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domingo, 28 de fevereiro de 2010

DILMA ESTÁ CHEGANDO.

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Os fascistas (segundo PAULO GHIRALDELLI JR.) da Veja até dezembro do ano passado diziam que SERRA venceria DILMA já no primeiro turno e de goleada. E toda pesquisa era comentada na revista apontando o candidato deles na frente, e distante. Agora estão todos calados. Ontem, era constragendora a cara de decepção de ALEXANDRE GARCIA apresentando o Jornal Nacional. O JN não disse nada sobre a pesquisa, mas estava estampado na cara de ALEXANDRE um certo medo. Agora leia o texto a seguir sobre a pesquisa que foi divulgada ontem pelo DataFolha (orgão assumidamente serrista).
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DILMA CRESCE E ENCOSTA EM SERRA NA DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA
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Ministra sobe cinco pontos em cenário com Ciro Gomes (PSB-CE). Tucano segue na liderança, mas perde vantagem
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Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (27) mostra queda na diferença entre os pré-candidatos do PSDB, o governador paulista, José Serra, e do PT, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial.
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O levantamento, publicado na edição de domingo pelo jornal Folha de S.Paulo, aponta Serra com 32% das intenções de voto; Dilma Rousseff, com 28%; o deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, com 12%; e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), com 8%. Na mostra anterior do Datafolha, divulgada em dezembro de 2009, Serra tinha 37%; Dilma 23%; Ciro 13%; e Marina 8%.
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A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Do total de entrevistados (2.623), 9% disseram que vão votar branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e 10% informaram que estão indecisos. O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
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A pesquisa também apresentou um cenário sem a presença de Ciro Gomes. Nessa simulação, Serra tem 38%, Dilma vai a 31% e Marina Silva fica com 10% das intenções de voto. Na pesquisa de dezembro de 2009, o tucano tinha 40%, Dilma registrava 31% e Marina tinha 11%.No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano lidera com 45% das intenções de voto e a petista aparece com 41%. O levantamento realizado em dezembro apontava Serra com 49% das intenções de voto e Dilma com 34%. Em outro cenário de segundo turno, Dilma vence com 48%, contra 26% de Aécio.De acordo com o Datafolha, o pré-candidato Serra registra o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis, com 25%; seguido de Dilma com 23%; Ciro, com 21%; Aécio, com 20%; e Marina, com 19%. A pesquisa avaliou também o índice de aprovação do presidente Lula. Na mostra, a aprovação ficou em 73% (de ótimo e bom). Na pesquisa de dezembro, este índice foi de 72%, o mais alto patamar de popularidade apurado pelo Datafolha.
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(TSE), sob protocolo nº 4080/2010.
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Fonte da matéria: http://gazetaweb.globo.com/

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CONTRATO COM CANDIDATO HONESTO.

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Agora, o texto está completo. E esta gravura é uma representação daqueles candidatos que chegam, levam seus votinhos, e nunca mais aparecem.
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Há muito tempo venho defendendo que nossa cidade deve ter representantes na Assembleia Legislativa. Assim mesmo no plural. Temos uma das mais importantes forças políticas do estado e a nossa qualificação não deriva apenas do quantitativo eleitoral, mas, principalmente, da qualidade. Temos condições de eleger pelo menos dois deputados estaduais. E se nos juntarmos a outras cidades, com o mesmo objetivo, poderemos ir muito mais além e elegeremos um deputado federal. Então, por que não fazemos isso?
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Bastaria a conscientização de que a fragmentação dos votos nos leva sempre ao constrangimento do gigante adormecido. Nas vésperas das eleições acorrem à nossa cidade as mais variadas espécies de candidatos sabendo que aqui vem se firmando, perniciosamente, a ideia de terra sem representantes. Nesse caso, cada um quer o seu naco de votos. E não há concordâncias, só discordâncias acerca dos candidatos nativos.
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E se os eleitores não agirem com discernimento, em vista dos interesses da cidade, muitas lideranças não moverão uma palha rumo à reconstrução de nosso patrimônio político com solidez, honestidade e civilidade. Como a história recente está repleta de sonhos solitários malogrados resta aos eleitores constatarem que eles é que deverão tomar as rédeas de reconstrução política.
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Não há ceticismo gratuito na minha hipótese. Há nomes dignos para estas postulações: GILBERTO JÚNIOR; RAIMUNDO MARTINS; ELZA BUCAR; VALÉRIO CARVALHO. Mas a fragmentação dá conta do meu ceticismo. E a saída é a decisão do eleitor que deve apontar com rigor moral e político que rumo a nossa cidade deve seguir, a partir desta eleição. Certo é que, do jeito que vem decidindo como votar em deputado estadual, nós permaneceremos atolados no mar de interesses individuais porque os eleitores não cobram a concretização do que foi prometido publicamente por aqueles que foram votados.
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Candidatos vêm e vão. A cada quatro anos eles vêm à nossa cidade, tiram seus nacos de votos, e vão. Não são sinceros em suas proposições, mas apostam que ninguém mais se lembrará deles depois de votados. E vêm e vão. Não há compromisso, só promessas. Só enganação.
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Proponho que cada eleição seja vista como um contrato que firmamos com um candidato. Vivemos numa cidade importante e desejamos que ela seja um lugar digno de se viver. Se um candidato convencer que lutará para realizar as necessidades públicas o eleitor vota nele firmando esse contrato. Se depois ele, candidato, rompe o contrato porque é incompetente, ou pretende realizar exclusivamente seus objetivos particulares, ou de outras cidades, o eleitor tem todo o direito de também romper o contrato e nunca mais votar nele.
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O eleitor volta à posição anterior ao contrato. Ou seja, diante das necessidades da cidade e do rompimento do contrato por parte daquele que parecia confiável, o eleitor está livre para escolher outro que seja honesto. É próprio do jogo democrático. É próprio da inteligência e da civilidade. É assim que na democracia poderemos encontrar candidatos decentes em vista da transformação de nossa Floriano.
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Com aqueles que rompem, ou já romperam o contrato, o eleitor deve receber seus “santinhos” com seus nomes, números e seus parcos dados históricos, amassá-los e jogá-los na lata do lixo da história política. Como, aliás, sabiamente tem feito o eleitor inteligente em eleições municipais.
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Desejo, quero e vou votar em candidato a deputado estadual de Floriano. Não há motivos que justifiquem racionalmente uma mudança no primeiro critério que adotei (há muito tempo) para definir em quem votar. Desse modo, o primeiro critério já está preenchido e o candidato, definido.
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SIM, ELE É PRÉ-CANDIDATO.

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GILBERTO JÚNIOR, pré-candidato a deputado estadual pelo PMDB. O texto que se segue é de autoria dele e encontra-se disponível em seu blog (http://www.gilbertojunior15.blogspot.com/).
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"SIM, SOU PRÉ-CANDIDATO.

