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quarta-feira, 31 de março de 2010

WILSON MARTINS ASSUMIRÁ O GOVERNO.

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WILSON MARTINS (PSB) e WELLINGTON DIAS (PT). Amanhã será a solenidade, na Assembleia Legislativa, da posse do novo governador do Piauí. É o PSB no poder. WILSON será candidato a reeleição.
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Agora é pra valer. WELLINGTON DIAS (PT) deixou o governo do estado para ser candidato ao senado. Em seu lugar assumirá amanhã o vice WILSON MARTINS (PSB). Com isso mudam os planos da base aliada para a eleição deste ano. WILSON de imediato declarou que é candidato a governador e que pode surpreender a expectativas e vencer a eleição. Teria dito: "Serei o próximo governador do Piauí". Diante deste cenário o senador JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB), aliado da base, declarou que sendo assim ele deixará a base aliada e será candidato a governador em oposição a WILSON MARTINS.
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Em reunião ocorrida hoje, segundo o portal Meio Norte.com, com os prefeitos e filiados do partido teria orientado a todos se desvincularem do governo. Todos os petebistas, ou por eles indicados, devem deixar seus cargos nas funções que estão exercendo no governo. Desse modo, ele formará a sua própria chapa e terá a sua coligação formada com aqueles partidos que saídos da base aliada formarão um grupo forte para a disputa. O PMDB é o partido mais desejado, neste momento. Inclusive JVC já disponibilizou as vagas para o senado e seu vice para as negociações.
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Em Floriano deverá ocorrer uma saída em massa de petebistas de cargos públicos indicados pelo prefeito. Muita gente que já se achava dona de cargos e acostumadas a comodismo das funções deverão amanhecer o dia com as mãos na cabeça. Como o prefeito é o principal aliado de JVC em Floriano, então ele o seguirá e entregará os cargos de sua indicação.
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O que mais deve preocupar JVC nessa luta, particularmente em Floriano, é ter o prefeito como defensor e propagador de sua candidatura. Como todos sabem porque divulgado na imprensa, (
www.noticiasdefloriano.com.br), no ano passado o prefeito de nossa cidade foi eleito pela população como o 4º pior prefeito do Piauí (Instituto Data AZ). E neste ano ele foi vaiado estrondosa e vergonhosamente no meio da rua durante o carnaval. A população tem tratado o prefeito como ele tem merecido: com vaias, muitas e estrondosas vaias. A cidade está um caos. A saude dos florianenses está gravemente ameaçada pela epidemia de dengue que se alastrou em decorrência de sua incompetência em cuidar do básico numa administração municipal: a limpeza pública. Por isso, e tantos outros escândalos, é que por medo de ser vaiado (segundo me confidenciou um pré-candidato a deputado estadual de Floriano) ele tem evitado aparecer em cerimônias públicas em Floriano.
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E será ele quem irá pedir votos para JVC aqui em Floriano. Um perigo para o candidato. Associar-se a ele neste momento é, no mínimo, temerário. Mas é melhor aguardarmos o desenrolar dos acontecimentos.
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INAUGURAÇÃO DA PONTE ESTAIADA.

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Foto aérea da ponte Estaiada de autoria de AURELIANO MULLER.
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Governador WELLINGTON DIAS simbolicamente inaugurando a ponte Estaiada, ou ponte João Isidoro de França, em Teresina. Fato ocorrido terça-feira (30/03/2010). A ponte estaiada Mestre Isidoro França fica localizada sobre o rio Poty, à altura da Avenida Dom Severino. Na foto acima temos do lado esquerdo o vice-governador WILSON MARTINS e do lado direito (gravata amarela) o Gerente Regional da CHESF no Piauí Engenheiro AIRTON FEITOSA.
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Já nesta foto temos o prefeito de Teresina SILVIO MENDES "cortando" a fita de inauguração. Aplaudindo o gesto dele temos (da esquerda para a direita) o deputado federal ÁTILA LIRA, o vice-governador WILSON MARTINS, o governador WELLINGTON DIAS e o Engenheiro AIRTON FEITOSA. A ponte tem 363 metros de comprimento, 28m e 30cm de largura e uma altura de 95 metros. O mirante tem 125 metros quadrados de área e possui dois elevadores panorâmicos. Ela foi construída numa parceria entre a Prefeitura de Teresina (R$ 24,7 milhões) Governo do Estado (20 milhões) e Governo Federal (42.8 milhões).
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Fotos e informações do Portal AZ.
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ISABELA.

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O texto sobre o julgamento do caso ISABELA NARDONI é de autoria do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR. Desejo dizer que é a posição dele diante daquilo que ficou claro durante o que ocorreu semana passada.
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Discordo dele quando digo que faltou salientar que algumas das pessoas que estavam do lado de fora da sala de julgamento não têm a vida "cheia de nada", não. Haviam pessoas que estavam ali lutando por uma causa. Pessoas que procuravam mostrar que parentes seus, também assassinados de maneira similar, aguardam julgamento e que merecem o mesmo tratamento por parte da justiça. Portanto tinham, sim, uma causa, e uma causa com causa. Outras estavam procurando conhecimentos já que alguns eram estudantes de Direito e procuraram no julgamento aprender. Tinham a sua causa e, também, com causa. Além de escritores e estudiosos do comportamento humano que não puderam entrar e ficaram esperando uma oportunidade.
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Portanto não eram todos que não tinham motivos de estar alí. Tinham esses retratados pelo Filósofo, sim. Mas não eram todos. Boa leitura e aproveite para concordar ou discordar do que lê, pois é com esse objetivo que reproduzo alguns textos do Filósofo.
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ISABELA NARDONI ENTERRA OS SEUS MORTOS
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Terminado o julgamento do casal Nardoni e passada a gritaria e rojões dos desocupados que ficaram em frente ao Fórum ou que, em suas casas, não faziam mais nada senão se alimentar do noticiário bestializado do caso, veio o inexorável silêncio. Mais uma vez a vida dessas pessoas que gritaram e comemoraram voltou a encher-se de nada. Todas elas caminharam para a mediocridade de onde saíram. Cada vida ali, cheia de nada, talvez tenha menos a fazer no mundo do que os Nardoni, que irão envelhecer na cadeia. Cada uma daquelas pessoas, até chegar ao ouvido delas a morte de mais uma Isabela qualquer, estará tão morta quanto a própria Isabella. Nada dentro de casa, nada no horizonte. Uma vida cheia de nada.
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As vidas dessas pessoas que se dispõem a se engajar em alguma causa que não é causa nenhuma, quando não há nenhum Hitler para recrutá-las para “fazer justiça”, é uma vida intermitente. Na falta de mais uma causa que não é causa nenhuma, tudo é um grande e eterno vazio. Nenhum emprego interessante, nenhum casamento gostoso, nenhum lar sadio, nenhum objetivo político; somente um horizonte social totalmente transparente – é tudo o que possuem. Quando William Bonner anunciará algo novo, possível de ser assimilado pelos cérebros simplórios, para que seus proprietários se levantem de seus túmulos? Essa é a pergunta que paira no ar na casa de cada um que soltou rojão ou que ficou no Fórum gritando “por Isabela”.
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“Uma vida cheia de nada” é o tema do ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro este ano, a belíssima película argentina “
O segredo dos seus olhos” (José Campanella, 2009). Vale a pena ver. Há ali uma história. Mas “a vida cheia de nada” dos que gritaram por Isabela não dá um filme. Tudo ali é tão realmente cheio de nada que nem mesmo a narrativa sobre a pobreza de espírito é possível nesse caso. É o deserto avassalador que cresce dentro de cada alma que nem mesmo é uma alma, apenas uma cavidade encurtada capaz de fazer eco a um distante som metálico de noticiários de TV voltado para questões policiais.
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Hitler não vem. Mussolini não chega. Hiroíto não passa. Franco não dá bola. Pinochet não é ninguém. Castelo Branco é um desconhecido. Todos os ditadores, dos maiores aos menores, capazes de poder fazer viver a turba que deseja vingança – vingança contra algo que a turba não sabe o que é e que, por conta da pouca educação social, diz que é “justiça” – não estão disponíveis. Resta então implorar por Datena. Talvez ele ponha alguma adrenalina em uma vida ressentida e cheia de nada. Mas Datena não vai adiante, ele é o Afanásio Jazadi dos novos tempos, da época “pós-politicamente correto”. Ele quase lança o ódio, mas recua. Ele não dá o que a turba pede. Por sua vez, Serra, que canaliza a direita hoje, é um candidato com um gosto tão entusiasmante quanto Alckmin. Picolé de xuxu era seu parceiro, ele próprio, Serra, é picolé de nabo. A turba almeja mesmo é por Hitler. Mas, eu garanto, ele não vem. Então, que Deus se apiede de todos e jogue alguma Isabela de outro edifício, caso contrário, cada uma dessas pessoas terá que ficar mais tempo no seu cemitério. Não poderá ganhar a luz do dia.
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Uma vida cheia de nada. Quando uma vida é cheia de nada, nos cartazes dos manifestantes (como uma parte de nossa população está ficando igual aos setores conservadores americanos!) sempre aparece uma palavra suficientemente vazia para dar razão aos vingadores: “Deus”. Deus não aparece para apaziguar, diminuir ódio ou promover a paz. Ele aparece para que exista vingança, não a respeito de Isabela, mas de qualquer outra coisa, talvez seja a vingança contra a própria vida cheia de nada. “Deus” surge para promover o ressentimento que ganha o nome, no caso, de “justiça”.
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Que sorte que Collor deu no que deu, pois, caso tivesse continuado, ele poderia aproveitar essa gente. Sendo ele agora apenas um senador marcado, tudo fica mesmo por conta de Bonner falar de outra desgraça. Enquanto as coisas ficarem só nisso, não há perigo.
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Texto de: PAULO GHIRALDELLI JR.
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27/03/2010
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segunda-feira, 29 de março de 2010

