Olhem como ficará o céu da cidade de
Floriano no réveillon do pior prefeito da história da cidade.
Somos seres temporais. Nós somos o tempo. O tempo
não existe sem nós. Por uma necessidade de organização e sentido da realidade
criamos a noção do tempo. Palavras como “passado”, “presente” e “futuro” são
fundamentais para que possamos organizar as nossas vidas, os fatos, as lembranças,
as reflexões e planejamentos.
Para que isso se torne compreensível (a
história), suportável (lembranças ruins e indeléveis) e desejável
(aniversários, réveillon) criamos rituais fundamentais que marcam e mantêm
vivos nossas vidas, os fatos, as lembranças, as reflexões e planejamentos. As
comemorações dos fatos históricos, os momentos passados que nos assombram (ou
não) e os acontecimentos vindouros e desejáveis são marcados por rituais específicos
incorporados em nossa cultura. É isso que nos faz suportar e entender a
realidade de forma mais amena.
A realidade seria insuportável se não fosse
a estética e a cultura. As artes e as manifestações culturais expressam essa
necessidade de tornamos a realidade mais bela e alegre. Criamos tudo isso para
facilitar a socialização e para nos relacionarmos melhor com o tempo. Os valores
agregados a esses rituais mudam com o tempo, mas os rituais, desde que foram
concebidos, se mantêm por opção e por nosso prazer.
A cidade de Floriano é uma cidade na contramão
de tudo isso. Primeiro o tempo foi parado no seu fluxo ininterrupto. Como
depende do ritual do réveillon, no caso específico aqui, é como se tivessem
parado o tempo. Em Floriano não haverá o ano de 2012. Ficaremos presos em 2011
graças a extrema incompetência do atual prefeito da cidade.
Não cumpriremos o ritual “sagrado” da
passagem de um ano para o outro porque é um ritual que sempre ficou, para ser
executado com o nosso dinheiro, nas mãos da administração pública. Se tivéssemos
tomado para nós mesmo a execução do ritual, certamente o pior prefeito da
história da cidade não nos deixaria presos aqui em 2011.
Qual o motivo dessa insensatez típica dos
incompetentes? Não há dinheiro. Que há outras prioridades. Vamos, rapidamente,
analisar essas duas desculpas esfarrapadas. 1ª; sempre houve nos últimos sete
anos comemorações de réveillon, não faltou dinheiro para nenhuma delas mesmo
que para fazê-las da forma como foram feitas, ou seja, de qualidade duvidosa
por preços aviltantes.
2ª; alega-se agora, depois de sete anos, que
o prefeito vai priorizar a coleta do lixo, a capina do matagal, e as operações
tapa-buracos. Ora vejam só, sete anos de descaso com a cidade agora é usado
como desculpa para não fazer o réveillon, como se o prefeito tivesse algum zelo
pela cidade. Sete anos de lixo, mato e buracos. Nunca houve dinheiro para isso
e, agora, no último ano de mandato virou preocupação. Só um tolo ou cego pode
acreditar nesse embuste.
Nesses sete anos as desculpas para o descaso
sempre foram alternantes. Primeiro foi Deus que tem os seus desígnios, depois foi
a natureza, depois a crise financeira mundial, depois a idade da malha viária
da cidade, depois a falta de material, depois a burocracia das licitações,
depois a ausência de empresas especializadas na cidade para fazer o serviço e,
por último, a falta de dinheiro. Só não veio à baila a verdade.
Mesmo que nesses sete anos eu tenha feito,
através da ironia, a verdade apontar a sua cabeça para que pudesse ser percebida.
E mesmo que o máximo que ele pôde fazer para desdizer o que eu sempre disse
aqui, que ele é incompetente, foi me processar com o único objetivo de me
calar. Não buscou meios de administrar de forma competente a cidade, mas tentar
calar quem mostra que ele é incompetente.
Descaso e incompetência, a marca indelével
da administração do pior prefeito da história de Floriano.
P. S.: Este texto
teve a contribuição involuntária de Ronilson DuMont do blog BioLoukos.
10 comentários:
Descaso, incompetência e desculpas esfarrapadas.
Primeiramente, é uma honra ter o meu nome citado no blog de um dos maiores e melhores formadores de opinião que conheço, o Mestre Jair Feitosa.
Segundo, digo o quão triste fico ao ver que uma das festividades mais esperadas do ano não ocorrerá em nossa cidade. O sentimento que nos toma é como se ficassemos preso ao tempo e não conseguissemos sentir a esperança e a fé de um mundo melhor...
É como se estivéssemos presos em um pesadelo em que por mais que andassemos não conseguimos sair do abismo...
É triste, mas existe uma saída, e esta está em nossas mãos! Basta fazer valer o poder a qual nos foi dado! Mais enquanto isso vamos todos passar o réveillon em Barão, porque lá vai ter 2012! kkk...
Alto nível de bom senso e senso crítico sobre a situação, e ainda tem gente que se cala e que quer calar, quem só fala a verdade, amei o post..!!
Olá Joyce.
Palavras-chave do texto. Você foi muito perspicaz ao sintetizar as ideias centrais.
Obrigado por participar e contribuir.
Um abraço.
Jair Feitosa.
Olá Ronilson.
É uma satisfação ter aqui o mentor da ideia de "tempo parado" do texto que utilizei aqui, como disse no final da postagem.
É muito bom ter contato com pessoas que têm sempre uma ideia interessante e irônica para avaliarem os fatos.
Um abraço e obrigado por participar.
Jair Feitosa.
Olá Thaís.
Obrigado pelas palavras. Você já percebeu que começaram a aparecer os salvadores da pátria com as soluções mágicas para os problemas da cidade. Daqui para frente é que surgirão os caras de pau de oportunidades.
Um abraço e obrigado por participar.
Jair Feitosa.
Jair,
Excelente texto!!
O problema maior não é esse prefeito, mas sim o próprio povo da cidade! E cada povo tem o governante que merece (e que escolhe livremente). Na minha opinião a corrupção do nosso povo (que é exatamente a mesma dos nossos políticos) faz parte do caráter do brasileiro, assim como sua a grande religiosidade. E eu vejo uma forte correlação entre a religiosidade e a corrupção: quem engole todo tipo de mentiras aceita a realidade por mais dura que seja, pois vive de ilusões, sonhos e promessas inúteis. Este é o nosso país: Brasil, um país de tolos.
Um grande abraço,
Maximiliano Zierer
Jair,
Excelente texto!!
O problema maior não é esse prefeito, mas sim o próprio povo da cidade! E cada povo tem o governante que merece (e que escolhe livremente). Na minha opinião a corrupção do nosso povo (que é exatamente a mesma dos nossos políticos) faz parte do caráter do brasileiro, assim como a sua grande religiosidade. E eu vejo uma forte correlação entre a religiosidade e a corrupção: quem engole todo tipo de mentiras aceita a realidade por mais dura que seja, pois vive de ilusões, sonhos e promessas inúteis. Este é o nosso país: Brasil, um país de tolos.
Um grande abraço,
Maximiliano Zierer
Um show pirotécnico, Jair, pode iluminar a cidade e, portanto, mostrar as suas mazelas. Floriano, mais uma vez, parou no tempo: oito anos de apagão administrativo. Só temos uma luz no fim do túneo: o voto.
Antonio Jose Rodrigues
É meu caro Jair, o negócio ta feio em nossa cidade. Falta de compromisso é tb umas das marcas indeléveis dessa administração. Que pena que são tantas marcas ruins. Fica dificil atrair coisas boas pra cá.
Chico Mário
Postar um comentário