Depois de muito avaliar sobre as possibilidades de uma candidatura ao cargo de Deputado Estadual nas eleições deste ano, resolvi colocar meu nome à disposição do meu Partido para ser apreciado em convenção e nesta ser escolhido como candidato a Deputado Estadual representando Floriano e região na Assembléia Legislativa do Piauí. Embora muitos defendam que não existe tecnicamente aquilo que se chama de pré-candidatura, é esse o termo usual para quem coloca seu nome para que o partido, de acordo com a legislação eleitoral, transforme o filiado em candidato.
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A minha decisão passou por um lento e cauteloso processo de ponderação, medindo as consequências positivas e negativas da candidatura..Como todos sabem, nas últimas eleições municipais, tive meu nome como representante de um grupo político que se formou à base de muita obstinação e força de vontade, que se portou levantando uma bandeira de esperança de novos métodos políticos e apresentando propostas viáveis de uma administração pública descentralizada, isenta de conchavos, austera e sem os vícios do patrimonialismo, clientelismo e assistencialismo político.
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Foram quase 11 mil votos conseguidos às duras penas. Enfrentamos as mais diversificadas dificuldades, numa batalha eleitoral totalmente desigual. Até mesmo um questionamento judicial se tornou um grande fator de disparidade na disputa. Cinco dias antes da eleição, o TSE julgou o processo administrativo PA 19899, concluindo pela legitimidade da minha então candidatura. Por incrível que possa parecer, a decisão só foi publicada em 30/04/2009, ou seja, quase 6 meses após a eleição. O Tribunal decidiu que todos os Casos iguais não eram empecilhos para a quitação eleitoral, tese levantada por nós desde o início do processo. Publicada a decisão, hoje já tenho em mãos a quitação eleitoral.
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Mas tudo bem. Continuei de cabeça erguida com a consciência de ter cumprido o meu papel de ter contribuído com o debate democrático, aceitando a decisão do povo de Floriano. Não sou profissional da política, não sobrevivo de cargos de governo e, naturalmente, voltei ao exercício da minha profissão de advogado, pai de família e de cidadão florianense.
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Na política, passei a me reunir com as lideranças que fizeram parte do grupo e que, apesar da derrota nas urnas, considero como um grupo vitorioso. E digo vitorioso não só pela enorme quantidade de votos, mas pelo laço de amizade e respeito mutuo que foi entre as lideranças e principalmente entre todos os que encamparam a chamada corrente do 15, que ressoou aos quatro cantos da cidade.
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Nas reuniões, começamos a pensar nas eleições de 2010. Tínhamos um pré-acordo de que o candidato a Deputado Estadual deveria ser "da terra" e que o nome a ser trabalhado prioritariamente fosse do grupo..Era natural, por causa do chamado "recall eleitoral" que o meu nome surgisse como o provável candidato e, assim, consolidássemos o espaço conquistado na eleição de 2008. Vale lembrar que a votação conseguida naquela eleição (10.539 votos) é a segunda maior em toda a história de Floriano de um candidato a Prefeito, superada apenas pelo candidato "à reeleição", o prefeito atual.
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Para a confirmação do meu nome como pré-candidato a deputado estadual, uma das tarefas inevitáveis a cumprir era eventualmente a busca de uma estrutura que pudesse viabilizar a candidatura. Nesse objetivo, chegamos a ir a Teresina com o grupo para ouvir e lançar propostas junto a alguns políticos, mas tendo sempre como alvo, em primeiro lugar, o resgate político de Floriano.
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Afunilado o processo pré-eleitoral, quando as pré-candidaturas começaram a se definir, conjecturas das mais diversas passaram a aparecer, bons nomes lançados também como pré-candidatos vieram à tona. Conversei com a maioria dessas pessoas e nunca deixei de considerar alguns aspectos importantes, tais como a até agora indefinida situação dos pré-candidatos ao Governo do Estado e o direcionamento dos vários Partidos Políticos.
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Os amigos, correligionários do PMDB, militantes da campanha passada me cobravam um posicionamento. Quem me conhece sabe que a cautela sempre fez parte das minhas decisões. Pedia calma a todos e informava que estava avaliando todo o quadro político, as conversas, as propostas que apareciam, para que tomasse uma decisão conforme a minha consciência.
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Pouco antes do carnaval, a direção do PSB local, grande aliado nas eleições de 2008, me informou oficialmente que a partir de então não defenderia mais o meu nome como prioritário para a pré-candidatura a Deputado Estadual. As razões apresentadas foram principalmente a falta da proposta de estrutura para a campanha, a indefinição por conta disto, o projeto partidário e até a preservação do meu nome para uma futura candidatura a Prefeito em 2012. Em nenhum momento me senti constrangido com isso e procurei entender os motivos.Cheguei a ponderar novamente, naquela ocasião, sobre os motivos da minha cautela, mas o posicionamento dos líderes do PSB local já se apresentava taxativo no rumo de uma pré-candidatura dentro do seu próprio partido. No íntimo, eu queria que esperassem pelo menos que a decisão fosse tomada após o carnaval, momento de forte interação das pessoas, mas observei que alegar isso seria em vão. Já havia projetos concretos influenciando a decisão PSBista, embora muitos integrantes daquele partido não comungassem com a idéia.O carnaval foi momento básico para a minha decisão. Tive a oportunidade de encontrar e conversar com amigos, debater com pessoas e ter maior contato com a população. Durante o período carnavalesco, tomei conhecimento dos números de uma pesquisa segundo a qual meu nome estaria com índices de excelente aceitação popular em Floriano. Sobre a mesma, eu tinha apenas ouvido comentários advindos de Teresina.
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Mas isso não foi o que mais me sensibilizou e sim a interação que pude ter com as pessoas que me saudavam nas ruas nos dias do carnaval e que queriam que eu as garantisse que iria continuar no processo político. Pude observar que minha possível exclusão das eleições que se aproximam, além de várias consequências para a trajetória política que teve base nas eleições de 2008, traria sérias frustrações para grande parte da população que depositou esperanças nas propostas de mudanças na política local.
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Logo após o carnaval, tomei a iniciativa de ir diariamente a ruas e bairros de Floriano para conversar com amigos, lideranças ou não, pessoas do povo, representantes de categorias e etc. Não nego que pude ouvir muitos estímulos, mas também desestímulos. Porém, notei que, quando esses últimos apareceram de forma sincera, foram com a intenção de me mostrar os riscos que poderei correr sendo candidato a Deputado. Claro que pude observar também que alguns desestimulavam porque tinham interesses outros. Percebo que isso é completamente compreensível quando se trata de política.
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Procurando ter uma visão macro sobre a política local, é inegável que, se existe em Floriano o lado da situação, a oposição local carece de uma referência. E essa referência começou a ser trabalhada na eleição passada, quando conseguimos mostrar um contra-ponto, uma polarização contrária ao lado situacionista. Estou convencido de que a minha eventual omissão no processo eleitoral deste ano deixaria esfacelada, desguarnecida e vulnerável a oposição que levantou sua base na eleição de 2008, favorecendo francamente o trabalho do candidato do atual prefeito tanto a Deputado quanto ao da sua sucessão em 2012. Infelizmente, esta não é a visão de alguns dos nossos aliados, a quem respeito o posicionamento e me coloco à disposição para um possível debate e entendimento.
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O que alcançamos em 2008 (não eu, mas todo o grupo) foi algo tão importante que posso afirmar, hoje são apresentadas várias estruturas para que levemos adiante a nossa pré-campanha de Deputado, de forma digna, inclusive com viabilidade de eleição, e sempre levando em conta o melhor para Floriano.
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Por fim, quero enfatizar que, infelizmente Floriano é uma cidade sem a força política que merece. Ao visitar recentemente a vizinha Oeiras, sem desmerecer a sua altivez, tive a oportunidade de indagar a alguém sobre o porquê de uma cidade, de bem menor porte que Floriano, ter tantas lideranças políticas de nível estadual e até federal. E um oeirense, sem titubear, me respondeu: aqui ninguém de fora chega prá "cantar de galo" não.
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Quero concluir esse texto, citando uma frase que muito marcou essa minha decisão. Vi na internet, no orkut de uma de minhas amigas virtuais. O autor é nada mais nada menos que Marther Luther King: "O que mais preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons." Não quero com isso dizer que há maus, esse julgamento cabe a Deus e ao povo. Quero apenas enfatizar que aqueles que realmente se sentem com a capacidade de praticar o bem seja em que campo for (na política, na profissão, na vida social), não devem fugir dos desafios e obstáculos que se apresentam.
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Agradeço a Deus e aos amigos que, de qualquer modo, influenciaram para que eu tomasse essa decisão, seja opinando favoravelmente, seja levantando argumentos contrários. Sei dos riscos que assumo, das prováveis críticas que receberei, mas sei também das frustrações que poderia causar ficando omisso nesse momento político tão importante para a nossa Princesa do Sul. Aprendi que não existe vitória sem batalha e nem árvore frutífera sem que seja regada.
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GILBERTO JÚNIOR."
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O SERRA NÃO REVELADO.

