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Alguns leitores solicitaram que eu escrevesse alguma coisa sobre a prática do Bullying. Como não sou familiarizado com esse tema, então recomedarei duas fontes confiáveis e que tratam o assunto sob óticas diferentes: a Justiça e a Filosofia. A primeira é cartilha do CNJ e a segunda é um texto do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR. Espero, assim, não ter passado em branco sobre esse assunto. Boa leitura.
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A cartilha do CNJ você acessar e baixar clicando AQUI. E abaixo o texto do Filósofo.
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Alguns leitores solicitaram que eu escrevesse alguma coisa sobre a prática do Bullying. Como não sou familiarizado com esse tema, então recomedarei duas fontes confiáveis e que tratam o assunto sob óticas diferentes: a Justiça e a Filosofia. A primeira é cartilha do CNJ e a segunda é um texto do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR. Espero, assim, não ter passado em branco sobre esse assunto. Boa leitura.
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A cartilha do CNJ você acessar e baixar clicando AQUI. E abaixo o texto do Filósofo.
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"BULLYING E MOBBING
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á uma distinção entre bullying e mobbing que é antes européia que americana. Ambos apontam para a prática da intimidação que, enfim, vai da conversa ameaçadora até à agressividade física. De fato, o bullying é mais americano mesmo, pois ele diz respeito às ameaças de um indivíduo “fortão” ou poderoso a algum menos potente dos músculos ou sem qualquer poder. Não é uma prática incentivada nos Estados Unidos, mas guarda uma característica que, enfim, tem a ver com certo antigo modo americano de vida, de cultivo da individualidade e de certa “bravura” que, enfim, vem da própria maneira como a colonização se fez sentir na América.
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O mobbing é antes de tudo o comportamento agressivo grupal contra um indivíduo. Tem a ver com a intimidação mafiosa, é claro, mas em determinadas situações não fica longe do que, no limite, em uma situação de acirramento ideológico de ânimos, pode levar à intimidação de tipo nazista. Nos Estados Unidos, talvez fosse tomado por alguns praticantes do bullying como covardia – e o covarde e o looser, na América, tem igual valor. Mas, não raro, quem pratica o bullying pode facilmente se envolver com a prática do mobbing.
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É preciso ter claro que nem o bullying e nem o mobbing são a mesma coisa que o stalking. Nesse caso, quem molesta pode simplesmente jamais falar algo ou fazer algum gesto agressivo, do ponto de vista físico. Pode simplesmente se manter na espreita do escolhido a ser importunado. Pode invadir a privacidade dessa pessoa para além do permitido. Mas só. É um tipo de ronda da caça ao caçador, de modo que a intimidação fica mais por conta da imaginação daquele que começa a se sentir uma potencial caça. Isso não quer dizer que a intimidação, aqui, funcione de modo menos eficaz que no bullying ou no mobbing. Ao contrário, às vezes o não contato, o que fica só por conta da imaginação, torna-se um martírio insuportável.
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Em nenhum dos três casos cabe a ligação direta da intimidação com problemas relativos a assédio sexual ou situações que podem levar a crimes que envolvem sexo. Bullying, mobbing e stalking são práticas que encontramos fundamentalmente entre jovens. Podem acontecer por obra de pessoas que jamais se envolveram em outras práticas criminosas ou que tenham ligação com gangs de rua e similares.
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á uma distinção entre bullying e mobbing que é antes européia que americana. Ambos apontam para a prática da intimidação que, enfim, vai da conversa ameaçadora até à agressividade física. De fato, o bullying é mais americano mesmo, pois ele diz respeito às ameaças de um indivíduo “fortão” ou poderoso a algum menos potente dos músculos ou sem qualquer poder. Não é uma prática incentivada nos Estados Unidos, mas guarda uma característica que, enfim, tem a ver com certo antigo modo americano de vida, de cultivo da individualidade e de certa “bravura” que, enfim, vem da própria maneira como a colonização se fez sentir na América.
