Hoje desejo contar mais uma história que ocorreu na cidade
fictícia que eu criei chamada Ana Flores. Tenho umas historinhas da última campanha eleitoral que
ocorreram lá também, ora pois. Depois eu conto.
Mas tenho de ressaltar que: todos os personagens desta
história e as situações por eles protagonizadas são meras criações fictícias e
qualquer relação existencial com alguma cidade verdadeira ou personagens reais
terá sido mera coincidência.
Um candidato a vereador foi à capital do estado em que fica a
cidade de Ana Flores buscar uma propinazinha numa empresa que “realizou” um
serviço na instituição em que ele libidamente presta serviço com a finalidade de financiar a
sua campanha para vereador.
Entrou na sala e se pôs a perguntar para o laranja da empresa onde estava o combinado de quando acertaram para a empresa
poder ganhar a licitação e “realizar” a obra. Cadê minha parte?
Em seguida o laranja pediu calma e entregou um saco de lixo
preto para o futuro candidato a vereador. Dentro, conforme conferiu deslumbrada
e afoitamente o candidato, tinha cerca de 150 mil dinheiros correntes de Ana
Flores.
O candidato se despediu e saiu da sala em direção ao carro
que o aguardava. Ninguém percebeu o furto do dinheiro público que acabara de
ocorrer. Quem diria que num saco preto de lixo estariam 150 mil dinheiros?
Ninguém. Esperteza de larápios.
Quando começou o período eleitoral o candidato a vereador começou
a fazer seus contatos e seus acordos com seus amigos. Mandou plotar os carros
dos amigos como meio de fazer a divulgação de seu nome. Tudo ia muito bem. Ele
era um potencial vereador.
Certo dia uma amiga do candidato chegou ao trabalho sem a
plotagem do candidato no carro. Perguntaram-lhe o motivo de ter tirado o
adesivo. "Ele está muito prepotente, acha que já ganhou. Disse que ia até viajar
nos dias que antecediam a data da eleição. Isso de tão convencido de sua
eleição".
A pessoa disse que tinha se enganado e que não mais votaria
no candidato do saco preto de lixo devido a sua arrogância e prepotência. Achou
que o conteúdo do saco resolveria todos os seus problemas. Resultado da
eleição? Ele não foi eleito. Levou fumo. A porca comeu. Aliás, levar fumo é
algo muito íntimo.
É isso que dá apostar na leviandade de alguns eleitores que se
dispõem a vender seus votos. O candidato do saco preto de lixo montou em sua
prepotência e foi cavalgar no velho e amoroso cavalo que o apeou ao lugar que
ocupa.
Essa cidade de Ana Flores tem cada história.
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