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Jornalista LUIS NASSIF, prêmio iBest de Melhor Blog de Política, em eleição popular e da Academia iBest. Leia este texto esclarecedor e conheça melhor o pré-candidato JOSÉ SERRA (PSDB). Obtenha subsídios para melhor decidir seu voto para presidente neste ano.
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SERRA E O FIM DA ERA PAULISTA NA POLÍTICA
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Por que José Serra vacila tanto em anunciar-se candidato?
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Para quem acompanha a política paulista com olhos de observador e tem contatos com aliados atuais e ex-aliados de Serra, a razão é simples.
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Seu cálculo político era o seguinte: se perde as eleições para presidente, acaba sua carreira política; se se lança candidato a governador, mas o PSDB consegue emplacar o candidato a presidente, perde o partido para o aliado. Em qualquer hipótese, iria para a aposentadoria ou para segundo plano. Para ele só interessava uma das seguintes alternativas: ele presidente ou; ele governador e alguém do PT presidente. Ou o PSDB dava certo com ele; ou que explodisse, sem ele.
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Esta foi a lógica que (des)orientou sua (in)decisão e que levou o partido a esse abraço de afogado. A ideia era enrolar até a convenção, lá analisar o que lhe fosse melhor.
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De lá para cá, muita água rolou. Agora, as alternativas são as seguintes:
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1. O xeque que recebeu de Aécio Neves (anunciando a saída da disputa para candidato a presidente) demoliu a estratégia inicial de Serra. Agora, se desiste da presidência e sai candidato a governador, leva a pecha de medroso e de sujeito que sacrificou o partido em nome de seus interesses pessoais.
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2. Se sai candidato a presidente, no dia seguinte o serrismo acaba.
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O balanço que virá
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O clima eleitoral de hoje, mais o poder remanescente de Serra, dificulta a avaliação isenta do seu governo. Esse quadro – que vou traçar agora – será de consenso no ano que vem, quando começar o balanço isento do seu governo, sem as paixões eleitorais e sem a obrigatoriedade da velha mídia de criar o seu campeão a fórceps. Aí se verá com mais clareza a falta de gestão, a ausência total do governador do dia-a-dia da administração (a não ser para inaugurações), a perda de controle sobre os esquemas de caixinha política.
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Hoje em dia, a liderança de Serra sobre seu governo é próxima a zero. Ele mantém o partido unido e a administração calada pelo medo, não pelas ideias ou pela liderança.
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Há mágoas profundas do covismo, mágoas dos aliados do DEM – pela maneira como deserdou Kassab -, afastamento daqueles que poderiam ser chamados de serristas históricos – um grupo de técnicos de alto nível que, quando sobreveio a inércia do período FHC-Malan, julgou que Serra poderia ser o receptador de ideias modernizantes.
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Outro dia almocei com um grande empresário, aliado de primeira hora de Serra. Cauteloso, leal, não avançou em críticas contra Serra. Ouviu as minhas e ponderou uma explicação que vale para todos, políticos, homens de negócio e pensadores: “As ideias têm que levar em conta a mudança das circunstâncias e do país”. Serra foi moderno quando parlamentar porque, em um período de desastre fiscal focou seu trabalho na responsabilidade fiscal.
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No governo paulista, não conseguiu levantar uma bandeira modernizadora sequer. Pior: não percebeu que os novos tempos exigiam um compromisso férreo com o bem estar do cidadão e a inclusão social. Continuou preso ao modelito do administrador frio, ao mesmo tempo em que comprometia o aparato regulatório do Estado com concessões descabidas a concessionárias.
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O castigo veio a cavalo. A decisão de desviar todos os recursos para o Rodoanel provocou o segundo maior desastre coletivo, produzido por erros de gestão, da moderna história do país: o alagamento de São Paulo devido à interrupção das obras de desassoreamento do rio Tietê. O primeiro foi o “apagão” do governo FHC.
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O fim das ideias
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O Serra que emergiu governador decepcionou aliados históricos. Mostrou-se ausente da administração estadual, sem escrúpulos quando tornou-se o principal alimentador do macartismo virulento da velha mídia – usando a Veja e a Folha – e dos barra-pesadas do Congresso. Quando abriu mão dos quadros técnicos, perdeu o pé das ideias. Havia meia dúzia de intelectuais que o abastecia com ideias modernizantes. Sem eles, sua única manifestação “intelectual” foi o artigo para a Folha criticando a posição do Brasil em relação ao Irã – repetindo argumentos do seu blogueiro -, um horror para quem o imaginava um intelectual refinado.
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É bobagem taxar o PSDB histórico de golpista. Na origem, o partido conseguiu aglutinar quadros técnicos de alto nível, de pensamento de centro-esquerda e legalistas por excelência. E uma classe média que também combateu a ditadura, mas avessa a radicalizações ideológicas.
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Ao encampar o estilo Maluf – virulência ideológica (através de seus comandados na mídia), insensibilidade social, (falsa) imagem de administrador frio e insensível, ênfase apenas nas obras de grande visibilidade, desinteresse em relação a temas centrais, como educação e segurança – Serra destruiu a solidariedade partidária criada duramente por lideranças como Mário Covas, Franco Montoro e Sérgio Motta.
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Quadros acadêmicos do PSDB, de alto nível, praticamente abandonaram o sonho de modernizar a política e ou voltaram para a Universidade ou para organizações civis que lhe abriram espaço.
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O personalismo exacerbado
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Principalmente, chamaram a atenção dois vícios seus, ambos frutos de um personalismo exacerbado – para o qual tantas e tantas vezes FHC tinha alertado.
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O primeiro, a tendência de chamar a si todos os méritos, não admitir críticas e tratar todos subordinados com desprezo, inclusive proibindo a qualquer secretário sequer mostrar seu trabalho. Principalmente, a de exigir a cabeça de jornalistas que o criticavam.
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O mal-estar na administração é geral. Em vez de um Estadista, passaram a ser comandados por um chefe de repartição que não admite o brilho de ninguém, nem lhes dá reconhecimento, não é eficiente e só joga para a torcida.
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O segundo, a deslealdade. Duvido que exista no governo Serra qualquer estrela com luz própria que lhe deva lealdade. A estratégia política de FHC e Lula sempre foi a de agregar, aparar resistências, afagar o ego de aliados. A de Serra foi a do conflito maximizado não por posições políticas, mas pelo ego transtornado.
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O uso do blogueiro terceirizado da Veja para ataques descabidos (pela virulência) contra Geraldo Alckmin, Chalita, Aécio, deixou marcas profundas no próprio partido.
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Alckmin não lhe deve lealdade, assim como Aloizio Nunes – que está sendo rifado por Serra. Alberto Goldmann deve? Praticamente desapareceu sob o personalismo de Serra, assim como Guilherme Afif e Lair Krähenbühl – sujeito de tão bom nível que conseguiu produzir das poucas coisas decentes do malufismo e não se sujar.
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No interior, há uma leva enorme de prefeitos esperando o último sopro de Serra para desvencilhar-se da presença incômoda do governador.
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O que segura o serrismo, hoje em dia, é apenas o temor do espírito vingativo de Serra. E um grupo de pessoas que será varrido da vida pública com sua derrota por absoluta falta de opção. Mas que chora amargamente a aposta na pessoa errada.
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Aliás, se Aécio Neves for esperto (e é), tratará de resgatar esses quadros para o partido.
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Saindo candidato a presidente e ficando claro que não terá chance de vitória, o PSDB paulista se bandeará na hora para o novo rei. Pelas possibilidades eleitorais, será Alckmin, político limitado, sem fôlego para inaugurar uma nova era. Por outro lado, o PT paulista também não logrou se renovar, abrir espaço para novos quadros, para novas propostas. Continua prisioneiro da polarização virulenta com o PSDB, sem ter conseguido desenvolver um discurso novo ou arregimentado novas alianças.
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O resultado final será o fim da era paulista na política nacional, um modelo que se sustentou décadas graças ao movimento das diretas e à aliança com a velha mídia.
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Acaba em um momento histórico, em que o desenvolvimento se interioriza e o monopólio da opinião começa a cair.
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A história explica grande parte desse fim de período. Mas o desmonte teria sido menos traumático se conduzido por uma liderança menos deletéria que a de Serra.
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DIGNIDADE E AUTONOMIA.

