No dia 27.06.2011 fiz uma postagem (clique AQUI) denunciando a falta de qualidade do asfalto que está sendo feito na Avenida Dirceu Arcoverde, trecho que compreende o balão do Posto Trevo até a Avenida Esmaragdo de Freitas (Beira Rio). Um caminhão afundou ao passar pelo local. Um amigo me ligou na hora do ocorrido, mas preferi passar depois. Tirei essas fotos hoje do local. Nelas pode-se ver que já estão remendando os dois lados da "nova" pista. Pois o fato não se deu num único local.
BLOGUE PARA PESSOAS QUE TÊM BOM GOSTO E PREFEREM LER ASSUNTOS A PARTIR DE UM PONTO DE VISTA DIFERENTE. "QUEM AQUI ENTRA DÁ-ME UMA HONRA, QUEM NÃO - UM PRAZER." Op. cit. NIETZSCHE em "A Gaia Ciência", aforismo: 22.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
"ASFALTO PARANGOLÉ".
No dia 27.06.2011 fiz uma postagem (clique AQUI) denunciando a falta de qualidade do asfalto que está sendo feito na Avenida Dirceu Arcoverde, trecho que compreende o balão do Posto Trevo até a Avenida Esmaragdo de Freitas (Beira Rio). Um caminhão afundou ao passar pelo local. Um amigo me ligou na hora do ocorrido, mas preferi passar depois. Tirei essas fotos hoje do local. Nelas pode-se ver que já estão remendando os dois lados da "nova" pista. Pois o fato não se deu num único local.
SERÁ O ÓPIO?
Aprofundar o conhecimento sobre os temas relevantes da atualidade é fundamental para podermos contribuir direta ou indiretamente nas discussões. Então, um tema que se liga inexoravelmente à discussão sobre os direitos dos homossexuais é a ascensão do número de evangélicos no nosso país e as consequências diretas na vida dos não-evangélicos das posturas “éticas” que muitos deles querem impor através até da burrice, como no caso da deputada na postagem anterior.
O texto abaixo é de autoria do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR. É muito difícil, tendo-se uma postura minimamente racional diante da realidade, não concordar com a maioria dos argumentos postos por ele. Aproveite.
"A RELIGIÃO NÃO É (MAIS) O ÓPIO DO POVO
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O Estado laico é aquele em que religião e negócios públicos estão completamente separados. É o caso da nossa República, criada em 1889. Todavia, é claro que eu sei que há os que dizem que o Brasil nunca foi laico, uma vez que a Igreja Católica, mesmo após o fim do Império, continuou bastante influente nos corredores palacianos. Eu tendo a relativizar tal situação. Digo que isso é apenas uma questão histórica, não um fato filosófico. Hoje em dia, outras igrejas já possuem força suficiente para mexer com a mentalidade popular de modo tão ou mais forte que o catolicismo. Assim, o que existe no Brasil é uma hegemonia cristã, não mais católica. E diante de outras democracias ocidentais que se anunciam laicas, podemos até considerar que não destoamos muito. Mas, de vez em quando, surgem fatos perturbadores.
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Chamo a atenção para o Rio de Janeiro. Aqui, o ensino religioso está na escola pública de uma maneira pouco alvissareira. Os professores são contratados não exclusivamente a partir do conhecimento que possuem de religião, mas segundo um requisito explícito de possuírem militância religiosa, fornecida por documentos de templos e afins. Isso sim é o fim do laicismo e, segundo o que entendo, inconstitucional.
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O mais grave dessa situação foi a justificativa pela qual tal regra se fez valer. Algumas autoridades cariocas disseram que a religião nas escolas deveria “voltar como um dos elementos de combate à violência”.
