que é apontada pelos teóricos da educação calçados antes em doutrinas da rotina do que no calor da paixão. Pressentimos que algo não vai dar certo quando não vemos nossos estudantes enlouquecidos. Reclamamos quando nossos estudantes começam a se preocupar antes com “a nota” do que com o desejo pelo conteúdo, pelo aprendizado e ... por nós – sim, por nós! Sentimo-nos horríveis quando nossos estudantes tomam de modo morno não só o que há nos livros que apresentamos a eles, mas quando olham a nós mesmos, como pessoas, apaticamente. Quando não escutamos nada da presença de eros, temos uma impressão forte de que nada vai ocorrer com o que estamos querendo chamar de educação.
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Por: PAULO GHIRALDELLI JR.
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[1] Rorty, R. Educação como socialização e como individualização. Trad. Paulo Ghiraldelli Jr. In: Ghiraldelli Jr., P. O que você precisa saber sobre Filosofia da Educação. Rio de Janeiro: DPA, 2002, p. 96-7.
[2] Idem, ibidem, p. 97.
[3] Plato. Apology of Socrates. Trad. G.M.A. Grube. Five Dialogues. Indianapolis/Cambridge: Hackett, 2002.
[4] Eros, e não philia ou ágape. Ver: Santas, G. Plato & Freud – two theories of Love. New York: Basil Blackwell, 1998, pp. 7-10.
[5] Nietzsche, F. Trad. Paulo César de Sousa. O problema de Sócrates, 8. O crepúsculo dos ídolos. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 21
[6] Nietzsche, F. Incursões de um extemporâneo, 23. Op. cit., pp. 76-7.
[7] Vlastos, G. Love in Plato. In: Platonic studies. Princeton: Princepton University Press, 1981, p. 27.
[8] Nussbaum, M. Trad. Ana Aguiar Cotrim. A fragilidade da bondade. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 201-2.
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“Ah, estou apaixonada por Montaigne”. Podemos ouvir uma frase assim de uma estudante de filosofia, não é verdade? “Ah, o professor de literatura é maravilhoso, sou apaixonada por suas aulas”. Também esta expressão não é algo possível, comum? “Amo demais a geometria, ela é linda e me fascina” – outro enunciado já escutado, não? Frases como essas fazem nossa linguagem revelar um segredo de Polichinelo. Não escondemos nosso afeto, em um sentido especial, também quando estamos envolvidos com objetos e tarefas intelectuais. Nossa vida intelectual é atravessada por filamentos incandescentes da flecha do cupido ou, de modo mais apropriado, pelos desígnios de eros.
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Fica fácil para pessoas como nós, que vivemos após Freud, entender que impulsos de ordem erótica são transformados (sublimados, não é?) de modo a abrandarem sua conotação sexual e se voltarem para objetos, situações e elementos da cultura. Alguns se apaixonam pela revolução e outros pela poesia. Alguns se apaixonam por um livro ou por seu autor. Há os que se apaixonam por uma ciência ou pelo país. E também vemos os que se confundem entre a paixão pelo professor e a paixão pelo assunto que ele desenvolve. Entre estes últimos, alguns sabem que isso pode não ser confusão, mas o que os envolve para valer.
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O filósofo estadunidense Richard Rorty retoma esse tema para lembrar o que há de nuclear na atividade pedagógica.
Rorty diz que a atividade pedagógica é a de “cortejamento” entre professor e aluno. Há uma atividade erótica entre alunos e autores mortos ou vivos, como ele nota bem.[1] Esse segredo da boa atividade pedagógica, o que leva ao êxito da relação entre professor e aluno e ao sucesso de cada um dos envolvidos na relação, individualmente, nada é para Rorty senão o erotismo no qual Sócrates pautou sua atividade e sua vida. No entanto, na avaliação de Rorty, o erro foi Platão ter teorizado essa erotização em função de uma compreensão da alma, o que resultou na formulação de uma teoria da natureza humana.[2] Mas isso é por conta de Rorty, avesso a “sobrefilosoficações”.
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Sócrates, por sua vez, não deve ter imaginado que sua atividade erótica seria elemento para a criação de uma teoria da natureza humana ou coisa do tipo. Seria difícil dizer o quanto ele censuraria Platão por seu discípulo ter feito o que fez. Mas, em seu próprio tempo, ele insistiu em falar do que via como sendo uma interpretação errada do que ele fazia. Ele buscou mostrar que o que ele fazia não era educação. Não era, uma vez entendida em seu sentido comum, enquanto uma atividade profissional, esta forma que guarda semelhança com o que também fazemos hoje, em geral, de modo burocratizado em escolas.
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Na sua defesa, como ela aparece no texto de Platão, Sócrates diz que a acusação de que ele corrompe a juventude não é uma acusação sustentável, ela é falsa, pois ele jamais havia sido um educador dos jovens. Afirmando não ter tido alunos, alerta para o fato de jamais cobrar para fazer o que fazia. Os que o ouviam e o seguiam – ele diz – assim agiam de modo espontâneo. Aliás, ele não diz que mesmo estes aprendiam. Ele afirma que eles tentavam imitá-lo.[3]
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Sócrates tinha claro para si mesmo que sua atividade de diálogo era seu modo de filosofar, e que isso não era a atividade educacional dos considerados educadores no mundo grego antigo, os sofistas. Quando lemos Platão, vemos que Sócrates assenta sua educação filosófica no amor[4] (eros, e não philia ou ágape), e os sofistas, no dinheiro.
