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terça-feira, 21 de maio de 2013

GILBERTO JUNIOR: IMPESSOALIDADE E MORALIDADE NA PRÁTICA POLÍTICA.



Foto (Cezar Pedrosa) esquerda / direita: Eu, professor Francisco Santana, prefeito Gilberto Junior e professor Darley Santiago.  


O que venho falando aqui sempre sobre os malfeitos políticos e administrativos do ex-prefeito de Floriano, o mais incompetente que esta cidade já teve, levanta uma questão que parece ter como base um saudosismo ético ou defesa antiquada da relação entre prática política e ética. Mas não é.


Vivemos um tempo em que alguns pretendem separar a política do crivo da avaliação ética. Os que pensam assim defendem a tese que diz que não devemos, na prática política, avaliar o que se faz sob a ótica do certo e do errado, mas apenas observar se o que foi feito trouxe proveito para quem decidiu fazer de um jeito e não de outro e se também adquiriu a chancela de justo.

O certo e o errado, o bem e o mal, ficariam restritos ao âmbito do particular, como algo que deve orientar apenas decisões pessoais e restritas. O que se espera com isso é evitar que se julgue eticamente as decisões tomadas na esfera do público garantindo apenas, para a ação praticada, uma avaliação “técnica”sobre se deu certo ou se foi proveitosa.

É como se quisessem dizer que os valores éticos que devem orientar as ações públicas, aqui entendidas como aquelas que dizem respeito ao público, não servem para julgá-las já que não são úteis e são desnecessárias. Como se não se referissem a nós, mas apenas ao eu.

A avaliação ética seria não um ato concreto de julgamento, mas um ato meramente abstrato, dispensável porque reservado aos que vivem com a cabeça no mundo da lua e não no mundo real. E os que vivem com a cabeça no mundo da lua têm preocupações desvinculadas do real. Por isso são saudosistas e antiquados. Assim, o que dizem não deve ser levado em conta, posto que é meramente dispensável e sem valor para o mundo concreto das decisões políticas.

O que eu faço aqui é levar a sério a condenação do desvinculamento da ação pública da avaliação ética e tendo sempre em mente que os malfeitores não são pessoas que se colocam acima do bem e do mal. E, com isso, procuro levar de volta as suas ações para o campo da avaliação éticapara que possa julgá-las sem me colocar contra as decisões no campo político ou econômico.

Não quero negar que se tomem as decisões com o objetivo de beneficiar eficientemente o público. Porque não são coisas separadas. Mas levar em consideração que uma – a ação pública - se submeta a avaliação da outra – a ética.

Os malfeitores querem criar uma realidade separada da eticidade para poder agir de forma impune. Pois isso gera confusão e incertezas no meio do povo.

O que quero é adentrar o mundo dos malfeitores e mostrá-los a insensatez da tese deles e ao mesmo tempo avaliar as decisões para que o público veja e sinta a necessidade verdadeira da avaliação ética das ações que eles decidirem praticar.

Me parece democrática essa minha proposição. Mas os arroubos dos malfeitores que pensam em privatizar o que é público e só aí levantar questões éticas são insensatos e antiéticos. Pois a ética deles é, na verdade, o mero arranjo dos desejos de se locupletarem do que é público. Por causa de elementos assimpassei oito anos com vergonha da minha cidade que deu liberdade para que eles pudessem agir impunemente.

Mas agora voltei a sentir orgulho de viver aqui. Voltei a sentir orgulho porque agora na prefeitura há um homem que possui valores opostos aos dos malfeitores e posto lá por 50% dos votos válidos - uma espécie de remissão. Gilberto Junior defende que as ações que serão praticadas no âmbito público devem se submeter, também, ao crivo do julgamento ético.  

Disse Gilberto Junior, prefeito de Floriano, em recente entrevista à TV local, sobre a política personalista retrógada e brega do ex-prefeito queenfeiou a cidade com a cor “laranja” (juízo de valor meu): “A impessoalidade e a moralidade devem ser pilares importantes na administração pública”.

