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- Não! Não pode ser isto também. Porque um ser eterno que foi criado por outro ser eterno não prevaricaria. Não faz parte das características de um ser como a alma o desejo de se tornar inferior ao que é. Talvez nem mesmo os seres que nasceram neste mundo desejem tal coisa. Pensou, JOEL.
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- E se elas resolveram brincar de Deus e tiverem criado este mundo em que vivemos para testarem suas habilidades criadoras? Boa pergunta! Exclamou. Mas espera aí, neste caso Deus não teria criado o mundo completamente, teria deixado espaços dando a oportunidade de outros seres complementarem seu serviço. Deus não seria perfeito? Que é isso, JOEL! Sorriu ele disfarçadamente. Esta hipótese também não resistiu.
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- Agora vou resolver de vez a questão. As almas habitam os nossos corpos, mas nós temos a liberdade de fazer o que quisermos independente do que elas possam desejar. Mas isto é o livre arbítrio, JOEL. Esta é uma resposta que já está posta há séculos. Pensar isso só pode ter sido influência do diabo da religião. Pensou decepcionado.
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- Ei, e se for isto mesmo? E se o ser humano for a mistura, a união entre um ser bom e perfeito de uma substância incorpórea e um ser mau, imperfeito e corpóreo? Isto é o ser humano? Perguntou-se. É. É sim. Mas espera aí, isto não responde à questão levantada sobre o motivo da vinda da alma de seu mundo para este. Por que Deus criaria dois seres com características substanciais antagônicas e os misturariam? Qual o objetivo disto? Não está claro. Falta uma finalidade, um propósito compreensível racionalmente.
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- Puxa vida, pra que fui pensar nessas coisas. Agora não estou conseguindo uma resposta minimamente coerente, minimamente racional. Talvez tivesse sido melhor ter ido dormir e continuado a aceitar as respostas sobre este assunto que já estão aí prontas há séculos. Eu teria tido uma boa noite de sono e tudo teria continuado do jeito que sempre foi. Não há sentido em buscar respostas novas para velhas questões. E mesmo que eu encontre alguma resposta satisfatória o mundo vai continuar do mesmo jeito.
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JOEL nunca gostou de estudar, nunca. Mesmo que sua vida dependesse disso para mudar. Se ele compreendesse que se todos nós procurarmos agir na perspectiva de mudar as coisas como são para que elas se tornem como desejamos que elas sejam, talvez hoje tivéssemos orgulho do lugar onde moramos. Se todos fizerem a sua parte as coisas podem ser mudadas.
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Mas ele sempre preferiu apostar na sorte. No caso, a sua sorte para mudar a sua vida. Assimilou a moral da sociedade contemporânea que o deixa livre das preocupações sociais e se concentre apenas na avaliação de seu comportamento em busca de seus interesses particulares. Egoísta, individualista perdeu as referências históricas e sociais. Só pensa em si e em ter uma casa bonita como a do vizinho. Não importa como. No âmbito do “politikós”, para a moral neoliberal, a moral contemporânea, qualquer maneira vale a pena. Que se dane a religião. Que se dane a moral crítica, a moral humanista.
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“JOEL, vem tomar o café”. Reclamou a moça outra vez. Pois já estava na hora de lavar a louça e iniciar os preparativos do almoço. E JOEL ali sentado querendo atrapalhar a rotina com aquelas questões metafísicas. Que por isso mesmo não têm muita utilidade no dia–a–dia. Deve ser coisa de quem não tem o que fazer. Mas se a moça soubesse o que detinha JOEL na calçada sentado naquela cadeira dura e sem falar com ninguém, talvez tivesse ficado mais aborrecida ainda.
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- E se elas resolveram brincar de Deus e tiverem criado este mundo em que vivemos para testarem suas habilidades criadoras? Boa pergunta! Exclamou. Mas espera aí, neste caso Deus não teria criado o mundo completamente, teria deixado espaços dando a oportunidade de outros seres complementarem seu serviço. Deus não seria perfeito? Que é isso, JOEL! Sorriu ele disfarçadamente. Esta hipótese também não resistiu.
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- Agora vou resolver de vez a questão. As almas habitam os nossos corpos, mas nós temos a liberdade de fazer o que quisermos independente do que elas possam desejar. Mas isto é o livre arbítrio, JOEL. Esta é uma resposta que já está posta há séculos. Pensar isso só pode ter sido influência do diabo da religião. Pensou decepcionado.
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- Ei, e se for isto mesmo? E se o ser humano for a mistura, a união entre um ser bom e perfeito de uma substância incorpórea e um ser mau, imperfeito e corpóreo? Isto é o ser humano? Perguntou-se. É. É sim. Mas espera aí, isto não responde à questão levantada sobre o motivo da vinda da alma de seu mundo para este. Por que Deus criaria dois seres com características substanciais antagônicas e os misturariam? Qual o objetivo disto? Não está claro. Falta uma finalidade, um propósito compreensível racionalmente.
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- Puxa vida, pra que fui pensar nessas coisas. Agora não estou conseguindo uma resposta minimamente coerente, minimamente racional. Talvez tivesse sido melhor ter ido dormir e continuado a aceitar as respostas sobre este assunto que já estão aí prontas há séculos. Eu teria tido uma boa noite de sono e tudo teria continuado do jeito que sempre foi. Não há sentido em buscar respostas novas para velhas questões. E mesmo que eu encontre alguma resposta satisfatória o mundo vai continuar do mesmo jeito.
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JOEL nunca gostou de estudar, nunca. Mesmo que sua vida dependesse disso para mudar. Se ele compreendesse que se todos nós procurarmos agir na perspectiva de mudar as coisas como são para que elas se tornem como desejamos que elas sejam, talvez hoje tivéssemos orgulho do lugar onde moramos. Se todos fizerem a sua parte as coisas podem ser mudadas.
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Mas ele sempre preferiu apostar na sorte. No caso, a sua sorte para mudar a sua vida. Assimilou a moral da sociedade contemporânea que o deixa livre das preocupações sociais e se concentre apenas na avaliação de seu comportamento em busca de seus interesses particulares. Egoísta, individualista perdeu as referências históricas e sociais. Só pensa em si e em ter uma casa bonita como a do vizinho. Não importa como. No âmbito do “politikós”, para a moral neoliberal, a moral contemporânea, qualquer maneira vale a pena. Que se dane a religião. Que se dane a moral crítica, a moral humanista.
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“JOEL, vem tomar o café”. Reclamou a moça outra vez. Pois já estava na hora de lavar a louça e iniciar os preparativos do almoço. E JOEL ali sentado querendo atrapalhar a rotina com aquelas questões metafísicas. Que por isso mesmo não têm muita utilidade no dia–a–dia. Deve ser coisa de quem não tem o que fazer. Mas se a moça soubesse o que detinha JOEL na calçada sentado naquela cadeira dura e sem falar com ninguém, talvez tivesse ficado mais aborrecida ainda.
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Continua amanhã.
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Continua amanhã.
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