No livro “O Príncipe”, de MAQUIAVEL,
há uma descrição de como se tornar um governante. Mas ao mesmo tempo MAQUIAVEL fez,
com isso, uma demonstração de como os poderosos lutam para se tornarem
governantes. Àquela época era senso comum a crença que os governantes eram
escolhidos por Deus.
Na foto (Internet) da esquerda, CELSO DE MELLO. Na da direita, SAULO RAMOS.
"PADRINHO REVELA UM MELLO POLÍTICO E MIDIÁTICO
No romance autobiográfico “Código da Vida”, o ex-ministro da
Justiça Saulo Ramos conta como ajudou a nomear Celso de Mello para o STF e como
rompeu com o ex-pupilo; o ministro havia dado um voto contra José Sarney, que o
nomeara, por pressão da Folha de S. Paulo, mas apenas porque a votação já
estava decidida em favor do ex-presidente; depois disso, ambos romperam e Saulo
disparou: “Você é um juiz de m...”
24 DE OUTUBRO DE 2012
247 – Responsável ontem pela comparação entre o PT e duas organizações criminosas que
roubam e matam (o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital), o ministro
Celso de Mello, “decano” do Supremo Tribunal Federal, é saudado há vários anos
pelos meios de comunicação como uma espécie de herói por sua defesa constante
da liberdade de expressão.
Essa conexão com os meios de comunicação foi apontada em 2007
pelo ex-ministro da Justiça, Saulo Ramos, que foi um dos articuladores de sua
ida para o Supremo Tribunal Federal. Naquele ano, Saulo publicou o romance
“Código da Vida”, com pitadas autobiográficas, em que falou sobre o ex-pupilo
Celso de Mello.
Segundo Saulo, o ministro deu um voto contra José Sarney, que
o nomeou, por pressão da Folha da S. Paulo, que questionava sua independência –
assim como muitos jornais fazem hoje em relação a Dias Toffoli e Ricardo
Lewandowski. E essa revelação teria sido feita pelo próprio Mello a Saulo numa
conversa telefônica reproduzida no livro.
Além de confessar a pressão da Folha, Mello teria dito ainda
a Saulo que votou contra Sarney apenas porque a votação já estava decidida em
favor do ex-presidente, que pôde mudar seu domicílio eleitoral para o Amapá,
onde se elegeu senador. Ou seja: se fosse necessário, ele votaria de outra
maneira.
A ligação terminou com o rompimento definitivo entre ambos.
“Você é um juiz de merda”, disparou Saulo.
Confira trecho do livro:
"…a Suprema Corte estava em meio recesso, e o Ministro
Celso de Mello, meu ex-secretário na Consultoria Geral da República, me
telefonou:
E continua:
Veio o dia do julgamento do mérito. Sarney ganhou, mas o
último a votar foi o Ministro Celso de Mello, que votou pela cassação da
candidatura Sarney.
Deus do céu! O que deu no Garoto? Votou contra o Presidente
que o nomeara, depois de ter demonstrado grande preocupação (o assunto do
telefonema para o “padrinho”) com a hipótese de Marco Aurélio de Mello (primo
do Collor) ser o relator.
Continuando a narrativa:
Apressou-se ele próprio a me telefonar, explicando:
- Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto…votei
contra para desmentir a Folha de São Paulo (que na véspera noticiou o voto
certo em favor de Sarney)…
O Presidente já estava vitorioso e não precisava mais do
meu…Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do
Presidente…
O Senhor entendeu?
- Entendi.
ENTENDI QUE VOCÊ É UM JUIZ DE MERDA!
Bati o telefone e nunca mais falei com ele.
Muitos advogados sabiam que Celso de Mello havia sido meu
secretário na Consultoria da República e nomeado Ministro do Supremo por
empenho meu. (fls. 169 /176 do livro Código da Vida)"."
Fonte:
Portal Brasil 247. Para ler a reportagem na fonte clique AQUI.
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