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Sabemos que Sócrates levou a sério o “conhece-te a ti mesmo” inscrito no Templo de Apolo. Também sabemos que ele foi o responsável pela frase “uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”. Ora, não podemos então deixar de notar que sua atividade foi, sim, pedagógica. Mas, tratava-se de uma pedagogia inerente ao seu filosofar. Foi uma espécie de pedagogia filosófica. Ela visava o autoconhecimento. Mas estava longe de incentivar qualquer auto-exame introspectivo, do tipo que os modernos instituíram a partir de Santo Agostinho e, depois, de Descartes. Sua atividade para o autoconhecimento foi o diálogo público, a aplicação na conversação do método da refutação, o elenkhós. Essa espécie de jogo que, em Platão, tomou o nome de dialética, foi considerado por Nietzsche, claramente, como uma atividade que proporcionava a fascinação dos jovens por Sócrates. Por isso Sócrates foi chamado por Nietzsche de “o grande erótico”.[5]
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Aliás, é Nietzsche quem alerta para o fato de que Platão percebeu e confessou que sem o erotismo que havia nas relações entre homens e jovens na Grécia, não teria havido filosofia[6] – ao menos não como ele e Sócrates, de certo modo, a viram se fazer. O helenista Gregory Vlastos lembra bem que Platão foi o primeiro não freudiano que viu o quanto era eros o responsável pelo impulso capaz de nos fazer se interessar de modo maníaco – louco – por objetos, situações e elementos intelectuais.[7] Nietzsche entendeu bem que aí estava o cerne da atividade de Sócrates – isto era a filosofia da Mosca de Atenas, sua pedagogia e, enfim, sua maneira de sedução.
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Vários entre nós sabem bem como isso funciona. E alguns entre nós sabe como esse serpentear de eros ocorre na relação intelectual a dois. O próprio Nietzsche quis ter Lou Salomé como mulher e, fundamentalmente, como discípula e herdeira intelectual. Ora, é assim que a radicalização da atividade erótica que está no interior da atividade pedagógica, como ela é vista por Rorty, se manifesta. Olhando a situação mais radical, podemos avaliar a “normal”. A autêntica atividade pedagógica, de modo radical, ocorre quando do cortejamento entre o filósofo e seu discípulo, como o que foi idealizado e esperado por Nietzsche. Era o que ele queria que ocorresse entre ele e Lou Salomé. Talvez algo desse tipo tenha ocorrido na vida de Platão, entre ele e Díon.[8] Em graus diversos e, com ou sem o compromisso marital ou mesmo de namoro explícito, é assim que a boa atividade pedagógica ocorre. Sabemos disso, pois quando não ocorre algo parecido, desconfiamos que a relação não se efetiva enquanto relação pedagógica.
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Sabemos que a boa relação pedagógica não é a que é apontada pelos teóricos da educação calçados antes em doutrinas da rotina do que no calor da paixão. Pressentimos que algo não vai dar certo quando não vemos nossos estudantes enlouquecidos. Reclamamos quando nossos estudantes começam a se preocupar antes com “a nota” do que com o desejo pelo conteúdo, pelo aprendizado e ... por nós – sim, por nós! Sentimo-nos horríveis quando nossos estudantes tomam de modo morno não só o que há nos livros que apresentamos a eles, mas quando olham a nós mesmos, como pessoas, apaticamente. Quando não escutamos nada da presença de eros, temos uma impressão forte de que nada vai ocorrer com o que estamos querendo chamar de educação.
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Por: PAULO GHIRALDELLI JR.
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[1] Rorty, R. Educação como socialização e como individualização. Trad. Paulo Ghiraldelli Jr. In: Ghiraldelli Jr., P. O que você precisa saber sobre Filosofia da Educação. Rio de Janeiro: DPA, 2002, p. 96-7.
[2] Idem, ibidem, p. 97.
[3] Plato. Apology of Socrates. Trad. G.M.A. Grube. Five Dialogues. Indianapolis/Cambridge: Hackett, 2002.
[4] Eros, e não philia ou ágape. Ver: Santas, G. Plato & Freud – two theories of Love. New York: Basil Blackwell, 1998, pp. 7-10.
[5] Nietzsche, F. Trad. Paulo César de Sousa. O problema de Sócrates, 8. O crepúsculo dos ídolos. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 21
[6] Nietzsche, F. Incursões de um extemporâneo, 23. Op. cit., pp. 76-7.
[7] Vlastos, G. Love in Plato. In: Platonic studies. Princeton: Princepton University Press, 1981, p. 27.
[8] Nussbaum, M. Trad. Ana Aguiar Cotrim. A fragilidade da bondade. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 201-2.
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