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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

BEATRIZ.

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Minha sobrinha BEATRIZ passou no vestibular de Arquitetura em São luis (MA). Ela é filha de JENUEL e SILVANA, minha irmã, e mora em Teresina. Como os pais vão morar na capital maranhense no próximo ano, ela já está disposta a encarar essa nova etapa da vida a partir de 2010 com entusiasmo. Mas ela vai fazer vestibular em Brasília (DF) também, lugar em que nasceu e é sua cidade do coração. Parabéns, BEA. Você tem uma grande capacidade a ser aperfeiçoada profissionalmente. Um beijo.
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SARAU DE POESIA E MÚSICA DO IFPI - FLORIANO.

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Os artistas teresinenses DÔGA OLIVEIRA e professor NETO participando da I Semana de Poesia e Música do IFPI - Floriano. A idealização e organização do evento foi da professoras LUCIANA NEIVA e FÁTIMA BRANDÃO com colaboração dos funcionários da biblioteca. Sucesso.
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A apresentação constou de músicas com ritmos e tendências diversas. Artistas criativos e de qualidade invejável. Houve vários intervalos no Sarau. A plateia foi convidada a participar com poesias. Eu me atrevi e apresentei uma. A poesia coletiva foi um marco, uma ideia inovadora. Alguém chegava e colocava versos junto aos já existentes contribuindo para a criação coletiva.
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O professor NETO, e seu violão competente e animador. Toda semana ele vem trabalhar aqui.
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DÔGA OLIVEIRA é poeta e músico, integrante do grupo musical "Os Oliveiras" de Teresina. Semana que vem NETO trazerá o último CD da banda que vem com 4 composições suas em parceria com DÔGA.
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FORMALISMO.
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Aquele
Que for
Formal
Que viva
Dentro da
Norma.
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Aquele
Que for
Normal
Que morra
Da mesma
Forma.
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Poesia de DÔGA OLIVEIRA.
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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FOTOS DA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO IFPI - FLORIANO. (III).

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Professora LUCIANA NEIVA com as alunas WANESSA e DIANDRA na Casa da Leitura.
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Professor ODIMÓGENES e as alunas DHANDARA e WANESSA.
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Professores DARLEY e JÚLIO.
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aluna TAMIRES, essa é lá do Barão de Grajau.
. ANA VITÓRIA em apresentação de atividades.
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FOTOS DA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO IFPI - FLORIANO. (II).

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Professora EDENISE fazendo apresentação do projeto desenvolvido por ela e alunos sobre a vida de ISAAC NEWTON que foi realizado através de encenação no palco. Sensacional. (O cinegrafista UZIEL preparando material para a TV Alvorada).
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Alunos do Campus assistindo aos eventos.
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Aluna RITA que cursa Biologia no IFPI fazendo apresentação de evento. Ela faz Psicologia na UESPI e é atriz, blogueira, professora. Tenho grande respeito e admiração por pessoas que iguais a ela sabem desde cedo o que querem da vida.
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Alunos de outras escolas visitando os projetos realizados por professores e alunos do Campus Floriano.
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Mais alunas de escolas visitantes conhecendo os materiais de estudos que se realizam aqui.
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FOTOS DA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO IFPI - FLORIANO. (I).

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Professor ODIMÓGENES fazendo a apresentação do evento e as atividades que foram realizadas.
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Professor DARLEY abrindo a semana no Campus Floriano.
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Os alunos em peso no auditório.
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Professor ROGÉRIO falando da Ciência em sua área, a Biologia.
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Professor IRINEU recém aprovado em seleção para mestrado UCB-UFPI (Educação Física) contribuindo para a realização do evento.
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SORRISO AMARELO LARANJA.

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Olha JOREL sorrindo com a segurança de quem foi a Teresina garantir mais tempo de impunidade, em foto do portal Piauí Notícias. Ele está se lixando para os cidadãos, para a justiça e para a vereadora.
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JOREL foi a Teresina. A desculpa oficial é que teria sido convocado pelo governador para uma conversa. Coisa nenhuma! O que ele foi fazer em Teresina foi correr atrás dos seus protetores federais e estaduais para confirmarem a rede de proteção que tem feito dele um dos políticos que mais acintosamente representa este tipo de política. Ele pinta e borda em Floriano. Ele e os seus, arrogantemente mostram que não são importunados por qualquer instituição fiscalizadora do poder executivo. Mas agora ele está morrendo de medo.
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A única pessoa que faz oposição a este estado de coisas na Câmara de Vereadores, ANA CLEIDE, resolveu denunciar aquilo que, segundo mostrou ao Ministério Público, era a demonstração da política de rede de proteção, as coisas começaram a aparecer.
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Saiu na imprensa, de forma distorcida propositadamente, uma versão urdida por JOREL, de que a culpa de o transporte dos alunos ter sido paralisado foi da vereadora ANA CLEIDE que denunciou o conluio e do promotor EDIMAR PIAULINO que entrou com uma ação na justiça pedindo o cancelamento da "laranjada". A estratégia populista é transformar a fiscal dos desmandos (ANA CLEIDE) e a justiça (EDILMAR PIAULINO), aos olhos das pessoas simples do interior, como culpados de as crianças não frequentarem a escola. Isto é um ardil descarado. Pois o culpado de todas os erros que levaram a esta situação foi o prefeito e seus interesses particulares. A pessoa que "ganhou" a licitação foi seu ex-motorista.
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Disse o promotor ao portal Piauí Notícias: “O que está ocorrendo é que o município licitou, e contratou efetivamente 16 ônibus a diesel, com toda documentação regularizada, inclusive, seguro total. Logo em seguida, houve um segundo contrato, feito de forma maquiada, tentando ludibriar a legislação e substituíram os ônibus por transportes de carrocerias abertas, o que é totalmente ilegal, não só pelo código nacional de trânsito, como pelo próprio Ministério da Educação que não permite transportar alunos, sobretudo crianças e adolescentes”. Com esse tipo de transporte."
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Continua o promotor em entrevista coletiva: “O Ministério Público revistou documentos da secretaria e da própria empresa vencedora da licitação e se deparou com uma série de irregularidades. Com base nessas informações, entrei com ação civil pública para fazer cessar este abuso, vamos adotar todos os procedimentos legais que a lei prevê e também responsabilizar o gestor por crime de improbidade administrativa, porque ele não está cumprindo o papel como determina a lei 8.666/96 que é a lei das licitações, não está respeitando a lei 8.429, que é a lei em que cuida da improbidade administrativa e também não está respeitando o Código Nacional de Trânsito, assim como as recomendações do próprio Ministério da Educação”.
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Este é o prefeito que sorri com a segurança de quem não será nunca importunado pela justiça por todos os desmandos que tem feito na administração da prefeitura de Floriano. Tanto é que quando ele viu que a coisa tava pegando, correu a Teresina para assegurar a protenção que tem durado todos esses anos de descaso com a coisa pública. Vamos aguardar os desenrolar dos fatos. Ele aposta que não vai dar em nada, mas nós apostamos que a justiça vai funcionar. Quem estará com a razão? Ele e sua desesperada certeza de impunidade, ou os cidadãos que esperam que a coisa pública seja administrada com honestidade?
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

APÁTRIDA - II.