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O argumento é tolo e falso. Todos nós sabemos que religião nunca trouxe paz ao mundo. Ao contrário, onde há religiões tentando disputar terreno, principalmente terreno estatal – a escola pública é um deles – o que ocorre é o fim da paz. No mundo todo, a disputa religiosa é sinônima de violência. Mas, se é assim, porque há os que endossam tal atitude das autoridades cariocas que, enfim, fere o Estado laico? São todos mentirosos? Não! Há realmente os que endossam tal coisa exclusivamente por desinformação e falta de reflexão crítica mínima. Não percebem que isso fere o laicismo e que, se assim ocorre, nenhuma religião ganha, todas perdem.
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Caso nossa República deixe de ser laica, ainda que não oficialmente, mas por mecanismos de entrelinhas, o que teremos é a supremacia de um credo e, portanto, a exclusão de outros. Quem garante as religiões nas democracias liberais laicas e modernas não é a fé popular, como muitos pensam, mas exatamente as forças nutridas por intelectuais (não raro, ateus) que lutam pela liberdade religiosa da nação, garantindo isso através da neutralidade religiosa do Estado, ou seja, a criação e manutenção do Estado laico. Assim foi em vários países do Ocidente democrático. A República brasileira tornou-se laica segundo esse espírito.
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Essa liberdade, agora, está ameaçada. Ela é ameaçada não mais (só) pelos católicos que, enfim, ao longo desses anos todos, acomodaram-se mais ou menos ao laicismo. Mas por outras igrejas que se dizem cristãs. As igrejas cristãs não católicas, principalmente as chamadas “evangélicas”, cresceram no Brasil à margem da modernização da sociedade. Aliás, cresceram um pouco afastadas da cultura das elites. Então, nunca prestaram atenção na laicidade assim como nunca olharam com acuidade para as leis do país. Por sua vez, o Estado brasileiro, uma vez nas mãos das elites intelectuais de formação positivista ou católica, também nunca deu atenção aos “protestantes”. Tratava-se da “igreja dos pobres da periferia”. Mas, de duas décadas para cá, isso mudou. Os “evangélicos” cresceram em número e em representação. Além disso, algumas dessas igrejas se tornaram poderosíssimas tanto em relação à força política quanto em relação ao dinheiro que podem dispor. Eis que agora, em quase todo lugar que o laicismo é ameaçado, principalmente na escola, isso não ocorre mais só pela via da infiltração católica, mas pela infiltração “evangélica”. Diferente da católica, a atuação “evangélica” não pensa em desrespeitar a lei, simplesmente a desrespeita porque em geral não dá a mínima para ela. Sem lastro histórico e, enfim, desenvolvida não raro por pessoas de pouca instrução ou de educação duvidosa, a chamada “Igreja evangélica” não tem nenhum pudor de colocar seus fiéis em universidades e escolas, ambas públicas, acotovelando limites legais e tradicionais instituídos pelo laicismo de nossa República.
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Eis que, por conta disso, ressurge no Brasil alguns incômodos que há muito não tínhamos mais, algo que havia caído para o nosso folclore, que era a disputa entre professores laicos e estudantes religiosos e vice-versa, sendo que os religiosos, no caso, eram representados pela figura do padre. Agora, surge o incômodo religioso novamente, mas causado pelos “evangélicos”. Eles começam a criar problemas querendo mudar os horários das escolas, não querendo aprender as doutrinas científicas e sendo intolerantes quanto às posições liberais a favor de outras religiões (como o espiritismo ou a umbanda etc.). Fazem da vida da escola uma bagunça. Com uma diferença dos católicos de outrora: acham-se naturalmente corretos, pois desconhecem o significado da palavra “laico”. Acham que podem fazer o que estão fazendo, que o que estão fazendo é um “direito”!
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Estou afirmando aqui que os “evangélicos” são incultos e os católicos não? Afirmo que é isso, se pudermos comparar o católico de ontem com o “evangélico” de hoje. Isso porque o “evangélico” faz algo que, principalmente a partir dos anos sessenta, só o católico muito tosco se manteve fazendo, a saber, a leitura da Bíblia como um texto que antes de ser moral e normativo é uma descrição da “realidade como ela é”.