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Foto (divulgação) do vereador RAIMUNDO MARTINS, PT.
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RAIMUNDO MARTINS, vereador eleito pelo PT de Floriano, deixou a base aliada do prefeito. Saiu na imprensa local. Depois disso, três leitores do meu Blogue comentaram comigo superficialmente o significado desse passo político dado pelo vereador. Disseram-me que foi oportunismo, pois estando o prefeito com péssima avaliação por parte dos cidadãos florianenses, então o vereador teria se afastado para não se “contaminar” com a rejeição quase absoluta ao prefeito.
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Mas entendo de outro modo e já sabia dessa decisão muito antes dela ter sido anunciada formalmente na câmara e para a imprensa em geral. No dia 09/01/2010 fui, como homenageado, a uma festa de formatura de curso superior de ex-alunos no Comércio Esporte Clube. No final do evento conversei com o vereador e ele me disse que faria isto no início do ano legislativo. Pediu que eu aguardasse que teríamos novidades. E perguntado do que se tratava, ele falou: “Deixarei, depois de muito discutir com aliados políticos, a base de apoio ao prefeito de Floriano”.
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Então, naquele momento, não se via o prefeito sendo vaiado estrondosamente pela população no meio da rua como ocorreu no início do carnaval deste ano, e num evento apartidário. É claro que algo já apontava nesse sentido. No ano passado o Instituto Data AZ fez uma pesquisa em nossa cidade e o resultado foi que ele fora classificado pela população como o 4º pior prefeito do Piauí, segundo o portal
www.noticiasdefloriano.com.br. Mas nada disso teria sido o motivo de mudança de posição para o vereador RAIMUNDO MARTINS.
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Seria imaturidade, se fosse esse o motivo, pois o prefeito pode reverter a situação e recuperar a popularidade que tinha quando foi reeleito. E isto inclui a posição que ele tomará na eleição deste ano e o resultado da eleição. Tanto em relação a senadores, deputados federais, deputados estaduais, governador e presidente. Pois foi somente baseado nessas relações que algumas poucas obras puderam ser construídas aqui na cidade, e somente no primeiro mandato. Quando houve a reeleição novas obras nunca foram iniciadas e aí começamos a ver que, per si, o prefeito é incapaz de administrar a cidade, de fazer o básico do básico.
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Não é que o vereador aproveitou a onda de rejeição da população ao prefeito, mas que viu o engodo que é atual administração municipal e, em vista do que ainda estar por vir, se as posições acertadas nesta eleição forem um fracasso. Então teríamos mais dois anos de plena e efetiva incapacidade administrativa a todo vapor causando danos irreparáveis à nossa cidade. É este o principal motivo do vereador. Ele está sendo pragmático, sim. Mas em vista da defesa de nossa cidade.
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O futuro político, estando vinculado ao primeiro prefeito da história de Floriano a ser vaiado pela população no primeiro ano de mandato (mesmo que seja um novo mandato), pode ser seriamente comprometido em vista de uma requerida pré-candidatura a deputado estadual e, principalmente, em relação a 2012. Não estou dizendo, maniqueistamente, que só será eleito quem fizer oposição ao prefeito vaiado, mas certamente quem estiver vinculado será também rejeitado tanto quanto ele é hoje pela população. Esse roteiro, como já disse acima, está inevitavelmente traçado se nada mudar na forma como a cidade está sendo administrada. E o vereador sabe disso melhor do que eu.
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Resta dizer que ele, RAIMUNDO MARTINS, não será oposição apenas para ocupar uma cadeira do lado oposto ao da base aliada. Nem mesmo para fazer parte do grupo mais forte de oposição, hoje em Floriano, liderado pelo advogado GILBERTO JÚNIOR. Mas irá fazer oposição crítica e pronta para votar projetos que representem verdadeiramente os interesses da população.
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Hoje se diz despudoramente que RAIMUNDO MARTINS nunca foi da base aliada, talvez por ter tido a coragem de não ter indicado nenhum aliado a cargo de comissão na prefeitura e ter mantido autonomia ideológica e soberania nas deliberações na câmara e nas atividades para as quais fora convidado. E isto fere de morte à política pequena, menor. Uma pessoa que não está “programada pra só dizer "sim, sim"” é claro que será sempre vista como um corpo estranho. E isto só por ter dignidade e autonomia.
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

IBAMA E CHESF - AUDIÊNCIAS SOBRE BARRAGEM CACHOEIRA.

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Foto de AIRTON FREITAS FEITOSA, Gerente Regional de Operações Oeste da Chesf. Aqui, mais uma vez, faço uma prestação de serviço convidando a todos os interessados nessa discussão que transmitam a realização deste evento público. Isto diz respeito à nossa cidade. Os florianenses que se veem diretamente implicados devem participar ativamente das discussões e elaboração de proposições no evento. (Foto copiada do portal Cidade Verde.com).
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"CHESF E IBAMA OUVIRÃO 900 MIL NO PIAUÍ PARA APROVAR NOVAS USINAS.
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Audiências irão mostrar projetos, tirar dúvidas, e discutir ações antes do Ibama emitir licenças.
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Atendendo determinações do Ibama de Brasília/DF, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf - divulgou o cronograma de audiências públicas dos aproveitamentos hidroelétricos do rio Parnaíba. A partir deste sábado, até o dia 10 de março, serão ouvidos moradores de municípios vizinhos de cinco barragens a serem construídas para novas hidroeléticas entre o Piauí e o Maranhão.
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Em seis municípios do Estado serão ouvidas autoridades, representantes da sociedade civil organizada, e a população em geral, atingindo mais de 890 mil habitantes, segundo números do IBGE. Além de obter informações, as audiências são a oportunidade de contestar pontos dos projetos e reivindicar modificações antes da autorização por parte do Ibama para os leilões, previstos para abril.
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Segundo o gerente regional de Operações Oeste da Chesf, Aírton Feitosa, após as audiências, a Companhia aguardará a emissão das licenças prévias por parte do Ibama para dar início aos leilões. "É o momento da sociedade civil participar. Qualquer cidadão pode comparecer", disse.
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Estarão presentes em cada audiência representantes da Chesf e Ibama. Prefeitos de cada município envolvido já foram comunicados. Os questionamentos sobre as obras serão respondidos na hora, ou por escrito depois dos encontros. Nas reuniões do interior, serão debatidas as barragens que afetam cada município. Em Teresina, todos os cinco projetos estarão em pauta.
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As audiências começam neste sábado em Tasso Fragoso/MA. O primeiro município do Piauí a ser ouvido será Ribeiro Gonçalves, onde o encontro será realizado na praça Saint Clair. Ainda serão feitas reuniões em Uruçuí, Floriano, Amarante, e Palmeirais.
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PROGRAMAÇÃO DE AUDIÊNCIAS EM NOSSA REGIÃO:
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01/03/2010 Floriano - PI
Hotel Rio Parnaíba
Av.José Ribamar Pacheco, Nº 156; Bairro Cancela
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02/03/2010 Barão de Grajaú - MA
Colégio Imparcial
Rua Vereador Natálio Barros, Nº 149; Centro
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Fonte: www.cidadeverde.com
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Por: FÁBIO LIMA"
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sábado, 20 de fevereiro de 2010