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Enquanto a SARAH MENEZES voltou agora (ontem) para o Piauí de um campeonato mundial de judô como bicampeã, a outra mostra todo o seu conteúdo medíocre para aparecer. Na foto o governador WELLINGTON DIAS a parabeniza por um dos vários êxitos dessa piauiense de verdade.
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Este tipo de postura de parecer engraçado ridicularizando a si próprio como forma de dizer que não ligamos para o fato de sermos pobres, acarreta desprezo e humilhação. Não se tem notícia de alguém que se tornou um ser humano melhor depreciando a sua capacidade de agir em busca do melhor. Não se aprende, por exemplo, quando se acha que é burro. Tentar para quê se não se tem essa capacidade?
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ARISTÓFANES foi um poeta “cômico” na Grécia Antiga. As suas peças centradas em SÓCRATES tiveram o mérito de preparar a aceitação da condenação do Filósofo. O poeta o ridicularizou a tal ponto que SÓCRATES foi estigmatizado (como relatou VOLTAIRE no Dicionário Filosófico). SÓCRATES ficou tão ridicularizado com os acintes de ARISTÓFANES que seus argumentos não foram suficientes para convencer os seus julgadores de sua inocência das acusações que sofreu.
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SÓCRATES foi condenado à morte. Algum tempo depois os atenienses viram que tinham cometido um erro brutal e procuraram se redimir erigindo um busto dele no panteão dos heróis gregos. SÓCRATES era pobre como o Piauí. Será que essa ridicularização ininterrupta não quer nos condenar ao desaparecimento, como deseja ZOTTOLO? Será que somos um fardo tão pesado assim para o Brasil? Que seria melhor para o país se nós não existíssemos? Para ARISTÓFANES com suas gracinhas havia mais do que apenas “humor” nas suas investidas contra SÓCRATES. SÓCRATES havia se tornado indesejado pelos poderosos. Será exagero meu? Paranóia?
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Ou será que o que fez a florianense no programa do Jô foi apenas humor? Ela pensa que foi, tanto que em seu blog disse que não vai ficar se explicando. Acredito que não deveríamos pedir explicações a ela, não. Pois a maneira como ela se explica piora as coisas. Basta vê–la com réplicas de pênis e outras grosserias mais para perceber que uma atitude no campo jurídico deveria ser mais conveniente do que qualquer pedido de explicação.
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A maneira como ela se faz de vítima para justificar as mazelas de sua vida não pode nos servir de modelo. A imagem de vítima só serve para justificar a pouca ajuda financeira que temos “direito” da nação para fomentar nosso desenvolvimento. “Para miseráveis qualquer esmola é suficiente”. Como vítimas ridicularizadas não conquistaremos o respeito que merecemos nem nos imporemos como capazes. Ninguém acreditará em nós.
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Quando se faz humor de verdade e com inteligência o reconhecimento pelo mérito é quase instantâneo. PLATÃO, Filósofo grego na Antiguidade, definiu o homem na categoria dos “bípedes sem penas” (Diálogo “Político”). DIÓGENES, Filósofo da escola Cínica – adversário – certa vez foi à escola de PLATÃO com um galo depenado dizendo: “Eis o homem, segundo PLATÃO”, como nos conta R. CORBISIER. Isto é que é humor. Contextualizado e inteligente.
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O que fez aquela moça no programa do Jô? Primeiro não foi humor, segundo não é nada inteligente. Se fosse inteligente e humorista nós daqui de Floriano, a sua terra, a conheceríamos e o Brasil também. Para a maioria de nós foi preciso, para que a conhecêssemos, que ela exibisse toda a sua estupidez ensaiada de uma só vez em rede nacional.
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Sou piauiense de Floriano. Minha identidade cultural diz quem eu sou e como sou. E isso não pode servir de argumento para a soberba de ninguém, para intolerantes disfarçados de humoristas. Não é porque somos de um estado pobre da federação que temos de agüentar tanta chacota.
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Ela é mesmo de onde? Não quer ser daqui. Não é do Maranhão. Não é do Rio de Janeiro. Não é de São Paulo. Perdeu assim a sua identidade cultural e ficou confusa. Quem é ela? A que demo pertence? Ela é estrangeira em qualquer lugar.
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O que essa moça faz só é valorizado por quem deseja ridicularizar a quem se julga inferior por ser diferente. Quem já viu algum humorista rico especialista em fazer piadas com os ricos sendo divulgado na TV? Os donos das TVs são ricos e não permitem que os ridicularizem para não perder a dignidade e o respeito. Mas fazem “graça” com os pobres cotidianamente. E vejo que quando não se respeitam mais, os próprios pobres fingem que não são pobres para ridicularizar aquilo que não querem ser.
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Somos pobres e se não desejamos sê–los não será com chacota de nossa própria condição que deixaremos de nos enquadrar em tal condição. Não estou dizendo que devemos nos enganar pensando que somos ricos. Não. Mas deixar de passar por coitados miseráveis desejando a pena e a esmola dos outros que junto vem também o escárnio pela boca estúpida de medíocres disfarçados de humoristas.
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APÁTRIDA - I.

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SARAH MENEZES, esta sim é uma piauiense inteligente que faz sucesso. A outra ... você a conhecia? É melhor valorizarmos esta. a OUTRA ...
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A primeira vez que me vi diferente dos outros foi quando fui estudar em Fortaleza. Na turma do Ensino Médio alguns me chamavam de Piauí. Na faculdade também ocorreu o mesmo fenômeno. A partir daí comecei a entender que a nossa convivência em outros grupos sociais não nos torna automaticamente um “deles”, mas me mostrou que havia uma diferenciação entre um “nós” e um “eles”. Isto é uma forma de vivência na base da delimitação da identidade cultural. É muito comum e faz parte da vida e luta entre grupos pelo poder e pela sobrevivência.
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Na Antiguidade grega havia a Phratría, que era a marca da identidade cultural daquele povo. Uma pessoa só era reconhecida quando se apresentava à informação de pertença a um determinado demo (povo). Ela só era ela se vinculada ao seu povo, à sua cultura, à sua família, à sua phratría. Não havia a identidade jurídica com foto 3X4, a marca da digital num papel, a data de nascimento ... como se identifica hoje em dia. Assim era que se entendia que TALES era de Mileto, HERÁCLITO era de Éfeso, PAULO era de Tarso. Ou seja, não se usava prioritariamente (ou quase nunca) o sobrenome, mas o nome do lugar de onde se vinha, da sua phratría.
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A identidade cultural identifica a pessoa aos seus e o diferencia dos demais. Isto torna a pessoa profundamente humana em nível pessoal e coletivo (CANDAU). Penso que a marca cultural aproxima a pessoa de um grupo social, o identifica mesmo com ele, mas não impede de a pessoa se aproximar de outros grupos. Pensar do modo contrário é criar as bases do preconceito e da intolerância.
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Mas a identidade cultural de uma pessoa com um grupo não significa que ela se torna idêntica aos membros do grupo. Todos temos a nossa maneira própria de sentir, pensar e agir. “Nem todas as igualdades são idênticas” (BOAVENTURA SANTOS). Mesmo fazendo parte de um grupo tenho o meu jeito próprio de pensar a política, a cultura, a economia, a sociedade, a religião...
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Então o que fez aquela moça de linguajar medíocre, ensaiado, sem graça no programa do Jô, semana passada? Fez humor? Ela é humorista? Havia contexto para todas aquelas agressões gratuitas travestidas de “simplicidade”? Foi falta de conteúdo para mostrar–se aos outros, e nesta falta apelou para aquilo de mais ridículo que um ser humano pode carregar em si, a idiossincrasia como forma de desrespeito? Quis mostrar que é ridícula e não humorista e que segue um comboio de hienas das desgraças alheias para se alimentar delas?
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Quando PAULO ZOTTOLO disse que se o Piauí deixasse de existir ninguém iria notar, isto nos machucou porque ele não é humorista. É como se ele tivesse dito que nós (os outros) não temos condições de consumir os produtos tecnológicos e por isso somos insignificantes. É uma forma de exclusão. Ele quis dizer que uns podem tudo e outros apenas o básico. E no básico não deve estar incluído a tecnologia Phillips. Isto causou uma confusão. O imbecil foi afastado do cargo, cerca de um ano depois, com uma dita “promoção”. E só o foi porque a sociedade civil não se calou e mostrou a dignidade de ser consciente do que é e do que é capaz. Mas aquela moça deve ser ignorada por ser “humorista”? O humor é licença para tudo?
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Semana passada o diretor editorial da revista “Isto é” escreveu na edição 2084, no editorial, em tom enfurecido com o presidente LULA, que o nordeste é o curral eleitoral dele (LULA). Como é uma revista de circulação medíocre e postura engajada quase ninguém ouviu falar, ou se incomodou. Deixamos, quase todos, ele latir. Meu irmão, AIRTON FEITOSA, enviou–lhe uma carta mostrando indignação e salientando a necessidade de sermos tratados com respeito. É quase certo que ele (editor) não publicará, pois usou–nos de forma deprimente para atingir o presidente. Esta foi a sua maneira de mostrar–se indignado com o presidente, nos atacando.
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E tantos outros acintes já foram assacados contra nós pelos que não se identificam culturalmente conosco. Como a nossa “voz é baixa” em relação às agressões gratuitas e radiofônicas dos outros, faz gerar a impressão de que aceitamos e até gostamos dos acintes. E por isso eles continuam. Mas quando resolvemos gritar que não aceitamos mais este tipo de referência, eis que a estupidez de um dos nossos vem dizer o contrário. Que nós gostamos mesmo é de ser ridicularizados. E aí temos que gritar mais alto ainda dizendo que não. Não aceitamos isso.
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E SE FALTAR DEPOIS?

