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Quantos cristãos estariam dispostos a “marchar” contra a corrupção como forma de marchar para Jesus? Marchar para Jesus é completamente outra coisa? Jesus não pregava justiça? O que é ser justo, é apenas se apegar ao aspecto puramente metafísico da crença deixando completamente de lado o aspecto físico? Jesus disse que um dia voltará para julgar a todos. Aquele que fecha os olhos para os corruptos estabelecerem a injustiça social e econômica estará pronto para o julgamento final? Terá vivido de acordo com todos os imperativos da moral cristã?
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Marchar para Jesus significa abrir mão da cidadania? Significa esquecer as injustiças para ter um patrocioniozinho para a causa? Quanto se gastou em patrocínio, foi o mesmo montante que daria para fazer uma casa popular? Não? Daria para calçar aquelas ruas que vivem esquecidas? Não? Daria para iluminar as inúmeras ruas que vivem as escuras? Não? E as incontáveis que vivem sujas, esburacadas? Não? Daria para terminar as obras que estão abandonadas?
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Jesus estaria satisfeito ao ver seu povo em festa à custa de prioridades equivocadas? Jesus estaria no meio da marcha – ou como sugere o nome, lá no final – vendo parte do seu povo se divertindo enquanto outros tantos não têm motivos para ser feliz? Se você responder que sim vou propor uma antinomia: Ou Jesus não teve propósitos lá muito dignos, ou você não entendeu nada do que Ele quer que você faça para estar com ele.
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Prefiro acreditar no Jesus histórico (RORTY) com sua pregação de justiça e contra os desonestos, corruptos, enganadores, aproveitadores do que num monte de gente festiva que parece não está nem um pouco preocupada com o sofrimento do próximo. E olha que sou agnóstico, mas prefiro Jesus Cristo.
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Isto significa que uma marcha contra a corrupção contém mais os desejos de Jesus do que uma marcha repleta de simbolismos pagãos transmutados verbalmente, apenas, em luta pela evangelização.
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Jesus viveu numa época cheia de manifestações religiosas (plenamente estabelecidas) completamente diferentes e contrárias a sua, mas ele não agiu como as demais religiões, ou imitando-as para conseguir convencer os outros que a sua era a verdadeira religião. Pelo contrário, ele fincou o pé na sua liturgia, seus valores, seus objetivos e só assim Ele se impôs e transformou o mundo ocidental.
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Será que os evangélicos, que pregam seguir mais fielmente a religião de Jesus contra aqueles que a teriam desvirtuado, não estariam agindo como os outros ao fazerem muito do que eles fazem, mesmo dizendo que não é igual?
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O “arrastão” é emburrecedor, é uma manifestação inconteste de alienação social e política – como me disse certa vez um professor de História lá do PREMEN: “Antigamente tocavam boiada com berrante, hoje é com trio elétrico”. – é exatamente o que deseja o prefeito e não o que deseja Jesus (pelo menos quando se ler o que ele disse).
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O prefeito deseja tirar a sua imagem da lama (a população o elegeu o 4º pior prefeito do Piauí – Instituto Data AZ) e canalizar o poder manifestamente contestador daqueles que lá vão para uma atividade tolhedora da razão crítica oferecendo aquilo que necessitam aquelas pessoas (só que em nível elevado), diversão cultural, e de “graça”.
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Nada é de graça, pois são eles mesmos que pagam para o prefeito se passar por bonzinho. Aí reside uma demonstração inquestionável de alienação política. O valor que o prefeito paga pelos “arrastões” é muito superior ao que os mesmos “arroz de festa” cobram para se apresentarem normalmente sob a fraca alegação de que nestes eventos se justifica o preço majorado porque é carnaval. Essa parceria vai longe, mais longe do que os olhos de quem deveria fiscalizar podem ver.
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Jesus era destemido e lutou contra as injustiças , mas a tática dele foi o enfrentamento. Ele não temeu e nem se aliou aos injustos, Ele continuou afirmando os seus valores como entendia que deveria fazer, mesmo sendo perseguido, torturado e morto, mas foi assim que construiu uma grande religião.
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Acredito que a luta dos evangélicos deve se dá no âmbito da justiça; da honestidade; do trabalho como meio de se buscar a riqueza; da dignidade; da solidariedade. Viver de acordo com esses valores é lutar contra os opostos, e essa luta será vitoriosa se for ao lado de todos os valentes.
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Caso contrário, quando chegar a hora do julgamento final diz-se que a escolha será pelos que seguiram o Julgador. Quem não sabe de que lado está, se acredita no julgamento, sofrerá as consequências, pois não convencerá o Julgador que mesmo sendo contra as injustiças sempre estivera ao lado do injusto.
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Como não creio que haverá julgamento final por um ente metafísico, luto contra o injusto para que ele seja acusado, julgado, condenado e preso pelas autoridades constituídas entre nós mesmo. Se não ocorrer aqui e agora (o julgamento) entre nós humanos o crime terá valido a pena.
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No caso de Jesus os seus julgadores o acusaram , o condenaram e o mataram. Na dimensão religiosa, no final de tudo, quem venceu foi Jesus. Ele foi justo, honesto e digno, porém morreu lutando. Já entre nós os injustos, desonestos e indignos zombam de nossa cara livres de julgamentos. Que mundo esquisito, hein Jesus? Pelo que está escrito, sorte a Sua de não ter mais que conviver com tudo isso. E para aguentar, ao que se depreende, só se tornando um alienado e sair atrás do trio elétrico, ou fazer como Jesus: ir viver noutro mundo.
