Pode-se perceber que estamos vivendo uma época de muita
difusão de informações que tratam da saúde da população de um modo geral pelo
setor público. O Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e organizações
não governamentais, também, empenham-se em tratar do tema por, basicamente,
dois objetivos: 1- promover um estilo de vida saudável e, com isso, hábitos
alimentares que preservem a saúde e evitem os maus hábitos; 2- com o primeiro
objetivo alcançado, atinge-se o segundo que é diminuir as despesas com
tratamentos de saúde nos hospitais públicos.
Educar e reeducar faz bem para a saúde da população e para os
cofres públicos, que, enfim, são nossos. Mas essa política, quando posta noutro
campo, o dos meios de comunicação privados, está permeada pela lógica do
mercado quando se trata do mesmo empenho no convencimento do público. Só há
reportagens sobre assuntos que são de interesse da população. Quando os meios
de comunicação detectam que as pessoas estão receptivas para determinados
assuntos, eles investem para ter o retorno da audiência e, assim, vender os
espaços publicitários por um preço mais elevado.
As pessoas estão mais ou menos receptivas a certos assuntos
sobre saúde. Há alguns a que não é dada a devida importância. Quando se fala de
pressão alta, risco a saúde pelo acúmulo do lixo em locais inadequados,
situações de moradias em risco de desabamento... a difusão se dá por meio de
inserções institucionais, ou seja, em breves intervalos dos programas de
televisão ou rádio. Mas é aí onde as pessoas menos prestam a atenção.
Quando as pessoas estão conscientes da necessidade de atentar
para a saúde pelo viés da estética, no caso a obesidade, os meios de
comunicação se esmeram em difundir insistentemente porque aí vai ter audiência.
E as pessoas se conscientizam, basicamente, não pelo que deveria ser, a
manutenção da saúde, mas pelo apelo estético que é porta de inclusão social. O
obeso é um excluído. O fortão é o “modelo”. Tanto se diz quanto se ouve por aí.
Seja como for, acredito que essa difusão é muito benéfica
para as pessoas. Eu mesmo já fui praticante de esportes (por incrível que
pareça). Jogava bola e lutava artes marciais. Mas aderi ao sedentarismo e hoje
me encontro com sobrepeso: 10 kg acima do peso ideal.
Passei dois dias perambulando por lojas que vendem tênis para
caminhadas. Vasculhei a internet também e só me deparei com tênis apropriados
cujo valor variam entre R$ 300,00 e 600,00 – os mais simples. Aí volto para
casa e fico calculando quantas aulas terei que “dar” para pagar um par. E,
desse modo, evidentemente, volto mais pesado, pois passo a carregar mais uma
coisa comigo: a preocupação.
Mas não estou com sobrepeso de preocupação, mas sim de
acúmulo de gordura mesmo. Atletas de MMA, e de outros esportes, são capazes de
perder até cinco quilos em poucos dias. Para isso há forte contribuição da
genética. Já meu corpo foi programado para acumular gordura como se eu vivesse
no meio do deserto ou coisa parecida. E, por isso, demoro a perder peso. E como
demoro, pois para contribuir com isso não faço quase nenhum esforço para
perdê-los.
Tudo isso que eu disse aí acima foi só para justificar a
sequência de fotos que mostram minha rotina dominical. Vou à casa de meus pais
e retiro os camarões da geladeira. Faço a limpeza, depois coloco numa
frigideira para cozinhar por 10 minutos com sal. Em seguida coloco alho e óleo
para fritar e, aí, é só colocar os camarões e aguardo até ficarem corados (em
fogo brando). Terminadas as etapas do fogão, pego um bom azeite e, em fios
generosos, derramo-o por cima. Corto limões e retiro a cerveja da geladeira.
Graças a meu irmão AIRTON e meu cunhado JENUEL tenho uma
“reserva técnica” de camarões que dará até mais uma remessa de reposição chegar
por aqui. Mas isso não é um recado. É só testemunho de agradecimento, ora pois.
E a saúde? Segunda-feira começo as caminhadas. Mas antes eu
tenho que comprar o par de tênis e depois calcular e planejar as aulas que
terei que “dar”. Afinal, só se vive uma vez e nada mais. Nenhuma outra forma de
vida mais. Nunca mais.
P. S.: Programas específicos sobre saúde não rendem muita audiência,
mesmo que centrados nos assuntos para os quais as pessoas estejam abertas,
receptivas.
6 comentários:
Caro Irmão,
"Segunda-feira começo as caminhadas".
Acrfedito que está faltando algo na frase acima!
Agora, Mestre, se colocar o dia, mês e ano... aí fica mais aprumado.
Airton Freitas Feitosa
Jair, cara... tua vida é [ironia] tão difiiiicil [/ironia] nos domingos, hein!? kkkkkk... Convida os colegas (eu!) na proxima! kkkk....
PS: Gostei do novo visual!! Nao tinha visto ainda!! rs... Abraçs...
Jorginho, adorei seu blog.
Beijos!
OLá Airton.
Certamente que eu não estava falando desta segunda-feira, mas de uma mais distante. Vou, deitado, avaliar qual delas será mais apropriada.
Um abraço.
Jair Feitosa.
Olá Eduardo.
Minha "reserva técnica" está na reserva. Quando tiver em maior quantidade aí eu convido. Quanto ao visual, estou arrebentando, heheheh.
Um abraço.
Jair Feitosa.
Olá Beatriz.
Obrigado por visitar o Blogue. Mas um dos motivos que me levou a esse corte foi o fato de algumas pessoas dizerem que eu estava parecendo com ele. Só que ele apareceu agora e eu já corto o cabela assim há muitos anos. Então, radicalizei e raspei as laterais. Só para contrariar.
Um abraço.
Jair Feitosa.
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