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Nós estamos em outubro e normalmente o calor é desgraçado, mas neste ano a coisa mudou muito. Há alguns dias vem chovendo na cidade o que fez o calor desaparecer. Que maravilha está. Já estou quase acostumado. Só que me ocorre uma pequena pergunta: e se esta água toda que está vindo agora faltar no período do inverno?
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SELVAGERIA, NÃO. É MUITO MAIS QUE ISSO - II.

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O vídeo está no final da postagem.
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Diante de fatos noticiados pelos meios de comunicação, ou vividos por nós na atualidade, que denunciam o grau de vileza a que um ser humano pode chegar tentamos de alguma forma entender como alguns podem agir de tal modo.
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Um garoto foi arrastado por um carro deliberadamente até ter seu corpo todo desfigurado e despedaçado. Mães que jogam crianças recém-nascidas na lata do lixo. Outros, contratados que são para matar covardemente. Políticos abjetos que roubam descarada e cinicamente o dinheiro público que daria para construir as condições materiais básicas para uma cidade ter uma vida com o mínimo de dignidade.
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Não pretendo igualar nem discutir os motivos que levam a tais vilezas. Apenas colocar em cima da mesa o ato em si e a coragem da prática. Ainda, também, que sejam atos distintos. Ainda que as consequências sejam díspares. Mas destacar a disponibilidade moral para fazê-lo.
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Se vivêssemos no estado de natureza, segundo ROUSSEAU, a própria condição humana, mesmo depois do pecado original, não apontaria no sentido de tantas vilezas. Mesmo que eu não aceite a bondade natural do homem como atributo de um Deus. Mesmo que ser bom ou mau seja uma avaliação humana. Ainda não aceito que tais vilezas sejam fruto exclusivamente do próprio modo de ser do ser humano.
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Mesmo em HOBBES temos que fazer tal questionamento porque aí não teríamos apenas a vaidade, o orgulho, a competição, a vingança, a ânsia de dominar e o medo da morte como justificação para tais vilezas. Assim penso eu.
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Sociólogos e educadores apontam para a necessidade de o ser humano passar por um processo de socialização, educação, para adquirir as capacidades para conviver socialmente. Esta concepção, grosso modo, quer dizer que no “estado de natureza” não estamos preparados, prontos, para desempenhar essa tarefa (viver em sociedade).
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Assista ao vídeo cujo endereço está aqui disponibilizado - http://www.petatv.com/tvpopup/video.asp?video=fur_farm&Player=wm&speed=med - (feito por fiscais numa fazenda de peles na província de Hebei, na China) que me foi repassado pela professora FANCA – preocupada sempre com a estupidez humana –, e vejam de que o homem é capaz.
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Quando disse, quanto às vilezas, que eu não discutiria os motivos, digo agora, com este vídeo, que os motivos que levam um ser humano a agir de tal modo bárbaro podem ser discutidos, sim. Só que não o farei aqui e agora. Mas vale perguntar: será a sanha pelo lucro? O objetivo do lucro não se havia estabelecido ainda no estado de natureza.
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Porém as condições materiais que se depreendem do lugar podem ensejar uma tal justificação pela sobrevivência. Mesmo assim, com a miséria sendo denunciada até pelo calçado do bárbaro que aparece no vídeo, a forma como age remete muito mais a uma patologia (pela satisfação demonstrada) do que o objetivo do lucro. Há sadismo.
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Há formas menos cruéis de utilizarmos os recursos disponíveis na natureza em nosso benefício. Certamente a do vídeo depõe contra a pretensa bondade natural colocada em nós por um Deus maravilhoso, como defende ROUSSEAU. Entretanto ele também diz que o dever de agir corretamente nos remete à bondade original que foi corrompida pelos desejos individuais que podem resultar nessa selvageria.
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Será que essa selvageria (?) – ROUSSEAU disse que o selvagem seria bom – “nos torna tão ferozes, tão terríveis quanto o espetáculo que contemplamos”, (MAQUIAVEL)?
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SELVAGERIA, NÃO. É MUITO MAIS QUE ISSO - I.

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JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778) defendeu que “o homem é bom por natureza, a sociedade é que o corrompe”. Ao dizer isso ROUSSEAU parte do entendimento que Deus fez o homem já dotado de uma bondade inata. Mesmo tendo pecado originalmente ainda restou bondade, solidariedade, boa vontade com os outros homens.
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Deus teria imposto esse dever moral ao homem (a bondade inata) e se isso parece intragável é porque toda bondade original foi corrompida pela vida em sociedade. E de que forma ela (sociedade) fez isso? Quando a sociedade fez surgir a propriedade privada e com ela veio o egoísmo, a competição desenfreada, a mentira e o comportamento destrutivo. Segundo ROUSSEAU, foram os interesses individualistas que fizeram o coração do “bom selvagem” perder a sua ‘naturalidade’.
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Esse romantismo baseado em sentimentos e emoções originários compõe a “sinceridade do coração”. Ele apostava nisso, tanto que era detestado pelos iluministas. O racionalismo, princípio filosófico que elegeu a razão como o único critério embasador da ação utilitária e moral, critica a postura rousseauniana onde a moral é assentida pelo coração e não exclusivamente pela razão.
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THOMAS HOBBES (1588-1679), que antes de ROUSSEAU, também partiu de uma hipotética fase histórica da vida humana para explicar a origem e as necessidades que levaram o homem a viver em sociedade e consequentemente criar o Estado, a Moral e a Verdade, mas defendeu uma posição contrária. A hipotética (porque não há condições de se garantir a autenticidade dessa condição existencial) fase histórica é o conhecido Estado de Natureza que procura explicar de que forma o homem vivia e se relacionava com os outros seres. Nos séculos XVII e XVIII esta hipótese fazia parte das teorias políticas.
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Para HOBBES, no estado de natureza “o homem é o lobo do homem”, é “a guerra de todos contra todos”. Para ROUSEAU, no estado de natureza, o homem vivia feliz porque as suas maiores preocupações eram “comer, beber, dormir e fazer sexo com a intenção tão somente de se satisfazer”. Para HOBBES, o homem era competitivo, orgulhoso, vingativo, vaidoso, dominador, mas também tinha medo de ser morto pelos outros. Esse medo o fez passar por cima do seu orgulho e estabelecer junto aos outros as condições mínimas para sobreviver. Criou, então, o Estado com o objetivo de estabelecer os critérios para a convivência possível.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

QUEM SE JUNTA A ELE...

