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O MARKETING ATEU.
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Campanha publicitária tenta provar que Deus não existe.
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A inglesa Ariane Sherine, 28, estava indo para o trabalho quando viu uma propaganda colada num ônibus de Londres. Era uma citação da Bíblia, acompanhada por um endereço na internet. Ao acessar o site, ela tomou um susto: a página, que pertencia a uma igreja evangélica, dizia que quem não for cristão e não aceitar Jesus será condenado a passar a eternidade nas chamas do inferno.
A inglesa Ariane Sherine, 28, estava indo para o trabalho quando viu uma propaganda colada num ônibus de Londres. Era uma citação da Bíblia, acompanhada por um endereço na internet. Ao acessar o site, ela tomou um susto: a página, que pertencia a uma igreja evangélica, dizia que quem não for cristão e não aceitar Jesus será condenado a passar a eternidade nas chamas do inferno.
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“Peraí. Então quer dizer que 68% da população mundial vai para o inferno? Eu não pude acreditar que esse tipo de ideia estava sendo difundida, empleno século 21, para assustar as pessoas”, diz Ariane.
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Indignada, ela procurou o governo inglês para reclamar da propaganda, mas não adiantou nada. Hora de agir. Com a ajuda dos internautas, ela arrecadou dinheiro para montar uma megacampanha publicitária defendendo o ateísmo e desenvolveu slogans como “Deus provavelmente não existe. Pare de se preocupar e aproveite a vida”, que foram colocados em 800 ônibus de Londres.
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Como seria de se esperar, a campanha foi criticada por religiosos, e o blog de Ariane (arianesherine.blogspot.com) recebeu centenas de comentários desaforados. Houve até um motorista que se recusou a dirigir o que chamou de “ônibus pagão”. Mas ela continuou com tudo: recebeu o apoio de Richard Dawkins, um dos maiores cientistas do mundo e ateu praticante, e recolheu R$ 500 mil para colocar 1 000 cartazes no metrô de Londres.
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E a ideia se espalhou pelo mundo: ateus dos EUA, França, Itália, Espanha e Austrália resolveram fazer suas próprias campanhas contra Deus e a religião. Ariane, que é jornalista da BBC, diz que seu objetivo não é atacar as religiões, pois a campanha é só uma maneira bem-humorada de tranquilizar os ateus. “Espero que as mensagens alegrem as pessoas quando elas estiverem indo para o trabalho.”
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Reproduzi esta reportagem para que as pessoas possam ter a possibilidade de questionar as suas crenças. Não para destruí-las, mas para que as pessoas mesmas possam se tornar cada vez mais convictas ou reavaliá-las e refutá-las em busca de novas verdades.
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