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sexta-feira, 27 de março de 2009

AVALIAR É A NOSSA SINA - II.

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Foto de KEVIN CARTER (1960-1994) feita em 1993 no Sudão. A indiferença política, o descaso com a coisa pública, a cumplicidade podem construir essa cena em qualquer sociedade.
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No âmbito local podemos seguir os mesmos fundamentos e o raciocínio para uma análise da circunstância política. Tenho lido e ouvido muitos, mas muitos depoimentos acerca da administração do prefeito JOEL. E grande parte desses depoimentos é favorável ao que tem sido feito na cidade por ele.
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O que leva uma pessoa a se posicionar afirmativamente diante do que vem ocorrendo há quatro anos e três meses em Floriano? Na busca de respostas que fujam ao apelo do senso comum pude levantar algumas hipóteses que me auxiliaram a compreender este fenômeno (aqui bem entendido a inepta administração). Essas hipóteses não se excluem, pelo contrário, se interpenetram.
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Assim como a maioria dos pais de alunos de escola pública, o desconhecimento integral da maioria dos fatos leva essas pessoas a dizer que aprovam tudo o que JOEL e seus cúmplices têm feito em dois mandatos consecutivos.
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Outra hipótese é que se as instituições que têm a responsabilidade de investigar as inúmeras suspeitas estão estranhamente inertes diante de tais fatos, então o senso comum percebe que está tudo correto. Se não há suspeitos. Se não há acusados. Se não há condenados, conclui-se que não há nada de errado na administração pública municipal.
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Mais uma hipótese é que o prefeito está protegido de qualquer tentativa de investigação. No Congresso Nacional há pessoas dispostas a defender de qualquer argumento, ou acusação, o prefeito de Floriano. No âmbito do estado outras pessoas estão dispostas a fazer o mesmo em relação a qualquer argumento ou acusação contra a administração “do novo”.
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Aqui em Floriano, então, temos uma situação estranha. Parte de seus opositores se cala. Pessoas com alguma influência social, política e cultural servilmente se ajoelham. A imprensa que centraliza e manipula os gastos públicos em mídia propala uma imagem construída a favor dessa administração. Essa parte da imprensa só aponta algum DESLIZE da prefeitura quando o prefeito atrasa ou cancela algumas verbas publicitárias. Neste caso abrem espaço para críticas de uns poucos opositores que aproveitam o espaço para mostrar às pessoas que a cidade está doente, muito doente. Enquanto que outros permanecem acomodados sob o manto quente da ardileza.
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Depois de tudo isto propomos duas conclusões: 1- As pessoas ficam quase que completamente impossibilitadas de ter acesso à informações que poderiam ensejar-lhes uma avaliação verdadeira da situação em que se encontram politicamente. Assim, o que elas utilizam como instrumento para avaliar aquilo que é fundamental para que tenham uma Cida digna é a desinformação. E aí utilizam suas crenças e superstições para avaliar.
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E, 2- Como estão blindados, um número impressionante de integrantes da administração pública municipal se sente protegido, imaculado, fortalecido a fazer o que bem entende. Essas pessoas acostumadas que estão se mostram arrogantes, prepotentes, destemidos, dilapidadores irrefreáveis da rés pública. Iniciaram a era do fazer tudo o que desejam, planejam e combinam sem temor da lei ou da condenação moral de suas malfeitorias. É nisso que dá não ser fiscalizado, não ser investigado, ser blindado.
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Enfim, a informação é fundamental e imprescindível para fundamentar as pessoas no julgamento adequado e correto dos políticos com o objetivo de viver num lugar que possa se orgulhar de pertencer, tanto pela dignidade de sua vida como pela competência e honestidade dos administradores e legisladores. E também para evitar tanto descaso, incompetência e imoralidades. Negar ou subtrair informações às pessoas é o jeito mais perverso de escravizá-las.
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