Ana Flores, como todos os leitores
sabem, é uma cidade fictícia que eu inventei. Lá acontecem coisas do arco da
velha. Recentemente soube notícias de lá. E que notícias.
Há alguém que é quase vereador porque
foi quase eleito. Como não se conteve em ficar de fora das benesses do poder e
querendo de todas as formas assumir uma vaga como vereador, mesmo ele sendo um
quase vereador, vendeu sua alma ao Diabo. Explico.
O cara, aparentemente, tinha um
conjunto de valores políticos que formavam um arcabouço ético e honroso. Mas
tudo era só máscara e aparência. Vendeu sua alma ao Diabo, pois negou todos os
valores que defendia em discurso para assumir uma vaga de vereador. Pobre Diabo,
comprou gato por lebre, pois esse alguém nem mesmo é vereador, posto que é um
quase vereador. Enganou até o diabo, não apenas os seus eleitores.
Para trocar o status de quase
vereador e assumir uma vaga na câmara fez um acordo com o titular para este
sair do cargo e assumir outras funções. Propôs que o filho do titular do
cargo assumisse um função de confiança numa instituição em que mandam os
padrinhos políticos do quase vereador e que atuam na esfera estadual e federal. O titular
colocou, assim, o filho na instituição para receber um contrachequezinho de 2
mil reais.
É a história do gato que deseja ser leão,
do limão que deseja ser laranja. Misturou-se para ver se se engana e engana aos
outros pensando que com isso um dia será um vereador de verdade. Mas, ele todo
dia se olha no espelho e se vê um gatinho. Mas quando sai à rua anda como se
fosse um leão.
O Diabo, que comprou gato por leão,
deve ter preparado um lugar especial para o quase vereador de Ana Flores que um
dia vendeu a sua alma para poder posar de vereador buscando satisfazer necessidades psicológicas e financeiras. Tem doido pra tudo nessa
cidade. Ana Flores é mesmo uma cidade em que acontecem coisas estranhas e
complexas.
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