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.AIRTON FEITOSA, sobrinho, MARIA VITÓRIA, esposa, MANOEL FEITOSA, homenageado.
"Manoel Feitosa,
Por: Engº Airton Freitas Feitosa
Teresina, PI, 08 de julho de 2011
Começo a alinhavar este breve depoimento invocando uma frase de Machado de Assis quando ele dizia que “a distância é como o vento: apaga as velas e acende as grandes fogueiras”.
Hoje eu não sei se digo um adeus, um até breve ou mesmo até quando Deus quiser. Uma partida será sempre acompanhada de longas e eternas saudades por aqueles que ainda ficam a cavalgar pelas noites e dias.
Lembro-me bem de um dos nossos tantos encontros quando, então, você fez a dedicatória no livro “A VERDADE DA VIDA”, escrito por Masaharu Taniguguchi, e deu-me de presente no dia vinte e três de fevereiro de mil novecentos e noventa e cinco. Você já sabia das minhas dificuldades naquele momento, coincidentemente, numa das fases migratórias da minha vida. Saiba que este livro muito me ajudou a compreender “como se deve viver” e serviu-me de referência para superar aquele momento melhor aprender a conviver com as dificuldades do cotidiano.
Já noutra fase da minha vida digo a você que jamais esquecerei o dia do meu retorno a Teresina... De uma confraternização na empresa onde trabalho, de um momento memorável no Teatro 4 de Setembro... Das nossas inúmeras conversas... Das nossas falas camaradas debaixo de um pé de manga no terraço da sua casa, bem como, dos passeios que fizemos por Teresina. Como também, não esquecerei o incentivador, do lutador que reanimava a todos com suas reflexões e sábias palavras, mesmo que quando elas saiam de dentro de você num timbre de baixa voz nas nossas conversas de “pé de ouvido”.
Reconheço o quanto você foi um lutador pela prevalência da verdade diante da mentira, da justiça diante da injustiça, da clareza diante da escuridão. Tenho orgulho dos seus feitos, das suas virtudes, da sua sensatez, da sua sabedoria, do seu conhecimento, das suas habilidades, das suas visões... Você era mesmo deveras obstinado.
Lembro ainda quando você me contava, com toda a felicidade, as histórias da nossa família e as intitulavas: “Os Feitosas dos Inhamuns”, meu filho... São todos descendentes do patriarca João Alves Feitosa, um português que se estabeleceu como sesmeiro perto da Cidade de Penedo, já na foz do Rio São Francisco, nos primórdios do Século XVII. Mas, com o passar do tempo, face às migrações naturais, outro descendente, o Capitão-Mor Lourenço Alves Feitosa, já em 1708, ganhou uma sesmaria da coroa portuguesa e foi-se abancar nos Inhamuns, onde hoje é Cococi, lá no Ceará. E assim nasceu o hoje conhecido povoado Sertões dos Inhamuns. E mais alguns anos depois, outras sesmarias foram concedidas aos Feitosas, os quais passaram a ser donos de mais de 50 delas. Não obstante, os Feitosas não foram de fato os primeiros moradores da região de Cococi. Lá havia os Índios Jucás, pertencentes à conhecida nação Cariri. Estes, inclusive, viraram nossos aliados. E de lá para cá, estamos nós a contar este grande feito da nossa família”.
Hoje... Caro Tio Manoel Feitosa... Você se foi num momento em que todos desejavam a tua permanência... Num momento em que todos desejavam a continuidade de uma história viva pelo exemplo destemido, onde o medo nunca se fez presente nas tuas decisões.
Portanto, saiba, mais uma vez, que muito tenho orgulho de você!"
Por: Engº Airton Freitas Feitosa
Teresina, PI, 08 de julho de 2011
Começo a alinhavar este breve depoimento invocando uma frase de Machado de Assis quando ele dizia que “a distância é como o vento: apaga as velas e acende as grandes fogueiras”.
Hoje eu não sei se digo um adeus, um até breve ou mesmo até quando Deus quiser. Uma partida será sempre acompanhada de longas e eternas saudades por aqueles que ainda ficam a cavalgar pelas noites e dias.
Lembro-me bem de um dos nossos tantos encontros quando, então, você fez a dedicatória no livro “A VERDADE DA VIDA”, escrito por Masaharu Taniguguchi, e deu-me de presente no dia vinte e três de fevereiro de mil novecentos e noventa e cinco. Você já sabia das minhas dificuldades naquele momento, coincidentemente, numa das fases migratórias da minha vida. Saiba que este livro muito me ajudou a compreender “como se deve viver” e serviu-me de referência para superar aquele momento melhor aprender a conviver com as dificuldades do cotidiano.
Já noutra fase da minha vida digo a você que jamais esquecerei o dia do meu retorno a Teresina... De uma confraternização na empresa onde trabalho, de um momento memorável no Teatro 4 de Setembro... Das nossas inúmeras conversas... Das nossas falas camaradas debaixo de um pé de manga no terraço da sua casa, bem como, dos passeios que fizemos por Teresina. Como também, não esquecerei o incentivador, do lutador que reanimava a todos com suas reflexões e sábias palavras, mesmo que quando elas saiam de dentro de você num timbre de baixa voz nas nossas conversas de “pé de ouvido”.
Reconheço o quanto você foi um lutador pela prevalência da verdade diante da mentira, da justiça diante da injustiça, da clareza diante da escuridão. Tenho orgulho dos seus feitos, das suas virtudes, da sua sensatez, da sua sabedoria, do seu conhecimento, das suas habilidades, das suas visões... Você era mesmo deveras obstinado.
Lembro ainda quando você me contava, com toda a felicidade, as histórias da nossa família e as intitulavas: “Os Feitosas dos Inhamuns”, meu filho... São todos descendentes do patriarca João Alves Feitosa, um português que se estabeleceu como sesmeiro perto da Cidade de Penedo, já na foz do Rio São Francisco, nos primórdios do Século XVII. Mas, com o passar do tempo, face às migrações naturais, outro descendente, o Capitão-Mor Lourenço Alves Feitosa, já em 1708, ganhou uma sesmaria da coroa portuguesa e foi-se abancar nos Inhamuns, onde hoje é Cococi, lá no Ceará. E assim nasceu o hoje conhecido povoado Sertões dos Inhamuns. E mais alguns anos depois, outras sesmarias foram concedidas aos Feitosas, os quais passaram a ser donos de mais de 50 delas. Não obstante, os Feitosas não foram de fato os primeiros moradores da região de Cococi. Lá havia os Índios Jucás, pertencentes à conhecida nação Cariri. Estes, inclusive, viraram nossos aliados. E de lá para cá, estamos nós a contar este grande feito da nossa família”.
Hoje... Caro Tio Manoel Feitosa... Você se foi num momento em que todos desejavam a tua permanência... Num momento em que todos desejavam a continuidade de uma história viva pelo exemplo destemido, onde o medo nunca se fez presente nas tuas decisões.
Portanto, saiba, mais uma vez, que muito tenho orgulho de você!"
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Um comentário:
CARO AIRTON,
ENDOSSO TUDO SOBRE "SEU" MANOEL FEITOZA, DO PRIMEIRO AO ÚLTIMO PARÁGRAFO E MAIS ALGUMA COISA QUE QUEIRAS ACRESCENTAR. GRANDE HOMEM, GRANDE PAI, GRANDE ESPOSO.
FERRAZ
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