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O mobbing é antes de tudo o comportamento agressivo grupal contra um indivíduo. Tem a ver com a intimidação mafiosa, é claro, mas em determinadas situações não fica longe do que, no limite, em uma situação de acirramento ideológico de ânimos, pode levar à intimidação de tipo nazista. Nos Estados Unidos, talvez fosse tomado por alguns praticantes do bullying como covardia – e o covarde e o looser, na América, tem igual valor. Mas, não raro, quem pratica o bullying pode facilmente se envolver com a prática do mobbing.
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É preciso ter claro que nem o bullying e nem o mobbing são a mesma coisa que o stalking. Nesse caso, quem molesta pode simplesmente jamais falar algo ou fazer algum gesto agressivo, do ponto de vista físico. Pode simplesmente se manter na espreita do escolhido a ser importunado. Pode invadir a privacidade dessa pessoa para além do permitido. Mas só. É um tipo de ronda da caça ao caçador, de modo que a intimidação fica mais por conta da imaginação daquele que começa a se sentir uma potencial caça. Isso não quer dizer que a intimidação, aqui, funcione de modo menos eficaz que no bullying ou no mobbing. Ao contrário, às vezes o não contato, o que fica só por conta da imaginação, torna-se um martírio insuportável.
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Em nenhum dos três casos cabe a ligação direta da intimidação com problemas relativos a assédio sexual ou situações que podem levar a crimes que envolvem sexo. Bullying, mobbing e stalking são práticas que encontramos fundamentalmente entre jovens. Podem acontecer por obra de pessoas que jamais se envolveram em outras práticas criminosas ou que tenham ligação com gangs de rua e similares.
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Em alguns países, essas práticas têm sido tomadas como crimes. Mas, bem antes dessa onda de denúncia contra tais práticas, elas já eram consideradas, no mínimo, um péssimo comportamento. Não se falava muito delas porque, quando tomadas como prejudiciais, eram exercidas por adultos – que a justiça comum cuidasse delas. Uma vez exercidas por jovens, em situações escolares, eram vistas como “problemas de meninos” ou “brigas de moleques”. Mais recentemente, em especial com a discussão dos direitos de minorias nas democracias liberais, começou-se a perceber que certos indivíduos, ligados a minorias não só étnicas, mas de vários outros tipos (gays, alunos especiais etc.), eram os preferidos como vítimas. Talvez a sombra do totalitarismo, que sempre parece rondar nossa vida, tenha aparecido a alguns muito ameaçadora e, então, os incentivaram a chamar a atenção para essas práticas.
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É preciso muito cuidado com a condenação dessas práticas. Tomar como crime as disputas entre crianças e entre jovens, até mesmo as que podem levar a alguma violência física, pode desqualificar o que nossa sociedade ocidental concebe como crime e, junto disso, não ajudar em nada os escolares a adquirir noção plena de cidadania. Aqui, a lei tem de ser clara e o bom senso tem de ser prioritário no sentido de não deixar que um bate-boca entre adolescentes vire manchete de jornal exclusivamente porque é um bate-boca entre adolescentes. Em uma sociedade onde tudo é crime, nada é crime.
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Além do mais, toda a contenção de agressividade precisa ser feita com inteligência ou, então, vai apenas inflar o que pode, depois, virar o estouro da represa em uma situação que ninguém mais pode ajudar. Uma sociedade em que nenhum conflito pode ocorrer é, sem dúvida, bem mais perigosa que uma comunidade em que as agressões estão antes regradas que reprimidas. Não se pode tornar toda e qualquer voz mais suave do que suportam as suas respectivas cordas vocais. Muitas vezes, é na briga de infância ou de juventude que aprendemos a nos moderar, a não repetir o erro ou ao menos pensar o quanto aprendemos a viver por conta de termos passado por aquela experiência. Em muitas situações de nossas vidas uma briga de escola foi necessária para se ver quanto certos gastos de energia são inúteis. As pessoas precisam odiar a violência em casa e na escola, quando ela está sob o controle da própria selvageria infantil, e não odiá-la após ter aprendido a odiá-la por ter passado uns tempos na Coréia ou no Vietnã ou no Iraque ou no Afeganistão. Os educadores americanos, de algum modo, sempre estiveram diante desse dilema.
