“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes,
pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”. Estes são os créditos
devidos aos fatos aqui relatados numa cidade fictícia, Ana Flores, que criei
para dá vazão ficcional aos reclames de cidadãos fictícios.
Esta cidade é como outra qualquer deste imenso país. Só que
esta é uma cidade piorada em virtude da incompetência e descaso do prefeito
anaflorense.
Em Ana Flores acontecem coisas incrivelmente ilógicas e
denunciadoras da falta de compromisso do prefeito anaflorense com a cidade e
seus cidadãos. Ele não está nem aí. Ele é arrogante e prepotente. Deslumbrou-se
com o poder passageiro que conquistou através de muita mentira e da crendice
fácil de muitos eleitores incautos.
Está circulando um abaixo-assinado, levado a cabo pelos
moradores de um bairro, que será entregue aos responsáveis que dirigem um posto
médico para a retirada de lá de um médico nem um pouco convencido de que o seu
trabalho seja o de atender bem e educadamente a população. Mesmo que seja muito
bem pago para isso.
Pessoas indignadas com a rispidez e descortesia do tal médico
que, dizem os moradores do bairro, ter a mesma delicadeza de quem ainda abate
animais no matadouro de Ana Flores com um machado.
Certa vez uma senhora não estava se sentindo bem e se dirigiu
ao posto para ver com tal médico o que poderia estar acontecendo com ela. A
paciente, já idosa, fez um relato breve e circunstancial a partir de seu
conhecimento leigo sobre o assunto. O tal médico teria dito em tom ríspido: “Diga
logo o que você tem porque não sou adivinho”.
Noutra ocasião, relatada pelos encarregados do
abaixo-assinado, o tal médico teria dito que não iria autorizar uma consulta
com um ginecologista porque “as pacientes estavam era querendo abrir as pernas
para o médico e que não tinham nada.”
Outra historinha fictícia de Ana Flores.
Um profissional teve a sua empresa contratada por uma estatal
para corrigir erros e usos indevidos do serviço que presta a estatal. Numa rua
pouco habitada de um bairro de Ana Flores o profissional não pode realizar o
trabalho por causa da interdição da rua. Na verdade, ele disse que nem se pode
chamar de rua um local sem acesso e sem urbanização.
Ele foi à prefeitura de Ana Flores falar com os responsáveis
pela área em questão. Contou as suas dificuldades e solicitou que fosse feita
alguma melhoria para o veículo poder passar pelo local e o serviço ser
realizado. Mas ele contou que ficou pasmo com a resposta recebida do
funcionário a quem se dirigiu.
“Rapaz, tu ta querendo arranjar serviço pra nós? Não mexe com
isso, não. Vamos ter de gastar dinheiro para melhorar as coisas lá. Eu conheço
o local, mas não vamos fazer nada. Deixa pro próximo prefeito”.
“Mas isso é um absurdo”, retrucou o profissional. “Eu não vou
poder realizar o meu trabalho e, com isso, melhorar a vida das pessoas porque a
prefeitura não quer fazer aquilo para que é a função dela? Isso não existe em
nenhum lugar, meu caro.”
Existe, caro profissional, existe em Ana Flores que é uma
cidade abandonada e desqualificadamente administrada.
Estas são as duas breves histórias que tenho para contar hoje
da cidade em que vivem cidadãos que tiveram a sua dignidade sequestrada por
gente incompetente.
Foto da Internet.
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