CRONOGRAMA DE AUDIÊNCIAS PÚBLICAS.

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Recebi informativo da CHESF sobre as audiências públicas que tem de ocorrer junto à população diretamente interessada para que sejam liberadas as obras de construção das barragens no Rio Parnaíba ( e aqui ressalto a Barragem Cachoeira - povoado Manga), com previsão, segundo o governo federal, para este ano. Até agora só ouvi no rádio o convite da prefeitura de Barão de Grajau para a audiência na cidade. Peço àqueles que convivem com moradores do povoado Manga - PI que transmitam esse convite. É de interesse de todos nós.
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Audiências Públicas dos Aproveitamentos Hidrelétricos do Rio Parnaíba
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Em cumprimento às determinações do Ibama de Brasília, formuladas através do Ofício Nº 007/2010 – CGENE/DILIC/IBAMA, versando sobre o Processo de Licenciamento dos Aproveitamentos Hidrelétricos do Rio Parnaíba, apresentamos a Vossa Senhoria o Cronograma de Audiências Públicas com as datas e respectivos locais de realização das mesmas.
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DATA – MUNICÍPIO - LOCAL
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20/02/2010 Tasso Fragoso - MA
Espaço Cultural
Av. Santos Dumont, S/N; Centro
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22/02/2010 Ribeiro Gonçalves - PI
Praça Saint Clair
Bairro Vila Nova
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24/02/2010 Uruçuí -PI
Associação Atlética do Banco do Brasil
Rua Hermes Neiva, Nº 187; Centro
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25/02/2010 Benedito Leite - MA
Clube Recreativo de Benedito Leite
Av. Getúlio Vargas, S/N; Centro
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27/02/2010 São Félix das Balsas - MA
Clube de Futebol - Terreno Vazio
Rua Grande, S/N; Centro
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01/03/2010 Floriano - PI
Hotel Rio Parnaíba
Av. José Ribamar Pacheco, Nº 156; Bairro Cancela
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02/03/2010 Barão de Grajaú - MA
Colégio Imparcial
Rua Vereador Natálio Barros, Nº 149; Centro
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04/03/2010 Amarante - PI
Iate Clube de Amarante
Rua Enfermeiro Mamede Rodrigues, S/N
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05/03/2010 São Francisco do Maranhão - MA
Ginásio Poliesportivo Municipal
Rua Manoel Francisco, S/N; Centro
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07/03/2010 Palmeirais - PI
Estádio Municipal Rufino José Celestino
Rua Rio Grande do Norte, S/N; Bairro Bacuri
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08/03/2010 Parnarama - MA
Ginásio Poliesportivo Higino Gomes da Silva
Rua 06, S/N; Bairro Agrovema
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10/03/2010 Teresina - PI
Auditório da FIEPI
Av. Ind. Gil Martins, Nº 1810; Bairro Redenção
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Teresina, 18 de fevereiro de 2010

Atenciosamente,

Engº Airton Freitas Feitosa
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ENQUETE - II.

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Comentando a primeira e segunda perguntas e suas respectivas respostas (postagem corrigida):
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01 QUESTÃO:
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Ensino Fundamental: Mais de 31% disse que sim, que venderia/trocaria seu voto. Mas a grande maioria disse que não venderia seu voto. É motivo de esperança que esta posição moral não seja o resultado contaminado pela presença do entrevistador, mas que seja mesmo uma internalização de um valor moral.
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Ensino Médio: Quase um terço dos entrevistados disse claramente que vende/venderia o voto. Será que isto põe em discussão a formação moral que essas pessoas têm recebido na escola? Ou será fruto mesmo da formação moral que também ocorre fora da escola? Qualquer um, antes de ser considerado um eleitor, é alguém com seus valores, formação moral, cultural, econômica, religiosa, ética. Então isso envolve a sua vida desde o início. Mas é um alívio que a maioria tenha uma postura moral decente, pois se esses dados representarem a postura real de todos os eleitores de Floriano causa preocupação maior ainda. É sempre, coincidentemente ou não, com um total de votos em torno desse percentual que os últimos prefeitos de nossa cidade foram eleitos. Do ponto de vista da cidadania e da ética, que legitimidade tem essas eleições?
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Ensino Superior: Aqui tendemos a fazer uma inferência imediata que postula ser a educação de qualidade, e em nível mais elevado, a redenção da moralidade. Mas apenas 1% da população tem acesso à educação superior. No aspecto quantitativo, qual a influência desse grupo de pessoas no resultado final de uma eleição? Ou este grupo tem de chamar a si a responsabilidade de reeducar moralmente os outros grupos? Ou não é responsabilidade deles? Será que basta ter curso superior para todos pensarem e agirem do modo como as respostas concluem? Penso que a educação, em nível superior ou não, não é capaz de redimir uma sociedade de todos os pecados morais. A sociedade tem de agir com todas as suas instituições rumo à cidadania verdadeira.
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02 QUESTÃO:
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No geral, a imagem dos políticos está refletida nessas respostas. A culpa é de quem? Será meramente má vontade das pessoas? É preocupante para uma democracia representativa que as pessoas não creiam na honestidade de alguém idôneo para representá-las. Assim surge o flanco, a oportunidade para o nascimento de políticos desqualificados e aproveitadores que assumem falsamente um discurso redentor com o objetivo de realizar estritamente seus projetos pessoais a partir da desesperança e credulidade das pessoas. Os homens honestos, intelectual e tecnicamente qualificados, com princípios morais sólidos, com espírito cidadão, que podem fazer as coisas do modo certo são jogados no mesmo fosso daqueles que constroem a história com mecanismos de roubalheiras, bandidagem, cinismo e tudo aquilo que leva as pessoas a não possuírem nenhum respeito por todos, como temos visto vários exemplos recentes por todo este país.
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Para as demais perguntas deixarei apenas uma sugestão de possíveis relações entre algumas delas e suas respostas. Isto porque não desejo comentá-las na totalidade. Já o fiz para o objetivo primeiro da enquete e os leitores são capacitados, assim quanto meus alunos, de terem as suas próprias conclusões.
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A sugestão de relacionar questões e respostas é apenas para mostrar que as perguntas, que foram elaboradas pelos alunos, tentam encontrar contradições entre as respostas. Às vezes, penso eu, é muito difícil de se mostrar a verdade despida que habita dentro de cada um. Tende-se a vesti-la primeiro antes de monstrá-las aos outros, como disse MÁRIO QUINTANA.
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Relacionem, então, as seguintes questões e respostas e tire as suas conclusões:
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PERGUNTAS:
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01 e 06
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01 e 19
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02 e 05
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03 e 06
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03 e 19
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04 e 05
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05 e 20
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06 e 19
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07 e 16
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08 e 09
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09 e 13
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09 e 17
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12 e 19
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14 e 15
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P.S.: Um dado interessante de ser discutido está na última questão (20). Ao mesmo tempo em que aqueles que têm nível superior se mostram mais conscientes da civilidade, declaram uma contradição quanto a este que é um dos piores comportamentos imorais de um político, o nepotismo.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

ENQUETE - I.