MEDIOCRIDADE NÃO COMBINA COM FLORIANO.

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O que se passa na cabeça de alguns políticos de Floriano não é o mesmo que acontece no mundo real, e por isso, querer adequar o mundo ao que pensa, passa pela prepotência, arrogância, violência, arbítrio. Pois o desejo pessoal é imposto como se fosse aquilo que o mundo deveria ser, como se fosse o desejado pelas pessoas.
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Para que esse enquadramento se dê cria-se até falsamente condições através do arbítrio para impedir que o modelo do outro, ou oposto, se mostre como desejável, como adequado, em contraposição ao desejo pessoal daquele que pretende ser, ou ter, o modelo. Ou pretende representar aquilo que ele pensa ser o modelo ideal.
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Nesse modelo, ou no modelo pessoal e arbitrário, não há espaço para quem pensa diferente, assim, até processo judicial é levado à mesa do jogo de “dar e pedir razões” em busca do modelo ideal. E o processo é a “carta da morte”. É a carta imposta para calar já que não consegue dar razões para o modelo medíocre, pequeno, pessoal, ser aceito por todos através de deliberação. Todos têm de aceitar tal modelo pela imposição, medo, ameaça.
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Mas como disse NIETZSCHE, coisas boas podem surgir de coisas ruins, piores. E é acreditando que a história tem seus momentos de contingências é que posso inferir que desse modelo político medíocre, pequeno, incompetente, acéfalo pode vir um modelo de administração-política superior, competente, inteligente, honesto, digno para fazer nossa cidade caminhar rumo à dignidade. Pois não há esse negócio de inevitável. Não é verdade que estamos condenados pela história a termos sempre políticos medíocres administrando a nossa cidade.
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A partir de NIETZSCHE, então, não creio que estamos presos indefinidamente, irrevogavelmente a políticos medíocres e incompetentes. Basta, para isso, que escolhamos pessoas dignas, honestas, inteligentes, competentes para que nossa Floriano tenha um futuro além da mediocridade de hoje.
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FLORIANO: O PRIMEIRO LUGAR EM DENGUE NO PIAUÍ.

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A atual administração municipal elevou a nossa cidade à condição de primeiro lugar em pelo menos alguma coisa: DENGUE. Parabéns. Leia abaixo reportagem que copiei do portal www.noticiasdefloriano.com.br
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"ESTADO DE ALERTA
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Floriano é 1ª cidade do PI em número de casos de dengue
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Publicado em 27.03.2010
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SESAPI diz que são 315 casos confirmados. Cinco municípios estão em alerta.
Segundo levantamento recente da Secretaria Estadual de Saúde, até o momento, Floriano é a cidade que apresentou o maior número de casos de dengue em todo o Estado do Piauí, considerando os números desde o início deste ano.
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Floriano já apresentou oficialmente 315 casos e está entre as cinco do Estado considerada em estado de alerta. Em Cajazeiras, na região central do Estado, foram 242 casos. Em Caracol, no extremo sul, foram 82 casos. Em Marcos Parente, onde uma mulher morreu por dengue hemorrágica, já foram 34 casos, o mesmo número registrado em Guadalupe.
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Levando-se em consideração a proporção entre o número de casos e a quantidade de habitantes, Floriano alcança índice 543 por cada 100 mil. Como Cajazeiras tem apenas 3.323 habitantes, o índice proporcional é o mais grave comparado às cinco cidades em estado de alerta.
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A diferença da incidência da doença nessas cidades pode ser percebida em uma comparação com Teresina, que tem mais de 800 mil habitantes e apenas 131 casos confirmados.
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O coordenador de vigilância em saúde ambiental do Estado, Inácio Lima, informou que o Estado já enviou carro fumacê para os municípios e a situação já começa a voltar ao controle. "Quando atinge esses níveis, é quando o Estado entra para completar a ação que é do Município", explicou."
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Fonte original: Portal Cidadeverde.com
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sexta-feira, 26 de março de 2010

EU E CENTENAS DE PESSOAS ESTAMOS COM DENGUE.

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Terça-feira recebi o resultado do exame confirmando que estou com dengue. A falta de responsabilidade com a saude pública me levou, também, a faltar ao trabalho, sentir muita dor no corpo, nos olhos, na cabeça. Além do prejuízo com dinheiro e no trabalho. Tenho uma semana de aulas para repor em virtude da incompetência no trato com a coisa pública.
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Tanto é verdade que o secretário de saude disse na tv que depois que começaram a limpar os locais mais visíveis da cidade o número de pessoas com indicativo de dengue tinha diminuído muito. Isto quer dizer que a incompetência levou muita gente a essa situação e até correndo risco de morrer. Mas a gente vai lutando. Só nos resta isso.
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POLÍTICO MEDÍOCRE, NUNCA MAIS.

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Li e reli "Floriano: Sua História, Sua Gente" da professora JOSEFINA DEMES. Levarei em conta deste livro nesta postagem apenas alguns relatos sobre a atuação de florianenses de importância política destacada pelas grandes ações realizadas e que os levaram a posições de relevo no cenário piauiense. Não reproduzirei os relatos, apenas direi que quem fizer uma leitura do livro confirmará que florianenses de destaque o foram em virtude de grandes planos, sonhos e ações: governadores, vices, senador.
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Mas na contemporaneidade... e utlizando a graduação das ambições humanas proposta pelo Filósofo inglês F. BACON em sua reflexão ele traduz este nosso momento de políticos medíocres: “os que aspiram ampliar seu próprio poder em sua pátria”. Esta ambição (a primeira em sua graduação) é vulgar, aviltada, segundo ele. Tais políticos não são inteligentes e por isso incapazes de realizar ações ou projetos que os destaquem e os lancem além dos planos políticos municipais.
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Fazem a política de miudezas, tratam de coisas menores, miúdas. Reunem-se para discutir quem vai ocupar tais e tais cargos de 2º e 3º escalões em meio ao ar de importância e gravidade da situação e não esquecendo de agraciar a Baco com oferendas. Há até prefeito que se esgoela em falta de dignidade enviando ofício ao governador pedindo o direito de indicar diretor de escola.
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É desse tipo de mediocridade, também, que se reveste os políticos que a população de Floriano começou a sentir asco dando a entender que esse tipo de mentalidade torpe está sendo rejeitada, e ao mesmo tempo desejando uma nova mentalidade. Esta nova mentalidade deve vir acompanhada de uma postura moral digna, de inteligência, competência, ideais políticos superiores, ações grandiosas.
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A população começou a demonstrar a sua nova postura em público. Chega de político incompetente, medíocre, apequenador de sonhos preocupado apenas com sua tribo. Este tipo representa a fase em que nossa cidade iniciou a submersão no trágico “a cidade do já teve”.
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Floriano necessita que os homens que podem fazer dela um lugar digno apareçam e se coloquem como alternativa à mediocridade. A população tem demonstrado em público que a era dos pequenos, miúdos, medíocres, vulgares, já passou. Chegou a hora dos homens honrados, dignos, superiores em seus ideais, competentes, inteligentes assumirem as posições de poder que levarão a nossa cidade ao lugar que ela merece. Chega de mediocridade.
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terça-feira, 23 de março de 2010

CARA LIMPA X CARA DE VERNIZ.

