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“Todos os homens deixam de ser o que são quando deixam de fazer aquilo que fazem”. (JOHANN GOTTLIEB FICHTE: 1762-1814).
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A partir dessa decretação de FICHTE vou tentar entender, ludicamente e sem restrição ao contexto dele, o dilema que vive o incompetente nesses dias. Ser incompetente é o modo de ser da pessoa incompetente. Ela, para ser incompetente, pratica a incompetência. Ou seja, para ser incompetente é fundamental praticar (fazer) a incompetência. Sem incompetência não há incompetente.
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E se o incompetente deixar de praticar a incompetência? Vixe! Assim ele deixará de ser o que é, e deixando de ser o que é ele deixará de existir. Portanto o incompetente não pode nunca pensar em deixar de fazer aquilo que faz com toda maestria: a incompetência. Sob o risco de desaparecer.
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E se ele continuar a ser incompetente, ou seja, a fazer o que sempre fez, será que sobreviverá? Num mundo em que se cobra a excelência, a competência, é difícil sobreviver. Pode enganar no discurso, mas a prática o desmascara, pois a sua prática só pode ser demonstrada na ação incompetente.
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Desse modo o incompetente se defronta com um dilema: continua incompetente e corre o risco de morrer na sociedade que cobra a competência, ou deixa de ser incompetente e aí deixa de ser o que é para ser outra pessoa? Se quiser ser outra pessoa terá de matar a pessoa que é: o incompetente. Assim, morrerá também. Que dilema.
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Que faz, então, o incompetente? Já sei, faz incompetência. Sim, mas qual decisão deve tomar? Só ele, o incompetente, deve decidir já que entende como ninguém das coisas relacionadas à incompetência. Ah, já sei. E se ele parar de fazer o que mais sabe fazer: a incompetência? Fica pior. Sabe por quê? Visto que será um incompetente apenas nas idéias – sem a ação incompetente.
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Será apenas um meio incompetente. Um incompetente pela metade. É melhor ser um incompetente completo, inteiro, todo, do que ser pela metade. Porque sendo completo ele será verdadeiramente ele, o incompetente. E sendo ele mesmo, tanto pensará como agirá de forma incompetente. Acredito que assim ele será feliz, sendo quem ele é: o incompetente.
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E se ele decidir buscar conhecimento? Aqui serve o mesmo argumento: deixará de fazer aquilo que o identifica – a incompetência. Aí, morrerá.
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P.S.: Aquele que ignora por exclusão cultural não é incompetente. Este, apenas não sabe. Incompetente é aquele que deliberadamente opta pela incompetência. É aquele que tem acesso ao conhecimento mas prefere permanecer como é: incompetente.
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A partir dessa decretação de FICHTE vou tentar entender, ludicamente e sem restrição ao contexto dele, o dilema que vive o incompetente nesses dias. Ser incompetente é o modo de ser da pessoa incompetente. Ela, para ser incompetente, pratica a incompetência. Ou seja, para ser incompetente é fundamental praticar (fazer) a incompetência. Sem incompetência não há incompetente.
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E se o incompetente deixar de praticar a incompetência? Vixe! Assim ele deixará de ser o que é, e deixando de ser o que é ele deixará de existir. Portanto o incompetente não pode nunca pensar em deixar de fazer aquilo que faz com toda maestria: a incompetência. Sob o risco de desaparecer.
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E se ele continuar a ser incompetente, ou seja, a fazer o que sempre fez, será que sobreviverá? Num mundo em que se cobra a excelência, a competência, é difícil sobreviver. Pode enganar no discurso, mas a prática o desmascara, pois a sua prática só pode ser demonstrada na ação incompetente.
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Desse modo o incompetente se defronta com um dilema: continua incompetente e corre o risco de morrer na sociedade que cobra a competência, ou deixa de ser incompetente e aí deixa de ser o que é para ser outra pessoa? Se quiser ser outra pessoa terá de matar a pessoa que é: o incompetente. Assim, morrerá também. Que dilema.
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Que faz, então, o incompetente? Já sei, faz incompetência. Sim, mas qual decisão deve tomar? Só ele, o incompetente, deve decidir já que entende como ninguém das coisas relacionadas à incompetência. Ah, já sei. E se ele parar de fazer o que mais sabe fazer: a incompetência? Fica pior. Sabe por quê? Visto que será um incompetente apenas nas idéias – sem a ação incompetente.
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Será apenas um meio incompetente. Um incompetente pela metade. É melhor ser um incompetente completo, inteiro, todo, do que ser pela metade. Porque sendo completo ele será verdadeiramente ele, o incompetente. E sendo ele mesmo, tanto pensará como agirá de forma incompetente. Acredito que assim ele será feliz, sendo quem ele é: o incompetente.
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E se ele decidir buscar conhecimento? Aqui serve o mesmo argumento: deixará de fazer aquilo que o identifica – a incompetência. Aí, morrerá.
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P.S.: Aquele que ignora por exclusão cultural não é incompetente. Este, apenas não sabe. Incompetente é aquele que deliberadamente opta pela incompetência. É aquele que tem acesso ao conhecimento mas prefere permanecer como é: incompetente.
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3 comentários:
Professor, você tá falando do maior dos incompetentes? É aquele que todo mundo conhece aqui?
professor, você tá falando do maior dos incompetentes? É aquele?
Talvez a gente saiba quem ele seja. Mas falei de uma pessoa especificamente, só não sei se é a mesma que você aludiu. Talvez seja mesmo.
Obrigado pelo comentário.
Jair.
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