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Em novembro de 2009 solicitei aos alunos de duas turmas da disciplina Filosofia (Ensino Médio / Técnico) do IFPI, campus Floriano, que realizassem uma enquete com o objetivo de consubstanciar o conteúdo que então estávamos estudando no último bimestre do ano passado – Política e Cidadania. O objetivo era procurarmos comparar o que o autor do texto do livro diz de forma geral sobre o comportamento da maioria das pessoas em relação à política e à cidadania com o que pensa alguns florianenses sobre o mesmo assunto.
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Os resultados que apresentarei aqui não têm cunho estritamente científico porque resumem-se apenas numa enquete (consulta informal), mas que foi feita por alunos que moram em bairros dos quatro cantos da cidade. Os alunos tinham que cunsultar pessoas que não fossem seus parentes, mas que morassem próximas às suas casas, ou rua. As pessoas consultadas foram divididas em três grupos distintos a partir do nível de instrução: aquelas com o Ensino Fundamental, aquelas com o Ensino Médio e as com Ensino Superior.
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Nesta postagem está toda a enquete, perguntas e respostas. O questionário é composto de vinte perguntas e as respostas deveriam se enquadrar entre o “Sim” e o “Não”. Foram 47 questionários. Comentarei posteriormente algumas delas e o vocês comentarão todas a partir dos seus valores e interpretações.
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Questões:
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01: Você venderia seu voto numa eleição?
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Respostas:
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Ensino Fundamental: SIM - 31,91% --- NÃO - 68,09%
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Ensino Médio:--------SIM - 29,78% ----NÃO - 70,22%
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Ensino Superioir:------SIM - 6,38% -----NÃO - 93,62%
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02: Você acredita nos políticos?
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Repostas:
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Ensino Fundamental: -SIM - 10,63%------NÃO--89,37%

Ensino Médio:---------SIM - 8,51%------NÃO--91,49%

Ensino Superior:-------SIM - 4,25%-------NÃO--95,75%

03: Você acredita que o político que compra votos é honesto?

Respostas:

Ensino Fundamental: -SIM - 0,0%------NÃO - 100%

Ensino Médio:---------SIM - 4,25%-----NÃO - 95,75%

Ensino Superior:-------SIM - 0,0%-------NÃO - 100%

04: Você acredita que na política é assim mesmo, o que interessa é que o político faça as obras sem ligar para a honestidade?

Respostas:

Ensino Fundamental: -SIM - 38,29%------NÃO - 61,71%

Ensino Médio:---------SIM - 29,78%------NÃO - 70,22%

Ensino Superior:-------SIM - 17,02%------NÃO - 82,98%

05: Você acredita que há político honesto?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 46,80%------NÃO - 53,20%

Ensino Médio:---------SIM - 48,93%-------NÃO - 51,07%

Ensino Superior:------SIM - 57,44%-------NÃO - 42,56%

06: Você acredita que quem vende voto é honesto?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 14,89%------NÃO - 85,11%

Ensino Médio:--------SIM - 12,76%--------NÃO - 87,24%

Ensino Superior:-------SIM - 4,25%--------NÃO - 95,75%

07: Você acredita que a política pode mudar a vida das pessoas na cidade?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 80,85%------NÃO - 19,15%

Ensino Médio:---------SIM - 85,10%-------NÃO - 14,90%

Ensino Superior:-------SIM - 82,97%-------NÃO - 17,03

08: Você acredita que o político que só faz obras em época de eleição está sendo correto com os cidadãos?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 10,63%------NÃO - 89,37%

Ensino Médio:---------SIM - 8,51%--------NÃO - 91,49%

Ensino Superior:-------SIM - 8,51%--------NÃO - 91,49%

09: Você acredita que é importante fiscalizar o que os governantes estão fazendo?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 89,37%------NÃO - 10,63%

Ensino Médio:----------SIM - 95,74%------NÃO - 4,26%

Ensino Superior:--------SIM - 97,87%-----NÃO - 2,13%

10: Você votaria num candidato que "não está bem" em pesquisas?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 27,65%------NÃO - 72,35%

Ensino Médio:---------SIM - 74,46%------NÃO - 25,54%

Ensino Superior:-------SIM - 68,08%------NÃO - 31,92%

11: Você escolhe um candidato pelas propostas que ele faz?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 78,72%------NÃO - 21,28%

Ensino Médio:---------SIM - 78,72%-------NÃO - 21,28%

Ensino Superior:-------SIM - 85,10%-------NÃO - 14,90%

12: Você se considera honesto?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 93,61%------NÂO - 6,39%

Ensino Médio:----------SIM - 80,85%------NÃO - 19,15%

Ensino Superior:-------SIM - 85,10%------NÃO - 14,90%

13: Você se sente responsável pelas coisas públicas?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 46,80%------NÃO - 53,20%

Ensino Médio:---------SIM - 65,95%-------NÃO - 34,05%

Ensino Superior:-------SIM - 78,72%-------NÃO - 21,28%

14: Você joga lixo nas ruas?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 68,08%------NÃO - 31,92%

Ensino Médio:---------SIM - 59,57%-------NÃO - 40,43%

Ensino Superior:-------SIM - 36,17%-------NÃO - 63,83%

15: Você preserva a natureza?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 72,34%------NÃO - 27,66%

Ensino Médio:---------SIM - 63,82%------NÃO - 36,18%

Ensino Superior:-------SIM - 74,46%------NÃO - 25,54%

16: Se nós escolhemos os políticos, você acredita que somos responsáveis pela situação do país?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 72,34%------NÃO - 27,66%

Ensino Médio:---------SIM - 78,72%-------NÃO 21,28%

Ensino Superior:-------SIM - 87,23%------NÃO - 12,77%

17: Você já foi a alguma sessão na câmara de vereadores?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 10,63%------NÃO - 89,37%

Ensino Médio:---------SIM - 21,27%------NÃO - 78,73%

Ensino Superior:-------SIM - 36,17%------NÃO - 63,83%

18: Você procura saber da vida particular de seu candidato antes de votar nele?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 23,40%------NÃO - 76,60%

Ensino Médio:---------SIM - 29,78%------NÃO - 70,22%

Ensino Superior:-------SIM - 27,65%------NÃO - 72,35%

19: Se você se candidatasse a um cargo político compraria votos para se eleger?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 31,91%------NÃO - 68,09%

Ensino Médio:---------SIM - 27,65%-------NÃO - 72,35%

Ensino Superior:-------SIM - 21,27%-------NÃO - 78,73%

20: Se eleito, você empregaria seus parentes na administração pública?

Respostas:

Ensino Fundamental: - SIM - 78,72%------NÃO - 21,28%

Ensino Médio:---------SIM - 74,46%-------NÃO - 25,54%

Ensino Superior:-------SIM - 74,46%-------NÃO - 25,54%

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"PRA TURISTA VER".

