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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

RETRATO DA INCOMPETÊNCIA.

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Há poucos dias flagrei o trator da empresa que está fazendo a obra de esgotamento sanitário em Floriano atolado na incompetência do prefeito de nossa cidade. Obra esta que apesar da propaganda do prefeito não deixar claro, para dar a entender que o investimento é exclusivo da prefeitura, é do Governo Federal do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC. A incompetência de fazer aquilo que seria a contrapartida da prefeitura, fazer a licitação e acompanhar a realização da obra, pode ser demonstrada nesta foto. As ruas que a prefeitura já deu por encerradas as obras estão intransitáveis. O protetor do cárter do carro que uso está amassado por causa da incompetência do prefeito em exigir que a obra fosse realizada com o mínimo de qualidade. As pedras estão soltas e há buracos em inúmeras ruas, mesmo depois de não haver mais o que fazer em termos de obra. Já fizeram reunião para que a empresa recompusesse o que ficou mal feito.
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Portais de notícias de Floriano dão conta de carros de coleta do lixo atolados nas valas de pedras soltas. Moradores das ruas revoltados por causa da lama e da poeira que deixam após "tamparem" os buracos. O prefeito já há seis anos não faz manutenção nas ruas, e agora é que a coisa ficou feia. A cidade está mais feia do que antes. Resultado da incompetência do prefeito, pois a sua incompetência não se restringe em ser o pior prefeito que a nossa cidade já teve, mas até mesmo em cobrar a realização de um trabalho bem feito.
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Não foi por outra coisa que a população o elegeu o 4º pior prefeito do Piauí no ano passado (Instituto Data AZ, divulgado pelo www.noticiasdefloriano.com.br). Neste ano ele foi estrondosa e vergonhosamente vaiado em pleno carnaval. Então, quem não sabe por que o trabalho de construção do esgotamento sanitário está sendo feito sem qualidade é por culpa da incompetência do prefeito. A realidade está toda esburacada, há seis anos, para todo mundo ver.
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8 comentários:

Flávio Cavalcanti disse...

Professor Jair,

A ignorância – ou, se preferirem, a consciência de nossa própria ignorância - não nos é dada gratuitamente; a ignorância tem um preço. Não a ganhamos, a conquistamos. E com trabalho, com muito trabalho. Como tudo o mais que tem algum valor na vida, também a obtenção da ignorância exige esforço, paciência e dedicação. Pois ocorre que nos é muito mais natural crer do que duvidar. Nossa tendência é crer que as coisas de fato sejam como elas de início nos parecem ser. A dúvida acerca dessa aparência primeira pode surgir de diversos modos, e um desses modos é o modo filosófico. Neste caso, se trata de um esforço deliberado e metódico para colocar em questão as aparências. E este esforço não é fácil nem é simples.

É possível colocar em dúvida mesmo aquelas verdades mais evidentes e aparentemente inegáveis. Pensem, por exemplo, no gênio maligno de René Descartes – na suposição de que poderia existir uma criatura supremamente poderosa e malévola que tivesse por objetivo nos enganar inclusive a respeito daquelas coisas que nos parecem mais obviamente verdadeiras (o supercomputador do filme Matrix pode ser tomado como uma versão contemporânea de tal criatura). Não raro, essa singular hipótese é tomada por uma simples brincadeira filosófica. Mas ela é muito mais do que isto: ela é uma alegoria de certas conseqüências dos limites e da natureza de nosso conhecimento. Quem comete este equívoco talvez ignore que a invenção de uma tal criatura pretende pavimentar o caminho da dúvida através de uma imagem sugestiva. E isto porque a dúvida, e em particular, a dúvida sobre fatos que nos parecem óbvios – fatos sobre a nossa própria existência, por exemplo –, não é gerada sem que empreendamos um diligente esforço para tanto. E o exercício da dúvida é o instrumento indispensável que nos permite eliminar os fragmentos de pseudo-conhecimento reunidos ao longo dos anos que atulham nossa mente. É o exercício da dúvida que nos permite alcançar a ignorância.

Parte considerável dos esforços dos filósofos, portanto, é dedicada à tarefa de obter essa autêntica ignorância. Pois a fonte do pseudo-conhecimento é a pseudo-ignorância. A pseudo-ignorância é o resultado da tentativa insuficiente e fracassada em eliminar as crenças irracionais que se acumulam em nosso espírito. Diante desse fracasso, continuamos a sustentar idéias infundadas e a guiar nossas ações com base em pontos de vista que, ao fim e ao cabo, não têm sustentação racional. E tudo isto porque desde o início falhamos na tarefa de desmascarar nossa própria ignorância.

Enfim, o valor da ignorância é extraordinário. Defrontar a autêntica ignorância, único terreno sobre o qual o autêntico conhecimento pode ser erigido, é um empreendimento indispensável e virtualmente interminável. O mundo nos oferece constantemente idéias enganosas das quais precisamos nos depurar e essa depuração não é um trabalho do qual possamos dar conta sem esforço e método. Ter constantemente presente a necessidade deste trabalho e lembrar aos demais disto com uma persistência que beire a provocação – como o fazia o próprio Sócrates – pode ser uma boa maneira de se começar a filosofar.

Flávio Cavalcanti

Flávio Cavalcanti disse...

Professor Jair,

A ignorância pode ser uma benção ou uma maldição. Você é quem decide seu futuro, você pode viver a vida apenas como espectador ou fazer realmente tudo acontecer.

Neste contexto, é possível até compreender que as pessoas muitas vezes deixam de realizar algo simplesmente pelo fato de acreditarem que não são capazes. E este acreditar é, em geral, um pensamento não verdadeiro, com base apenas em sentimentos que não gera o comportamento necessário.