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Retrato de alguns que não suportam as críticas acerbas que faço aqui.
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Desde quando as críticas acerbas que faço começaram a incomodar, algumas pessoas viram que os incomodados eram poderosos e começaram a se afastar de mim. Suponho que tenha sido por medo de perder alguma vantagem moralmente condenável, ou porque o caráter dessas pessoas que se afastaram é igual ao dos criticados.
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Desse modo ao mesmo tempo em que leem as críticas que endereço a outros elas se reconhecem no que pensam, fazem, dizem. E com vergonha da dicotomia entre o que mascaravam ser, e o que são efetivamente no escurinho da moral, se afastaram de mim. Tenho agora visto tantos hipócritas de caráter discutível desviar o olhar de mim com vergonha mais de si mesmo do que das coisas que digo.
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Sabe, isto tem me feito um bem danado, pois muita gente finge bem demais, mas com a crítica que tenho feito o verniz da hipocrisia tem sumido e junto com ele (verniz) os hipócritas também. E quantos...
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Gosto de dialogar com uma pessoa especialista em comportamento humano e ela tem me orientado que devo procurar novos contatos com pessoas de caráter firme em substituição aos “cara de verniz”. Desse modo não corremos o risco de pensar se a honestidade vale a pena. É uma postura edificante porque ao mesmo tempo que a gente se descola desse tipo tem novo ânimo para encontrar gente decente.
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E assim vou vivendo, procurando os “cara limpa” para juntos, quem sabe em breve, lutarmos por uma Floriano livre das garras dos sem caráter, dos “cara de verniz”, dos malfeitores burros e incompetentes.
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O que desejo é uma cidade orientada por valores dignos e edificantes capazes de educar as novas gerações longe daqueles que querem passar a perna em todos porque incompetentes que são para ter sucesso na vida através de seus próprios méritos.
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Nesse ambiente não adianta a família e a escola ensinarem que o estudo e o trabalho profissional realizados com competência são os caminhos para a dignidade se os jovens veem exemplos explícitos de cretinices sendo vendidos como modelo ideal na mídia ou exercendo cargos de poder.
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Mas em breve mostraremos que temos exemplos adequados à nossa sociedade, iremos apontá-los para que não se diga que só restou o que não presta. Ou seja, que não tínhamos alternativas. Temos sim: gente que estuda, trabalha com competência e é inteligente.
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sexta-feira, 19 de março de 2010

DESCASO = DENGUE.

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Na foto acima o mosquito da dengue deita e rola em Floriano. Enquanto o prefeito discute se os números estão corretos ou não.
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Os dados obtidos pelo promotor de Floriano junto às instiuições que lidam com as notificações da dengue refletem apenas os dois últimos meses. Eu mesmo fiz uma contagem em três turmas da escola em que trabalho e constatei que vinte alunos contraíram dengue do começo do ano até hoje. Então, os 363 casos apurados, se retroagirmos mais um mês, não nos darão uma dimensão real do problema que vivemos hoje em Floriano. É alarmante. É preocupante. É sério.
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Mas já há uma piada que surgiu depois da denúncia de que o secretário de saude do município fez uma "... tentativa de maquiar a verdade ou tamanha desinformação de causa". Diz o seguinte: metade da população de Floriano já teve dengue. A outra metade tem.
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A falta de compromisso da atual administração na limpeza pública da cidade gerou o caos da dengue que transformou, para pior, a vida de muita gente. Será que a população pode pedir responsabilização judicial por todo esse transtorno a que está submetida em vista da falta de cumprimento das funções públicas?
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A médica disse para eu aguardar até terça-feira para fazer a sorologia. Vou aguentar até lá, é o jeito. O descaso já fez a desgraça mesmo no meu corpo.
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SERRA ESCOLHE EDUCAÇÃO PARA SACRIFÍCIO.

