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sexta-feira, 1 de junho de 2012

DUAS BREVES HISTÓRIAS DE ANA FLORES.





“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”. Estes são os créditos devidos aos fatos aqui relatados numa cidade fictícia, Ana Flores, que criei para dá vazão ficcional aos reclames de cidadãos fictícios.

Esta cidade é como outra qualquer deste imenso país. Só que esta é uma cidade piorada em virtude da incompetência e descaso do prefeito anaflorense.

Em Ana Flores acontecem coisas incrivelmente ilógicas e denunciadoras da falta de compromisso do prefeito anaflorense com a cidade e seus cidadãos. Ele não está nem aí. Ele é arrogante e prepotente. Deslumbrou-se com o poder passageiro que conquistou através de muita mentira e da crendice fácil de muitos eleitores incautos.

Está circulando um abaixo-assinado, levado a cabo pelos moradores de um bairro, que será entregue aos responsáveis que dirigem um posto médico para a retirada de lá de um médico nem um pouco convencido de que o seu trabalho seja o de atender bem e educadamente a população. Mesmo que seja muito bem pago para isso.

Pessoas indignadas com a rispidez e descortesia do tal médico que, dizem os moradores do bairro, ter a mesma delicadeza de quem ainda abate animais no matadouro de Ana Flores com um machado.

Certa vez uma senhora não estava se sentindo bem e se dirigiu ao posto para ver com tal médico o que poderia estar acontecendo com ela. A paciente, já idosa, fez um relato breve e circunstancial a partir de seu conhecimento leigo sobre o assunto. O tal médico teria dito em tom ríspido: “Diga logo o que você tem porque não sou adivinho”.

Noutra ocasião, relatada pelos encarregados do abaixo-assinado, o tal médico teria dito que não iria autorizar uma consulta com um ginecologista porque “as pacientes estavam era querendo abrir as pernas para o médico e que não tinham nada.”

Outra historinha fictícia de Ana Flores.

Um profissional teve a sua empresa contratada por uma estatal para corrigir erros e usos indevidos do serviço que presta a estatal. Numa rua pouco habitada de um bairro de Ana Flores o profissional não pode realizar o trabalho por causa da interdição da rua. Na verdade, ele disse que nem se pode chamar de rua um local sem acesso e sem urbanização.

Ele foi à prefeitura de Ana Flores falar com os responsáveis pela área em questão. Contou as suas dificuldades e solicitou que fosse feita alguma melhoria para o veículo poder passar pelo local e o serviço ser realizado. Mas ele contou que ficou pasmo com a resposta recebida do funcionário a quem se dirigiu.

“Rapaz, tu ta querendo arranjar serviço pra nós? Não mexe com isso, não. Vamos ter de gastar dinheiro para melhorar as coisas lá. Eu conheço o local, mas não vamos fazer nada. Deixa pro próximo prefeito”.

“Mas isso é um absurdo”, retrucou o profissional. “Eu não vou poder realizar o meu trabalho e, com isso, melhorar a vida das pessoas porque a prefeitura não quer fazer aquilo para que é a função dela? Isso não existe em nenhum lugar, meu caro.”

Existe, caro profissional, existe em Ana Flores que é uma cidade abandonada e desqualificadamente administrada.

Estas são as duas breves histórias que tenho para contar hoje da cidade em que vivem cidadãos que tiveram a sua dignidade sequestrada por gente incompetente.

Foto da Internet.

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