Desse jeito, Gilberto Junior se opõe ao ex-prefeito que procurou, durante oito anos, pessoalizar a administração pública com a marca da separação entre ação pública e avaliação ética ornamentada pela cor que o simbolizou, o definiu e mostrou quem ele era e o que fez na prefeitura: a cor “laranja”.

A impessoalidade e a eticidade resgatadas finalmente possibilitam aos cidadãos dignos avaliarem com segurança as práticas políticas em Floriano. Desse modo,terão em troca aquilo o que lhe é bom e útil sem destruir seu patrimônio ético e, portanto, constatando se as decisões foram corretas e proveitosas .

Como resultado de minha postura avalio tambémque não se põe aqui de forma adequada e verdadeira o maniqueísmo como crítica à minha postura. Visto que entendo ser a ética um fundamento, sim, para a análise política porque a trago, a política, para dentro do campo daética com o propósito de validar a decisão tomada. Seja eticamente, seja “tecnicamente”.

Meus parâmetros, então, não deixam apenas a cargo da justiça ou da avaliação da eficiência “técnica” do resultado as ações políticas. Uso, em primeiro lugar, o aparato ético para saber se a ação foi boa ou má. Depois a julgo como justa ou injusta ou se foi realmente eficiente. 

P. S (1).: O Filósofo Michael Sandel no livro“O que o dinheiro não compra: os limites morais do mercado” defende o ponto de vista que reivindica a avaliação ética para as práticas econômica e política.

Alguns críticos de seu modo de filosofar dizem que ele faz um filosofar saudosista, porque propõe a necessidade desse vínculo. Segundo seus críticos, o novo liberalismo pressupõe que a justiça seja o parâmetro de avaliação desse tipo de prática pública.

Deve ser bom para quem é adepto dessa postura política e econômica, o liberalismo, mas não casa bem com a minha postura ideológica.
Desse modo, procuroas teses que casem com os meus fundamentos e objetivos políticos. E, certamente, separar política eética não é o viés ideológico que me possibilita fazer a crítica à separação entre ação política e avaliação ética.
Então, me torno um simpatizante, especificamente neste aspecto, do modo de filosofar de Michael Sandel. E ficamos, eu e ele, por aqui mesmo.

P. S (2).: Após o escrito no texto acima eu não poderia deixar de esclarecer que o que disse sobre a defesa dos malfeitores na política de Floriano pela separação entre a prática política e a avaliação ética não é o resultado de uma assimilação coerente, lógica e sistematizada por parte deles do entendimento filosófico do fato abordado. Não! Não fazem ou fizeram isso! Na verdade não conseguem, em sua maioria, compreender o que escrevo. Recorrem insistentemente à pessoas bem escolarizadas para “traduzirem” o que escrevo.

O ex-prefeito de Floriano é um exemplo incontestável e patético de político incoerente, com muito pouca lógica nos discursos. Pois ele é um sujeito muito mal escolarizado. Já demonstrei no meu blogue que ele é incapaz de elaborar um discurso minimamente coerente, logicizado, sistematizado.

Por isso mesmo não poderia fazer o que sempre fez e dizer o mesmo discurso que sempre diz a partir de uma interpretação bem elaborada do fato abordado no texto acima.

O que acabei de dizer é para que ninguém o tenha como um crítico elaborado do desvinculamento entre prática política e avaliação ética. Ele nunca será capaz disso.     

Leia uma entrevista com Michael Sandel clicando AQUI.




Um comentário:

Chico Mário Feitosa disse...

Rapaz, fico imaginando se eles nunca pensaram que a cor laranja é muito chamativa, tanto por ser feia, quanto pela relação que ela tem com esquemas de corrupção!
É laranja!
É laranja!
Rapais... pega mal rsrsrs
Abcs Jair!