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Para nós, no Brasil, as agressões escolares sempre estiveram presentes. Mas elas não começaram entre os jovens. Elas vieram dos professores para os jovens. Sabemos bem que os jesuítas espancavam índios que não conseguiam aprender. Sabemos, também, que a educação escolar dos pobres e da nossa classe média, até mesmo na República, tinha o castigo físico (a palmatória) e até a tortura (o ajoelhar no milho) como métodos pedagógicos que, de certo modo, estavam nos manuais de liberais ingleses. John Locke, por exemplo, chegou a escrever sobre “o uso do látego” na educação infantil. E isso porque ele foi o autor da Carta da Tolerância, um documento chave do liberalismo moderno!
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É claro que o romantismo chegou a nossas escolas por meio não de nosso amor pela França ou por leituras de Rousseau, mas pela literatura pedagógica da América, por leituras que fizemos de John Dewey. Caso nos mantivéssemos afrancesados, talvez nossa violência de professores contra alunos tivesse demorado bem mais para cair em desuso e ser proibida. O movimento da Escola Nova pode merecer quase todas as críticas que já se fez a ele, mas ele teve um mérito fundamental: à medida que se desenvolveu ajudou a consciência de pais e professores a abandonar os métodos ligados à humilhação.
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Em meio a isso, é claro que nossa juventude fez tudo que outras fizeram. Portanto, durante o desdobrar da República, até perto dos anos setenta, tivemos uma escola que punia duramente enquanto que os seus alunos, por sua vez, repetiam essa punição entre si. Nesse contexto vimos crescer o nosso bullying e o nosso mobbing. De certo modo, também o nosso stalking. Mas as coisas se tornaram incontroláveis quando o arrocho salarial veio de fato a destruir a vida do professor como professor, fazendo-o perder o prestígio social que até então ostentava. Decorrente disso, o professor se tornou um fantoche sem qualquer autoridade no interior da escola. Com isso, a violência entre estudantes cresceu. E nasceu também a violência contra o professor que, enfim, se desenvolveu de modo que, recentemente, fez os parlamentares, que não são nada rápidos para se mobilizarem em favor de seus representados, agirem de modo eficaz no sentido de se envolverem com a criação de leis mais severas contra tal violência.
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Muitos pais fazem crer que o problema da intimidação, nas suas várias formas, é algo exclusivo deles, os que têm filhos como vítimas dessas práticas de violência. A sociedade tende a reproduzir essa gritaria geral desses pais – e isso é legítimo. Mas, essa gritaria, ampliada pela imprensa, não é o lado principal do problema. Ela é tomada como o principal e, então, o que ocorre é o desencadeamento de uma legislação punitiva que, quando exagerada e voltada para todo o lado, não vai punir ninguém. Mas o problema principal não é de ter filhos que são vítimas da violência e, sim, o de ter filhos que são os agentes da violência.
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Nossa sociedade se envolve demais com o “oprimido” e pensa que o “opressor” é apenas uma figura a ser combatida. Assim agimos quando “opressor” e “oprimido” apareceram na educação, com toda a carga política que tinham. Agora, estamos fazendo o mesmo com “as vítimas do bullying” e os “praticantes do bullying”. São cartazes e faixas e comunidades na NET gritando “Contra o Bullying” ou “Bullying é crime”. Da última vez que vi uma campanha assim, que foi “Não às drogas”, a presença das drogas só fez crescer nas escolas. A ação social e educativa é uma ação que precisa atingir o praticante da violência, mas não só com a repressão. A repressão a ele talvez não seja muito eficaz. Pois, se ele é violento, a repressão a ele é um ato violento que, enfim, fala a linguagem que ele gosta de ouvir.