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Texto do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR analisando a política educacional de SERRA em São Paulo e aquilo que se pode esperar para o Brasil. Na foto acima, a indecisão diante das pessoas evitou o flagra, se estivesse só, será que levaria à boca?
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O ENSINO PÚBLICO PAULISTA SOBREVIVERÁ?
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O secretário de educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato de Sousa, está correto ao insistir em avaliar professores por meio de provas teóricas, propostas para professores temporários e também aos já concursados, para efeito de promoção na carreira. Todavia, a presidente da APEOESP está também correta ao lembrar que, para Paulo Renato, um dos principais problemas da educação paulista é que “os professores são vítimas de um sistema de formação docente que privilegia o teórico e o ideológico em detrimento do conteúdo e da didática” e, sendo assim, é estranho que o governo, nas provas realizadas, tenha insistido no plano exclusivamente teórico. Desse modo, o que Maria Izabel Noronha, da APEOESP, aponta no discurso de Paulo Renato é um erro de coerência entre o que ele diz que pensa e o que ele faz. (Sousa, P.R.
Melhora Sutil. JC, 04/03; Noronha, M. I. Pela melhora verdadeira da educação estadual. JC, 18/03)
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Não penso que o problema de Paulo Renato, quanto ao que importa objetivamente, que é a melhora do ensino paulista, seja somente o de coerência. Um de seus erros centrais está na sua concepção a respeito da formação dos professores. Seria uma loucura acreditar que os estudantes de pedagogia que, enfim, irão ser os futuros professores de parte considerável do Ensino Fundamental, tenham uma sobrecarga de formação teórica. Paulo Renato parece não fazer a menor idéia do que é um curso de pedagogia. Ele se baseia, muito provavelmente, em estudos da direita política em educação, aqueles de Eunice Durhan (
artigo meu) e das ex-secretaria de Educação de S. Paulo, Maria Helena de Castro, que insistem nessa idéia que, se fosse verdadeira, faria dos professores experts na discussão em filosofia, história e sociologia da educação. Mas, sabemos, não é este o caso.
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Até mesmo quem não cursou pedagogia sabe bem que essa licenciatura é sobrecarregada de afazeres práticos, com uma quantidade mínima de horas dedicada à leitura dos clássicos e de apreço real ao “teórico”. Entre os cursos de Humanidades da universidade brasileira, o curso de pedagogia é conhecido por ser o menos exigente em termos de “leituras teóricas”. Aliás, a crítica geral do público universitário, seja de professores ou de alunos, é exatamente nesse sentido. Fala-se até em preconceito contra o estudante de pedagogia por causa dessa sua pouca dedicação aos clássicos. Sendo assim, qual a intenção de Paulo Renato ao dizer o que diz? Será que é puro desconhecimento de sua parte? Ele que, como gosta de expor, já foi secretário de Educação de São Paulo (governo Montoro), reitor da Unicamp e ministro da Educação por oitos longos anos, não sabe de nada a respeito do curso de pedagogia? Não creio.
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Uma melhor leitura da frase de Paulo Renato pode revelar, talvez, sua verdadeira intenção. Ele não diz somente que a formação do professor é inflacionada teoricamente, ele diz, também, “ideologicamente”. Ah! Eis aí o ponto. Sabendo que Paulo Renato é alimentado por pesquisas com viés conservador, não é de todo descabido conjecturar que ele não faz uma correta distinção entre o teórico e o ideológico e, ao atacar o primeiro pode muito bem estar é preocupado mesmo é com o que pensa ser o segundo termo. Como uma boa parte da literatura pedagógica nossa, em termos bibliográficos, é formada por textos de pensadores de esquerda (Paulo Freire à frente), é provável que Paulo Renato esteja navegando nas águas da revista Veja. Ele ataca a “teoria” porque no fundo quer tirar da formação do professor o que verdadeiramente lhe incomoda, que é postura crítica de nossa literatura pedagógica.
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Será que Paulo Renato tem coragem de assumir isso, publicamente, nos termos que a revista Veja, sua promotora, faz de modo escancarado? Será que ele, de público, falaria que quer ver livros de Paulo Freire fora do curso de pedagogia? E ele pararia aí? Talvez Paulo Renato, uma vez encorajado a dizer isso, desse até passos além e começasse a confessar o que outros, próximos a ele, dizem descaradamente, que Rousseau, Dewey, Anísio Teixeira antes atrapalhariam os professores que os ajudariam.
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Aliás, já escrevi em livro (Filosofia e história da educação brasileira. São Paulo-Barueri: Manole, 2008) que Paulo Renato faz parte do que chamei de Partido dos Tecnocratas em Educação (PTE), que acredita que a única pesquisa não ideológica em educação é a comprometida ideologicamente com a direita política, e que se quer fazer passar por não ideológica à medida que se recheia de estatísticas.
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Até aqui, abordei a questão da formação dos professores. Volto os olhos agora a outro tema enfocado na polêmica entre Paulo Renato e Maria Izabel Noronha. Trata-se do problema central quanto à qualidade do ensino paulista: os salários e as condições de trabalho do professorado.
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Maria Izabel de Noronha está correta quando enfatiza que uma boa educação deve ser avaliada olhando para a sociedade e vendo os cidadãos que ela produziu. Justamente os americanos, que a tudo quantificam, fazem isso. Diante de um criminoso ou diante do Presidente eles sempre querem saber a respeito da primeira escola daquela pessoa, de sua primeira professora e coisas semelhantes. Faz-se aí uma relação direta, até mesmo ingênua às vezes, a respeito de quanto um cidadão é formado ou não pela escola. Creio que se nossa sociedade pensasse dessa maneira, mesmo que ingenuamente, isso seria um ganho para a escola. Todavia, a presidente da APEOESP não acerta quando insiste que esse modo de avaliar é o único que realmente deve ser levado adiante. O método de avaliação do secretário Paulo Renato, que é o das provas individuais, está correto e é sim um modo de mensurar o saber do professor. Com exames, o professor é incentivado a estudar. Ainda que, em algumas avaliações, exista problema na preparação das provas, não há dúvida que a época de concursos e provas é um período muito útil na vida do professor. Depois que passa, ele próprio diz que “valeu a pena”. Ora, mas se é assim, onde está o problema?
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O problema conjuntural pode ser o da qualidade da prova aplicada. Mas o problema estrutural, e é esse que importa aqui, é que as provas são aplicadas aos professores enquanto estes se mantém em condições extremamente desgastantes e infrutíferas e, além disso, não são o real instrumento de promoção na carreira do magistério. Ou seja, as provas são aplicadas em professores que estão ganhando muito pouco, abaixo de qualquer outro trabalhador com os mesmos anos de estudo, e isso é altamente desmotivador. Os salários são tão aviltantes (7 reais a hora-aula!) que a própria condição de vida do professor é afetada. Ele não se sente cidadão e, portanto, não vê como poderia formar outros cidadãos. Não se pode querer aplicar uma política que prevê provas para a promoção dos professores a partir de um patamar zero de ganhos. É necessário que aqueles que vão se submeter às provas promocionais estejam já em algum patamar digno, caso contrário não terão força suficiente para galgar o primeiro degrau.
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Se não bastasse isso, há ainda a denúncia correta da presidente da APEOESP contra Paulo Renato, que diz respeito ao modo como a promoção é feita: somente 20% dos professores podem fazer a prova e, talvez, ficar esperando ter algum benefício salarial advindo daí. Ora, 20% é muito pouco. Se 80% de uma categoria de trabalhadores da educação não tem chance de promoção pelo único critério escolhido pelo governador, é possível dizer que, neste caso, há uma política educacional neoliberal vigente? Não! Isso não é uma política neoliberal, como alguns da esquerda dizem. Uma política neoliberal autêntica forçaria a produtividade individual e, para que isso viesse a resultar em uma boa produtividade no conjunto, faria questão de ver todos os que recebem salários produzindo ao máximo. Uma política educacional neoliberal autêntica inverteria a relação: talvez só 20% ficassem sem acesso às provas promocionais. Ora, essa política de Paulo Renato é muito pouco arrojada para se querer tirar qualquer resultado proveitoso dela. Então, o que ocorre aqui?
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Tudo indica que objetivos outros que não os de qualquer política educacional é que dão as prioridades do governo José Serra. Paulo Renato não é secretário da Educação, ele é apenas um político que o governador usa como testa de ferro diante de greves que, de antemão, já se sabe que é possível suportar. Em outras palavras: no cômputo geral do dinheiro de São Paulo, o governador tem outras prioridades (talvez até algo não confessável) e um dos setores deverá se sacrificar em benefício de outros. A educação pública foi escolhida para o sacrifício e, no interior desta, a categoria dos professores é a menina dos olhos de Serra para ser punida. Uma greve de professores se torna logo impopular – isso o governador sabe bem. E uma escola pública capenga em qualidade, para um Brasil pobre, é até mais do que o trabalhador sonha. Os grupos de classe média? Bom, esses grupos que se virem e paguem escolas particulares, ainda que estas, na atual situação, também não estejam lá muito bem das pernas em termos de qualidade pedagógica.
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Diante disso, o ensino público paulista sobreviverá? Não! Não há qualquer chance para ele se essa política continuar. No momento em que escrevo os professores paulistas estão em greve. Creio que pode ser uma das últimas greves dessa categoria antes de um real colapso que, depois, será negado através da maquiagem das estatísticas.
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Texto escrito por: PAULO GHIRALDELLI JR.
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18/03/2010
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quinta-feira, 18 de março de 2010

SERÁ DENGUE?

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Terça-feira, 16/03/2010, fui dormir às 22h:00, portanto fora do meu horário habitual (02h:00 ou 03h:00). Desanimado, com o corpo dolorido, os olhos doendo, não consegui fazer minha leitura diária. Quando o dia amanheceu estava mais insuportável ainda, fui ao trabalho e aproveitei para me consultar com a médica do IFPI. Ela solicitou exame e me receitou um remédio. Amanhã entregarei o resultado do hemograma. Quando deito e fico imóvel, a dor cessa. Mas basta mover um músculo, aí começa a doer tudo. Não há, ainda, confirmação de que seja dengue.
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Mas garanto, se for dengue vou fazer uma campanha diária apontando o responsável pela epidemia que se alastrou de forma incontrolável pela cidade. Vou aguardar o resultado.
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E sobre o cartaz acima temos de acrescentar que além do combate ser diário ele não deve ser feito apenas quando o promotor exige providências, não. Deve ser política responsável de conservação da boa saude da população. O que, aliás, não é o que vem ocorrendo aqui em Floriano.
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terça-feira, 16 de março de 2010

SR. ELMANO FERRER: QUER SABER COMO SE FAZ?

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ELMANO FERRER, vice-prefeito de Teresina (PTB) e SILVIO MENDES (PSDB) atual prefeito.
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ELMANO FERRER, vice-prefeito de Teresina e filiado ao PTB, deve assumir a prefeitura até o final deste mês com a saída de SILVIO MENDES (PSDB), prefeito, para concorrer ao cargo de governador. Ele deu uma entrevista ao programa “Conversa Franca” da TV Antena Dez de Teresina apresentado por PEDRO ALCÂNTARA falando de suas ações como futuro prefeito.

