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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

MEYNERT E FREUD.

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THEODOR MEYNERT (1833-1892).

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SIGMUND FREUD (1856-1939).

Nesta semana assiti ao filme "Freud, além da alma". Está disponível na Áudio Vídeo Cidade. Para aqueles que gostam da biografia dos grandes pensadores este filme se torna uma fonte interessante de informações. Como diz o blog Café Filosófico: " Baseado no roteiro escrito pelo filósofo Jean-Paul Sartre, com uma linguagem metafórica e onírica, o filme pretende mostrar a teoria freudiana do inconsciente. Através do conflito interior que viveu Freud enquanto tentava penetrar o obscuro “inconsciente” de seus pacientes, pois temia encontrar o inefável, o impensável (na verdade, Freud temia encontrar a sua própria essência…). Freud Além da alma é um filme acadêmico, inteligente e instigante, que nos permite uma melhor compreensão das teorias freudianas sobre o funcionamento da mente e como o pensamento psicanalítico irrompeu na sociedade vienense e depois no mundo."

Me despertou a atenção no filme as cenas que comento a seguir: FREUD vai a Paris fazer um curso, já depois de formado médico, com o famoso médico francês especialista em hipnose, JEAN CHARCOT, no que FREUD está interessado. CHARCOT demostra que a visão tradicional e antiga que dizia ser a bruxaria a origem da histeria estava errada, e que a histeria é uma doença psíquica. FREUD volta a Viena com os novos conhecimentos e vai demostrar numa assembleia com especialistas as origens da histeria e seu mais novo tratamento. Após sua participação MEYNERT,dono da clínica onde FREUD trabalha e desenvolve algumas experiências, desaprova e ridiculariza a nova tese sobre a doença.

Passado algum tempo, FREUD já desestimulado pelas críticas e não se contentando mais com a tese da hipnose, muda seu estilo e chega a confessar à sua esposa, MARTHA, que desejaria morar no interior. O professor MEYNERT manda-lhe um recado querendo vê-lo. Ao chegar FREUD é recebido com um comentário sobre sua nova postura decorrente das próprias críticas de MEYNERT, este diz: "Seu estilo tornou-se mais sóbrio, menos beligerante. Aprendeu a expor suas ideias sem ferir ninguém. Em resumo, elas servem para a cesta de lixo".

O professor queria que ele continuasse e descobrisse a cura para aquilo que o atormentava e ao professor também, mas que ambos não admitiam - sintomas da histeria estavam presentes em várias manifestações de comportamentos deles. E continua, no diálogo, o professor procurando encorajá-lo nas pesquisas: "Se não tiver forças faça um pacto com o demônio. É esplêndido descer ao inferno e acender sua tocha em seu fogo". - Metaforicamente, é claro.

Em pouco tempo,tratando outros pacientes, ele descobre outro caminho para a cura da histeria. Deixa a hipnose e cria o método da psicanálise. Mas as verdades ditas noutra reunião revoltam seus colegas, e seu professor BREUER termina dizendo em público que não comunga com suas ideias. Para a época são coisas terríveis de ser admitidas, mas que ele demonstra serem verdadeiras. Relembra uma frase de MEYNERT: "Da noite o que é da noite".

BREUER diz uma frase marcante também: "A verdade é uma prescrição perigosa a ser administrada com a mesma preucação que a estricnina. Seu efeito pode ser letal". É um filme de 1962 do diretor JOHN HUSTON e filmado em preto e branco com uma fotografia, a meu ver, admirável porque causa efeitos impressionantes. Dá pra assisti-lo duas ou três vezes seguidas. Aliás, como fiz entrando na madrugada. Imperdível.

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