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Nossos intelectuais que lidam com questões de violência e pedagogia deveriam ouvir essa sugestão da filosofia: é necessária uma atenção a respeito das energias do jovem e da criança violenta, além disso, é necessário ver até que ponto o praticante da violência escolar é alguém que tem grandes chances de tratar sua potencial vítima como “um de nós”, e não como o diferente que ele precisa “enquadrar”. É aí que entram os programas de redescrição de grupos por outros grupos. Quando alguém é capaz de redescrever o outro de modo a vê-lo não mais como pertencente “a eles”, mas como “um de nós”, inicia-se um novo dia nas relações dessas pessoas. Duvido que os educadores não conheçam boas práticas redescritivas que se aliariam com facilidade a bons canalizadores de energias. Falta colocar mãos à obra, e não ficar exclusivamente no “chame a polícia”."
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Em alguns países, essas práticas têm sido tomadas como crimes. Mas, bem antes dessa onda de denúncia contra tais práticas, elas já eram consideradas, no mínimo, um péssimo comportamento. Não se falava muito delas porque, quando tomadas como prejudiciais, eram exercidas por adultos – que a justiça comum cuidasse delas. Uma vez exercidas por jovens, em situações escolares, eram vistas como “problemas de meninos” ou “brigas de moleques”. Mais recentemente, em especial com a discussão dos direitos de minorias nas democracias liberais, começou-se a perceber que certos indivíduos, ligados a minorias não só étnicas, mas de vários outros tipos (gays, alunos especiais etc.), eram os preferidos como vítimas. Talvez a sombra do totalitarismo, que sempre parece rondar nossa vida, tenha aparecido a alguns muito ameaçadora e, então, os incentivaram a chamar a atenção para essas práticas.
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É preciso muito cuidado com a condenação dessas práticas. Tomar como crime as disputas entre crianças e entre jovens, até mesmo as que podem levar a alguma violência física, pode desqualificar o que nossa sociedade ocidental concebe como crime e, junto disso, não ajudar em nada os escolares a adquirir noção plena de cidadania. Aqui, a lei tem de ser clara e o bom senso tem de ser prioritário no sentido de não deixar que um bate-boca entre adolescentes vire manchete de jornal exclusivamente porque é um bate-boca entre adolescentes. Em uma sociedade onde tudo é crime, nada é crime.
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Além do mais, toda a contenção de agressividade precisa ser feita com inteligência ou, então, vai apenas inflar o que pode, depois, virar o estouro da represa em uma situação que ninguém mais pode ajudar. Uma sociedade em que nenhum conflito pode ocorrer é, sem dúvida, bem mais perigosa que uma comunidade em que as agressões estão antes regradas que reprimidas. Não se pode tornar toda e qualquer voz mais suave do que suportam as suas respectivas cordas vocais. Muitas vezes, é na briga de infância ou de juventude que aprendemos a nos moderar, a não repetir o erro ou ao menos pensar o quanto aprendemos a viver por conta de termos passado por aquela experiência. Em muitas situações de nossas vidas uma briga de escola foi necessária para se ver quanto certos gastos de energia são inúteis. As pessoas precisam odiar a violência em casa e na escola, quando ela está sob o controle da própria selvageria infantil, e não odiá-la após ter aprendido a odiá-la por ter passado uns tempos na Coréia ou no Vietnã ou no Iraque ou no Afeganistão. Os educadores americanos, de algum modo, sempre estiveram diante desse dilema.
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Para nós, no Brasil, as agressões escolares sempre estiveram presentes. Mas elas não começaram entre os jovens. Elas vieram dos professores para os jovens. Sabemos bem que os jesuítas espancavam índios que não conseguiam aprender. Sabemos, também, que a educação escolar dos pobres e da nossa classe média, até mesmo na República, tinha o castigo físico (a palmatória) e até a tortura (o ajoelhar no milho) como métodos pedagógicos que, de certo modo, estavam nos manuais de liberais ingleses. John Locke, por exemplo, chegou a escrever sobre “o uso do látego” na educação infantil. E isso porque ele foi o autor da Carta da Tolerância, um documento chave do liberalismo moderno!