Ao falar daquilo que um prefeito deve fazer citou que as ações básicas (recolhimento de lixo, capina de mato, tapa buracos...) não devem ser citados como plano de ações. Isso é o básico do básico, ele sabe disso.

Caro ELMANO, se o sr. soubesse que em Floriano fazer o básico do básico é motivo de propaganda em todos os meios de comunicação (rádio, Internet, tv) de forma intensiva teria revisto a sua declaração. O prefeito daqui é filiado ao seu partido e a propaganda pretende ensinar como se administra uma cidade (dando a entender que é uma grande façanha) quando o locutor de voz bonita diz: “É assim que se faz”.

O prefeito de Floriano está limpando a cidade. Maravilha. O prefeito de Floriano está recolhendo o lixo. Maravilha. O prefeito de Floriano está tapando os incontáveis buracos da cidade. Maravilha. Quem não gostaria de viver em uma cidade bem cuidada? Todos. Ninguém tem nada contra o trabalho de manutenção e conservação do lugar em que vive. Seria uma estupidez reclamar que algo está sendo feito.

Mas precisamos examinar mais detidamente o motivo de tanta propaganda para anunciar algo que deveria ser feito diariamente. Algo que qualquer prefeito, com o mínimo de competência, deve saber. Será que o objetivo é anunciar as ações básicas que estão sendo realizadas?

Depreendo que não é bem isso. O prefeito de Floriano foi eleito no ano passado, segundo pesquisa do Instituto Data AZ e publicada no portal www.noticiasdefloriano.com.br, o 4º pior prefeito do Piauí. Neste ano ele foi estrondosa e vergonhosamente vaiado pela população durante o carnaval. E é inegável que a sua imagem está irremediavelmente negativada perante o povo de nossa cidade.

Como tentar reverter este fato insofismável? Propaganda. Muita propaganda. Principalmente depois que o promotor de Floriano o chamou à responsabilidade diante da epidemia de dengue que já há muito tem causado sofrimento, desconforto e prejuízo à população. Então, começou a tal operação de limpeza urbana. E tome propaganda. Será que estão tentando mudar o conceito negativo que a população tem do prefeito? A repetição intensiva vai mudar essa imagem terrível?

Quem não se lembra que o matadouro público só teve a sua situação de completa imundície diminuída depois que o promotor deu um prazo para a regularização do local? E do escândalo dos transportes escolares? Temos um pro-motor. (Me lembrei da história do "motor imóvel" de ARISTÓTELES, seria algo assim, grosso modo). Aquele que promove, inicia, induz movimento. Se assim não fosse, penso eu, a situação estaria pior. Seria uma inércia eterna. A ausência qualquer de movimento, de ações.

Assistindo à entrevista do promotor num programa da tv local no sábado 13/03/2010, fiquei sabendo do descontrole sobre a dengue que gerou a epidemia (expressão usada pelo promotor na entrevista) que acomete a população sofrida de nossa cidade. O promotor disse que mandou fazer um levantamento nos hospitais e laboratórios da cidade para saber qual a real dimensão da disseminação da doença. Foi constatado que, desde o começo do ano, já foram registrados mais de 363 casos. Isto é alarmante. É, na verdade, um descaso com a saúde pública.

Em seguida, no mesmo programa, o secretário de saúde do município disse que não há epidemia. Pois não há descontrole. Mas se houvesse controle necessitaria o promotor, para obter os dados reais, ele mesmo, mandar investigar? A culpa da epidemia seria das pessoas que vêm de outras cidades e utilizam, para poder receber o tratamento, endereço de florianenses. Então, a culpa não é da prefeitura que não fez o trabalho de prevenção. A culpa não é da prefeitura que não limpou o lixo, o mato e os buracos que empossam água. A culpa não é de ninguém.

Faltou o elementar trabalho de prevenção. Qualquer pessoa sabe que todo ano há risco de alastramento da doença devido ao período das chuvas se não houver um controle responsável. Por que o prefeito não fez esse trabalho? O secretário de saúde disse na tv que depois que, finalmente, iniciaram o trabalho de limpeza os casos de notificações da doença diminuíram. Quer dizer, o descaso com a limpeza pública da cidade fez centenas de pessoas sofrerem com a doença, e até mesmo correndo o risco de morrer, só por causa da falta de cuidado com a cidade? Foi isso que disse o secretário? Não? Pois a conclusão do seu raciocínio nos leva a esta constatação. Será que os eleitores do prefeito votaram nele para passar por esse descalabro? Então, é por isso, também que ele foi vaiado?

Mas a propaganda mostra imagens de muito lixo, muito mato, muita água empossada, muitos buracos que estão sendo remediados – o prefeito entrou na justiça, ano passado, contra o portal www.olhandofloriano.com.br porque mostra as mesmas imagens que a propaganda oficial está exibindo na tv. De onde veio esta epidemia de dengue, então? Trouxeram de outro lugar para cá? Foi importada? Não foram as péssimas condições a que a cidade está submetida, não?

Mas atenção, muita atenção: o prefeito de Floriano está limpando a cidade. Notícia excepcional. Estão limpando a cidade. A minha rua, por exemplo, teve a sua capina anual realizada e só cerca de dois meses depois recolheram o mato acumulado. Surpresa. Inédito.

A propaganda chama tanto atenção para o que a prefeitura está fazendo que cria a impressão que é algo nunca feito antes na história de nossa cidade. E o locutor, uma das melhores vozes de Floriano, diz em tom professoral: “É assim que se faz”.

Mas espera aí: aquela chamativa frase é para alertar a quem? Aos prefeitos vizinhos que ainda não aprenderam como se faz a coisa? Aos florianenses que devem aprender como se limpam as ruas? Ou o locutor está mesmo é ensinando ao prefeito como se faz? Não entendi aquele negócio, não. Talvez porque eu seja mesmo burro e não tenha percebido o que é o básico do básico e por isso eu tenha que ser bombardeado a cada intervalo dos programas de tv com a propaganda mostrando que o prefeito está limpando a cidade.

Ah, ELMANO FERRER, o sr. tem muito o que aprender nesses quinze dias que faltam para assumir a prefeitura de Teresina. Venha aprender com o seu colega de partido daqui de Floriano. Venha.
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P.S. (1): Será que seria pedir demais para a prefeitura divulgar nos mesmos meios de comunicação o quanto custou aos cofres públicos essa campanha de “salva imagem” (como disse um amigo)? Quanto custou a operação limpeza comparada à operação “salva imagem”?
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P.S. (2): Sobre a discordância entre o secretário e o promotor acerca dos números da dengue, cito reportagem (www.piauinoticias.com/materia.php?id=13171) do portal de notícia de um funcionário do prefeito que diz: “O Secretário de Saúde municipal, professor Mauricio Bezerra, foi convocado para uma reunião com o Ministério Público na quinta-feira, 11, foi acompanhado do gestor público e ele (Mauricio) contestou as informações. Participou da audiência a Coordenadora Estadual da Saúde. Para o promotor Edimar Piauilino a contestação do Secretário de Saúde local, quanto aos dados repassados pelos órgãos em saúde, existem duas situações: a tentativa de maquiar a verdade ou tamanha desinformação de causa. Finalizou o promotor que para o Ministério da Saúde, a questão é considerada uma epidemia e que as autoridades da saúde no município não estão conscientes do seu papel.Pesado, muito pesado.
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EPIDEMIA DE DENGUE: RETRATO DA ATUAL ADMINISTRAÇÃO.

