Há poucos dias a cidade de Floriano foi bombardeada com uma
notícia estarrecedora. O ex-prefeito, o mais incompetente da história da
cidade, teria sido nomeado assistente de um senador do Piauí, seu aliado político.
Mas as coisas não ficaram só nisso, nesse campo das aberrações. Um irmão do
ex-prefeito assumiu uma vaga de deputado estadual, ele que era um dos últimos
na lista de suplentes de seu partido.
Bom, as pessoas ficaram sabendo dessas atrocidades através de
anúncio feito por um portal de notícias que foi criado para fazer propaganda do
ex-prefeito como forma de agradecimento ao mísero contracheque que foi
graciosamente ofertado ao dono do portal.
O mesmo portal que publica notícias de autoria de jornalistas
consagrados como sendo de autoria do dono do tal portal. É o mesmo que coloca
uma manchete e mostra outra notícia diferente. É o mesmo portal que não passa
um dia sem erros gramaticais toscos. É o mesmo portal que nunca viu nada de
errado na administração do ex-prefeito, o pior que esta cidade já teve, mas que
agora, sem contracheque para tapar seus olhos, começou a ver que a cidade está
eivada de problemas. Mas não tem a dignidade, a hombridade, o bom caráter de
dizer que todos são uma herança maldita deixada pelo ex-prefeito.
Uma fonte segura me informou esta semana, mas com a condição
do sigilo de seu nome, que o ex-prefeito pleiteou, logo após ter sido expulso
da prefeitura, um cargo de secretário de estado no governo de Wilson Martins.
Teria ido ao senador de seu partido para fazer a reivindicação. A horrorosa e
indecente demanda foi levada ao governador que a rechaçou de forma veemente, dura,
ríspida.
O ex-prefeito teria insistido junto ao seu senador para ser
secretário do governo em várias oportunidades. O senador sempre foi o seu contato intermediador com o
governador, já que Wilson Martins não tem conversado diretamente com o
ex-prefeito. O ex-prefeito teria utilizado sempre a mesma justificativa que,
segundo sua própria e discutível avaliação, o capacitaria para qualquer cargo
de secretário: teria trabalhado para ajudar a eleger o atual governador em
Floriano. Não diz espertamente, porém, que foi apenas no 2º turno de 2010. O governador não cedeu ao chororô descabido.
Foi aí, então, segundo uma versão que corre à boca miúda, que
as coisas começaram a tomar contornos rumo ao cargo que ele ocupa hoje: Assistente
Parlamentar do Senado. E para tal foi confirmado. Será o assistente pra
lamentar do senador no Piauí, e em Floriano. Ele será pago para fazer aquilo que
ele faz como ninguém, sem ter nenhum concorrente: política de baixíssima qualidade.
Quem exerce a prática política de modo autêntico, honrado,
com qualidade e conhecimento faz gerar consequências concretas e exequíveis
para toda a população. Quem exerce a prática política apenas selado num
discurso oco e sem consistência gera consequências desastrosas e danosas para a
mesma população.
Vamos ver em qual dos dois espectros se enquadra o pior prefeito
que esta cidade já teve.
A nossa cidade foi administrada(?) por dois mandatos por ele.
As consequências foram abomináveis. Basta perceber as dificuldades que o atual
prefeito tem encontrado para colocar as coisas em ordem, já que foram oito anos
de caos e falta de responsabilidade com a coisa pública. Então, a baixa
qualidade do fazer político gera consequências trágicas e é este o espectro
onde transita o ex-prefeito.
Dito isso, pode-se inferir qual será o benefício que
politicamente terá o senado federal, e a população em geral, com a nomeação de político tão
incompetente. É assim que ele exerce a prática política. Foi assim na câmara de
vereadores, foi assim na prefeitura e, agora, será assim também na assistência
pra lamentar, digo, parlamentar.
Aparentemente foi isso o que ocorreu. Certo? Não! Não
esqueçamos que o irmão dele assumiu uma vaga de deputado estadual. E o que uma
coisa tem a ver com a outra?
Avalio e infiro que a resposta seja bem simples. Foi mais uma
jogada de quem vê a política como um meio apenas de garantir a sua subsistência
e sobrevivência. A insistência pelo cargo de secretário foi uma jogada para que
o irmão assumisse uma vaga de deputado.
Como na lista de suplentes o seu irmão estava aguardando só
que mais um deputado saísse para uma secretaria e, assim, ele assumiria a vaga
de deputado, então a jogada feita pelo o ex-prefeito insistindo para assumir
uma secretaria foi apenas um jogo de cena.
Como o ex-prefeito sabia que o governador não o nomearia de jeito
nenhum para uma secretaria, então ele fez o que fez até gerar uma situação
limite e, assim, forçou o governador a nomear mais um deputado do partido do
ex-prefeito para uma secretaria no lugar dele (ex-prefeito) e, de tal modo,
apaziguar as animosidades na base aliada na assembleia. Pronto, o irmão seria o
próximo a assumir uma vaga de deputado. Uma jogada, né? Com as mesmíssimas
procedências práticas que ele tem feito em Floriano há tanto tempo.
Quando grande parte das pessoas pensa que o ex-prefeito se
deu mal ao pleitear uma secretaria e depois teve de se contentar com uma vaga
de assistente pra lamentar enganou-se. Foi uma armação para que o irmão
assumisse formalmente, mesmo que sem nenhuma representatividade, o cargo de
deputado.
Vejam no que a cidade se enredou. Um ex-prefeito que 70% da
população avaliou como medíocre e um deputado com sérias limitações discursiva e
intelectual. Se colocarmos uma metáfora de comida para encerrarmos o texto e,
dessa maneira, representar esse momento, diria que Floriano terá de se
alimentar politicamente com comida de baixíssima qualidade nutritiva até as
próximas eleições.
Um comentário:
É, Jair, faltou falar de quem executa as articulações. Nosso governador é o pior de todos, não me esqueço das nomeações do secretariado dele, por exemplo, Chico Filho.
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