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O texto a seguir é de autoria do advogado GILBERTO JÚNIOR e está disponível no endereço www.noticiasdefloriano.com.br (a foto que ilustra a postagem é do mesmo endereço). Pela autenticidade e coragem de dizer sem meias palavras o que aconteceu dias antes de se iniciar o período do carnaval, e até mesmo durante, é que o reproduzo aqui. Alguns trabalhadores estavam limpando as ruas, por exemplo: a galeria Fauzer Bucar, em plena festa o que demonstra irrefutavelmente o sentido de 'trabalho' "pra turista ver". Boa leitura.
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Prefeitura de FLO realiza 'Operação pra turista ver'
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Publicado em 12.02.2010
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Tapa-buracos, capina e até inauguração de parte da Praça da Matriz
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Como aconteceu no ano passado, a Prefeitura Municipal de Floriano acelerou fundo para mostrar para os turistas, visitantes e florianenses que moram em outras cidades uma realidade que não faz parte do cotidiano dos florianenses que vivem por aqui.
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Na semana do carnaval, centenas de homens foram contratados com urgência para mais uma "Operação prá turista ver". Tudo às pressas, buracos estão sendo tapados, capina nas ruas mais movimentadas, um batalhão de combate à dengue já está em ação e até a troca dos apodrecidos tapumes da reforma da Praça Dr. Sebastião Martins.
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Também como no
carnaval passado, mais uma parte da Praça foi aberta, ficando agora apenas a Sertã para ser concluida. Essa reforma começou em julho de 2008 e foi bandeira da campanha para reeleição do atual prefeito. No início da obra, uma placa anunciava garborosamente que o prazo de conclusão era de 120 dias e que os recursos eram próprios do Município de Floriano.
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Como carnaval tem muito a ver com fantasia, a
população de Floriano que convive o resto do ano com uma realidade totalmente diferente daquela que se apresenta aos turistas e visitantes, bem que sabe a razão do título tão bem apropriado "Carnaval dos Sonhos". Quem dera que esse empenho perdurasse por todo o ano e que a dura realidade (buracos, lama, mato, lixo, sujeira, esgotos, etc) não voltasse tão cedo.
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De resto, fica pelo menos o consolo de que todo ano tem carnaval, garantindo que essa maquiagem carnavalesca anual pelo menos ameniza o desprezo por uma cidade que, com ou sem ornamentação vergonhosa, tem uma população que adora carnaval, que sabe brincar e que tem o dom de acolher bem a todos os visitantes.
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E vamos lá, nos envolver no "sonho" do Bloco das Virgens, Mesa de Bar, Ingratos, Tradição, Arrastinho, Arrastão, Furacão, blocos e escolas de samba, grupos de amigos, beira-rio, etc. Um feliz carnaval a todos.
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Por: GILBERTO JÚNIOR.
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

DECORAÇÃO "BOLA MURCHA".

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Quero desejar a todos que pretendem passar o carnaval em Floriano que brinquem e sejam felizes. E aos turistas desejar boas vindas e que retornem sempre que nossa cidade promover eventos públicos para gerar renda a todos que necessitam dessas oportunidades.
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Aos turistas desejo preveni-los que, especialmente neste ano, a decoração do carnaval não foi feita de forma séria. Pelos motivos já muito discutidos, o que temos nas ruas,que foram decoradas para o carnaval, é uma representação dos própósitos para com nossa cidade. As pessoas estão chamando de decoração "bola murcha". Em princípio não entendi o por que, mas basta olhar para a bola que está empedurada no centro da cidade para entender (veja acima em foto do portal www.noticiasdefloriano.com.br).
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Nosso carnaval sempre foi bola cheia. Há uma tradição que vem ao longo das décadas se consolidando até chegarmos ao epíteto de melhor carnaval do Piauí. Não foi à toa, nem mesmo de uma hora para outra. Tradição bonita e que nos orgulha tanto pela celebração da festa, pela ordem estabelecida, pela renda que gera, pela dirversão garantida.
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Os turistas que desculpem o povo de Floriano pela ornamentação, isso faz parte do modo de agir da atual administração e que nós outros temos de aguentar mais três anos, é mole? Mas a decadência constatada através de um medidor informal, que é o aluguel de casas para turistas e os hotéis, não faz a gente deixar de ser orgulhoso do carnaval, mas também atento para a mesmice musical. Muita gente questiona o por que, mas, quem sabe o além, pode explicar o porque de ser sempre o mesmo "artista".
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O policiamento foi reforçado a partir de hoje, no total teremos cerca de 120 policiais garantindo a segurança e a ordem da nossa melhor festa. Divirtam-se.
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Do meu lado farei o possível. Mas um livro sobre a Revolução francesa será meu mais especial motivo de festa. Um abraço.
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ORA BOLAS - II.

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A função de prefeito de uma cidade é um status social adquirido porque é resultados das “qualidades pessoais do indivíduo, na sua capacidade e habilidade... e supõem uma vitória sobre outros concorrentes e o reconhecimento de tal êxito pelo grupo social.” (OLIVEIRA).
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Quando quem ocupa esse status social não cumpre o seu papel e a população constata que ele é incapaz para tal, aplica-lhe uma sanção reprovativa. É isto o que vem ocorrendo em Floriano. Os cidadãos vêm sancionando reprovativamente, negativamente o prefeito que não vem cumprindo adequadamente o seu papel nesses últimos cinco anos.
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Sexta-feira, 05/02/2010, no “Zé Pereira” do melhor carnaval do Piauí, ele foi vaiado estrondosamente. É uma sanção social. E é também uma forma legítima, democrática e livre de manifestação de um povo que já não aguenta mais as prioridades manifestadas pela atual administração municipal. Finalmente a população reagiu.
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Tudo bem, até aí tudo estava caminhando de acordo com a avaliação que as pessoas estão fazendo do prefeito. Pois não é que uma pessoa veio me falar, com certo grau de preocupação e nervosismo, que alguns apaniguados do prefeito estão me responsabilizando pelas estrondosas vaias que ele tomou no “Zé Pereira”. Que sou o responsável por tudo o que tem ocorrido como reprovação da população ao prefeito.
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Ora bolas, eu é que sou o prefeito agora? Fui eu que fiz de nossa cidade um lugar decadente cheio de mato, de lixo, de buracos, de dengue? Sou eu que não tenho capacidade de administrar e resolver os problemas fundamentais da cidade? Ora bolas, nem ao “Zé Pereira” eu fui. Como podem ser tão cínicos em querer atribuir a mim as estrondosas vaias que ele tomou? “Mas essa administração age assim mesmo”, acalmei a pessoa.
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Estou sendo processado como acusado de causar “danos morais” ao prefeito. Quando o que causa-lhe danos morais é o seu modelo de administração (demonstrarei depois) e suas prioridades. Quando se pergunta a atual administração o por que de tanto lixo e dengue, a culpa é da população. O por que de tanto mato, a culpa é das chuvas. O por que de tantos buracos, a culpa é do calçamento que é velho. Quer dizer, prejudica-se “um objeto diferente daquele que é a causa da frustração pessoal” (CAMARGO).
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E assim, a população que o vaiou estrondosamente, causa-lhe danos morais, danos à sua imagem, por isso todos serão processados também? Ora bolas, isto é o mecanismo de deslocamento em ação. Agindo para desviar a atenção para aquilo que não é a causa verdadeira de todas as mazelas construídas na cidade.
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Enquanto isso, os buracos, o lixo, o mato, a dengue tomam conta da cidade e o culpado sou eu? Ora bolas.
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ORA BOLAS - I.

