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sexta-feira, 20 de março de 2009

MINHAS ILUSÕES METAFÍSICAS - II.

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Busto de ARISTOCLES, mais conhecido por PLATÃO (427 - 347 a. C.) Filósofo grego. Apelido dado pelos amigos em referência ao porte atlético do mesmo que foi um competidor muito competente de Olimpíadas. Ele tinha os ombros muito largos, daí a origem do apelido.
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Se adepto da Filosofia Metafísica fosse, assim explicaria, grosso modo, as minhas ilusões metafísicas.
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O que temos percebido como absurdo (isto do ponto de vista que adotarei) na política como prática efetiva no exercício do poder é um caso sério. Roubo descarado e riqueza exibida arrogantemente.
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Roubo descarado nós podemos constatar através das denúncias feitas pelo senador JARBAS VASCONCELOS. Exibição arrogante de riqueza como no caso do ex-governador de Minas Gerais NEWTON CARDOSO (que diz possuir uma fortuna pessoal de três bilhões de reais) e do deputado dono de um castelo. Para ficar nos casos mais recentes e nos lugares onde se pôde roubar mais por ter mais dinheiro para fazê-lo.
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Floriano, para este tipo de político, é e não é uma cidade apropriada para essas práticas. É, porque aquele político que sempre foi pobre pode desse modo ao menos “tirar o pé da lama”. Não é, porque não sendo uma cidade rica não há como roubar três bilhões ou ter dinheiro para construir um castelo de vinte e seis milhões de reais.
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Dá no máximo para comprar fazendas e apartamentos e colocar em nome de laranjas em várias cidades do país, ou exibir a ascensão social e econômica em boates de luxo com prostitutas caras em grandes cidades. Aliás, a escola dessas práticas é tão pobre em criatividade para esconder roubos.
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Mas quais seriam as minhas ilusões metafísicas? Percebendo essas práticas comuns no Brasil nossa razão aponta-nos os desvios morais e nos mostra qual seria o modo correto de agir. Mas não de corrigir.
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Possuindo uma postura baseada em valores que aceitamos como íntegros avaliamos que roubar os bens públicos não deve ser aceito como correto mesmo que muitos o façam frequentemente. Assim como na Filosofia de PLATÃO em que aqueles que acreditam que o conhecimento verdadeiro é aquele decorrente do que se percebe sensorialmente do mundo ao nosso redor.
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Mesmo que existam muitas pessoas que crêem sinceramente que um mágico pode fazer um avião desaparecer instantaneamente, ou mesmo fazer levitação. Mesmo que muitas pessoas não saiam de casa numa sexta-feira 13 se não colocar um galho de folhas atrás das orelhas.
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Mesmo que muitas pessoas achem perfeitamente comum, banal, que políticos corruptos roubem. Mesmo que outros tantos defendam que deve roubar mesmo. Mesmo que muitas pessoas se calem num silêncio covarde. Mesmo que outros tantos sejam indiferentes a essas práticas que revelam a podridão da humanidade. Mesmo que muitas pessoas entendam que não roubar é negar a essência humana.
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Mesmo assim a razão com seus valores nos mostram a ilusão, o erro de tomar essas práticas absurdas como corretas. Por outro lado essa postura diz que só poderemos condenar o ladrão se houver o roubo. Só poderemos educar para a honestidade em contraponto com a desonestidade. A ilusão metafísica é achar o roubo como fazendo parte do nosso modo de viver. Mas não como modo de ser. É, portanto, essa briga antinômica.
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É achar que viver sem conviver com o roubo é tirar, ou corrigir um erro. Mas no âmbito da ilusão metafísica não dá para viver se excluirmos o roubo de nossa existência. Então, para muitos políticos corruptos, podemos dá graças à ilusão metafísica. Viva a ilusão metafísica. Viva.
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