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Você deseja ser funcionário da empresa desse elemento aí (EDIR MACEDO)? A empresa dele (Igreja Universal) vai abrir concurso para preenchimento de vagas para pastores. Se você anda desestimulado em relação ao seu futuro e às oportunidades profissionais "expressivas", e está decepcionado com a moral social, e pensa que o dinheiro está acima de tudo, então não perca esta excelente oportunidade. Leia o texto abaixo e comprove.
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"O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB) abrirá o primeiro concurso para pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.
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Segundo representante da Universal, o concurso público tem a intenção de recrutar profissionais qualificados para participarem do que chamam de “a grande expansão da Palavra” e a “cultura popular de Deus”. “-Já conquistamos nosso espaço em 172 países. Temos obras sociais espalhadas nos quatro cantos do globo. Precisamos de profissionais não apenas ungidos pelo Espírito Santo e preparados no fogo do Pai das Luzes para cumprir nossa missão evangelizadora, mas também de pastores com conhecimento técnicos para darem continuidade a essa obra tremenda.”, explica o pastor Ricardo Ibrahim, responsável interno da IURD pela organização do concurso.
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Adavilson dos Santos, de 23 anos, morador de Guarulhos, pensa em fazer o concurso: “-Estou muito ansioso, sou pastor desde os meus 18 anos e obreiro da minha igreja desde os 11. Colei grau em Teologia ano passado. Sempre estudei bastante. Esta é uma oportunidade muito grande na carreira de qualquer pastor e não vou perdê-la”, vibra o jovem.
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As vagas serão abertas para candidatos do sexo masculino com curso superior em quaisquer áreas. Candidatos com Bacharelado em Administração Eclesiástica ou Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Adminstração de Igrejas e disciplinas afins ganham pontos na prova de títulos. O número de vagas não foi divulgado. O salário inicial na investidura do cargo é de R$ 8.234,82 e benefícios."
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O texto acima me foi enviado pelo grupo de discussão do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR.
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CÉSAR AUGUSTO: DESTAQUE DO IFPI - FLORIANO.

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O aluno CÉSAR AUGUSTO do 4º ano do Curso Técnico de Informática Integrado ao Médio do IFPI/Campus Floriano é o único representante do Piauí no Programa Jovens Embaixadores 2010 entre os 35 selecionados no Brasil. César me disse que vai passar três semanas nos Estados Unidos em casa de família que faz parte desse progrma. A família acolhe e convive com os alunos durante o período de estudo e aperfeiçoamento da língua inglesa. Será em janeiro de 2010.
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Ele não é o primeiro do IFPI - Floriano a ir para lá. Nos dois anos anteriores o RANNIERY também foi o único selecionado do Piauí. Se você tem interesse sobre esse assunto e deseja participar do programa acesse o blog dele que saberá de maiores informações: www.ranniery100.blogspot.com
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Desejo ao CÉSAR sucesso e que tire bastante fotos de escolas americanas para a gente discutir as condições em que se dão o ensino lá e aqui. Só mesmo a título de discussão para esclarecimentos de alguns clichês que ouvimos e vemos por aí.
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sábado, 17 de outubro de 2009

POR QUEM DEUS CHORA? - II.