Já é tempo de pensar nos reflexos administrativos da atual gestão pública em nossa cidade e acreditar que, juntos, num horizonte próximo, podemos mudar esta realidade para melhor.

Flávio Cavalcantiinatho

Eduardo Sousa disse...

Caro professor Jair,
Estava eu passeando pelo seu Blog quando li a chamada desta matéria e meu clique na foto de destaque foi automático!! Concordo plenamente com tuas ideias expostas no texto!! Sinto na pele, ou melhor, no bolso como está difícil transitar pelas ruas de nossa cidade!! Não preciso nem citar como aumentaram meus gastos com consertos e revisões do automóvel, pois penso que todos nós temos noção disso diariamente toda vez que "entramos de cara num buraco que apareceu do nada"!! Sou taxista e como tal sei exatamente como se encontra a maioria das ruas de Floriano: um verdadeiro CAOS!! Tanto na periferia quanto no centro o que se vê são ruas esburacadas ou apenas mal recapeadas! Em minha atual profissão tenho contato com todos os tipos de pessoas... jovens, idosos, políticos, autÔnomos, músicos, esportistas e, não raramente, turistas. E uma coisa que a grande maioria pergunta quando observa a cidade enquanto os conduzo é "Ué, cadê o prefeito da cidade!? Será que ele não vê essa sujeira toda? Pôxa, que prefeito é esse que deixa as ruas assim??"... Nessas horas, me sinto como um avestruz: me da vontade de enfiar a cabeça num buraco de tanta vergonha!! Na verdade, acredito que CAOS é a palavra que traduz com perfeição a situação de muitas das instituições e meios de Floriano, tais como escolas, postos de saúde e, em questão, o trânsito municipal! Lembro-me que o Luciano Huck, apresentador de televisão da Rede Globo, quando veio à nossa cidade comentou que o aeroporto parecia uma zona de guerra... Bem meu caro Luciano, se vc voltasse aqui hoje e desse uma voltinha no meu taxi, certamente pensaria que nessa "guerra" só se intensificaram os conflitos!!! ^^

robert guimarães disse...

PROFESSOR, ISSO É APENAS UM SIMPLES RESULTADO DA "CAGADA" QUE MUITOS FAZEM NAS URNAS.
ENQUANTO A POPULAÇÃO NÃO TOMAR CONSCIÊNCIA SOBRE O VALOR DE SEU VOTO, ESSA REALIDADE NÃO MUDARÁ TÃO CEDO... ESPERO QUE ISSO MUDE LOGO..

Flávio Cavalcanti disse...

Professor Jair,

De fato, o ditado popular que retrata muito claramente a importância das eleições e do voto está mais do que certo e é oportuno para o debate obre o “Retrato da Incopetência”. Pois, “cada povo tem o governo que merece”. Isto significa dizer que se o Prefeito ou a Câmara de Vereadores é ruim, foi porque o povo quis assim, uma vez que os políticos só foram eleitos, porque o povo neles votou em algum momento.

Neste contexto, é preciso pensar, refletir, questionar e nunca votar nos que apenas vendem sonhos virtuais. Precisamos ter consciência de que Eeições não é um concurso de beleza. E votar no mais bonitinho, nós já vimos este filme!

Assim, para começar a escolha em quem votar é importante que você dê-se a oportunidade de uma introspecção e faça-se algumas perguntas, por exemplo:

1. Efetivamente eu me recordo em quem votei nas últimas eleições?
2. Meus candidatos prestaram contas a mim e à sociedade do que prometeram?
3. Eles fizeram tudo o que prometeram ou parte do que prometeram?

Saiba, então, que as respostas para estas perguntas interessam mais a cada um de nós do que para aqueles nos quais votamos.

Pare um momento na sua comunidade e converse com seus amigos e familiares sobre os problemas da nossa cidade, do seu bairro, da sua rua. Vale ainda destacar que escolher um bom candidato é o começo de um processo que nunca termina. Pois, se você votou com consciência e de forma honesta, cumpriu uma boa parte de sua responsabilidade como eleitor e como brasileiro. Mas é preciso mais! Você deve acompanhar a ação dos eleitos, mesmo que os eleitos não tenham sido os seus candidatos. O futuro das nossas cidades está mais uma vez, nas mãos dos eleitores. É preciso uma boa dose de reflexão!

Portanto, reclamar depois das Eleições não é a decisão mais inteligente. É preciso estudar bem em quem votar. Para as próximas eleições, este já é um momento mais do que oportuno para começarmos a pensar no caso da nossa querida Floriano.

Flávio Cavalcanti

JAIR FEITOSA disse...

Olá Flávio Cavalcanti.

Estou gostando de sua participação nos comentários aqui do Blogue. Percebe-se que você possui conhecimentos filosóficos. Então, gostaria de saber se você já é graduado ou graduando. Em que instituição?

Já tentei escrever numa linguagem mais restrita à linguagem filosófica. Não deu certo. Muita reclamação. Alguns diziam que eu era um boçal por escrever daquela maneira, e outras baboseiras mais. Percebi que tinha de ser mais coloquial, e assim tento, não vulgarizar o estilo filosófico, mas me fazer entender de uma maneira menos técnica. Foi o que aprendi escrevendo aqui.

Espero que você continue participando e contribuindo da forma que você entender mais adequada.

Um abraço.

Jair Feitosa.

JAIR FEITOSA disse...

Olá Eduardo.

Obrigado por contribuir apontando mais situações que exponham de forma inequívoca a incompetência desse prefeito.

Um abraço.

Jair Feitosa.

JAIR FEITOSA disse...

Olá Robert.

Mais uma vez venho agradecê-lo pela participação. Seja sempre bem-vindo.

Um abraço.

Jair Feitosa.