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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ORA BOLAS - I.

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Todos nós temos nossos status sociais. Sabemos disso quando estudamos Introdução à Sociologia. Nos dias de hoje isso se dá, para alguns, no nível Fundamental de ensino, para outros no nível Médio. Status Social é a posição que cada pessoa ocupa na sociedade. A cada Status Social corresponde um Papel Social. Já o conceito de Papel Social diz respeito ao que a pessoa deve fazer uma vez que tem um Status Social. Ou seja, são “as tarefas, as obrigações inerentes ao Status”, afirma o Sociólogo PÉRSIO SANTOS DE OLIVEIRA no livro Introdução à Sociologia (Ed. Àtica).
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Os status sociais podem ser Atribuídos ou Adquiridos. Quando uma pessoa não exerce, executa o Papel que deveria ao ocupar um Status Social a própria sociedade aplica-lhe uma Sanção Social. Esta “é a recompensa ou castigo exigido pela observância ou violação do dever; é uma resposta ao comportamento da pessoa”, nos ensina MARCULINO CAMARGO no seu “Fundamentos da ética geral e profissional” (Ed. Vozes), autor das próximas citações que virão entre aspas.
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Há vários tipos de sanções sociais e a cada comportamento, seja na dimensão individual ou social, dependendo do grau de transigência, uma sanção é aplicada. Desde o famoso indicador levado à boca para pedir silêncio ao mal educado que só fala gritando, até a cadeia para aquele que é pego roubando, ou cometendo ato de violência ou assassinato. A seguir citarei três tipos de sanções sociais, a partir de CAMARGO.
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...”Em primeiro lugar, há a sanção da consciência enquanto produz uma satisfação ou um desgosto resultante da observância ou da violação do dever; a própria pessoa dá um prêmio para si, uma alegria interior quando faz o bem ou um remorso que a corrói por dentro no caso do mal feito.
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Em seguida, pode ser citada a opinião pública ou a sociedade que costuma estimar ou valorizar as pessoas honestas e lançar ao desprezo os iníquos e corruptos; pode ocorrer, às vezes, que isto não se verifica imediatamente, mas a história ensina que, mais cedo ou mais tarde, existe o reconhecimento de quem agiu corretamente e a condenação de quem foi avesso ao bem.”
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“...Finalmente, existem as chamadas sanções civis, estabelecidas pelas autoridades dentro das instituições, como prêmios dados pelas empresas através de promoções aos empregados ou os castigos como advertências, suspensões e demissões. “
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Já quando se estuda introdutoriamente, também, Psicologia aprende-se que o ser humano desenvolveu mecanismos que contribuem para a sobrevivência nas inúmeras circunstâncias com as quais se defronta e tenta se defender. A estes, chama-se Mecanismos de Defesa. A nossa consciência os criou (quase todos) para nos proteger das situações com as quais não admitimos conscientemente, ou inconscientemente, certas atitudes praticadas, ou que desejamos praticar. É uma espécie de fuga do enfrentamento com nós mesmos. Não por medo ou covardia, mas porque relutamos em aceitar certas atitudes.
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Há vários mecanismos para as mais variadas circunstâncias e formas de reações, para as mais variadas personalidades e caráter (a agressão; a fantasia; a projeção; a compensação; a racionalização; a repressão; a sublimação...). O que vem ao caso aqui é o mecanismo de deslocamento.
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“O deslocamento consiste em prejudicar um objeto diferente daquele que é a causa da frustração pessoal. Assim, quando a pessoa recebe um telefonema desagradável, imediatamente dá um chute no gato que está por perto; a mulher, que está nervosa porque foi repreendida pelo chefe no local do emprego, chega em casa e bate nos filhos.
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O deslocamento pressupõe uma impotência da pessoa em solucionar seu problema na verdadeira causa; isto pode ser pelo poder ou força muito grande do agente exterior ou pela fraqueza ou indigência de quem é pressionado; ele pode criar barreiras, medos, mágoas ou bloqueios entre quem provoca e quem o recebe; isto pode provocar um certo sentido de insegurança pela falta de lógica ou coerência nas explicações das ações. O deslocamento, enfim, é uma maneira inadequada de enfrentar uma situação, além de provocar consequências prejudiciais no relacionamento humano.”
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