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Ele diz que "meus" mestres choram pelo o que escrevo.
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Na verdade, meu caro, quem lacrimeja é o seu Deus que não deve mais suportar a sua criatura (você) defender envergonhadamente a imoralidade nepótica, o patrimonialismo, a incompetência escancarada, a retaliação cínica, o personalismo “laranja”... O seu Deus, meu caro, está ruborizado. E não duvide se em qualquer semana dessas você, ao rezar seu terço, note que seu Deus está surdo – para as suas ladainhas reincidentes.
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Ele demonstra no texto um insuportável desconhecimento sobre a utilidade da Filosofia como conhecimento.
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Por favor, seja responsável ao falar da história da Filosofia. Você diz frequentar um curso superior, se não fosse limitado ou inconsequente, já saberia que o motivo que levou SÓCRATES à morte foi a sua luta contra os poderosos. E que ao conversar com os cidadãos nas praças, nos mercados, nas discussões públicas sempre o fazia com o objetivo de mostrar às pessoas o quanto pensavam equivocadamente a respeito de vários assuntos e que imaginavam, com plena certeza, ser a verdade inquestionável, e a fazê–las tornarem–se conscientes de seus pensamentos.
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Filosofia não é um campo do conhecimento que se expressa apenas nas suas narrativas históricas e na elaboração de teorias e conceitos pra serem discutidos dentro dos muros da academia. Gente como você defende essa tese rude. A Filosofia se constitui no conhecimento como eu a admiro com SÓCRATES nas ruas. A sua limitação não lhe deixar ver isso. E aí tome linguagem empolada e desinformadora.
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Ele diz que as minhas críticas ao seu verdadeiro Senhor são ciúmes doentios.
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Não tenho ciúme e nem decepção quanto a quem está no poder, porque não amo o poder e nem venderia a minha vida para tê–lo. Você não sabe e nunca saberá o que é o poder, e se pensa que o que o seu verdadeiro Senhor faz é o exercício do poder, então talvez seja por isso que você se perde misturando conceitos e adjetivos que não fazem sentido e os atribui burramente a mim.
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Decepção? Não, meu caro, poder é um conjunto de relações de forças vividas pelos grupos sociais. No jogo democrático quem vence o exerce legitimamente. A democracia não é uma arena de bárbaros como sublinha a sua limitadíssima inteligência ensejando que eu seria um decepcionado.
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Não o sou por dois motivos: nem pelo fato que o grupo social e político ao qual faço parte não tenha ganhado a eleição e nem pelas práticas políticas que o seu verdadeiro Senhor iria desenvolver na prefeitura. Eu já sabia de tudo o que ele seria capaz de fazer e disse publicamente isso dois dias após o resultado da campanha de 2004 num texto publicado no portal Notícias de Floriano. Isso dói em você. Oh, como dói não ter como vir a público e dizer livremente que defende todas as mazelas políticas desses últimos cinco anos. Porque a sua consciência moral não suporta tanta imoralidade e idas às rezas para pedir perdão.
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Ele diz que meu coração funciona tocado inicialmente por um suposto “sopro divino”.
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Meu caro garanto–lhe uma coisa: se o seu Deus estiver dentro de mim (como você diz), quando eu morrer vou agarrá–lo fortemente com as forças que me restarem para que seja enterrado junto comigo. Desse modo você estará livre do fardo das idas semanais às penitentes rezas. Como sugeriu DOSTOIÉVSKI, você ficará livre para apoiar publicamente todas as imoralidades e ilegalidades do seu verdadeiro Senhor. E o que é melhor, sem remorsos.
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Você não acha que deve debochar do meu agnosticismo? Então, receba os meus deboches sobre a sua crença com a mesma simpatia que o fez ao agir comigo, e tenho muito mais de onde saíram esses que disse agora. E inéditos, pode crer.
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Ele passou a fazer parte de um grupo de oradores católicos chamados “terço dos homens”, como já disse.
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O que você almeja quando participa dos encontros semanais não é o congraçamento religioso ou cultivo da espiritualidade, mas tão somente um apelo pela sua salvação por causa das mazelas compactuadas semanalmente.
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Ele diz que a Palavra e a Verdade são dons.
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Quando você diz que a verdade é um dom você a define como algo que existe antes do ser e que lhe foi doada por uma entidade preexistente confeccionadora e doadora da verdade ao ser. Nesse sentido nós nascemos e a verdade é um dom que foi doado.
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Este seu raciocínio é de um primarismo desconcertante. Certamente você acredita no Deus judaico–cristão com suas características e poderes diferentes do Deus islâmico e budista. Neste caso, como o seu Deus é detentor e doador da verdade, nenhum povo, ou indivíduo, que não seja cristão pode falar a verdade.!?
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Que raciocínio mais dormente, microscópico, decepcionante. Além do mais, é de uma arrogância e prepotência típicas dos deslumbrados pelo poder e metidos a autoritários. Recordei de Humpty Dumpty: “ a questão é saber quem é que manda”. As palavras só podem significar aquilo que ele (Humpty Dumpty) quer que signifique. A verdade é o que sai unicamente de sua boca, meu caro, pois ela é um dom que Deus lhe deu, assim você pensa.
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A verdade é uma construção histórica e conversacional. É dialógica. É assim que a definem os não-metafísicos e democráticos. Você pensa ainda como no tempo em que o nepotismo escancarado (defendido por você) era uma prática legal e moral. Pode ter sido verdade no tempo dos “valores morais” que agora lhe acompanham. Hoje é diferente, meu caro. Nepotismo é uma excrescência moral. O que era verdade foi reconstruído. Que pena, para você.
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Defender este tipo de excrescência é certo? Denunciar é então uma manifestação de “desejo adormecido”; “ciúme dormente”? Você gostaria muito que a verdade fosse um dom para poder impor a imoralidade e cercear a liberdade de quem a denuncia. A cada dia que passa você assume mais e mais a identidade do seu verdadeiro Senhor. Estão se tornando uma coisa só.
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A palavra também não é um dom. As palavras são signos que criamos para facilitar a comunicação. Se as palavras fossem dons originários de um Deus, e se esse Deus demiurgo, meu caro, criou tudo, por que haveriam palavras completamente distintas entre si em vários idiomas para significar a mesma coisa? Por que ainda hoje “nascem” palavras novas e “morrem” outras tantas? Se elas são um dom as pessoas estariam menosprezando esse presente divino? E quando criam outras tantas estariam revelando a limitação criativa de Deus? Pois elas surgem para melhorar ainda mais a nossa comunicação, como já disse.
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As palavras e seus significados são convenções sociais. Fomos nós que as criamos para dar nomes e significados às coisas, assim elas nos auxiliam a organizar a realidade e possibilitar a comunicação complexa. Isto é tão correto que quanto menos se conhece palavras, mais rude é a forma de pensar. Veja o seu caso, que debocha de mim por eu conhecer várias palavras e “acha” que isso é motivo para me subestimar. Tudo isso ao mesmo tempo em que a sua estranheza das palavras revela o quanto são limitados o seu vocabulário e a sua maneira de pensar.
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As palavras e a verdade são construções históricas e a historicidade é uma característica humana. O modo como você imagina que a verdade é fundamentada numa relação de causa e efeito imutáveis para explicar o mundo cultural, então isto mostra que a nossa divergência não é apenas ideológica. “Deus é a causa do mundo, da palavra, da verdade”, tudo está misturado em sua mente torpe. Esta concepção é tão primária e vencida que ninguém a levaria a sério numa discussão relevante.
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Você diz que sou “louco”, “alucinado”, que tenho “ódio inexplicável”. Tolice, você sabe (?) que numa sociedade que supervaloriza a razão não há espaço para loucos, alucinados. A sociedade quis se ver livre deles e os encarcerou em hospícios. Que privilégio teria eu para não viver agora em um deles? Por que então você não manda a Kombi do CAPS me levar amarrado? Você age à maneira dos dementes ferozes tentando desqualificar o homem para tentar invalidar as suas palavras. Na minha ingenuidade pensava que só os canalhas fizessem isso.
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Aqui de novo você atinge a minha pessoa na minha individualidade dando a mim o direito de responder atacando a sua. Cuidado, depois que eu começar a falar sobre a sua não sei quando vou parar. Entretanto, é curioso que você não tenha rebatido nenhuma das denúncias que faço no Blogue, nem no geral e muito menos nos aspectos específicos. Curioso, não? Sobre tudo isso a sua linda voz de locutor cala. Silêncio total. Nem defende o seu verdadeiro Senhor. Só me ataca. Que raios de soldado é você?
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Fale sobre as denúncias de corrupção em licitações promovidas pelo seu verdadeiro Senhor apresentadas ao Ministério Público pela vereadora ANA CLEIDE. Fale sobre as obras que estão abandonadas até hoje e que foram iniciadas no fervor politiqueiro da reeleição (2008). Fale sobre os buracos eternos nas ruas. Fale sobre as montanhas de lixo espalhadas pelos quatro cantos da cidade. Fale sobre as mais de duas mil nomeações eleitoreiras que impedem que obras sejam realizadas. Fale das obras preferencialmente ganhas pelas construtoras e empresas dos amigos.
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Fale, voz de veludo, sobre o que interessa ao público. Deixe minha vida particular e minha “loucura” de lado e vá ao ponto que os cidadãos esperam por explicações. (Loucura que quer significar coragem de denunciar. Loucura sim, porque ser normal, na sua moral, é ser covarde e ficar calado, conivente com todo esse mar de denúncias)
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Deixe de escrever falácias sobre quem denuncia as imoralidades e ilegalidades administrativas do seu verdadeiro Senhor, porque o que contam as minhas histórias é só isso. A vida particular do seu verdadeiro Senhor e a sua não me interessam, mas a vida política sim, e só porque estão exercendo o poder na pólis que eu vivo. Não vou deixar de avaliar o exercício do poder, a sua voz bonita e pretensamente autoritária não vai conseguir me calar. Ou vai?
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P.S.: A justiça de nossa cidade deve dar andamento ao processo proposto pela vereadora ANA CLEIDE e pode terminar em condenação, por isso não se surpreenda se o final político de seu verdadeiro Senhor for igual ao do “Chico Toicinho”.
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POR QUEM DEUS CHORA? - I.

