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quarta-feira, 22 de julho de 2009

SANTA FINALIDADE.

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Foto ilustrativa do fato.
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Perguntei a alguns evangélicos o que eles pensam de o prefeito JOREL ter gasto dinheiro público para promover a religião deles através do “arrastão” evangélico (08/07/2009), segundo relato de integrante do governo. Todos a quem me dirigi disseram que não foi um “arrastão”, mas uma “marcha” para Jesus. E que nada há de errado já que ele patrocinou o “arrastão”. Uma lógica pouco louvável.
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Mas retruquei dizendo que vários Joelistas propagaram efusivamente ter sido o “arrastão” evangélico, um sucesso. Uma evangélica de Teresina que estuda aqui e foi minha aluna recentemente me disse que é um absurdo chamar de “arrastão” uma manifestação religiosa, uma falta de respeito.
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Continuei perturbando, mas tinha músicas de vários ritmos, tinha trio elétrico, todo mundo seguindo uma dita “atração” do evento... Qual a diferença do evento que ocorrera no dia anterior da “marcha” que o prefeito enche o peito e diz ser a marca da sua administração e que ele chama de “arrastão” (muito sugestivo)?
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Outro evangélico me disse, preconceituosamente, que o dito “arrastão” do prefeito é dos católicos e a “marcha”, dos evangélicos. Resposta pouco inteligente, pois para rechaçar o adjetivo pouco inteligente eles atacam os demais. Para converter fiéis de outras manifestações religiosas, principalmente católicos, estão usando as mesmas armas deles. A meu ver uma tática sem mérito, já que dizem combater os valores católicos, mas ao mesmo tempo assumem esses valores com uma ou outra modificaçãozinha. Muito estranho.
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Se há pouca diferença nos valores, como convencer alguém a mudar de religião? Entendo que evangélicos, para se afirmar e converter mais fiéis, devem agir como são, com seus valores e não procurar imitar em quase tudo os católicos.
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E eu, um sem-religião, o que tenho a ver com isso? O “arrastão”, digo, a “marcha” teve patrocínio de dinheiro público? Quando compro algum produto uma parte (alguns deles até a metade do preço) é imposto. Como o estado brasileiro é constitucionalmente laico não tem que gastar nenhum centavo com religião nenhuma.
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Quem quiser patrocinar eventos religiosos que o faça com seu próprio dinheiro. O prefeito JOREL pode pagar do seu bolso, já que o salário dele é R$ 14.000,00, o que já é um horror para os cofres públicos porque a população o qualifica como o 4º pior prefeito do Piauí, segundo o Instituto Data AZ.
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Quando JOREL diz que o “arrastão” é a marca da sua administração, ele eleva ao patamar na sua escala de “valores” um evento que é, em essência, emburrecedor como se fosse uma coisa edificante. Quando seus seguidores chamam a “marcha” para Jesus de “arrastão” estão apenas querendo “valorizar”, de acordo com a escala de “valores” do chefe, esse evento evangélico.
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Os evangélicos não precisam se estressar, essa turma, baseada nos “valores” do chefe está apenas confundindo as pessoas para que percam a noção do bom e do ruim, do bem e do mal, do certo e do errado, do justo e do injusto, com objetivos determinados. Se as pessoas ficarem confusas sobre o que é certo ou errado, tudo passa a ser permitido. Entenderam a finalidade? Evangélicos não entrem nessa onda, marquem a existência com valores autênticos e firmes.
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