Li ontem que o senado
aprovou a exigência do diploma de jornalismo para quem quer exercer a
profissão.
Vi gente falar muita
besteira. Gente dizendo que com isso aqueles que não possuem o diploma serão
impedidos de escrever em jornais, sites, trabalhar em rádios... Mentira.
A exigência é para quem vai
trabalhar como jornalista numa empresa de comunicação. Para quem escreve
expressando seus conhecimentos e opiniões nos meios de comunicações terão
garantida a participação como colaboradores.
Há médicos, contabilistas,
economistas, engenheiros, advogados, arquitetos que escrevem muito bem sobre os
mais diversos temas. E têm as suas participações e opiniões respeitadas pelo
grau de conhecimento que expressam sobre os temas abordados.
E não vejo como proibi-los
de se manifestarem porque não têm diploma de jornalista. Devem tem suas
opiniões resguardadas, garantidas na lei como colaboradores do exercício da liberdade
de expressão.
No entanto não vejo nenhum
jornalista prescrevendo receitas médicas, assinando balanços de empresas,
fazendo, como economistas, previsões econômicas para empresas, fazendo plantas
de casas e prédios, defendendo clientes em causas penais nos tribunais ou
fazendo e assinando projetos arquitetônicos.
Todas as profissões acima
citadas, e outras mais também, possuem conselhos exclusivos na vigilância e
garantia do exercício legal das profissões por aqueles que são academicamente
preparados intelectual, moral e tecnicamente para exercê-las.
Todas essas funções são
exclusivas dos profissionais acima citados, respectivamente, e são
resguardadas, por lei, para quem tem diploma. Por isso não vejo como se exercer
a função de jornalista sem ter sido formado e preparado academicamente para o
exercício da função.
Pode ser que muitos o façam
já há muito tempo. E há muitos. A lei garantirá que os que já estão trabalhando
se mantenham como “jornalistas” até se aposentarem ou desistirem de exercê-la.
E sobre estes, que exercem
a função sem uma qualificação específica e intelectual resultam, na maioria das
vezes, em péssimos profissionais. Terminam apenas reproduzindo a opinião dos
donos dos meios de comunicações sem poder fazer análises criteriosas e
autônomas. E, nesse aspecto, me recordo de Mino Carta quando disse que “jornalistas
são piores que os patrões”.
Por isso vejo com bastante
desdém as críticas à nova lei.
A partir do momento que a
lei for sancionada, e entrar em vigor, as empresas só poderão contratar para
seus quadros funcionais, como jornalistas, aqueles que se profissionalizarem. Nada
mais justo, pois os conselhos profissionais existentes não permitem que
profissionais de outras áreas façam aquilo que é de exclusividade legal das
suas profissões.
P. S. 1: Muitos “donos” de
empresas de comunicações estão julgando duramente a proposta de lei porque não
desejam contratar os profissionais qualificados. É mais barato contratar alguém
sem formação e sem qualificação.
P. S. 2: Para ler sobre o tema e sobre aspectos da lei clique AQUI.
P. S. 2: Para ler sobre o tema e sobre aspectos da lei clique AQUI.
Um comentário:
Caro Jair,
Concordo com as suas colocações e acho até que pode melhorar mesmo as publicações.
Mas, isso não significa a pretensão da verdade, pois alguns jornalistas não honram a verdade e se põe a escrever, desavergonhadamente, sobre temas que não se aprofundam e oscilam entre a verdade e a "sugestão" da verdade, ofuscando a verdade. Sei não!
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