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segunda-feira, 20 de julho de 2009

POESIA.

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POEMINHA DE ÁGUA DOCE.
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Ah, o poder
doce água de beber é o poder
Mas, ai da barriga do sedento
Que se engana em poder secá-la
E bebe, e bebe tanto
E bebe muito, demais
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Enfim o que é doce na água
É o esquecimento misturado à prepotência
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O doce da água o faz esquecer "quem foi"
A prepotência o faz enganar-se com "quem é"
O doce da água o afasta do "quem foi"
A prepotência o aproxima da ilusão
O doce da água o afasta dele mesmo
A prepotência o aproxima do abismo
O doce da água o embriaga e o vicia
A prepotência o cega na ressaca
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Ah, o poder
Doce água de beber
Continuará doce sempre
E o sedento ao entorpercer-se
Se verá só no seu novo deserto de amigos
E a doce água de beber
Será apenas miragem que se afasta
E com o "quem foi" distante do "quem é"
Preenchido de deserto
O sedento se verá perdido e só
Morrendo de sede
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(Floriano: 19/07/2009 - JAIR FEITOSA).
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