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Recentemente fui informado por um amigo que vasculha os portais e blogs de notícias e informações sobre Floriano que um secretário do prefeito JOREL criou um espaço para, supostamente, expressar sua “arte” e sua “vocação literária”. Na apresentação do blog ele diz ser quase tudo na vida, só faltou dizer que também é Deus. Tive que acessar esse tipo de coisa para conferir.
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Pois não é que esse... secretário escreveu um texto atacando a minha pessoa (sem citar meu nome e por isso não citarei o dele) tentando desqualificar as histórias que narro sobre o seu Senhor. Ele começa o texto dizendo que tenho um mestre na área de Filosofia e que ele (mestre), como eu, desrespeitamos o homem.
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Coitado, não sabe o que é Filosofia e nem mesmo quem é o homem. Não consegue compreender que a pessoa a quem ele se refere é um dos mais produtivos pensadores do Brasil e respeitado em vários países pela sua obra e capacidade intelectual. Autor de dezenas de livros relevantes sobre a Filosofia e a educação. Quero dizer que ele não concorda com muito do que penso, não por trocarmos idéias no campo filosófico, mas porque uso enunciados diferentes dos dele. Não concordo com a maioria de suas posições políticas. Com alguns enunciados sobre o homem. Com sua maneira de se defender dos críticos autorizados. Mas isto não impede de respeitá-lo e reproduzir os seus textos, que escolho, no meu Blogue.
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O... secretário é um enviado do seu verdadeiro Senhor. Um anjo decaído pelo peso de sua enorme falha moral do mundo da realidade extra-natural criada por seu Senhor. O texto desta postagem não possui uma sequência lógica porque preferi responder pontualmente os ataques pessoais que ele injustificadamente me fez. Vamos lá.
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O que você não gosta em mim, meu caro, não é o fato de seguir esta ou aquela corrente filosófica, não são as palavras simples, mas desconhecidas por você, não é o fato de eu ser agnóstico, mas é que minhas palavras são um espelho para você, e você não gosta das imagens refletidas por elas. Você diz ser tão pudico (e eu profano) e não suporta o que as minhas palavras denunciam, revelam.
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A sua atitude é típica de quem não suporta se confrontar com seus erros e procura atribuir os seus próprios erros aos outros para poder condená–los. Os erros são seus, é o que as minhas palavras lhe dizem no espelho. Tenha coragem de vir a público e dizer que você compactua com todas as práticas políticas do seu verdadeiro Senhor. Não utilize desse artifício de fuga da sua postura para me detratar. Porque assim seu ser fica vazio, como as suas palavras.
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Você está agindo como o sujeito que quer desviar a atenção das pessoas sobre um fato grave e importante e, aos berros, aponta para outra direção mostrando uma mosca que vai passando. E eu assumo: eu sou a sua mosca (aqui parodiei SÓCRATES quando ele se dizia ser a mosca de Atenas).
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Eu sou como um soldado da infantaria ateniense que se exercita todos os dias para manter a liberdade de sua pátria. Pode continuar com seus ataques gratuitos e pessoais, eu estou pronto para a guerra.
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Você é um leitor “hipocondríaco” do meu Blogue, e minhas histórias são remédios amargos para você. Logo após a leitura você sente todas as “reações adversas” que as palavras podem ensejar. E o efeito mais deletério que ocorre é a frouxidão de suas ideias. As suas ideias lutam para organizarem–se logicamente, mas a falta de saúde intelectual aguça mais a sua hipocondria.
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SÓCRATES, certa vez, disse a seu amigo e discípulo SIMÃO que assim como o soldado que tem que exercitar–se todo dia para deixar o corpo preparado para os embates, ele tem que se esforçar (pónos) para melhorar intensivamente a sua intelectualidade. Então, com a mente, ou como preferem crentes dualistas como você, alma, deve–se dedicar ao esforço intelectual para atingir “o verdadeiro caminho da sabedoria”. (No meu caso sou apenas um esforçado que é capaz de ler mais de cinco horas por dia).
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Digo e faço isto não por soberba, mas para que a minha mente, ou como preferem os metafísicos como você, a minha alma, não adoeça e tenha que ir ao médico toda semana tomar uma dose de barbitúricos alienantes, repressores e aliviadores morais – aquilo mesmo que você faz lá no “terço dos homens”. Você se entorpece de imoralidades administrativas e políticas (no âmbito público) e depois corre para a igreja para pedir perdão.
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A sua hipocondria denuncia a grave doença da falta de lógica (de rumo) nas suas ideias e na sua virtude. E isto é grave porque você diz que eu minto e calunio o seu verdadeiro Senhor. Mas é você que faz isso comigo. Se o que você diz fosse verdadeiro o seu verdadeiro Senhor já teria me processado. Até porque ele cooptou meio mundo de advogados para ficarem a serviço dele. Até hoje nunca fui processado na minha vida. Nunca fui preso.
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Do ponto de vista de meus valores atuais já fiz muitas coisas erradas, sim. Até porque nós necessitamos nos esforçar intensivamente para sermos o ser ideal que ao longo da vida vamos construindo como parâmetro. E quem comete os crimes que você me imputa é você mesmo. Nunca tratei de sua “religiosidade de resultados”, mas já que você acha que tem o direito de me chamar de “baixa e ignóbil criatura” pela boca do “Chico Toicinho”, então prepare os seus calmantes.
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A sua vida particular não me interessa. A sua vida sexual não me interessa. A sua religiosidade só me diz respeito quando ela é explicitada com o dinheiro público, bem ao gosto da “religiosidade de resultados” em arrastões e outras enganações do gênero patrocinadas pelo messias da política imoral que dize saber qual a “missão do povo”. Certamente “a missão do povo” não é eleger gente que se aproveita do poder para saciar as necessidades particulares que por incompetência não foram resolvidas no âmbito profissional.
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Aqui, sim, a sua “religiosidade de resultados” me diz respeito. Há anos que o grupo religioso, que agora você integra, já existia com a mesma função. Só agora a sua consciência moral pediu arrego? Não. Você só ingressou no grupo porque o mesmo atingiu uma centena de participantes. Aí o seu verdadeiro Senhor o enviou para ter um defensor e informante lá dentro.
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O papel de defensor malogrou porque o grupo não trata de questões políticas. Quanto ao papel de informante não tem tido resultados práticos porque o seu verdadeiro Senhor só usa a religião para tirar proveito político, e as pessoas já sabedoras desse oportunismo não fazem nada que possa gerar a necessidade dele por lá.
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terça-feira, 13 de outubro de 2009

POLÍTICO-PIRULITO - II.

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O verdadeiro palhaço Carrapeta fazendo caridade e a alegria das crianças carentes de Floriano há muitas décadas. Foto do portal www.reporteramarelinho.com.br
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O prefeito JOREL tem uma semântica fundacionista retrógrada. Parece nome de doença. Mas não é. O que quero dizer é que ele faz política a partir das ideias mais atrasadas que herdou no seu aprendizado político. A gente pode conviver com ideias retrógradas e rejeitá-las, mas ele as incorporou fielmente. Bom discípulo.
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Ontem ele desfilou por algumas ruas da cidade em cima de um carro jogando pirulitos para as pessoas plagiando horrendamente o palhaço Carrapeta que todo dia 12/10 faz a festa das crianças carentes distribuindo bombons e picolés há várias décadas.
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A semântica de JOREL é repleta de analogias perversas, perseguidoras, discriminantes, aterrorizadoras, cruéis. Por quê? JOREL pretende eleger-se, ou ao irmão (aquele do caso do “roubo” do boneco Jorel Buracão, denunciado na TV, e que ontem dirigia o carro para o prefeito jogar os pirulitos), deputado estadual. E para isso ele vê os eleitores como um bando de desinformados, inconsequentes e sujeitos a se deixar ludibriar com pirulitos.
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A analogia cruel que ele quis passar com a “palhaçada” de ontem foi dizer que grande parcela dos eleitores de Floriano não muda nunca a sua natureza, os seus hábitos equivocados de se deixar envolver eternamente por políticos da estirpe dele. Que basta dá alguma coisinha que ele vai ter o voto do eleitor. Que isto nunca vai mudar. Que faz parte da “genética” do eleitor. Pois ele aprendeu a fazer política assim e não vai ser agora que vai mudar. Tomem pirulitos.
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Mas JOREL está paralisado no tempo, e num tempo retrógrado. O cidadão florianense, recentemente, o classificou como o 4º pior prefeito do Piauí (Instituto Data AZ). Isto mostra que o cidadão está mudando seus hábitos políticos (mesmo aos poucos) e deseja mudar seu vocabulário (“só voto se me pagar”; “não dou voto perdido”; “todo político é igual”...) para um vocabulário que o permita uma vida melhor, digna (honestidade; responsabilidade; competência; conhecimento qualificado; desenvolvimento).
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O que pretendo ao contar essas histórias é mostrar quanto mal esse tipo de político-pirulito faz a toda população quando os eleitores os elegem. É claro que é uma ação planejada, esta minha, pois com essas histórias pretendo juntar todas as “mentes atentas” e desejosas de uma Floriano melhor rumo a um futuro maravilhoso para toda a cidade, e livre de políticos-pirulito, como JOREL.
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A semântica cruel e imutável dos hábitos dos eleitores que JOREL assimilou de seus professores nega a realidade humana proposta por LOCKE, e também as visões de MARX e RORTY sobre o poder que as pessoas têm de mudar o mundo e construírem a verdade num diálogo bem intencionado (respectivamente). JOREL-Pirulito não é fraco, não.
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Ele coloca o eleitor na boca e só o retira depois de engolir todas as suas potencialidades. E depois sai correndo e feliz feito uma criança carente enganada. Hoje tem marmelada?...
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POLÍTICO-PIRULITO - I.