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É claro que o romantismo chegou a nossas escolas por meio não de nosso amor pela França ou por leituras de Rousseau, mas pela literatura pedagógica da América, por leituras que fizemos de John Dewey. Caso nos mantivéssemos afrancesados, talvez nossa violência de professores contra alunos tivesse demorado bem mais para cair em desuso e ser proibida. O movimento da Escola Nova pode merecer quase todas as críticas que já se fez a ele, mas ele teve um mérito fundamental: à medida que se desenvolveu ajudou a consciência de pais e professores a abandonar os métodos ligados à humilhação.
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Em meio a isso, é claro que nossa juventude fez tudo que outras fizeram. Portanto, durante o desdobrar da República, até perto dos anos setenta, tivemos uma escola que punia duramente enquanto que os seus alunos, por sua vez, repetiam essa punição entre si. Nesse contexto vimos crescer o nosso bullying e o nosso mobbing. De certo modo, também o nosso stalking. Mas as coisas se tornaram incontroláveis quando o arrocho salarial veio de fato a destruir a vida do professor como professor, fazendo-o perder o prestígio social que até então ostentava. Decorrente disso, o professor se tornou um fantoche sem qualquer autoridade no interior da escola. Com isso, a violência entre estudantes cresceu. E nasceu também a violência contra o professor que, enfim, se desenvolveu de modo que, recentemente, fez os parlamentares, que não são nada rápidos para se mobilizarem em favor de seus representados, agirem de modo eficaz no sentido de se envolverem com a criação de leis mais severas contra tal violência.
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Muitos pais fazem crer que o problema da intimidação, nas suas várias formas, é algo exclusivo deles, os que têm filhos como vítimas dessas práticas de violência. A sociedade tende a reproduzir essa gritaria geral desses pais – e isso é legítimo. Mas, essa gritaria, ampliada pela imprensa, não é o lado principal do problema. Ela é tomada como o principal e, então, o que ocorre é o desencadeamento de uma legislação punitiva que, quando exagerada e voltada para todo o lado, não vai punir ninguém. Mas o problema principal não é de ter filhos que são vítimas da violência e, sim, o de ter filhos que são os agentes da violência.
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Nossa sociedade se envolve demais com o “oprimido” e pensa que o “opressor” é apenas uma figura a ser combatida. Assim agimos quando “opressor” e “oprimido” apareceram na educação, com toda a carga política que tinham. Agora, estamos fazendo o mesmo com “as vítimas do bullying” e os “praticantes do bullying”. São cartazes e faixas e comunidades na NET gritando “Contra o Bullying” ou “Bullying é crime”. Da última vez que vi uma campanha assim, que foi “Não às drogas”, a presença das drogas só fez crescer nas escolas. A ação social e educativa é uma ação que precisa atingir o praticante da violência, mas não só com a repressão. A repressão a ele talvez não seja muito eficaz. Pois, se ele é violento, a repressão a ele é um ato violento que, enfim, fala a linguagem que ele gosta de ouvir.
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Nossos intelectuais que lidam com questões de violência e pedagogia deveriam ouvir essa sugestão da filosofia: é necessária uma atenção a respeito das energias do jovem e da criança violenta, além disso, é necessário ver até que ponto o praticante da violência escolar é alguém que tem grandes chances de tratar sua potencial vítima como “um de nós”, e não como o diferente que ele precisa “enquadrar”. É aí que entram os programas de redescrição de grupos por outros grupos. Quando alguém é capaz de redescrever o outro de modo a vê-lo não mais como pertencente “a eles”, mas como “um de nós”, inicia-se um novo dia nas relações dessas pessoas. Duvido que os educadores não conheçam boas práticas redescritivas que se aliariam com facilidade a bons canalizadores de energias. Falta colocar mãos à obra, e não ficar exclusivamente no “chame a polícia”."
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Autor deste texto: PAULO GHIRALDELLI JR. Ele é Filósofo, escritor e professor da UFRRJ
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Texto escrito em: 22/06/2010
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Texto escrito em: 22/06/2010
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