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Todos nós temos nossos status sociais. Sabemos disso quando estudamos Introdução à Sociologia. Nos dias de hoje isso se dá, para alguns, no nível Fundamental de ensino, para outros no nível Médio. Status Social é a posição que cada pessoa ocupa na sociedade. A cada Status Social corresponde um Papel Social. Já o conceito de Papel Social diz respeito ao que a pessoa deve fazer uma vez que tem um Status Social. Ou seja, são “as tarefas, as obrigações inerentes ao Status”, afirma o Sociólogo PÉRSIO SANTOS DE OLIVEIRA no livro Introdução à Sociologia (Ed. Àtica).
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Os status sociais podem ser Atribuídos ou Adquiridos. Quando uma pessoa não exerce, executa o Papel que deveria ao ocupar um Status Social a própria sociedade aplica-lhe uma Sanção Social. Esta “é a recompensa ou castigo exigido pela observância ou violação do dever; é uma resposta ao comportamento da pessoa”, nos ensina MARCULINO CAMARGO no seu “Fundamentos da ética geral e profissional” (Ed. Vozes), autor das próximas citações que virão entre aspas.
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Há vários tipos de sanções sociais e a cada comportamento, seja na dimensão individual ou social, dependendo do grau de transigência, uma sanção é aplicada. Desde o famoso indicador levado à boca para pedir silêncio ao mal educado que só fala gritando, até a cadeia para aquele que é pego roubando, ou cometendo ato de violência ou assassinato. A seguir citarei três tipos de sanções sociais, a partir de CAMARGO.
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...”Em primeiro lugar, há a sanção da consciência enquanto produz uma satisfação ou um desgosto resultante da observância ou da violação do dever; a própria pessoa dá um prêmio para si, uma alegria interior quando faz o bem ou um remorso que a corrói por dentro no caso do mal feito.
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Em seguida, pode ser citada a opinião pública ou a sociedade que costuma estimar ou valorizar as pessoas honestas e lançar ao desprezo os iníquos e corruptos; pode ocorrer, às vezes, que isto não se verifica imediatamente, mas a história ensina que, mais cedo ou mais tarde, existe o reconhecimento de quem agiu corretamente e a condenação de quem foi avesso ao bem.”
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“...Finalmente, existem as chamadas sanções civis, estabelecidas pelas autoridades dentro das instituições, como prêmios dados pelas empresas através de promoções aos empregados ou os castigos como advertências, suspensões e demissões. “
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Já quando se estuda introdutoriamente, também, Psicologia aprende-se que o ser humano desenvolveu mecanismos que contribuem para a sobrevivência nas inúmeras circunstâncias com as quais se defronta e tenta se defender. A estes, chama-se Mecanismos de Defesa. A nossa consciência os criou (quase todos) para nos proteger das situações com as quais não admitimos conscientemente, ou inconscientemente, certas atitudes praticadas, ou que desejamos praticar. É uma espécie de fuga do enfrentamento com nós mesmos. Não por medo ou covardia, mas porque relutamos em aceitar certas atitudes.
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Há vários mecanismos para as mais variadas circunstâncias e formas de reações, para as mais variadas personalidades e caráter (a agressão; a fantasia; a projeção; a compensação; a racionalização; a repressão; a sublimação...). O que vem ao caso aqui é o mecanismo de deslocamento.
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“O deslocamento consiste em prejudicar um objeto diferente daquele que é a causa da frustração pessoal. Assim, quando a pessoa recebe um telefonema desagradável, imediatamente dá um chute no gato que está por perto; a mulher, que está nervosa porque foi repreendida pelo chefe no local do emprego, chega em casa e bate nos filhos.
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O deslocamento pressupõe uma impotência da pessoa em solucionar seu problema na verdadeira causa; isto pode ser pelo poder ou força muito grande do agente exterior ou pela fraqueza ou indigência de quem é pressionado; ele pode criar barreiras, medos, mágoas ou bloqueios entre quem provoca e quem o recebe; isto pode provocar um certo sentido de insegurança pela falta de lógica ou coerência nas explicações das ações. O deslocamento, enfim, é uma maneira inadequada de enfrentar uma situação, além de provocar consequências prejudiciais no relacionamento humano.”
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

VAIAS. VAIAS. VAIAS. ESTRONDOSAS VAIAS.

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Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.
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Finalmente a população de Floriano resolveu mostrar ao prefeito a sua insatisfação quanto ao modelo de administração que ele preservou e que, ao final, o está levando ao lugar onde todos os outros que o adotaram também estão: o ostracismo político. Pena que só agora a população, que diante de tantas demonstrações de incapacidade administrativa, vem demonstrando a consciência de que merecemos políticos qualificados intelectual e tecnicamente para ocupar esta posição tão importante e fundamental para a vida de todos na cidade.
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A maior parte da imprensa simplesmente não veiculou fato tão importante e decisivo para a vida de todos. Por que não veiculou? Por quê? Pois se sabemos que temos um governante que é reprovado publicamente pelo que vem fazendo com nossa cidade, então a maior parte da população, que não esteve presente ao espetáculo da conscientização, poderia ter tomado conhecimento para avaliar melhor as posições políticas que o prefeito tomará nas próximas eleições – que serão em outubro próximo. Isto é fundamental, pois muita gente precisa de parâmetros para decidir seu voto.
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Desde o final do ano passado que já sabia que as pessoas o estavam tratando dessa maneira. Soube de um torneio de futebol em uma localidade próxima à nossa cidade em que o prefeito foi convidado pelos organizadores para dar o ponta pé inicial. Depois disso a vaia tomou conta dos presentes e, ele, saiu furioso da localidade.
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Não relatei isto antes porque não sabia se eram apenas atitudes de uns poucos insatisfeitos com alguma promessa de benfeitoria não realizada na localidade. Com estas vaias estrondosas no centro da cidade, num evento apartidário, permitem concluir que o povo não o suporta mais.
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As vaias, como amostra de constrangimento legítima, “revelou uma forma de manifestação popular pouco vista em Floriano” (Notícias de Floriano), são manifestações de desprezo que poucos políticos de nossa cidade foram submetidos. Só mesmo quando a imagem do político já está bastante deteriorada. Vaias, manifestação legítima de insatisfação. Vaias é o que merece o prefeito de Floriano, segundo o que a população está decidida a fazer em suas próximas aparições públicas.
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No ano passado o mesmo site de notícias (www.noticiasdefloriano.com.br) publicou pesquisa feita pelo Instituto Data AZ em que o prefeito foi votado e eleito como o 4º pior do Piauí. Já foi um sinal. Já era uma amostra do que agora estamos confirmando através das vaias. Quer dizer, aos poucos a nova imagem dele foi sendo construída pela própria incapacidade de administrar a cidade.
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O comentário boca a boca está sendo disseminado e em muito pouco tempo a cidade toda ficará sabendo, mesmo a contra gosto de uma parte expressiva da imprensa que omitiu o fato. Mesmo assim a população, na sua totalidade, ficará sabendo. Basta que cada cidadão que esteve presente, ou que ficou sabendo, transmita aos que não souberam as vais estrondosas que os cidadãos submeteram o prefeito.
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Mesmo com tão irrefutável fato, alguns partidários do prefeito insistem em negar. Dizem que foram poucas as pessoas que assim se manifestaram. Mas a verdade é bem outra. Ou faz alguma coisa por nossa cidade, e aí fica em paz com a população, ou entrará para a história pelo fato mais comentado neste final de semana na cidade. Vaias. Vaias. Vaias. Estrondosas vaias. O prefeito merece sim, pois não.
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