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Marchar para Jesus significa abrir mão da cidadania? Significa esquecer as injustiças para ter um patrocioniozinho para a causa? Quanto se gastou em patrocínio, foi o mesmo montante que daria para fazer uma casa popular? Não? Daria para calçar aquelas ruas que vivem esquecidas? Não? Daria para iluminar as inúmeras ruas que vivem as escuras? Não? E as incontáveis que vivem sujas, esburacadas? Não? Daria para terminar as obras que estão abandonadas?
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Jesus estaria satisfeito ao ver seu povo em festa à custa de prioridades equivocadas? Jesus estaria no meio da marcha – ou como sugere o nome, lá no final – vendo parte do seu povo se divertindo enquanto outros tantos não têm motivos para ser feliz? Se você responder que sim vou propor uma antinomia: Ou Jesus não teve propósitos lá muito dignos, ou você não entendeu nada do que Ele quer que você faça para estar com ele.
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Prefiro acreditar no Jesus histórico (RORTY) com sua pregação de justiça e contra os desonestos, corruptos, enganadores, aproveitadores do que num monte de gente festiva que parece não está nem um pouco preocupada com o sofrimento do próximo. E olha que sou agnóstico, mas prefiro Jesus Cristo.
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Isto significa que uma marcha contra a corrupção contém mais os desejos de Jesus do que uma marcha repleta de simbolismos pagãos transmutados verbalmente, apenas, em luta pela evangelização.
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Jesus viveu numa época cheia de manifestações religiosas (plenamente estabelecidas) completamente diferentes e contrárias a sua, mas ele não agiu como as demais religiões, ou imitando-as para conseguir convencer os outros que a sua era a verdadeira religião. Pelo contrário, ele fincou o pé na sua liturgia, seus valores, seus objetivos e só assim Ele se impôs e transformou o mundo ocidental.
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Será que os evangélicos, que pregam seguir mais fielmente a religião de Jesus contra aqueles que a teriam desvirtuado, não estariam agindo como os outros ao fazerem muito do que eles fazem, mesmo dizendo que não é igual?
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O “arrastão” é emburrecedor, é uma manifestação inconteste de alienação social e política – como me disse certa vez um professor de História lá do PREMEN: “Antigamente tocavam boiada com berrante, hoje é com trio elétrico”. – é exatamente o que deseja o prefeito e não o que deseja Jesus (pelo menos quando se ler o que ele disse).
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O prefeito deseja tirar a sua imagem da lama (a população o elegeu o 4º pior prefeito do Piauí – Instituto Data AZ) e canalizar o poder manifestamente contestador daqueles que lá vão para uma atividade tolhedora da razão crítica oferecendo aquilo que necessitam aquelas pessoas (só que em nível elevado), diversão cultural, e de “graça”.
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Nada é de graça, pois são eles mesmos que pagam para o prefeito se passar por bonzinho. Aí reside uma demonstração inquestionável de alienação política. O valor que o prefeito paga pelos “arrastões” é muito superior ao que os mesmos “arroz de festa” cobram para se apresentarem normalmente sob a fraca alegação de que nestes eventos se justifica o preço majorado porque é carnaval. Essa parceria vai longe, mais longe do que os olhos de quem deveria fiscalizar podem ver.
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Jesus era destemido e lutou contra as injustiças , mas a tática dele foi o enfrentamento. Ele não temeu e nem se aliou aos injustos, Ele continuou afirmando os seus valores como entendia que deveria fazer, mesmo sendo perseguido, torturado e morto, mas foi assim que construiu uma grande religião.
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Acredito que a luta dos evangélicos deve se dá no âmbito da justiça; da honestidade; do trabalho como meio de se buscar a riqueza; da dignidade; da solidariedade. Viver de acordo com esses valores é lutar contra os opostos, e essa luta será vitoriosa se for ao lado de todos os valentes.
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Caso contrário, quando chegar a hora do julgamento final diz-se que a escolha será pelos que seguiram o Julgador. Quem não sabe de que lado está, se acredita no julgamento, sofrerá as consequências, pois não convencerá o Julgador que mesmo sendo contra as injustiças sempre estivera ao lado do injusto.
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Como não creio que haverá julgamento final por um ente metafísico, luto contra o injusto para que ele seja acusado, julgado, condenado e preso pelas autoridades constituídas entre nós mesmo. Se não ocorrer aqui e agora (o julgamento) entre nós humanos o crime terá valido a pena.
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No caso de Jesus os seus julgadores o acusaram , o condenaram e o mataram. Na dimensão religiosa, no final de tudo, quem venceu foi Jesus. Ele foi justo, honesto e digno, porém morreu lutando. Já entre nós os injustos, desonestos e indignos zombam de nossa cara livres de julgamentos. Que mundo esquisito, hein Jesus? Pelo que está escrito, sorte a Sua de não ter mais que conviver com tudo isso. E para aguentar, ao que se depreende, só se tornando um alienado e sair atrás do trio elétrico, ou fazer como Jesus: ir viver noutro mundo.
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