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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"BÍPEDES SEM PENAS", COM PENAS.

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Ágora de Atenas: onde os cidadãos gregos aprenderam a se tornar "bípedes sem penas". Mas até hoje há "bípedes sem penas" com penas.

No diálogo “Político” PLATÃO reúne SÓCRATES, TEODORO, um Estrangeiro (da cidade de Eléia, hoje Vélia, na Itália) SÓCRATES, o Jovem. É aí que ele trata da questão do homem político indicando que, ao descobrir-se vivendo num mundo hostil, necessitava, para sobreviver entre os animais selvagens, unir-se aos outros homens para viver em harmonia numa cidade justa e boa. Para isso precisava comandar e ser comandado. Quem comanda e quem é comandado. Mas para isso ele, PLATÃO, precisa antes, através de seus personagens, fazer a distinção de gêneros dos seres vivos. Num processo de separação entre os seres conhecidos por eles chegam ao gênero humano e o definem assim na parte do diálogo chamada: “O caminho mais curto. Recapitulação.”


- Estrangeiro: Deveríamos, desde logo, ter dividido os animais terrestres em bípedes e quadrúpedes e desde que somente os animais com asas ali estariam ao lado dos homens, deveríamos dividir o rebanho bípede, por sua vez, em uma família sem penas e uma família com penas. Nessa classificação, espontaneamente se revelaria a arte de pastorear homens, e assim poderíamos descobrir o homem político e real, colocando-o como condutor e entregando-lhe, como um direito, as rédeas do Estado por serem homens que possuem a ciência que lhe é necessária.


Daí segue a explicação sobre aqueles que devem comandar e suas razões para isso. O que eu queria ressaltar é o momento que PLATÃO define a todos nós, seres humanos (políticos), como sendo “bípedes sem penas”. Espera-se que o procurador do prefeito de Floriano não entre com um processo contra PLATÃO visto que utilizei essa definição (”bípedes sem penas”) num texto cuja estrela analisada preferencialmente foi o prefeito. Eles têm a mania de dizer que ao usar esse tipo de linguagem (filosófica, analítica, analógica) eu estou comparando o prefeito a animais. Há muito já expliquei isso aqui, mas eles continuam empacados na ignorância. Mas é isso aí, meus queridos. Basta ler um pouco e verão o quão vazia e absurda é essa acusação que é também destituída de qualquer grau de racionalidade.


O texto citado foi extraído do livro "Platão", Coleção os Pensadores, Abril Cultural (1983).

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4 comentários:

José María Souza Costa disse...

Um texto interessante.
Parabens

JAIR FEITOSA disse...

Olá José Maria.

Obrigado pelo elogio. Isso me incentiva.

Um abraço.

Jair Feitosa.

José María Souza Costa disse...

Estou aqui, para seguir-te pelo blogue.
Um abraço e, continue a escrever.
Felicidades Sempre y siempre

Chico Mário Feitosa disse...

Olá Professor Jair

Curto e grosso. Papo reto, mandou bem na lata! Alguém que nem se quer presta-se a interpretar o seu cotidiano não serve para cuidar do cotidiano alheio. É alguém que não tem apreço pelo social, pelos bens que são comuns. Talvez ele não saiba o que isso se trata.

Quanto aos meus humildes versos, nunca parei pra musicá-los, talvez eu até consiga um dia. Já até musiquei de outros amigos. É que os meus fluem naturalmente e vou transcrevendo-os. Só penso em guardar aqui alguns pensamentos que viajam pela mente.

Grato pela visita la no blogue,
Chico Mário