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Qual pai não ficaria desconfiado vendo sua filha com esse cara aí da foto andando na rua quase meia-noite? Pois é, essa história foi por causa disso.
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Qual pai não ficaria desconfiado vendo sua filha com esse cara aí da foto andando na rua quase meia-noite? Pois é, essa história foi por causa disso.
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Quando eu tinha uns dezoito anos (acho) comecei a namorar minha esposa. Que tempo... Quantas loucuras fizemos. Quantas situações inacreditáveis passamos. São tantas histórias que daria um livro, certamente. Vou aqui contar uma que pode ser contada.
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Começamos a namorar numa situação incomum. Eu namorava outra(s) pessoa(s) e fui apresentado a ela por uma prima, REGINA. Estava na praça central da cidade e por causa de minha namorada da hora fui chamado a um lugar reservado. Ali mesmo, depois que fomos apresentados, já começou algo. Despedimos-nos com um beijo e já marcamos um encontro para o outro dia.
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Desencadeado o namoro, certa vez estava levando-a para casa quando um carro passou por nós e voltou. Não entendi. Mas ela falou aflita: “É meu pai”. A aflição se deu em virtude do horário. Ele havia dito que ela retornasse às 22h:00. Nós extrapolamos.
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Ele voltou e parou o carro. Estávamos próximo a casa dela. Faltava apenas um quarteirão. Ele começou a gritar com ela e, então, fui defendê-la. Ele me chamou de malandro. Encostei na janela da porta do passageiro e perguntei: “Como é que é, meu irmão?” Ele respondeu, já possesso: “Se eu te encontrar outra vez com ela te dou um tiro no cú”. Respondi todo cheio de coragem: “Você dá nada”. Ele perguntou: “Quer ver como dou?” Eu repeti já esmorecido: “Você é quem sabe”.
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Ele desceu do carro e veio na minha direção com um revólver na mão perguntando: “Quer ver?” Repeti: “Você é quem sabe, meu irmão”. Ela começou a gritar e se pôs entre nós. Convencido sabe lá por que a puxou pelo braço e a empurrou para dentro do carro. Foram embora.
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Fiquei parado, pensando: “Que merda vou fazer?” Sai lentamente rumo à casa dos meus pais. Estava em férias escolares aqui em Floriano. Curtindo, sabe? E agora me encontrava nessa situação. O que fazer?
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Pensei: “Quando chegar em casa vou chamar meu pai para resolver a situação”. Eu não tinha arma para enfrentar o sogro. “Chegarei, acordarei meu pai e iremos à casa dele resolver a situação. Será assim mesmo”.
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Fui até metade do caminho convicto que essa seria a solução. Mas aí pensei melhor: “Cara, chegar em casa e acordar meu pai para isso? É muita falta do que fazer”. Não. Não. Não vou fazer isso.
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Amanhecido o dia estávamos tomando o café e relatei o fato ao meu pai. Ele me perguntou: “Por que você não me chamou para irmos lá resolver a situação? E você não fez nada com ele? Deixou por isso mesmo?” Sorri e perguntei: “De que jeito?” Meu pai continuou: “Vamos lá agora resolver?” “Não, eu disse, deixe que eu resolvo de outro jeito”.
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No mesmo dia conheci uma nova namorada e estava com ela lá na praça central fazendo hora esperando o horário da festa daquele dia. De repente vi meu sogro passando de carro. Corri e falei para ele que queria conversar. Ele veio e pediu desculpas e disse que tinha feito aquilo porque não me conhecia e estava chateado por causa do horário que não foi obedecido.
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Retruquei dizendo que não estava mais namorando a filha dele e que falasse pra ela que já tinha “um novo amor”, e que, assim, iria à festa com ela. Tinha terminado tudo. “Era melhor assim”, eu disse.
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Fiquei com a outra por algum tempo, mas voltamos a namorar, eu e minha esposa. Completaremos em outubro 22 anos de casados. Temos duas filhas. A primeira, INGRIDY, tem 20 anos. A segunda, SOFIA, tem 09.
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Como já me encontro numa situação semelhante a do meu sogro entendo(?) a reação dele. A questão não foi só pelo horário. Que pai não ficaria desconfiado com a estampa de um cara assim? Cabelo grande, camiseta branca, calça e jaqueta jeans e um jeito todo pretensioso. Ingredientes suficientes para despertar uma reação nada aceitável.
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Meu sogro e eu, hoje, somos amigos. Mas essa história de “tiro no cú” nunca esqueci.
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3 comentários:
Pois é, bad boy sem coragem, vc não levou um tiro no c dado pelo seu sogro, mas vai levar um se o Serra vencer. Vc e todo o Braisil.
Pois é, AJRS.
Como não levei "um tiro no cú" denotativo dado pelo sogro (e esta possibilidade está descartada hoje) o tiro conotativo dado pelo Serra tem menores possilidades ainda. Pelas últimas pesquisas (assim mesmo no plural) ela irá vencer no 1º turno. Então, todo o Brasil já resolveu colocar um colete para não correr esse risco, e esse colete é a Dilma (13).
Um beijo na bunda e até mais.
Jair Feitosa.
kkkk, pense numa situação, mas vc ñ tomou o tiro do seu sogro e o tiro(que o Brasil iria tomar) do "serra" será praticamente impossível de tomar, pois o mesmo botou um colete no c. chamado dilma roussef. kkkkkkkkk
un cheiro na bunda e até segunda...
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