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Rua João Dantas, Floriano, Piauí. Foto do descaso que levou à epidemia de dengue na cidade. Leia abaixo texto do Advogado e Jornalista GILBERTO JÚNIOR. Está disponível em seu blog: www.gilbertojunior15.blogspot.com
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"DENGUE: FLORIANO ESTÁ PERDENDO DE 200 A 1.
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Uma notícia do Portal Riachãonet, de Picos, da última sexta-feira (12/03) intrigou muitos florianenses neste final de semana. A manchete já despertava o interesse de todos: "Primeiro caso de dengue alerta Vigilância Epidemiológica" (Veja matéria).
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No texto, o repórter Jailson Dias informava que, até o momento, foi registrado apenas um caso de dengue no município picoense. E acrescentava que este fato fez com que fosse convocada uma reunião da Vigilância Epidemiológica com agentes comunitários de saúde para tratar do assunto. A intenção da reunião foi discutir medidas eficazes para evitar o aumento no número de casos.
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Vários florianenses que se depararam com a notícia, ao fazerem comparações com o que está acontecendo atualmente em Floriano, custaram em acreditar na informação contida na matéria jornalística..Em Floriano, os hospitais se encontram lotados de pacientes com sintomas da dengue. É certo que há também muita semelhança dos sintomas com os de uma virose, mas alguns donos de laboratórios de análises informam que quase 90% dos exames que são feitos para a confirmação da dengue têm resultado positivo. Em quase todos os bairros e ruas da cidade há relatos de pessoas que estão ou estiveram com a doença nas últimas semanas.
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Segundo dados oficiais do Hospital Tibério Nunes, no dia 24 de fevereiro, o levantamento já registrava 63 casos confirmados. Há notícias de que já são mais de 130 confirmações até o presente momento em Floriano. Alguns pacientes já foram encaminhados para Teresina por causa do agravamento da doença (hemorragia).
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E o pior é que muitos casos não são oficialmente contabilizados para que se tenha uma dimensão exata do problema em Floriano..O Poder Público, tardiamente, tenta agora encher as ruas de capinadores, numa evidente tentativa desesperada de justificar a derrota em uma batalha já perdida para um mosquito. Não há mais como recuperar os danos causados àqueles que sofreram com os horríveis sintomas de uma doença tão agressiva. Que o digam aqueles que, infelizmente, chegaram a perder entes queridos.
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A tentativa dos gestores municipais de jogar toda a culpa na população, buscando fugir da responsabilidade pelo caos instalado, é, além de tudo, uma forma de querer arrumar desculpas pela omissão, por não priorizarem o que deve ser priorizado e pela não adoção de medidas preventivas adequadas.
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O povo de Floriano não é nem menos nem mais educado que o povo picoense. Com certeza, também, os profissionais de saúde florianenses estão no mesmo ou em melhor nível de qualidade que os de Picos..Em Floriano não há lixeiras nas ruas. Não há fiscalização que aplique sanções em quem suja os logradouros públicos (isso tira votos). Os carros de lixo são em número desproporcional ao tamanho da cidade. O serviço de coleta é irregular. O mato predomina e avança a cada dia principalmente nos bairros da cidade. Não há um trabalho voltado especificamente para que o povo se integre. É o conjunto de todas essas e outras carências que terminam por justificar a falta de engajamento da população como um todo.
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Os números provam que a culpa pelo caos não é da população florianense, como tentam impor através do enorme poder de mídia que a estrutura oficial tem.
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Tudo isso acontecendo e o povo pagando, e pagando muito caro. Com vida, com doença e com o suado dinheirinho mesmo.
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E o pior é que está pagando e pagando caro também por publicidades fantasiosas (inclusive com ironias e deboches) que tentam incutir que toda a responsabilidade é da "má-educação" do povo (essa é a desculpa). O povo está pagando caro inclusive, entre muitas outras coisas, pra manter o funcionamento de uma Secretaria de Meio Ambiente e de uma Ouvidoria Pública que praticamente nada fazem prá mudar essa triste realidade florianense.
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Que esses dados, que envergonham e que maltratam os florianenses atualmente sejam interpretados de forma mais realista e menos hipócrita pelos que têm que "bater palmas" e, principalmente, por quem tem a responsabilidade de fazer alguma coisa. Algo está errado. Picos fica a apenas 210 km de Floriano."
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Texto escrito por: GILBERTO JÚNIOR.
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DISCURSO NO DIA DO ANIVERSÁRIO DA CHESF.

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Gerente da CHESF no Piauí, AIRTON FREITAS FEITOSA, e seu discurso sobre o aniversário da empresa.
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"PALAVRA DO DIA: ANIVERSÁRIO DA CHESF.
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A energia elétrica é vital para a soberania, desenvolvimento e progresso do nosso país. Esta foi a idéia visionária de Delmiro Gouveia que teve como atributos o espírito inovador, curiosidade, ousadia e capacidade de enxergar tendências quando fez jorrar água da pedra, em 26 de janeiro de 1913, com o início da geração de energia elétrica através da Usina Angiquinhos encravada na Cachoeira de Paulo Afonso. Foi então que a luz elétrica alumiou o sertão pela primeira vez.
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Mas, efetivamente, a visão de termos uma região integrada de desenvolvimento somente foi viabilizada pela Constituição de 1988. De lá para cá nasceu a campanha pelo aproveitamento dos 260 GW de energia oriunda dos potenciais hidrelétricos existentes no nosso país. E desta visão podemos afirmar que a história do aproveitamento da Cachoeira de Paulo Afonso não se trata de uma gravidez indesejada. Pois, essa criatura, anunciada por Antônio José Alves de Souza, primeiro Presidente da Chesf, após longa gestação, veio à luz, sem trocadilho e sem cesariana, com a construção da Usina Paulo Afonso I, idealizada por ele nos idos de 1921, muito antes mesmo da criação da Chesf.
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Assim dizia Antônio José “o objetivo final, o objetivo principal desse empreendimento deverá ser sempre o desenvolvimento dessa região, cuidadosamente estudado”.
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A instalação de indústrias, que foi amplamente defendida por Antônio José, partia de um pressuposto óbvio: “A energia em Paulo Afonso e em sua circunvizinhança será de preço muito baixo, visto como não estará incluída nesse preço a remuneração do vultoso capital representado por linhas de transmissão extensas e de voltagem elevada.”
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Mas, o carioca Antônio José demonstrou mais sensibilidade para com a nossa região, onde queria ser sepultado, embora nela ficou apenas o seu coração, do que muitos de nordestinidade da boca para fora.
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Aquele nordestino, nascido no Rio de Janeiro, manifestou sua solidariedade à nossa gente que deu terras agricultáveis para servir de leito a Barragens e abriu mão do seu mais valioso patrimônio natural, a Cachoeira de Paulo Afonso, para iluminar e desenvolver o Nordeste. Vimos, então, o progresso nascer tocado pelas mãos de nordestinos num cenário desértico, carente de tudo e onde as preces a “Padim Ciço” eram as últimas esperanças de sobrevivência de um povo sofrido e ignorado.
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Hoje, o que é que estamos a assistir quando a nossa empresa apresenta o Estudo de Viabilidade do Potencial Hidrelétrico do Rio Parnaíba?
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Esta reflexão nos conduz a traçar novos caminhos a serem trilhados. Precisamos inovar os nossos processos. E, parafraseando o Professor Falconi... “Inovar, é partir para algo necessário e desconhecido. É buscar a tecnologia para chegar lá. O primeiro requisito para inovar é ter um sonho grande e levar todos a pensar grande. Mesmo que não se atinja a meta, o crescimento será inevitável.”
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Desta forma, podemos compreender que a empresa é o principal agente de
transformação da sociedade, e vem assumindo novos papéis a cada dia. E um dos desafios maiores da empresa, talvez o maior, seja vencer a aparente contradição entre a sobrevivência e o crescimento, sem descuidar a humanização do trabalho e o resgate da dignidade da pessoa humana. Ser reconhecida como uma empresa ética e socialmente responsável seja no plano interno como na sociedade onde está inserida.
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Vivemos sim, numa época de não linearidade, em que os vínculos causa versus efeito são extremamente complexos. Assim, o desequilíbrio parece ser a norma.
Consequentemente temos uma situação extremamente favorável aos flexíveis, ou seja, o desequilíbrio é um estado criativo que gera ameaças, mas principalmente oportunidades. Aliás, os sábios chineses da antiguidade já associavam épocas de crise, a épocas de grandes saltos criativos e de grandes oportunidades.
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Eis a pergunta: Como então os homens e suas empresas devem se comportar neste mundo sem fronteiras, onde tudo é acessível, mas não a todos, e o pior, sem direito a bis? Quem conseguirá sobreviver e... se sobressair?
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Desta feita, a história nos conduz a inovar os nossos processos. Vivemos sim, um novo cenário na história da energia elétrica no Brasil. Assim, foi então deflagrado um processo de transformação, idealizado pelo Presidente Lula, que deseja ter uma megaempresa brasileira comandando os destinos do nosso país nesta área, com foco na rentabilidade, competitividade e maior relevância para a sociedade.
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Surgiu, então, uma nova era. E uma nova era não é um acontecimento que podemos testemunhar todos os dias. Nascemos com Antônio José e, hoje, somos liderados por José Antônio, que traz consigo a marca da transformação do Sistema Eletrobrás.
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Esta é uma história que a Chesf continuará escrevendo nos seus 62 anos promovendo o desenvolvimento do Nordeste e do Brasil, como já anunciava Luiz Gonzaga... “se ligares mais um fio você ilumina o Rio, São Paulo e toda a nação”. E o fio foi ligado.
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E assim, acreditamos que o chesfiano tem mesmo uma história de vida! E com este sentimento de paixão assumo, mais uma vez, diante de vocês, o compromisso de sempre buscar o melhor para a nossa Gerência Regional de Operação Oeste, com a determinação, sempre, em seguir o caminho através dos princípios que julgamos corretos, mesmo enfrentando oposição. Pois, como escreveu o Presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, num artigo recente... “Não bastam grandes ideias, trabalho árduo e orgulho de ver projetos concretizados. É preciso que estejamos integrados em nossos objetivos, que miremos num horizonte comum e reflitamos nossos princípios em cada uma das nossas ações”.
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Portanto, nesta oportunidade, registramos ainda o reconhecimento maior aos pioneiros que compartilharam desta luta, bem com, aos que ainda continuam escrevendo, a cada dia, uma página nova desta história.
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Parabéns Chesf! Nós temos orgulho da tua existência.
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Que Deus nos conduza!
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O nosso muito obrigado!
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Engº Aírton Freitas Feitosa
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Gerente Regional de Operação Oeste"
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ANIVERSÁRIO DA CHESF.