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Os religiosos cultos acreditam que os textos que lhe são sagrados foram escritos pelos homens, inspirados pelas divindades, com o objetivo de dar valores e normas para o seu povo. Os não religiosos cultos acreditam quase na mesma coisa, pois diferem dos religiosos apenas pelo detalhe que acreditam que os textos ditos sagrados foram escritos pelos homens de boa visão somente. Metaforicamente, estes últimos até podem dizer que tais homens tiveram tanta sabedoria que ela pode ser chamada de divina. Por pensarem assim, religiosos cultos e não religiosos cultos sempre puderam conviver. Ora, não é essa a nova ordem instaurada pela presença dos “evangélicos” na escola pública.
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Como os padres brigões do passado ou como alguns padres gerados na incultura dos seminários de hoje em dia, os “evangélicos” querem ler a Bíblia (isso quando conseguem realmente ler, pois no Brasil a questão educacional vai de mal a pior) tomando as passagens de modo literal. Por incrível que pareça, não percebem que de modo literal o texto é imbecil e, portanto, não poderia ter conquistado ninguém. Nenhuma pessoa normal poderia achar que a descrição de Adão e Eva como fundadores da humanidade não é uma história normativa, que fala de autocontrole e que busca mostrar que isso é algo desejável. Trata-se evidentemente de uma estória moral, que ensina a importância do autocontrole. Não é a descrição da origem da humanidade, pois, se assim fosse, teria instaurado o incesto ou coisa até pior (Eva teve dois filhos homens!). E o incesto é o nosso maior tabu. Isso é simples de explicar para alguém que possui uma mente normal. Mas, quando a mente da pessoa é não só desinformada, mas também um caos devido a nunca ter sido minimamente treinada em processos lógicos, a Bíblia pode ser lida literalmente. Ora, uma pessoa nessas condições mentais não poderia nunca estar na escola média e muito menos superior. Mas ela está. E por estar nesse nível de caos mental, não entende não só sua própria religião, mas não compreende nem mesmo as próprias leis da República e não sabe o que é o laicismo. Uma vez na escola pública, cria confusões bem maiores do que as causadas pela presença dos católicos fervorosos no passado. São pessoas que estão aquém do comportamento escolar normal e estão aquém de conseguirem entender os textos científicos, históricos, filosóficos e literários que circulam no ensino médio e no ensino superior.
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É com esse tipo de barbárie que a escola pública lida hoje em dia. E se isso ainda é reafirmado pela entrada oficial do ensino de religião na escola, e não pelo ensino de história e filosofia da religião, então é o caso de ficarmos com saudades do tempo que escutávamos falar que a religião era o ópio do povo. Naquela época, achávamos que a religião poderia causar um amortecimento da mente como o ópio fazia com o cérebro. Foi uma época em que quem tinha mente, sabíamos, tinha cérebro."
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© 2011 PAULO GHIRALDELLI JR, filósofo, escritor e professor da UFRRJ.
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19/06/2011
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A EVANGÉLICA PRECONCEITUOSA E O FILÓSOFO.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
NO OCO DO MUNDO.
Já estou no oco do mundo. O Portal Notícias do Sertão publicou o caso de censura velada patrocinado pelo intransigente e incompetente prefeito de Floriano contra mim. Também foi repercutido no blog do DILMAS ROQUE. Em breve, junto a todos os “blogueiros sujos”, esta notícia alcançará repercussão nacional. Vamos ver no que isso vai dá.
terça-feira, 28 de junho de 2011
PERGUNTINHA.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
PREFEITURA DE FLORIANO: ATOLADA NA INCOMPETÊNCIA.
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Mal terminaram o serviço e já podemos ver o que vai ser inaugurado daqui a pouco no aniversário da cidade. Uma pessoa formada em Engenharia Civil que viu o que está sendo feito lá me afirmou que aquilo não terá vida útil além de dois anos. Não desacredito completamente, pois dou crédito a quem conhece o assunto.
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Mas vou deixar o tempo falar por si mesmo, pois dizer que esse prefeito é incompetente e o pior que esta cidade já teve não é mais convincente do que os fatos. Os fatos falam e falarão por mim. Vamos aguardar.
