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quarta-feira, 29 de maio de 2013

O AUTÊNTICO CORRUPTO E SUA AUTODETERMINAÇÃO- I.



Imagem da Internet.


Brincando com ideias e palavras, busco decifrar o modus operandi e de ser de um grupo político que foi expulso do poder de nossa cidade depois de destruí-la quase que completamente.

Acredito que quando um corrupto é plenamente consciente de seus atos de corrupção ele se torna determinado e consequência inevitável dos seus atos corruptos. Os atos corruptos são conscientemente praticados por ele e, ação contínua, o escravizam docemente na teia de recíproca determinação.

O corrupto é sabedor e dependente da corrupção, pois não se vê mais descolado de sua criatura deliberada. Para existir, os dois necessitam um do outro. A corrupção para existir necessita do corrupto que se encontra escravo de si mesmo porque passa a ser dependente da corrupção para viver. Sendo assim, ele rodopia em espiral, mas volta ao agora eterno círculo de autodeterminação e dependência mútua.

O corrupto sai da via que busca elevar o homem a uma condição, proposta por outros homens, de superioridade na busca de sua condição de humano. O corrupto desiste de seguir os outros homens no projeto de elevação da condição e constrói uma nova redoma para si que não é mais coletiva, mas dele próprio.

É neste ponto que vejo a autenticidade do corrupto. Ele constrói um novo modo de ser, que é próprio e personalizado, com tipos de adereços os mais questionáveis esteticamente para expor a sua criação como sendo construção dele, e de mais ninguém.

Outros até podem ter deixado também de seguir o caminho dos outros homens, mas nunca são corruptos idênticos. São sempre autênticos. Eles se dizem novos autênticos, visto que são prepotentes em sua autodeterminação. A autenticidade que vejo aí não significa ineditismo, porém rica em adereços personalizados (uma cor de sua preferência e que o simboliza completamente, por exemplo).


Eles, corruptos, são inéditos porque são burros que se acreditam espertos. São prepotentes porque desdenham das restrições do corpo e da moral aplicados pelos homens que seguem pelo caminho da elevação de sua condição. Os corruptos chegam até a rir cinicamente de sua situação demonstrando o quanto se importam com as restrições que a justiça pode impingir-lhes na tentativa de resgatá-los e retorná-los à via dos outros homens.



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