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A partir de hoje publicarei o meu conto anunciado sábado 25/04/2009. Ele foi escrito do dia 23 para o dia 24/04/2009. É pura ficção, história e personagens. Atrasei porque tive que ler uns textos sobre discurso direto e discurso indireto por orientação de colegas que me ajudaram nas correções. A quem já agradeci em off. Mas vamos lá. Segue o conto:
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OS JOVENS RAIOS DE SOL ALARANJADOS
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Num dia qualquer, em meados da década de 1980, os primeiros raios de sol penetraram suavemente algumas nuvens alaranjando aquele dia que sucedeu a noite de tormentosas dúvidas.
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Os raios de sol começavam a clarear as obscuras perguntas que invadiram a cabeça de JOEL. Ele estava sentado numa cadeira dura que encostara à parede da frente de sua casa. Envolvido em pensamentos soturnos nem se dera conta que nada respondia à maioria dos notívagos que retornavam das farras e lhe cumprimentavam.
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Sem dar a menor importância às pessoas à sua volta quando está absorto em seus próprios interesses, o jovem JOEL voltou a repensar todos os pensamentos obscuros que tinham lhe ocupado por toda a noite anterior. Começou a refletir com algum grau de sistematicidade.
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Assíduo freqüentador de pregações religiosas desde criança, não por ser muito simpático e adepto de tais valores morais, mas por ser impelido, como todo jovem o é no maior país católico do mundo, a se acostumar a uma formação cristã.
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Este dia, simbolicamente, representou o início da inelutável fase na vida de todo jovem que questiona os seus costumes. JOEL se perguntou:
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– Se todo ser humano tem uma alma, e se toda alma é imortal, em que lugar do(s) universo(s) ela teria estado antes de penetrar no corpo dele? Espera aí, disse JOEL consigo próprio, essa pergunta pode ensejar conclusões maledicentes. Vou reformulá-la. Se há uma alma imortal dentro de mim que sou mortal, antes de eu nascer onde ela teria existido? Em que dimensão? Numa dimensão espacial–geográfica diferente da que eu vivo? Na mesma dimensão que eu vivo, mas num lugar não sabido? Ou numa dimensão puramente abstrata, projetada, desejada?
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O sol, já nesta hora, tinha despejado toda a sua luz em cima deste lado da terra e sobre a cabeça de JOEL.
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Tudo o que teria feito JOEL passar a noite em claro começava a ficar mais evidente. Se as almas vivem num lugar de tempo sem começo e nem fim, de espaço indeterminado e incompreensível, se neste “ou topos” tudo é lindo e maravilhoso, se tudo é verdadeiro e correto, se tudo é perfeito e incorruptível, se tudo é vivo e divino, por que as almas viriam para uma realidade que seria apenas uma cópia imperfeita de um “ou topos” assim?
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JOEL estava intrigado com isso, pois as respostas que resultariam de sua reflexão poderiam ter implicações e determinações indeléveis em sua vida, no seu vir–a–ser, pois entender as razões e condições da vida, do que pensava e falava que até esta época eram percebidas apenas como explicações inquestionáveis, era fundamental.
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Ele queria entender o sentido e significado de tudo aquilo. Por que as coisas tinham que ser de um jeito e não de outro? Por que para uns era muito importante saber o que era certo e o que era errado? Por que uns viviam de um jeito e outros tantos de outro? Por que a casa do vizinho era melhor do que a sua?
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O jovem atormentado tinha que resolver tais questões existenciais para poder decidir que rumo dar à sua vida. Afinal, o mundo em que vivemos é um período, um modo de morrer temporariamente que toda alma tem que enfrentar obrigatoriamente em suas existências? O que elas veem fazer aqui é uma espécie de purgatório por causa de alguma pisada de bola que deram no mundo perfeito? Se lá tudo é perfeito, verdadeiro e incorruptível, como podem pisar na bola?
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Num dia qualquer, em meados da década de 1980, os primeiros raios de sol penetraram suavemente algumas nuvens alaranjando aquele dia que sucedeu a noite de tormentosas dúvidas.
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Os raios de sol começavam a clarear as obscuras perguntas que invadiram a cabeça de JOEL. Ele estava sentado numa cadeira dura que encostara à parede da frente de sua casa. Envolvido em pensamentos soturnos nem se dera conta que nada respondia à maioria dos notívagos que retornavam das farras e lhe cumprimentavam.
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Sem dar a menor importância às pessoas à sua volta quando está absorto em seus próprios interesses, o jovem JOEL voltou a repensar todos os pensamentos obscuros que tinham lhe ocupado por toda a noite anterior. Começou a refletir com algum grau de sistematicidade.
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Assíduo freqüentador de pregações religiosas desde criança, não por ser muito simpático e adepto de tais valores morais, mas por ser impelido, como todo jovem o é no maior país católico do mundo, a se acostumar a uma formação cristã.
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Este dia, simbolicamente, representou o início da inelutável fase na vida de todo jovem que questiona os seus costumes. JOEL se perguntou:
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– Se todo ser humano tem uma alma, e se toda alma é imortal, em que lugar do(s) universo(s) ela teria estado antes de penetrar no corpo dele? Espera aí, disse JOEL consigo próprio, essa pergunta pode ensejar conclusões maledicentes. Vou reformulá-la. Se há uma alma imortal dentro de mim que sou mortal, antes de eu nascer onde ela teria existido? Em que dimensão? Numa dimensão espacial–geográfica diferente da que eu vivo? Na mesma dimensão que eu vivo, mas num lugar não sabido? Ou numa dimensão puramente abstrata, projetada, desejada?
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O sol, já nesta hora, tinha despejado toda a sua luz em cima deste lado da terra e sobre a cabeça de JOEL.
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Tudo o que teria feito JOEL passar a noite em claro começava a ficar mais evidente. Se as almas vivem num lugar de tempo sem começo e nem fim, de espaço indeterminado e incompreensível, se neste “ou topos” tudo é lindo e maravilhoso, se tudo é verdadeiro e correto, se tudo é perfeito e incorruptível, se tudo é vivo e divino, por que as almas viriam para uma realidade que seria apenas uma cópia imperfeita de um “ou topos” assim?
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JOEL estava intrigado com isso, pois as respostas que resultariam de sua reflexão poderiam ter implicações e determinações indeléveis em sua vida, no seu vir–a–ser, pois entender as razões e condições da vida, do que pensava e falava que até esta época eram percebidas apenas como explicações inquestionáveis, era fundamental.
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Ele queria entender o sentido e significado de tudo aquilo. Por que as coisas tinham que ser de um jeito e não de outro? Por que para uns era muito importante saber o que era certo e o que era errado? Por que uns viviam de um jeito e outros tantos de outro? Por que a casa do vizinho era melhor do que a sua?
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O jovem atormentado tinha que resolver tais questões existenciais para poder decidir que rumo dar à sua vida. Afinal, o mundo em que vivemos é um período, um modo de morrer temporariamente que toda alma tem que enfrentar obrigatoriamente em suas existências? O que elas veem fazer aqui é uma espécie de purgatório por causa de alguma pisada de bola que deram no mundo perfeito? Se lá tudo é perfeito, verdadeiro e incorruptível, como podem pisar na bola?
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Continua amanhã.
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