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Mensagem subliminar do prefeito JOREL (em seus termos) a seus eleitores no dia da criança e da padroeira do Brasil.
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JOHN LOCKE (1632-1704), Filósofo inglês, disse que a natureza humana é maleável. Isto significa que o ser humano não é um ser com características imutáveis. Pelo contrário, ele é um ser que pode ser reformado, pode ser “moldado” de acordo com as necessidades que a humanidade e a natureza têm em cada época.
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Esta ideia vai de encontro a outra que diz que o ser humano tem uma natureza imutável fundamentada em determinadas características que explicariam o porquê dele ser desse ou de outro modo. Ou mesmo para justificar determinados comportamentos, defendida por pessoas que pregam essa ideia (natureza humana imutável).
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Exemplo para tornar mais claro: um obscuro economista escocês, GREGORY CLARK (1957- ), publicou um livro recente chamado “Um adeus às esmolas – uma breve história econômica do mundo” em que defende que há um gene que determina a competência de um povo, de um indivíduo, para o sucesso financeiro na sociedade capitalista. A natureza dos indivíduos que possuem esse traço genético explicaria, do ponto de vista dos fundacionistas, a riqueza e a pobreza. Muito simples e sem complicações, agora se tem os motivos para tanta riqueza e tanta miséria. É muita cara de pau.
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Se alguém defende tal ideia estabelece uma “verdade” que estaria fora das possibilidades humanas modificá-la. É como se dissesse que o ser humano é assim mesmo e não há como modificá-lo, reformulá-lo, “moldá-lo”. Estas “verdades” preestabelecidas essencialmente retiram do âmbito da humanidade o poder de reeducação para uma vida social justa, solidária, fraterna.
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RICHARD RORTY (1931-2007), Filósofo estadunidense, disse que se perde muito tempo discutindo as questões humanas partindo-se de tais “verdades”, e ganharíamos tempo e faríamos melhor aquilo que KARL MARX (1818-1883), Filósofo alemão, disse sobre o potencial da Filosofia: “a Filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo para transformá-lo”. RORTY não era marxista, mas entendia que deveríamos agir buscando mudar o mundo tendo como meta aquilo que é útil e prático ao ser humano como humano. Dizendo do meu jeito, como um ser que vive e pode modificar a sua vida para melhor se assim desejar, claro.
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Como se daria essa mudança? Ele propõe uma “revolução semântica”. Para conseguir, o comportamento linguístico deve ser alterado em favor de uma semântica que coloque de lado toda semântica perversa, perseguidora, discriminante, aterrorizadora, cruel (GHIRALDELLI, 2003).
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Mas preciso esclarecer algo importante. Não basta deixarmos de lado nosso “vocabulário” acostumado com as coisas ruins e trocá-lo por um novo e melhor para mudarmos o mundo. É preciso mais. É preciso ter “mentes atentas” e desejosas de mudanças para acompanhar o movimento rumo à nova realidade.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

JOREL BURACO NA REDE - II.

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A nova rede do estádio LARANJÃO, digo, Tiberão foi feita do mesmo material da rede da foto que ilustra esta postagem. Quanto custou aquela rede? Foi comprada em que lugar? JOREL e seus buracos. Vai gostar de buraco lá longe.
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O leitor do Blogue já deve estar agoniado para saber como vou botar JOREL nessa história. Então vamos lá.
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Nessa semana JOREL disse no seu Portal de Notícias, e em outras fontes, que tem mais de 90 milhões de reais para serem investidos em infra–estrutura na cidade de Floriano. E que em breve as obras serão iniciadas. São cerca de 15 obras no total da destinação das verbas federais (todo o dinheiro para o investimento é de origem federal, JOREL vai só promover o espetáculo, cortar a fita). Alguns aliados dele já o estão apelidando de “JOREL 15”. Também com tanto dinheiro vai ser obra pra todo lado.
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Como vivemos na democracia do espetáculo, assim ele vai cortar muitas fitas e descerrar outras tantas placas. E tome espetáculo e propaganda. JOREL irá martelar tanto na cabeça do povo até perceber que ele (JOREL) está correspondendo à legitimidade, dando em troca as obras.
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Vai ser mais propaganda do que obra. Vai martelar com pau de dá em doido. E o melhor pau de dá em doido é tirado da madeira jurema, assim dizem algumas pessoas que vivem no interior. Mas na cidade esse pau é tirado da TV, rádio e de seu Portal de Notícias. A conferir.
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Qual o mérito ou habilidade de JOREL neste fato da liberação das verbas do PAC? Nenhum. Mas ainda bem (para ele) que na democracia moderna o governante não precisa ter habilidade nenhuma para governar e fazer espetáculo. JOREL nunca quis se esmerar para ensinar alguma coisa aos governados (como fazia os reis na pré–modernidade). O que ele faz é deseducar o quanto pode com o seu gerundismo démodé.
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E por que não tem? Porque até agora, além de não ter de habilidade nenhuma, não tem cumprido com a sua parte na relação de troca com os governados. Espera aí, estou sendo injusto. Ele “inaugurou” a reforma do estádio Tiberão feita pela Secretaria de Esporte do governo LULA ( a sua contribuição foi aplicar localmente a verba, e de que jeito, hein?).
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O Corisabbá perdeu de 5 X 1 para o River. O torcedor ficou vermelho de raiva. Vermelho, não. Ficou foi laranja, pois o estádio está parecendo um copo de suco de laranja (alguns torcedores me disseram que deveriam ter “inaugurado” a reforma com um novo nome: “LARANJÃO”). Não precisa dizer que a cor laranja representa as práticas administrativas de JOREL. (E por falar nisso, como vai a investigação das denúncias feitas pela vereadora ANA CLEIDE?).
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O espetáculo do Tiberão reinaugurado representa bem a administração JOREL. A cada gol que o River fez, foi um buraco na rede. Era uma gargalhada só (contaram–me). Com tantos escândalos e mancadas não dá mesmo para levar a sério. Dou um doce para quem disser qual a cor da lona desse circo todo.

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JOREL BURACO NA REDE - I.

