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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SILÊNCIO ENSURDECEDOR.

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ENTRE O ROTO E O ESFARRAPADO
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20/11/2009
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Da Redação da revsita Carta Capital
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Nem deu tempo de os tucanos explorarem a contento o blecaute da terça-feira 10. Logo em seguida, desabou uma das vigas do Rodoanel, a menina dos olhos da gestão do PSDB em São Paulo.
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Nos dias posteriores, assim como no caso do apagão, foi possível perceber certo amadorismo entre os diretamente envolvidos com as obras, bem como a inépcia dos órgãos públicos – Dersa, Tribunal de Contas da União e do Estado de São Paulo – encarregados, em tese ao menos, de defender os interesses coletivos.
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O diagnóstico divulgado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de São Paulo (Crea-SP) aponta imperícia técnica do consórcio encarregado da obra, capitaneado por duas empreiteiras de peso, OAS e Mendes Jr., além de uma terceira de menor porte, a Carioca Engenharia.
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As três empresas cometeram um erro banal ao instalar apenas quatro das cinco vigas projetadas originalmente, sem os devidos cuidados para evitar o desmoronamento. A falta de uma amarra que ampliasse a capacidade de resistência das vigas instaladas, diz o Crea-SP, teria levado ao colapso.
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Desvios administrativos contribuíram para o acidente, que provocou ferimentos graves em três vítimas e por pouco não causou mortes. A Carioca Engenharia havia sido desclassificada da licitação justamente por falta de capacitação técnica.
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A reforçar essa tese o fato de a empreiteira ter no currículo outro caso lamentável. Era parte do consórcio que cuidava do famigerado Fura-Fila, com a Andrade Gutierrez, quando, em abril de 2008, um viaduto em construção desabou.
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O caso talvez tenha servido de argumento para desclassificar a Carioca das obras do Rodoanel. A Dersa, contudo, tratou de acatar o seu pedido de reavaliação da decisão, impetrado pela empreiteira do Rio, medida que contou com o aval do TCU e do seu equivalente estadual. Segundo a estatal paulista, a Carioca “estava e está habilitada do ponto de vista técnico e legal”.
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Acrescentou ainda que não saberia dizer se uma empreiteira em particular cuidava do trecho que desmoronou ou se eram empregados do consórcio. Estimada em 5 bilhões de reais, a obra de construção do trecho sul do Rodoanel terá pouco mais de 60 quilômetros. Sua inauguração, prevê o governo Serra, ocorrerá em 2010, ano eleitoral.
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