FRASE DA SEMANA.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
SOCIEDADE DO CONSENSO.
Este texto é dedicado à amiga RAQUEL ARAÚJO, Psicóloga residente nos EUA, que sempre me socorre e orienta.
Sou contra o bullying se se entende por isso a agressividade física e/ou psicológica direta através de palavras ou atos físicos ocorridos no interior da escola e praticados por crianças e adolescentes de forma recorrente. Aliás, toda pessoa sensata tem a capacidade de antevê prováveis sequelas físicas e/ou psicológicas que podem se tornar irreversíveis se não forem tratados adequadamente e a tempo.
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Este texto tem a pretensão de abordar esse que é também um problema social a partir de um ponto de vista que entendo, no momento, ser um prolegômeno ao bullying. Qual é então?
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Precisa-se específica, coerente e concretamente definir o que é bullying. Já estão em tramitação alguns projetos de lei com o fito de criminalizar essa prática em âmbito federal. Alguns parlamentares já propuseram transformar o bullying em crime tipificado em lei e consequente penalidade.
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Uma pesquisa (*) rápida em sítios e revistas especializados em educação denota claramente que não há coerência entre as definições disponíveis do termo bullying. Não há também entre as leis que já estão em vigor sobre o tema em algumas cidades e estados do Brasil algo que diga específica, coerente e concretamente o que é bullying.
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Definindo-se o que é, então se pode agir em vista da diminuição das ocorrências, pois as indefinições podem gerar incertezas. Alguns alunos já me perguntaram se isso e aquilo é bullying, e se falarem isso e aquilo também. Deve-se então evitar o retorno assombroso do fantasma do totalitarismo (ou isso é paranóia?).
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Com o mesmo propósito já andei perguntando a algumas pessoas de fora da escola se são contra o bullying. Todas disseram que são. Mas quando pergunto se elas sabem dizer precisamente o que é bullying citam um ou dois exemplos como resposta.
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Não perguntei a elas como é praticado, mas o que é. Ora, como se pode ser contra algo que não se sabe o que é precisamente? Desse modo, quando muitos não sabem o que é, outros podem aproveitar a situação para incluir indevidamente na extensão do significado tudo o que se quer condenar, por motivos variados e duvidosos, e que por definição não poderia fazer parte do significado da palavra. - Olha a bandeja passando na frente do assombro totalitário.
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O terreno fértil está pronto e aberto a mentes propensas ao totalitarismo, ou paranóicas, para a caça às bruxas. Por conta disso podem-se propor duas perguntas: será preciso apenas acusar alguém de ter feito ou dito isso ou aquilo de forma agressiva e acrescentar que ocorreu um “trauma psicológico” para imputar-lhe um crime? Basta acusar um colega (em virtude da criminalização do bullying) de valentia para que ele seja submetido a julgamento? Muitos responderão que não.
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O especialista americano em Lógica WESLEY SALMON afirma que o significado das palavras tem dois aspectos básicos: a extensão e a compreensão. “A extensão de um vocábulo consiste na classe de todos os objetos a que ele corretamente se aplica” e “A compreensão consiste nas propriedades que um objeto precisa possuir a fim de estar na extensão do vocábulo”.
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Destarte, no que se refere ao tema aqui abordado, a extensão do significado da palavra bullying abrange todos os casos que explícita e concretamente podem dar significado a essa palavra. E a compreensão abrange as características que os casos têm de possuir e que verdadeiramente definem o que é bullying. A extensão se refere à classe (conjunto) dos atos e a compreensão às propriedades (características) dos atos determinados.
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Qualquer “brincadeira” pode ser incluída na extensão da palavra bullying? Qualquer “brincadeira” pode ser denunciada como bullying? Qualquer “brincadeira” possui as características contidas na definição de bullying?
Se não for definido verdadeira e concretamente o que é haverá sempre a possibilidade de se incluir no significado da palavra coisas que não são, ou deixar de fora coisas que são. De um e de outro modo erros absurdos podem causar danos irreparáveis a acusados inocentes.