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Foto da "inauguração" da reforma do estádio Tiberão (futuro LARANJÃO). Copiada do portal www.reporteramarelinho.com.br. Ilustra o espetáculo da democracia burguesa. Só estou sentindo falta da camisa laranja do prefeito. Que pena.
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A política pré–moderna era praticada e exibida através de espetáculos. O rei tinha que convencer os súditos da necessidade – para ambos – de ele ser rei, de comandar, de governar. E a justificação era feita com espetáculos onde o rei demonstrava as suas habilidades. Então, a política do espetáculo era a demonstração das habilidades do rei. Só que o espetáculo não era interativo, o rei era o espetáculo das habilidades e os súditos eram os aprendizes dessas habilidades.
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O rei desejava comandar um povo e nada mais óbvio do que ensinar aos súditos o que fazer e como fazer. Aqueles que participavam do espetáculo se tornavam multiplicadores dos ensinamentos do rei para o povo.
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Que habilidades deveria ter um rei? Segundo o Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR., ele deveria saber dançar, lutar, ter bons modos (etiqueta). É fácil inferir do que foi dito acima que numa época em que só a nobreza tinha acesso a essa lustração, então adquirir tais habilidades era a chave do convencimento. O rei absolutista não tinha que justificar o seu governo com obras, ele era um ser superior (eram até ungidos pelos representantes de Deus aqui na terra) e isto bastava para todos.
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A política moderna tem outras bases. O espetáculo continua, mas o conteúdo e a forma foram modificados. Vivemos agora numa democracia burguesa e o governante tem que ser legitimado pelo voto. Mas como tudo na democracia burguesa se transforma num sistema de troca, então a legitimidade do governante é trocada pelas obras que realiza. É como quem diz: “Você me dá o voto e eu te dou as obras”.
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O espetáculo não está mais centrado nas habilidades do governante. Aliás, ele não mais precisa ter habilidade nenhuma, precisa apenas devolver aos governados a confiança na sua legitimação realizando as obras que ele (povo) necessita. E também há interatividade com a sociedade como um todo. Ou seja, na política moderna todos participam do espetáculo, seja porque foi à uma inauguração, seja porque viu na TV ou leu em algum lugar. É diferente da época do rei e sua exibição pedagógica restrita de suas habilidades.
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Não importa quem botou a mão na massa e fez a obra. Não importa também se ela foi feita com o dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos. Não. Não interessa. O que é preciso notar é o espetáculo da inauguração da obra e sua entrega ao povo. Isto é fundamental, pois é nesta ocasião que o governante vai mostrar ao povo que é merecedor da confiança dele (povo).
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Na hora que descerra a placa o governante diz: “Olha aqui a obra que eu fiz pra vocês, e por isso devo continuar no poder. É por isso que mereço a confiança (voto) de vocês”. Houve uma troca: voto pra lá, obra pra cá. Assim age o governante legítimo na sociedade da democracia do comércio.
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

CABEÇA DE VACA.

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Este ser tem capacidade mais apurada para seguir as regras de trânsito do que os indivíduos citados nesta postagem. É curioso, mas é verdade. Postagem feita originalmente em novembro de 2008.
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O INDIVÍDUO SUICIDA.
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Talvez já esteja na hora de solicitarmos à prefeitura e ao DNIT a interrupção do tráfego de veículos automotores na parte da BR 343 que fica na Av. Dirceu Arcoverde que vai do balão do Trevo ao da TV Alvorada nos horários de pico das caminhadas (pela manhã cedo e à tardinha).
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A maioria das pessoas que faz suas caminhadas é consciente do espaço que deve ocupar, que é o canteiro central (mede uns três metro de largura) do anel viário. Mas tem uma parcela já considerável de indivíduos - pois é assim que identificamos a pessoa no âmbito individual, e no âmbito público identificamos como cidadão - que desafiam os carros e motos caminhando no asfalto numa distância de dois metros do canteiro central sem nenhuma justificativa convincente, racional.
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Ontem quando retornava de Picos passei por lá por volta das 18h:00 e tive de desviar de um indivíduo que vinha em sentido contrário quase no meio da BR. Quando o elemento (adulto) viu o carro abriu os braços como que querendo mandar uma mensagem. Fiquei pensando o que poderia ser.
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Ao ultrapassar um carro pela esquerda não havia mais espaço para mim. Mas havia o canteiro para ele. Talvez ele desejasse que eu jogasse o carro em cima do outro para não atrapalhar a sua mais declarada irresponsabilidade - caminhar no asfalto.
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Daí ocorreu diversas possibilidades para analisar o comportamento de indivíduos como aquele. Com certeza não foi educado para a cidadania. Não é um cidadão. Pois um cidadão sabe de seus direitos e deveres e os cumpre e os reinvidica conscientemente. Um cidadão recebe primeiro em casa, as normas básicas para conviver em sociedade. Depois outras instituições acrescentam mais alguns valores necessários para essa convivência.
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No caso do indivíduo essa educação foi inexistente e, portanto, ele transforma a esfera pública em campo de ação dos desejos e vontades particulares. Os valores individuais que todos nós possuímos devem nos orientar a agir, a partir deles, no sentido de realizarmos as nossas necessidades particulares.
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Esses indivíduos não possuindo uma formação para agir na esfera pública terminam patrocinando esse tipo de situação. Isso explica a completa incapacidade de compreender que na esfera pública eles não podem sobrepor suas vontades sobre os direitos dos outros. .Além do mais as outras instituições também falharam em não educá-los para a convivência com os outros e no trânsito. Em nossa cidade há um descaso completo de muitas pessoas na convivência no trânsito. Parecem um bocado de suicidas desafiando os outros a se envolverem em seus propósitos.
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O indivíduo não tem responsabilidade nenhuma com a sua vida. Não deseja viver. Vive de mal com a sua vida. É um frustrado. Nesse sentido o indivíduo não tem auto-estima, vive por viver, sem motivos dignos. Vive apenas cumprindo uma jornada biológica e fisiológica. E nem percebe a contradição de não se importar com sua vida e ao mesmo tempo fazer exercícios para prolongá-la.
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O objetivo de se fazer exercícios físicos deve ser para ter mais tempo de ser irresponsável. É, tem gente pra tudo. O indivíduo quer cuidar de sua saúde só para colocar a vida dos outros em dificuldades. Porque quando ocorre um atropelamento (que não vou chamar de acidente porque está no campo do possível) o indivíduo pode morrer, pode ficar inválido para a maioria das atividades e funções, ficar inabilitado fisicamente até para as necessidades mais básicas. Ou mesmo uma coisa muito leve, mas com consequências graves.
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As dificuldades que acarretam para os outros são os processos judiciais, pedidos de indenizações, solicitação de pagamento de tratamento médico. Implica tudo isso, em tirar a normalidade da vida dos outros pelo descaso que o suicida tem pela a sua própria.
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Esse tipo de gente deve ter uma relação mórbida com o principal símbolo da morte nessa sociedade majoritariamente católica: a cruz. Naquela região da cidade existem muitas cruzes representando atropelamentos e outros atos parecidíssimos com suicídio pelo descaso que pessoas, assim como o indivíduo em referência, provocam.
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Talvez eles corram sonhando com um espaço para a sua cruz. Onde seria o melhor local para morrer e que sua cruz ficasse bem visível? Quem ele irá envolver com a polícia depois que ocorrer o atropelamento? "Esse carro, não. É muito velho. Não vou ser atropelado por um carro velho e nacional. Quero morrer atropelado por um carro novo e importado". "Não, basta que seja um carro, não importa quem seja o motorista". "Qualquer um serve aos meus propósitos.".Depois os pais chorarão no velório perguntando onde foi que erraram. Educaram o indivíduo, mas não tiveram competência para educar o cidadão.
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Então, prefeito, vamos interditar o tráfego dos veículos naquele local. Esse tipo de gente é bastante perigosa para a vida dos outros. Não tem amor próprio, nem muito menos responsabilidade com sua vida.
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Estou publicando outra vez esta postagem porque outro indivíduo da mesma espécie está praticando acintosamente a mesma atitude reprovável pelo bom senso na mesma BR, agora no trecho que vai do Balão do Posto Trevo a Jerumenha, Guadalupe... Este se faz acompanhado de uma mulher que precavidamente sempre caminha no acostamento. Mas ele se acha de ferro ou dono da BR. Na verdade é um inconsequente de marca maior. Para mostrar que caminha de propósito desafiando os motoristas, outro dia atrás de mim vinha uma carreta. Ele faz com que a gente se arrisque e desvie para a esquerda sem se importar se vem outro carro em sentido contrário. Quando a carreta se aproximou do indivíduo ele foi rapidamente para o acostamento. Mas eu pensei que ele era de ferro ou dono da BR, mas ele é apenas um inconseqüente.
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