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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

TERRORISMO? INCOMPETÊNCIA? MAIS UMA FARSA EM ANA FLORES.



Ana Flores é uma cidade tão comum e cheia de problemas tais como os de tantas outras que existem no Brasil. Mas ela só é assim, imitação do real, para que suas histórias possam ser críveis e, assim, chamar atenção para seus personagens, problemas e situações. Se fosse real ninguém acreditaria em suas histórias.  

Quando se cria uma narrativa, mesmo quando se tem consciência que é uma situação meramente literária, o que se pretende é convencer o leitor da plausibilidade da história narrada. Mas será preciso, nessa narrativa, se esforçar um pouco para acreditar.

Ana Flores só é diferente naquilo que precisa ser em comparação às mais de cinco mil cidades do Brasil: ela é fictícia. E precisa ser, pois os personagens, situações e problemas podem ser vistos ficticiamente como algo a ser denunciado como literatura.

Ana Flores quase se foi pelos ares. Literalmente. Quase foi explodida com dinamite. Houve planejamento e tudo foi projetado para ser executado com a conivência de algumas autoridades anaflorenses. Mas este ato ignóbil engendrado por estúpidos e criminosos não nos autoriza a creditá-lo na conta de um delírio religioso de uma mente terrorista, não.
       
Também não é reflexo condicionado de uma exemplar e imperturbável mentalidade incompetente, não. Tudo foi urdido para desviar dinheiro dos anaflorenses. O aparente ato terrorista ou incompetente na verdade foi planejado e projetado para ser refeito depois sobre outras bases justificando, assim, o aumento do preço a ser cobrado.

Autoridades de Ana Flores planejaram uma obra que deveria ser executada com o objetivo propagandeado (a preço de ouro) de possibilitar qualidade de vida a seus habitantes. Até aí, a intenção, aparentemente, era republicana. Uma obra do porte que se propôs revigoraria os índices de desenvolvimento humano. Então, tudo seria maravilhoso.

Na hora da execução é que começa a sacanagem, o descaramento, e o ato que supostamente seria terrorista ou incompetente vai mostrando a sua verdadeira face. Planejaram e projetaram uma obra de infraestrutura que deveria ser realizada com a utilização de explosivos por toda a cidade. As valas nas ruas seriam abertas com bananas de dinamite. O mais incrível aconteceu. A marmota, quer dizer, o projeto foi aprovado pelas autoridades superiores. Dinamitar as ruas de uma cidade é aceitável nesse país, desde que seja para “baratear” uma obra.

Mas quando já estavam para iniciar a obra e, assim, mandar Ana Flores pelos ares ocorreu de uma mente brilhante perceber que havia muita gente residindo em suas casas e essa escolha poderia ser perigosa. Refizeram os cálculos da obra propondo a utilização de um meio mais civilizado e tecnicamente mais adequado e solicitaram, com isso, um aumento no valor para realizar o serviço, pois a nova forma de escavação seria mais cara. Aditivaram o preço da obra.

Entenderam agora a malandragem?

Informaram que o solo de Ana Flores seria do tipo mais duro que existe para perfuração. Quase a metade do solo que seria perfurado teria a durabilidade equivalente a do granito (rocha viva) que é, na classificação dos técnicos, o mais duro de ser perfurado. Qualquer vala que fosse aberta havia alta probabilidade de ser do tipo mais duro. Era quase certo. Por isso, seria mais barato utilizar dinamite. Como não é possível usar esse meio, então, a melhor opção seria pagar pela utilização da técnica mais cara. O que foi feito.

Não dinamitaram a cidade, mas superfaturaram a obra em quase duas dezenas de milhões de reais. É mole? A jogada que aparentemente sugeria imbecilidade ou radicalismo religioso na verdade era só um meio novo de furtar dinheiro dos anaflorenses.


Depois volto a mais detalhes desse caso assombroso de superfaturamento e o resultado desse imbróglio. Vou contar porque não houve punição às autoridades anaflorenses que andam sorrindo da cara dos surrupiados cidadãos.  

Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência. Você acredita em mim, não é? Fiz de tudo para esta narrativa literária parecer verossímil, se esforce para crer no planejamento e projeto oficial de destruição de Ana Flores.    
   


5 comentários:

Flávio Cavalcanti disse...

Professor Jair,

Ana Flores, Cidade esta criada por você, me parece que só tem semelhança com Floriano no primeiro sufixo. Ou não?

Mas, o Prefeito de uma cidade no exercício de suas funções executivas detém alguns poderes como o hierárquico, o discricionário, que é o que lhe faculta liberdade de escolher a seu bel prazer seus Secretários Municipais e os demais funcionários que ocuparão cargos de confiança na administração da cidade. Porém, igualmente, deve observar a finalidade legal de todo ato administrativo, que é o interesse público, ficando adstrito também a observar as regras de boa administração que são preceitos da moralidade administrativa. Em todo ato praticado deve estar presente o princípio da finalidade e da eficiência. No rol dos poderes do administrador público estão o poder, dever de agir, de eficiência, de probidade, de prestar contas e deve, ao exercer estes poderes, não abusar deles, nem exceder os limites, nem desviar-se de sua finalidade, nem omitir-se de praticá-los.

Está mais do que na hora dos demais Vereadores de Floriano seguirem o exemplo de Ana Cleide! Caso contrário, a Cidade tem que reagir.

Flávio Cavalcanti

Anônimo disse...

Caro "blogueiro" lendo seu artigo veio me a mente minha cidade natal: Floriano-PI. Até o nome tem algo em comum -"Ana Flores". Olha lá em Floriano só tem barro e areia, mole que nem manteiga e aqui e acolá uma pontinha de pedra, das moles, arenito intemperizado, friavel, que qualquer picareta resolve, e não é que os homens da fiscalização do esgoto sanitário disseram que era tudo como no Ceará, cheio de granito - a pedra mais dura do mundo. Eta raça de cabras safados.

JAIR FEITOSA disse...

Olá Flávio.

Meu caro, Ana Flores é uma cidade fictícia. Ela não existe. Não poderia existir visto que os absurdos que descrevo como acontecidos lá não podem fazer parte de uma cidade real. Pois, não seria aceitável que um prefeito e sua súcia cometessem tantos atos repugnantes e desonestos como esses de Ana Flores.

Então, fica só no exercício da imaginação que os atos desonestos e outras trambicagens possam ter ocorrido numa cidade real.

Um abraço.

Jair Feitosa.

JAIR FEITOSA disse...

Olá "Anônimo".

É muita coincidência que exista uma cidade com características tão semelhantes a de Ana Flores. É mais coincidência que as características cheguem ao solo e subsolo. Incrível.

Mas, daí dizer que é a mesma cidade, como outros andam dizendo, é forçar a barra para querer me encrencar. Mas Ana Flores não existe. Fatos, atos, personagens, roubalheiras, mau-caratismo... tudo isso pode ocorrer em qualquer parte, principalmente numa cidade que criei exatamente para expor essas facetas humanas.

O pior de tudo isso é que esta sua percepção de que exista um lugar real que possa parecer com Ana Flores deveria preocupar os cidadãos dessa cidade. Imagino que deveriam recorrer ao Ministério Público para cobrar providências.

Um abraço.

Jair Feitosa.

JAIR FEITOSA disse...

Caro Flávio.

Sobre o trabalho da vereadora Ana Cleide, acredito ser ela a única pessoa que exerce mandato de vereador(a) na cidade e faz o trabalho que ela faz. Ou seja, de todos, ela é a única que realmente faz o trabalho que lhe foi confiado de forma completa e constante.

Os demais, vejo como deficientes no papel principal de um vereador: fiscalizar o poder público municipal. A maioria vive de olhos tapados para os desmandos, descasos e incompetências. Olhos vendados e amarrados pelo compromisso clientelista.

Um abraço.

Jair Feitosa.