Já
está inscrito nos muros da polis: a revista Veja é uma publicação sem
credibilidade. Então, se algo vier dela pense: ou é mentira ou apenas um
singelo aspecto de uma verdade a ser destacado para saciar estritamente seus interesses.
Mais
uma vez essa publicação vem a público com insinuações que ela mesma não
consegue comprovar com fatos. Ela parte sempre do parece, disseram, talvez...
para enxovalhar a honra alheia. Sua prática semanal virou cinismo que destila
ódio de classe e moralismo seletivo. Ou seja, a revista é a expressão semanal
de ódio contra os trabalhadores e os pobres e defende uma moral em que seus
amigos bandidos são elevados à categoria de “mosqueteiros da ética” e quem
estiver num espectro político diferente
será sempre alvo de suas maledicências.
Nesta
semana Veja demonstra mais uma vez que não aceitará o resultado das eleições e
partirá, até o último dia de mandato da presidente Dilma, para o ataque. Diz
que respeita a democracia mas faz ataques sistemáticos às regras da democracia.
É puro cinismo, é pura hipocrisia. Veja só quer mesmo, assim como as
empreiteiras brasileiras, garantir a segurança dos seus negócios de qualquer
maneira, mesmo que seja necessário apelar para um golpe contra a democracia,
mesmo que seja necessário apelar para mentiras cínicas e sistemáticas.
"NOTA
À IMPRENSA SOBRE REPORTAGEM DA REVISTA VEJA
Sábado, 22 de novembro de
2014 às 13:01
Nota Oficial
A reportagem de capa da
revista Veja de hoje é mais um episódio de manipulação jornalística que marca a
publicação nos últimos anos.
Depois de tentar
interferir no resultado das eleições presidenciais, numa operação condenada
pela Justiça eleitoral, Veja tenta enganar seus leitores ao insinuar que, em
2009, já se sabia dos desvios praticados pelo senhor Paulo Roberto Costa,
diretor da Petrobras demitido em março de 2012 pelo governo da presidenta
Dilma.
As práticas ilegais do
senhor Paulo Roberto Costa só vieram a público em 2014, graças às investigações
conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
Aos fatos:
Em 6 de novembro de 2014,
Veja procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência da República informando
que iria publicar notícia, “baseada em provas factuais”, de que a então
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, recebeu mensagem eletrônica do
senhor Paulo Roberto Costa, então diretor da Petrobras, sobre irregularidades
detectadas em 2009 pelo Tribunal de Contas da União nas obras da refinaria
Abreu e Lima. O repórter indagava que medidas e providências foram adotadas
diante do acórdão do TCU. A revista não enviou cópia do e-mail.
No dia 7 de novembro, a
Secretaria de Imprensa da Presidência da República encaminhou a seguinte nota
para a revista:
“Em 2009, a Casa Civil era
responsável pela coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Assim, relatórios e acórdãos do TCU relativos às obras deste programa eram
sistematicamente enviados pelo próprio tribunal para conhecimento da Casa Civil.
Após receber do Congresso
Nacional (em agosto de 2009), do TCU (em 29 de setembro de 2009) e da Petrobras
(em 29 de setembro de 2009), as informações sobre eventuais problemas nas obras
da refinaria Abreu e Lima, a Casa Civil tomou as seguintes medidas:
- a) Encaminhamento da matéria à Controladoria Geral da União, em setembro de 2009, para as providências cabíveis;
- b) Determinação para que o grupo de acompanhamento do PAC procedesse ao exame do relatório, em conjunto com o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras;
- c) Participação em reunião de trabalho entre representantes do TCU, Comissão Mista de Orçamento, Petrobras e MME, após a inclusão da determinação de suspensão das obras da refinaria Abreu e Lima no Orçamento de 2010, aprovado pelo Congresso.
Nesta reunião, realizada
em 20 de janeiro de 2010, “houve consenso sobre a viabilidade da regularização
das pendências identificadas pelo TCU” nas obras da refinaria Abreu e Lima
(conforme razões de veto de 26 de janeiro de 2009). Foi decidido, também, o
acompanhamento da solução destas pendências, por meio de reuniões regulares
entre o MME, o TCU e a Petrobras.
A partir daí, o Presidente
da República decidiu pelo veto da proposta de paralisação da obra, com base nos
seguintes elementos:
1) a avaliação de que as
pendências levantados pelo TCU seriam regularizáveis;
2) as informações
prestadas em nota técnica do MME que evidencia os prejuízos decorrentes da
paralisação; e
3) o pedido formal de veto
por parte do então Governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Este veto foi apreciado
pelo Congresso Nacional, sendo mantido.
A partir de 2011, o
Congresso Nacional, reconhecendo os avanços no trabalho conjunto entre MME,
Petrobras e TCU, não incluiu as obras da refinaria Abreu e Lima no conjunto
daquelas que deveriam ser paralisadas.
E a partir de 2013, tendo
em vista as providências tomadas pela Petrobras, o TCU modificou o seu
posicionamento sobre a necessidade de paralisação das obras da refinaria Abreu
e Lima.
A inconsistência da
reportagem de Veja é evidente. As pendências apontadas pelo TCU nas obras da
refinaria Abreu e Lima já haviam sido comunicadas, em agosto, à Casa Civil pelo
Congresso e foram repassadas ao órgão competente, a CGU.
Como fica evidente na
nota, representantes do TCU, Comissão Mista de Orçamento do Congresso,
Petrobras e do Ministério de Minas e Energia discutiram a solução das
pendências e, posteriormente, o Congresso Nacional concordou com o
prosseguimento das obras na refinaria.
Mais uma vez, Veja
desinforma seus leitores e tenta manipular a realidade dos fatos. Mais uma vez,
irá fracassar.
Secretaria de Imprensa
Presidência da República"