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Informativo sobre aniversário da CHESF.
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Senhores(as) da Imprensa,

Hoje, dia 15 de março, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco chega aos seus 62 anos alumiando e garantindo o desenvolvimento do Nordeste e do Brasil.

Bem sabemos que a sociedade vem sofrendo transformações profundas nestas últimas décadas nas mais diversas áreas, as quais exigem informações confiáveis e principalmente transparência por parte das empresas para que as mesmas possam atuar de forma mais efetiva e eficiente. E assim, sustentabilidade e responsabilidade social são assuntos da pauta do dia para a maior parte das empresas. E para a Chesf isto é um compromisso. Pois, desde o dia 24/01/2003, que a Chesf decidiu oficializar que o conjunto de ações de Responsabilidade Social fica inserido na sua Missão. De lá para cá, já foram tantas as ações implementadas, também, nesta área.

Não obstante, nesta oportunidade, agradecemos a sociedade por acreditar nesta empresa! E no dia do seu aniversário, apresentamos a esta sociedade uma singela ação que é a instalação de um moderno "Abrigo de Passageiros" na Av. Henry Wall de Carvalho, com a devida autorização da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito a quem, também, agradecemos pela saudável relação empresarial.

Cordiais saudações,

Engº Aírton Freitas Feitosa

Gerente Regional de Operação Oeste Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf

Teresina - PI

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sexta-feira, 12 de março de 2010

COTAS “RACIAIS”: POLÍTICA DE URGÊNCIA.

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Pintura "Operários" de TARSILA DO AMARAL – 1933.
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A partir do texto “Cota racial é política, cota social é esmola” do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR, aproveito para meter minha colher de pau nesse caldo. A cota “racial” não deve ser vista como a panacéia de todos os negros na sociedade brasileira. Os que têm propósitos sérios na condução dessa discussão não ensejam isso. Mas percebo essa falsa expectativa num número significativo daqueles que se beneficiarão com a política de cota “racial”. Isso se deu, a meu ver, por dois motivos.
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Primeiro, alguns acreditam que essa política será para sempre e assim se afirmaria como uma finalidade compensatória garantindo, através de uma medida forjada pela força da lei, aquilo que deveria ser o resultado da convivência entre todos os grupos étnicos, sociais, culturais. E que construiria um conceito sobre a sociedade brasileira que diria: é uma sociedade identificada pela ação competente de todos os que a constituem. E não apenas de uns poucos privilegiados. Creio, particularmente, que esse conceito não será formado se os critérios unificadores dos vários grupos sociais não forem resultantes da decisão de todos os grupos, mas de um grupo que agiu compensatoriamente em relação a outros.
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Ou seja, a sociedade tem de criar um modelo de convivência que permita a todos se mostrarem como capazes e de criarem a mentalidade de que todos são necessários e têm o direito à convivência e de lutar pelo usufruto da riqueza produzida no país, que é afinal, resultado do esforço de todos. As cotas, de forma definitiva, só vão alimentar os pré-conceitos. Mas para que os corpos se relacionem, se vejam, se sintam, na criação dessa convivência (viver com) as cotas “raciais” se fazem necessárias como elemento introdutório da percepção de que todos têm o direito de buscar, lutar por uma vida digna.
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A última frase do parágrafo acima já nos remete ao segundo motivo. Nós somos uma sociedade exclusivista estruturalmente. Nem todos os mulatos, nem todos os brancos, nem todos os negros usufruirão de todos os privilégios. Somos uma sociedade de uns poucos privilegiados. E as estruturas econômicas, políticas, sociais garantem legalmente isto. Então a euforia de que as cotas “raciais” tirarão todos os negros da condição de excluídos não é sustentada pelos indicadores sociais decorrentes dos condicionantes e determinantes estruturais da sociedade.
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Mas a política de cotas “raciais” é necessária para promover a interação e falsear os pré-conceitos possibilitando, através da convivência, a construção do conceito correto da sociedade e, então, uma reorganização que possibilite a todos os grupos sociais terem representação em todos os “espaços sociais”.
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Os pré-conceitos são construídos, principalmente, a partir da exclusão. Já assisti a depoimentos comprovadores desse enunciado. Ouvi pessoas dizendo, a partir do seu grupo social, que todos os membros seriam pessoas inteligentes, competentes e que por isso o seu grupo sempre obteve sucesso. E que a ausência de outras etnias não tinha a menor importância. Pelo contrário, era isso que garantia o sucesso do grupo. Tudo isto dito de maneira tosca pelo depoente mencionado.
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Desse modo, tais pré-conceitos são difundidos e aceitos como verdades concretas pelos outros membros e pelos novos membros ingressantes. É uma falsidade desastrosa, pois a ausência de outros grupos étnicos não garante o sucesso do grupo em questão. Só facilita a aceitação do pré-conceito, da exclusão.
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A política de cotas “raciais” trará para dentro dos grupos sociais os negros, e aí eles demonstrarão sua inteligência e competência levando-as à confrontação com o pré-conceito aludido acima e destruindo-o. Se mostrando, se relacionando, se tocando, o negro se fará visto e mostrará que tem direito de estar ali. E o sucesso do grupo, com o negro ali incluído, passará a ser descrito com um conceito (e não pré-conceito): a sociedade brasileira somos todos lutando igualmente pelas melhores oportunidades. Ou seja, podemos, sim, ter sucesso levando em consideração a inclusão de todos os grupos étnicos que compõem a nossa sociedade. Desde que passemos do pré-conceito ao conceito.
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Muita gente não acredita numa mudança de comportamentos, pré-conceitos, ações, precedida por uma revolução das palavras e seus significados. Estão presos inescapavelmente a pré-conceitos. RICHARD RORTY (1931-2007) nos ensinou que uma “revolução semântica” consegue reconstruir uma sociedade. Exemplo disso é a mudança de comportamentos em relação aos gays, que até a década dos anos 80 eram vistos como aberrações. Mas hoje, com a mudança de vocabulário que é utilizado para identificá-los, há uma convivência respeitosa e os gays estão ocupando mais espaços sociais, demonstrando inteligência e competência. Estão rompendo, aos poucos, os muros de segregação, exclusão. As palavras pré-conceituosas e carregadas de ódio foram substituídas por palavras novas que, ao final, têm modificado o comportamento das pessoas em relação a eles. Por isso, e para isso, precisamos nos descolar dos pré-conceitos.
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SOBRE COTAS "RACIAIS".