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E se formos ao limite do campo das hipóteses projetando a fuga da palavra e seu significado impreciso, incoerente do domínio da escola para o cotidiano das pessoas? - Como é o que aparenta está ocorrendo hoje. Ao se criminalizar imprecisamente o bullying corre-se o risco de se transformar o país numa sociedade do consenso. Ou seja, ninguém poderá dizer ou fazer nada que contenha elementos de contradição com o pensamento ou prática de outrem sem correr o risco de ser apontado como praticante de bullying.
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Se o bullying for criminalizado como algo do campo das práticas que devem ser erradicadas das relações humanas sem se definir adequadamente o significado da palavra haverá o risco do engessamento das relações sociais e da transformação de todos em não-humanos. Ou em algo como não contendo aquilo que caracteriza os “bípedes sem penas” como humanos.
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Como bem me falou noutro dia (quando lhe expus essa abordagem do tema) o professor de Inglês M.Sc. LUIS FILIPE, “as crianças têm de aprender a se impor diante de intimidações e situações de risco”. Mesmo que sejam, as situações, em nível limitado, pois a vida requer biologicamente de cada um instrumentos de autodefesa, de autopreservação. Caso contrário terá de se criar leis contra toda espécie de risco - qualquer risco – para a integridade física ou moral de todos. As competições, numa sociedade assim, seriam eliminadas, pois os que não forem vencedores podem dizer-se traumatizados. Seria uma droga viver num mundo assim.
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Todos os humanos são seres às vezes provocadores, desatenciosos, incorretos, competitivos, tímidos, submissos, egoístas, manipuladores, evasivos, corajosos, medrosos, refratários ao diferente, indiferentes, gozadores... e para o bem das relações sociais deve-se continuamente corrigir os modos exagerados e inadequados dos “bípedes sem penas”. O ser humano crer que não deve permanecer indefinidamente como é, e por isso tem de refletir criteriosamente sobre o que quer realmente ser.
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Os humanos nunca serão perfeitos ou viverão num mundo utopicamente perfeito. Nunca haverá uma sociedade sem conflitos, ameaças, disputas, incorreções, egoísmos, pois no dia que “aquilo que somos coincidir com o que desejamos” morreremos de tédio. Uma vida tediosa, assim se configuraria a sociedade do consenso e consequentemente o fim do “bípede sem penas”. Um mundo descrito e redescrito conceitualmente de forma coerente – coerência no sentido defendido aqui – acabaria com as chances de uma sociedade do consenso.
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Se os humanos desejam continuamente ser melhores terão de ir sempre em busca de novos valores e novas práticas. Mas não parece ser essa a via que os elevará da condição em que se encontram para a que desejam.
(*) Clique AQUI, AQUI e AQUI.
P. S.: O nome do texto foi uma sugestão do professor M.Sc. LUIZ BONFIM - IFPI - Floriano que também leu e sugeriu alterações.
terça-feira, 21 de junho de 2011
TRANÇA-PÉS BIOLÓGICO.
Não espere deste texto nenhum propósito além do sarcasmo. Não vou levantar também a história da meritocracia no âmbito ideológico, vou utilizar apenas o seu sentido mais conhecido. É pela competição que se define o resultado do jogo meritocrático. Acredita-se que aquele que detém as melhores ferramentas na disputa meritocrática é o que definirá o resultado a seu favor.
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Não ponho aqui, como disse anteriormente, questionamento sobre as condições e determinações do ambiente que permitiu a uns conseguirem as melhores ferramentas e outros não. Mas apenas a posse dessas ferramentas. Assim sendo, quem está mais bem “armado” tem maiores chances, muito maiores, de vencer o embate meritocrático.
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Bom, todos sabem o quanto é ferrenha a disputa, dentro da tuba uterina (trompa de falópio), entre os milhões de espermatozóides pela única chance de penetrar um óvulo que ao final vai gerar um ser humano.
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Pela perspectiva meritocrática vence o mais instrumentalizado, o mais apto, o mais preparado, o mais adaptado, o mais estrategista, o mais inteligente, o melhor, enfim. De tal modo que a vida que nascerá será explicada pelo princípio meritocrático como sendo a melhor dentre os milhões de possibilidades.
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“Habilidade, inteligência e esforço” é o que faria alguém, ou um ser, merecer o status social, econômico, profissional, cultural, existencial que ocupa. Dito isto, pergunto agora: o que seria do mundo se todos os espermatozóides que ficaram em último lugar na corrida tivessem de alguma maneira “misteriosa” penetrado o óvulo e se transformado em gente? Como seria a sociedade?
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Se os “melhores” fazem o mundo ser o que ele é, agora se ponha a pensar se tivesse sido do outro jeito. Se o último tivesse tido “sucesso”. Imagina como seria, do ponto de vista moral, o último espermatozóide da corrida que no final, pela burla, gerou um prefeito de uma cidade qualquer com as “grandes qualidades” que o levam a ser ladrão, cínico, corruptor.
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Mas se a gente pensar melhor vai ver que tais prefeitos já nasceram com esse propósito, pois eles não seriam de verdade os “melhores” espermatozóides. Eles já teriam começado a roubar desde a disputa pelo primeiro lugar na corrida na trompa de falópio. Na verdade eles deram um trança-pés (rasteira) naquele que seria, em condições ideais, o vencedor.
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Estou apelando até para alguma forma de “organicismo” ou “darwinismo social” para entender porque existem tantos prefeitos ladrões neste país. E você o que pensa dos vencedores dessa corrida maluca?
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segunda-feira, 20 de junho de 2011
ANA FLORES E O LARANJA CHORÃO.
Ana Flores é uma cidade fictícia com histórias fantásticas. Eu já havia previsto que a história que narrarei a seguir aconteceria mais cedo ou mais tarde por causa das inevitáveis repetições desse tipo de ocorrências.
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BLOG BIOLOUKOS.
CHURRASCADA.
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Ao retornar ao local o motorista se viu diante de uma visão inusitada (para ele), pois é algo que tem sido recorrente por lá. Muita gente saqueando a carga. Tinha até pessoas influentes da cidade carregando quartos de boi. Tinha gente até de outras cidades. O policial PRF que atendeu a ocorrência, depois de insistir muito com as pessoas para pararem de saquear, teve de fazer um disparo para cima para afastar os saqueadores.
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Algumas pessoas justificam que depois de ocorrer o acidente e o carro se encontrar virado já é o suficiente para que o saque seja liberado. Ora, se o carro não tiver virado ninguém saqueia, mas se virar pode saquear. É uma lógica moral torta. Roubo é roubo não importa a posição que o carro se encontra.
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O motorista foi orientado a fotografar os carros que estavam lá e depois ir à delegacia registrar um Boletim de Ocorrência. Resta saber se ele foi à delegacia. Se foi quais são as consequências legais para os saqueadores. Este tipo de ocorrência vem sido denunciado cada vez que ocorre um acidente com este tipo de carga. Está se tornando folclórico. Se é que se pode chamar isto de folclore.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
I RECITAL LÍTERO-MUSICAL DO IFPI - FLORIANO.
THIAGO DE CABRAL ao final do Recital se despedindo do público presente. Sucesso reconhecido e aplaudido de pé.
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O Recital teve início com os alunos do Curso de Violão Popular apresentando a música "Que país é esse". Quem cantou foi o professor MARCONY MÁXIMO.
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DHARA RODRIGUES demonstrou habilidade e desenvoltura.
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MARCONY MÁXIMO interpretando o Legião. Muito bom mesmo.
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DAVID BORGES aluno do curso na apresentação.
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No centro da foto vemos o professor DARLEY SANTIAGO, Diretor Geral do Campus e incentivador das atividas formativas e informativas.
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Auditório do campus lotado com pais, parentes e alunos.
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OS ET'S ESTÃO CHEGANDO LÁ NA PRAÇA (?) DE EVENTOS
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