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Um dos livros do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR. Tenho um exemplar. Abaixo texto sobre cotas "raciais". Um ponto de vista diferente do senso comum.
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COTA RACIAL É POLÍTICA, COTA SOCIAL É ESMOLA
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A pior defesa que conheço das cotas para negros e índios na Universidade brasileira é a dos que dizem que isso se insere em uma política educacional de compensação. Em geral, essa defesa é feita pela esquerda. O ataque mais perverso que conheço contra as cotas raciais é o dos que dizem que defendem, ao invés destas, as cotas sociais. Em geral esse ataque é o da direita, em especial o que é dito pelos parlamentares do PSDB e DEM.
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Cota racial advém de uma política contemporânea, em geral de cunho social-democrata ou, para usar a terminologia americana, mais apropriada ao caso, liberal. A cota social é esmola, tem o mesmo cheiro da ação de reis e padres da Idade Média, e aparece no estado moderno travestida de política.
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A cota social não faz sentido, pois o seu pressuposto é o de que há e sempre haverá pobres e ricos e que aos primeiros se dará uma compensação, que obviamente não pode ser universal, para que alguns usufruam da boa universidade destinada aos ricos. É como se dissessem: também há pobres inteligentes que merecem uma chance para estudar. O termo social, neste caso, é meramente ideológico. Não se vai fazer nenhuma ação social com o objetivo de melhoria da sociedade. O que se faz aí é, no melhor, populismo, no pior, a mera prática da esmola mesmo.
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A cota racial não pode ser posta no mesmo plano da cota social. Todavia, a sua defesa cai na mesma vala da cota social quando se diz que ela visa colocar os negros na universidade, até então dominada pelos brancos, para que se possa compensá-los pela escravidão ou pelo desleixo do estado ou pelo racismo velado ou aberto. Não! Cota racial não é para isso. O objetivo das cotas é o de colocar um grupo no interior de um lugar em que ele não é visto para que, assim, de maneira mais rápida, se dê o convívio social entre os grupos nacionais, de modo a promover a integração – o que passa necessariamente pelo convívio que pode levar ao conhecimento entre culturas, casamentos, troca de histórias e criação de experiências comuns. A questão, neste caso, é de visibilidade do grupo por ele mesmo e da sociedade em relação aos grupos.
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No Brasil há miscigenação. E em grande escala. Ótimo! Mas não basta. Não é o suficiente porque há espaços físicos e institucionais, no Brasil, que não estão disponíveis para determinados grupos étnicos e isso promove uma má visibilidade da nossa população em relação a ela mesma. A população não vê o negro e o índio na universidade e, com isso, não formula o conceito correto de aluno universitário: o universitário é o estudante brasileiro de ensino superior. Ora, se você não vê o negro e o índio nesse espaço, o conceito não se forma de modo ótimo, o que é gerado na mentalidade, ainda que não verbalizado de maneira completamente clara, é o seguinte: o universitário é o estudante brasileiro branco de ensino superior. Isso é o pré-conceito a respeito de aluno universitário. Ele está aquém do conceito – por isso ele é “pré”. Ele pode gerar uma visão errada e, a partir daí, uma discriminação social, em qualquer outro setor da vida nacional.
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Assim, para resolver o problema de brancos, negros, índios ou qualquer outro grupo, do ponto de vista social, no sentido de fazer com que todo brasileiro tenha acesso à universidade, a política não é a cota social. Também não é a cota racial. A política correta é a melhoria da escola pública básica, para que todos possam cursar, depois, o melhor ensino universitário. Agora, para resolver o problema da diminuição do preconceito em qualquer setor e, é claro, não só no campo universitário, uma das boas políticas é ter o mais rápido possível o negro e o índio em lugares onde esses brasileiros não estão. Portanto, também na universidade; e é para isso que serve a cota racial. Isso evita a formação de uma mentalidade que se alimente de formulações aquém do conceito – há com isso a diminuição da formação do pré-conceito e, portanto, no conjunto da sociedade, menos ações prejudiciais contra negros e índios.
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Foi assim que a América fez. As cotas ampliaram rapidamente o convívio e mudaram a mentalidade de todos. Mesmo os conservadores mudaram! O preconceito racial que, na época de Kennedy, era um problema para o FBI e, depois, do Movimento dos Direitos Civis, diminuiu sensivelmente nos anos oitenta. A visibilidade do negro se fez presente diminuindo sensivelmente o que o americano médio – negro ou branco – pensava de si mesmo. Foi essa política que permitiu um país com bem menos miscigenação que o nosso pudesse, mas cedo do que se imaginava, eleger um Presidente negro - algo impensável nos anos 60.
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A ação em favor da cota social é um modo de não dar prosseguimento à política educacional democrática e, ao mesmo tempo, atropelar a política de luta contra a formação do preconceito racial. É uma ação da direita contra a esquerda. A esquerda defende sua política de modo errado ao não lembrar que a cota racial não é política educacional, é política de luta pela integração e pela ampliação da visibilidade de uma cultura miscigenada para ela mesma. Cota não é para educar o negro e o índio, é para educar a sociedade! Ao mesmo tempo, a esquerda se esquece de denunciar que cota social, esta sim, quer se passar por política educacional e, na verdade, não é nada disso – é uma atitude ideológica conhecida, que sempre veio da direita que, sabe-se bem, sempre teve saudades de uma época anterior ao tempo da formação do estado moderno, uma época em que a Igreja e os reis saiam às ruas “ajudando os pobres”.
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Os senadores que defendem a cota social e não a cota racial, no fundo imaginam o mesmo que os ricos da Idade Média imaginavam, ou seja, que os pobres existem para que eles possam fazer caridade e, então, como os pobres – de quem o Reino de Céus é dado por natureza, como está na Bíblia – também consigam suas cadeiras junto a Jesus.
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Não deveríamos estar debatendo sobre cotas. Afinal, já as usamos em tudo. Por exemplo, fizemos cotas de mulheres para partidos políticos e, com isso, diminuímos o preconceito contra a mulher na política. Por que agora há celeuma em uma questão similar? Ah! É que a cota racial mexe com os brios dos mais reacionários. No fundo, eles não querem mesmo é ver nenhum negro ou índio em espaços que reservaram para seus filhos.
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Autor: PAULO GHIRALDELLI JR.
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06/03/2010
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quarta-feira, 10 de março de 2010

BANDEIRA DE FLORIANO.

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Bandeira de Floriano.
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A bandeira de Floriano foi criada pela Lei Nº 224/71 em 05/11/71, projetada pelo Prof. Luis Paulo de Oliveira Lopes e desenhada por Francisco Mendes da Silva.
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O verde representa os carnaubais e sua importância econômica para o Município.
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A faixa amarela (no centro) – retirada da Bandeira do Piauí, demonstra a integração do Município na vida do Estado e comunhão de todos os Municípios com os ideais do Piauí.
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Na parte direita do escudo, a carnaubeira simboliza a maior fonte de riqueza do Município.
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Na parte inferior esquerda, nove linhas verticais representando os municípios limítrofes de Floriano.
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As engrenagens representam a força do progresso.
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O forte (na parte superior) representa o Poder do Município.
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A faixa azul (dividindo o escudo) representa o rio Parnaíba.
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Os Piaus (Símbolo e origem do nome Piauí) representa a união e integração do município no Estado.
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O Dístico – significa “O Trabalho é Nosso Lema”.
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A data de 1873 estabelece o início da colonização do Município e 1897, o ano de criação da cidade.
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Fonte das informações: Prefeitura de Floriano.
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